segunda-feira, 16 de setembro de 2013

No SP, funciona o bordão: “Aqui é trabalho!”

Muricy Ramalho desembarcou no São Paulo não faz uma semana. Deu um punhado de treinos, mexeu uma coisa aqui e outra ali, e a equipe desandou a correr. E voltou a vencer, o que é mais importante. Seis pontos em dois jogos contra rivais na zona de rebaixamento – Ponte Preta no meio da semana e Vasco neste domingo. Duas vitórias que neste momento o deixam fora da zona de rebaixamento, depois de muitas rodadas.
Não há magia na mudança tricolor. Alterou o astral. O que antes era ansiedade, preocupação e insegurança deu lugar para calma e raciocínio. Os jogadores sentem a pressão por resultados convincentes e seguidos. Mas entraram na onda de esperança da torcida, animada com o retorno de um técnico com o qual têm afinidade.
A cabeça melhorou, os pés idem. O que se viu em São Januário foi um São Paulo mais ligado e com menos medo de errar. Uma equipe que teve apresentação normal, o que já significa evolução diante da pasmaceira de dias atrás. Um grupo que criou jogadas de gol e soube aproveitá-las. Uma turma que voltou a falhar, mas sem se alarmar.
O São Paulo aproveitou-se da fragilidade do rival, com quem trocou de vaga no bloco dos ameaçados, e definiu o placar com um gol em cada tempo. No primeiro, com uma cabeçada certeira de Rodrigo Caio. No segundo, com o zagueiro Antônio Carlos no rebote de uma lambança do goleiro Diogo Silva e de Cris. Sem maiores complicações.
Interessante notar Ganso mais esperto, Jadson mais preciso, Rodrigo Caio e Antônio Carlos mais desenvoltos. Em contrapartida, Osvaldo caiu muito, Luis Fabiano precisa de um chacoalhão e Rafael Tolói apronta algumas. Ajustes, e há tempo agora para Muricy tocar a missão para a qual foi convocado: espantar a ameaça de Série B.
Sombra que atinge o Vasco. Cresce a instabilidade no time, Dorival Júnior tem vários setores frágeis, o ataque sumiu, Juninho Pernambucano sozinho não consegue reger o meio-campo e a torcida volta a cobrar. Se ratear, o Vasco seguirá exemplo do Palmeiras e voltará para a Segunda Divisão. O perigo é real.