terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Liga dos Campeões

  • 17h45

    1 MAN Manchester United X Shakhtar Donetsk SHA 0

  • 17h45

    0 RSO Real Sociedad X Bayer Leverkusen BAY 1

  • 17h45

    0 COP Copenhague X Real Madrid RMA 2

    Liga dos Campeões

  • 17h45

    2 BEN Benfica X PSG PSG 1

  • 17h45

    3 OPC Olympiacos X Anderlecht AND 1

  • 17h45

    2 MUN Bayern de Munique X Manchester City CIT 3

  • 17h45

    2 PLZ Viktoria Plzen X CSKA Moscow CSK 1

Tardelli revela que jogadores do Atlético-MG têm visto jogos do Bayern: 'Já sabemos os pontos fortes e fracos'

Bayern de Munique e Atlético-MG são os favoritos ao título do Mundial Interclubes. De olho na equipe alemã, Diego Tardelli, no 'Bola da Vez', disse que os jogadores do Galo têm assistido e estudado os jogos do provável adversário na final do torneio: 'Já sabemos os pontos fortes e fracos'. Assista ao trecho!
ESPN Brasil e WatchESPN mostram a íntegra do Bola da Vez: Diego Tardelli nesta terça-feira, às 21h30 (de Brasília). Não perca!

Vasco já se 'beneficiou' do que reclama agora

zeta Press
Romário comemora um de seus dois gols na vitória do Vasco sobre o Grêmio em 2007
Romário comemora um de seus dois gols na vitória do Vasco sobre o Grêmio em 2007, que parou por falta de luz
Para evitar seu segundo rebaixamento à Série B em apenas cinco anos, o Vasco vai apelar para o tapetão. Mas basta o tribunal checar o que aconteceu com dois jogos do próprio clube para ignorar a solicitação dos cariocas.
A diretoria vascaína alega que o Regulamento Geral de Competições da CBF manda suspender jogos que fiquem paralisados por mais de 60 minutos. Isso está descrito, na edição 2013 do regulamento, no artigo 19. E lista no condicional, "poderá", os motivos para a suspensão do jogo:
1) Falta de segurança;
2) Mau estado do campo, que torne a partida impraticável ou perigosa;
3) Falta de iluminação adequada;
4) Conflitos ou distúrbios graves, no campo ou no estádio;
5) Procedimentos contrários à disciplina por parte dos componentes
dos clubes ou de suas torcidas.
6) Ocorrência extraordinária que represente uma situação de comoção
incompatível com a realização ou continuidade da partida
Uma pesquisa rápida mostra que nada aconteceu com dois jogos do próprio Vasco que ficaram paralisados por mais de 60 minutos. 
Em 2007, o clube ganhou do Grêmio jogo pelo Campeonato Brasileiro em que o confronto ficou parado por mais de uma hora devido à falta de iluminação em São Januário. Pelo raciocínio atual do clube carioca, os três pontos deveriam ficar para os gaúchos, já que a partida aconteceu em São Januário.
A diretoria vascaína crê que deve ficar com os pontos do jogo contra o Atlético-PR, já que o time paranaense, que ganhou em campo por 5 a 1, era o mandante e responsável pela segurança no duelo de domingo passado, quando briga generalizada parou o jogo por cerca de 70 minutos. Sem aqueles três pontos do jogo contra o Grêmio de 2007, o Vasco perderia vaga na Copa Sul-Americana.
Em 2009, pela Série B do Brasileiro, outro jogo do Vasco também parou por mais de 60 minutos e ninguém pensou em tapetão. Em duelo contra o Bragantino, uma forte chuva de granizo deixou o campo impraticável, situação que pelo regulamento pode suspender uma partida tanto quanto a barbárie de Joinville. A partida prosseguiu e terminou empatada sem gols.
Gazeta Press
Carlos Alberto durante o jogo Bragantino x Vasco, em 2009
Carlos Alberto durante o jogo Bragantino x Vasco, em 2009, que ficou parado por causa de temporal

Gazeta Press Oswaldo de Oliveira minimizou as confusões durante a vitória do Botafogo sobre a Portuguesa, por 3 a 1 Oswaldo de Oliveira deixou o Botafogo após dois anos, com um Carioca conquistado e uma vaga na Libertadores Após dois anos e quatro dias, Oswaldo de Oliveira deixou o comando técnico do Botafogo. Os números sugerem que a ausência será sentida: em 133 partidas por quatro competições diferentes, o treinador teve aproveitamento de quase 58%, acima, por exemplo, do vice-campeão brasileiro de 2013, Grêmio. Mas a trajetória de Oswaldo à frente do Botafogo não foi das mais tranquilas. Muito questionado ao longo de 2012, o treinador renovou seu contrato ainda em novembro sob protestos de boa parte da torcida. A "resposta" veio em campo, com a conquista do Campeonato Carioca e a 4ª colocação no Campeonato Brasileiro-2013, que classificará o time à Copa Libertadores do ano que vem caso a Ponte Preta não conquiste o título da Copa Sul-Americana na próxima quarta-feira, sobre o Lanús. LEIA MAIS Botafogo anuncia saída do técnico Oswaldo de Oliveira Botafogo acerta a renovação de contrato do lateral direito Edílson Agora, o ciclo chega ao fim com um acordo entre o clube carioca e o treinador, que tem acerto encaminhado com o Santos. Confira como foi o "casamento", que começou 5 de dezembro de 2011 e terminou em 9 de dezembro de 2013. 2012 sem títulos e com questionamentos Grande "reforço" do Botafogo para a temporada de 2012, Oswaldo começou o ano sob altas expectativas, e terminou criticado. Vice-campeão carioca e eliminado precocemente na Copa do Brasil e na Sul-Americana, o treinador liderou uma boa campanha no Brasileiro, mas terminou na 7ª colocação e frustrou as esperanças da torcida de classificação à Libertadores. Outro motivo de crítica foi a relação conflituosa com o ídolo Loco Abreu, que deixou o clube no ainda na reta final do ano após ser colocado na reserva. Primeiro semestre 'dos sonhos' em 2013 e ascensão de Rafael Marques Gazeta Press Rafael Marques comemora o gol do título do Botafogo Rafael Marques marcou o gol do título do Botafogo Se, para a torcida, o trabalho de Oswaldo era questionável, para a diretoria ele parecia satisfatório, e o treinador renovou contrato por mais uma temporada ainda em novembro. No primeiro semestre de 2013, o Botafogo conquistou o Campeonato Carioca sem a necessidade de uma "final geral", e com apenas uma derrota em 19 partidas. Além dos meias Seedorf e Lodeiro, um dos grandes destaques da campanha foi Rafael Marques, que também fora "perseguido" pela torcida após passar os primeiros 20 jogos pelo Botafogo sem marcar um gol. Velho conhecido de Oswaldo, o atacante recebeu novas oportunidades no novo ano e desencantou, inclusive marcando o gol da vitoria por 1 a 0 sobre o Fluminense, na final da Taça Rio. Final feliz e choro com Seedorf O Brasileiro começou como o Carioca terminara: muito bem, e o Botafogo liderou a competição por seis rodadas. Mas as perdas de jogadores importantes como Fellype Gabriel, Andrezinho e Vitinho prejudicaram o time, que teve campanha mais irregular durante o segundo turno e deixou o G-4 no dia 13 de novembro, após 29 rodadas consecutivas na zona de classificação à Libertadores. A redenção veio no fim, com a vitória por 3 a 0 sobre o Criciúma e derrota do Goiás para o Santos, que recolocaram os cariocas na 4ª colocação e garantiram a classificação à maior competição de clubes das Américas mediante uma "ajudinha" dos argentinos do Lanús. Gazeta Press Seedorf e Oswaldo de Oliveira se abraçam ao fim da partida no Maracanã Seedorf e Oswaldo se abraçaram no Maracanã Algumas imagens e palavras marcaram o fim do "casamento" entre Oswaldo e Botafogo. Após um ano e meio de convivência, o treinador deu um abraço emocionado em Seedorf no gramado do Maracanã, no último domingo. O holandês, mais uma vez, não poupou elogios ao comandante. "O choro é de felicidade. A gente vive de maneira muito intensa no nosso trabalho. Nunca escondi o carinho que eu tenho pelo Oswaldo. Me substituiu para que eu pudesse receber o carinho do torcedor e eu apenas quis mostrar meu sentimento. No futebol, cada vez que termina o ano qualquer jogador pode sair de seu time. Mas não tem nada disso. Tenho contrato até o final de junho e darei sequência ao trabalho que venho fazendo", afirmou. O próprio Oswaldo deixou no ar a sua saída ainda na sala de imprensa do Maracanã, ao revelar que não fora procurado para renovar seu contrato e mencionar a crise financeira vivida pelo Botafogo em 2013, sobretudo a partir da interdição do Engenhão. "Ano passado, muitos antes de terminamos a temporada eu tinha definido que ia permanecer no Botafogo. Infelizmente nesse ano as coisas não aconteceram dessa forma. É de conhecimento de todos que o Botafogo tem dificuldades financeiras e isso não foi esclarecido, não ficou clara em relação à minha renovação. Vou aguardar para que isso fique esclarecido. Vão acontecer as negociações e diante disso é que a coisa vai ser resolvida", despistou. No final, a solução foi o divórcio. Agora, Botafogo e Oswaldo torcem para que a Ponte Preta não vença o Lanús, em Buenos Aires, após o empate em 1 a 1 em São Paulo. O treinador, enquanto isso, se aproxima de um acordo com o Santos, que deverá comandar em 2014.

Gazeta Press
Oswaldo de Oliveira minimizou as confusões durante a vitória do Botafogo sobre a Portuguesa, por 3 a 1
Oswaldo de Oliveira deixou o Botafogo após dois anos, com um Carioca conquistado e uma vaga na Libertadores
Após dois anos e quatro dias, Oswaldo de Oliveira deixou o comando técnico do Botafogo. Os números sugerem que a ausência será sentida: em 133 partidas por quatro competições diferentes, o treinador teve aproveitamento de quase 58%, acima, por exemplo, do vice-campeão brasileiro de 2013, Grêmio.
Mas a trajetória de Oswaldo à frente do Botafogo não foi das mais tranquilas. Muito questionado ao longo de 2012, o treinador renovou seu contrato ainda em novembro sob protestos de boa parte da torcida. A "resposta" veio em campo, com a conquista do Campeonato Carioca e a 4ª colocação no Campeonato Brasileiro-2013, que classificará o time à Copa Libertadores do ano que vem caso a Ponte Preta não conquiste o título da Copa Sul-Americana na próxima quarta-feira, sobre o Lanús.

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Botafogo anuncia saída do técnico Oswaldo de Oliveira
Botafogo acerta a renovação de contrato do lateral direito Edílson
Agora, o ciclo chega ao fim com um acordo entre o clube carioca e o treinador, que tem acerto encaminhado com o Santos. Confira como foi o "casamento", que começou 5 de dezembro de 2011 e terminou em 9 de dezembro de 2013.
2012 sem títulos e com questionamentos
Grande "reforço" do Botafogo para a temporada de 2012, Oswaldo começou o ano sob altas expectativas, e terminou criticado. Vice-campeão carioca e eliminado precocemente na Copa do Brasil e na Sul-Americana, o treinador liderou uma boa campanha no Brasileiro, mas terminou na 7ª colocação e frustrou as esperanças da torcida de classificação à Libertadores. Outro motivo de crítica foi a relação conflituosa com o ídolo Loco Abreu, que deixou o clube no ainda na reta final do ano após ser colocado na reserva.
Primeiro semestre 'dos sonhos' em 2013 e ascensão de Rafael Marques
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Rafael Marques comemora o gol do título do Botafogo
Rafael Marques marcou o gol do título do Botafogo
Se, para a torcida, o trabalho de Oswaldo era questionável, para a diretoria ele parecia satisfatório, e o treinador renovou contrato por mais uma temporada ainda em novembro. No primeiro semestre de 2013, o Botafogo conquistou o Campeonato Carioca sem a necessidade de uma "final geral", e com apenas uma derrota em 19 partidas. Além dos meias Seedorf e Lodeiro, um dos grandes destaques da campanha foi Rafael Marques, que também fora "perseguido" pela torcida após passar os primeiros 20 jogos pelo Botafogo sem marcar um gol. Velho conhecido de Oswaldo, o atacante recebeu novas oportunidades no novo ano e desencantou, inclusive marcando o gol da vitoria por 1 a 0 sobre o Fluminense, na final da Taça Rio.
Final feliz e choro com Seedorf
O Brasileiro começou como o Carioca terminara: muito bem, e o Botafogo liderou a competição por seis rodadas. Mas as perdas de jogadores importantes como Fellype Gabriel, Andrezinho e Vitinho prejudicaram o time, que teve campanha mais irregular durante o segundo turno e deixou o G-4 no dia 13 de novembro, após 29 rodadas consecutivas na zona de classificação à Libertadores. A redenção veio no fim, com a vitória por 3 a 0 sobre o Criciúma e derrota do Goiás para o Santos, que recolocaram os cariocas na 4ª colocação e garantiram a classificação à maior competição de clubes das Américas mediante uma "ajudinha" dos argentinos do Lanús.
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Seedorf e Oswaldo de Oliveira se abraçam ao fim da partida no Maracanã
Seedorf e Oswaldo se abraçaram no Maracanã
Algumas imagens e palavras marcaram o fim do "casamento" entre Oswaldo e Botafogo. Após um ano e meio de convivência, o treinador deu um abraço emocionado em Seedorf no gramado do Maracanã, no último domingo. O holandês, mais uma vez, não poupou elogios ao comandante.
"O choro é de felicidade. A gente vive de maneira muito intensa no nosso trabalho. Nunca escondi o carinho que eu tenho pelo Oswaldo. Me substituiu para que eu pudesse receber o carinho do torcedor e eu apenas quis mostrar meu sentimento. No futebol, cada vez que termina o ano qualquer jogador pode sair de seu time. Mas não tem nada disso. Tenho contrato até o final de junho e darei sequência ao trabalho que venho fazendo", afirmou.
O próprio Oswaldo deixou no ar a sua saída ainda na sala de imprensa do Maracanã, ao revelar que não fora procurado para renovar seu contrato e mencionar a crise financeira vivida pelo Botafogo em 2013, sobretudo a partir da interdição do Engenhão.
"Ano passado, muitos antes de terminamos a temporada eu tinha definido que ia permanecer no Botafogo. Infelizmente nesse ano as coisas não aconteceram dessa forma. É de conhecimento de todos que o Botafogo tem dificuldades financeiras e isso não foi esclarecido, não ficou clara em relação à minha renovação. Vou aguardar para que isso fique esclarecido. Vão acontecer as negociações e diante disso é que a coisa vai ser resolvida", despistou.
No final, a solução foi o divórcio. Agora, Botafogo e Oswaldo torcem para que a Ponte Preta não vença o Lanús, em Buenos Aires, após o empate em 1 a 1 em São Paulo. O treinador, enquanto isso, se aproxima de um acordo com o Santos, que deverá comandar em 2014.

Roberto Carlos apoia Bom Senso, compara Brasileiro ao Espanhol e se diz discípulo de Guus Hiddink

etty
Roberto Carlos agora é técnico do Sivasspor
O ex-lateral agora é técnico do Sivasspor
Roberto Carlos, como jogador, dispensa apresentações. Campeão do mundo, da Liga dos Campeões, do Mundial Interclubes, do Campeonato Espanhol, do Campeonato Brasileiro e por aí vai. Um dos maiores laterais-esquerdos de todos os tempos, sem dúvida alguma.
Como treinador, porém, Roberto Carlos, 40 anos, precisa de apresentações. Após ficar pouco mais de uma temporada trabalhando como assistente técnico de Guus Hiddink no Anzhi, logo após se aposentar, o brasileiro assumiu neste ano o desafio de começar a carreira de técnico. Foi contratado pelo Sivasspor, da Turquia, e faz ótimo trabalho até aqui, mantendo o time entre os seis primeiros colocados.
Nesta entrevista, falou sobre essa nova experiência e também Seleção Brasileira, racismo na Rússia, Brasileirão, Bom Senso e a ideia de permanecer na Europa por muito tempo ainda.
Como você avalia até aqui sua primeira temporada como treinador?
Até o momento vai tudo bem aqui no Sivass. Boa campanha, perdemos o clássico para o Galatasaray, mas estou conseguindo montar um bom time e um bom ambiente, está todo mundo super feliz. É mais ou menos por aí, tem que continuar assim para seguir tendo resultado e pensar, no futuro, logo logo, em um time maior e com mais pressão.
O que tem sido mais difícil para você ao tentar transmitir todo seu conhecimento para os jogadores?
Não tenho encontrado dificuldades aqui. Sou muito simples trabalhando também, não vou ficar inventando muito. Só faço os treinamentos com a minha comissão técnica brasileira, e no campo a gente conversa bastante com os meninos para eles trabalharem bem, com alegria, com motivação. Aí fica tudo mais fácil.
Qual é o principal objetivo do Sivasspor nesta temporada do Campeonato Turco?
Tentar, pelo menos, chegar entre os quatro ou cinco primeiros para no ano que vem chegar na Europa League. Além disso, chegar também na decisão da Copa da Turquia, que é um título importante para o clube.
O Cicinho tem te ajudado bastante?
O Ciço está em uma fase super boa, estou muito feliz com ele também. Foi uma alegria muito grande pra mim ele ter aceitado meu convite para jogar aqui. Tem me ajudado dentro e fora de campo.
Divulgação
Roberto Carlos na apresentação ao Sivasspor
Roberto Carlos na apresentação ao Sivasspor
Acha que nesta temporada da Turquia o título pode sair das mãos de um dos grandes do país, Galatasaray, Fenerbahçe e Besiktas?
É difícil agora para o Sivass, o Trabzon, o Bursas ser campeão do Campeonato Turco. Fomos jogar contra o Galatasaray lá e o juiz expulsou três jogadores nossos e deu quatro cartões amarelos, ficamos sem seis titulares no jogo seguinte em casa. Ali foi claro que o Sivass está incomodando muita gente aqui, pela maneira como estamos jogando, todo mundo tem elogiado muito nosso time. Fizeram de tudo para tirar a gente lá de cima, aqui é um pouco complicado para um time considerado pequeno ser campeão.
Tendo esse histórico recente de manipulação de resultados na Turquia, você fica preocupado com isso? Pode haver algo assim nesta temporada?
Não, nesse ano não. Acabou. A besteira já foi feita e já foi paga, com Fenerbahçe e Besiktas fora das competições europeias na próxima temporada. Mesmo o presidente do Fenerbahçe sabe que se equivocou. Agora não vai ter mais isso, está tudo tranquilo por aqui.
Sobre o seu período na Rússia, no Anzhi Makhachkala. Você ficou pouco mais de uma temporada trabalhando como assistente técnico do Guus Hiddink. Aprendeu muito com ele?
Ele me ensinou muito. Eu passava quase todo dia no centro de treinamentos com o Guus Hiddink. A gente falava muito sobre futebol, sobre a experiência dele, enfim, e nos dias de jogos ele me ensinava muito também. Como conversar com um jogador, como tratar um jogador, como fazer uma reunião com os jogadores, a preleção. Ele sempre foi mais a parte psicológica do que o trabalho tático e técnico, ele me ensinou um pouco de tudo para começar bem a carreira.
Hoje o Anzhi já não é mais aquele clube com orçamento gigante, está mais modesto, depois da retirada de parte dos investimentos do proprietário Suleyman Kerimov. Você imaginava que isso iria acontecer?
A gente fala modesto porque na época o Anzhi gastava 170 milhões de euros, hoje eles gastam 50 milhões de euros, mesmo assim há muitos times na Europa que não têm esse valor anual. Pelo que era e pelo que está sendo, me surpreendeu muito. É triste porque conseguimos fazer do Anzhi um time profissional, e agora vai em último na liga russa, na Liga Europa conseguiu se classificar... Mas é ruim ver o time que você viu do nada virar profissional e agora cair. O jeito é esperar, ver o que os caras vão fazer, desejo sorte... Converso sempre com os meninos lá, estão todos felizes, vamos ver se o Suleyman ajuda um pouco mais para o time voltar a ser grande dentro do futebol russo.
E você sempre teve um bom relacionamento com o Suleyman, certo?
Sempre. Relacionamento meu com ele é normal, tratava ele como uma pessoa da minha família, mas chegou uma hora que não aguentei e pedi para ir embora. Ele aceitou e desejou sorte, até isso ele viu que eu saí e resolveu sair um pouco do mundo do futebol e voltar aos assuntos que ele tinha antes.
O Bugatti Veyron que ele te deu de presente ainda está na garagem?
Em Madri, guardado. Não uso, já que estou morando na Turquia!
Como aconteceu o primeiro contato do Anzhi e qual foi sua reação ao ver que time era?
A proposta veio logo depois do gol que fiz contra a Portuguesa e também naquela semana turbulenta depois do jogo contra o Tolima, que eu nem joguei. Em uma segunda-feira recebi a ligação do Fabiano Farah para que eu fosse ao hotel Intercontinetal em São Paulo, porque havia uma pessoa que queria falar comigo. Aí saiu a proposta do Anzhi, e eu procurei saber mais sobre o clube. Na época o German (Tkachenko), que era o diretor do Anzhi, me deu toda segurança do mundo de que o time não iria morar em Makhachkala e sim em Moscou, e Moscou eu já conhecia, Makhachkala não. O contrato era de quatro anos, eu aceitei e fiquei feliz, de verdade, de poder conhecer aquele povo tão simples de Makhachkala e uma cidade tão grande como Moscou. Veio tudo na hora certa, não tenho do que reclamar.
Sobre Seleção Brasileira, como você avalia o trabalho do Felipão até aqui?
Avaliar o trabalho do Felipão é difícil. É difícil avaliar o trabalho de um cara que é vencedor. Ele está mostrando mais uma vez na Seleção que conhece aquilo lá, Seleção é algo natural para ele. Ganhou a Copa das Confederações, acho que na Copa do Mundo o Brasil vai bem, fará grandes jogos e, quem sabe, ganhar de novo essa Copa do Mundo tão esperada.
Na sua posição, o Marcelo é o titular absoluto da Seleção e não há um reserva definido ainda. O Marcelo é o melhor lateral-esquerdo do mundo na atualidade?
Na minha opinião, sim. Além de jogar no Real Madrid, pela maneira como ele joga é completamente diferente dos outros laterais de qualquer time, Bayern, Barcelona. Acho que ele é o melhor, principalmente pela sua experiência, é capitão, líder, tudo isso ajuda para que ele seja o melhor da posição no mundo.
Você acompanhou as manifestações organizadas pelo Bom Senso no Campeonato Brasileiro?
Tenho acompanhado sim. Acho que estão bem feitas, e espero que a CBF entenda isso. O jogador tem direito de reivindicar, estão nos direitos deles em pedir menos jogos, mais descanso e mais espetáculo. Não dá tempo de fazer nada! Não dá tempo de descansar, ficar com a família... Sempre tem jogos, viagens e hotel. Acho que isso está vindo em uma hora boa e espero que a CBF possa ajudar os jogadores e não pense somente nela.
Com toda experiência que você tem de clubes e Seleção Brasileira, CBF, acha que será necessária uma medida mais drástica dos jogadores para que a CBF mude radicalmente?
Não, não precisa ser tão drástico assim. Basta apenas a CBF abrir as portas, chegar em um acordo com os jogadores. Tudo é conversado, não adianta entrar em polêmica. Se tiver um acordo bom, jogadores, CBF, aí vai chegar em um consenso bom.
Com exceção da passagem pelo Corinthians, você passou os últimos anos da sua vida vivendo e trabalhando na Europa. Em que nível você coloca o Campeonato Brasileiro?
Coloco mais ou menos no nível do Campeonato Espanhol. O Campeonato Brasileiro é muito poderoso, muito potente, muito forte. Então coloco no mesmo nível, pena que a desorganização do futebol brasileiro acaba prejudicando um pouco isso, mas dentro de campo estamos no mesmo nível de futebol espanhol, futebol inglês, futebol italiano. Pra mim não há muita diferença.
Qual é a duração do seu contrato com o Sivasspor?
Dois anos, esse e mais um.
Sua expectativa é continuar na Europa ou treinar logo um time do Brasil?
Quero fazer minha carreira aqui na Europa, mas lógico, pra terminar de verdade no Brasil. Aqui serão mais uma dez anos, 15 anos e depois a gente vê o que faz.
Pra fecharmos a entrevista, um assunto chato e pelo qual você passou na Rússia: racismo. Você teve problema em dois jogos, contra Zenit e contra Krylya Sovetov, dois jogos fora, em São Petersburgo e Samara. A Rússia vai receber a Copa do Mundo de 2018. Esse é um problema que pode ser contornado, ser resolvido na Rússia, já que é uma questão social?
A Rússia não é um país tão racista assim. Pode ser que antes era um pouco mais, mas agora não tem tanto racismo na Rússia. Em outro dia na Espanha, por exemplo, houve o problema com o Paulão também. Isso aí é coisa de gente estúpida, sem educação, que vai ao estádio só para fazer baderna. A verdade do futebol russo não é essa. Um país civilizado, um país rico, é uma vez ou outra que acontece. A pessoa briga em casa e vai lá no campo encher o saco do jogador, mas não tem nada demais.

Operador de guindaste da Arena Corinthians estava em 'maratona' de 18 dias de trabalho, diz Ministério

mila Mattoso/ESPN.com.br
Guindaste caiu no Itaquerão e matou duas pessoas
Guindaste caiu no Itaquerão e matou duas pessoas
Após o acidente que matou dois operários na Arena Corinthians há cerca de duas semanas, o superintendente regional do Ministério do Trabalho de São Paulo, Luis Antonio Medeiros, afirmou nesta terça-feira durante vistoria no estádio da Zona Leste paulistana que o operador do guindaste responsável pela tragédia estava numa maratona de trabalho.
Segundo Medeiros, o operário que conduzia a máquina estava sem folga havia 18 dias. "Devido à rapidez da obra, todo dia aqui tem duas horas extras. Estava conversando com a Odebrecht no sentido da gente dar uma limitada nisso. É legal fazer duas horas extras por dia, mas soube agora que o mecânico do guindaste estava há 18 dias sem nenhum descanso. Então, nós vamos limitar onde houver perigo, onde o cidadão é quase um piloto, tem que estar desestressado, tem que estar tranquilo", afirmou.
"Ele [operador] falou para nós e nós temos os dados. Ministério do Trabalho tem [acesso a] cartão de ponto, tem tudo. Eu não sei o que a empresa combinou com ele se esses 18 seriam compensados se era banco de horas. Nós achamos que há uma exaustão para a pessoa que opera um mecanismo tão delicado", completou.
O nome do operário que controlava o guindaste é José Walter Joaquim, de 56 anos. Segundo o ministério, ainda não há como relacionar as duas mortes com a carga de trabalho consecutiva do trabalhador. A Odebrecht, construtora responsável pela obra, ainda não comentou o caso.

Seedorf revela proposta feita ao Bom Senso: Brasileiro durante toda a temporada

Pedro Henrique Torre/ESPN.com.br
Seedorf durante sua participação no Footecon, no Rio de Janeiro
Seedorf durante sua participação no Footecon, no Rio de Janeiro
Líder do Botafogo e um dos integrantes do movimento Bom Senso FC, o meia Seedorf atuou como palestrante nesta terça-feira pela manhã em Copacabana, no Rio de Janeiro, durante a Footecon. Após desfilar por anos nos gramados europeus e agora encarar a dura realidade do futebol brasileiro, Seedorf explicou que, durante as reuniões do Bom Senso FC, ele sugeriu uma opção para melhorar o calendário, adequando a maior competição nacional e mantendo os estaduais.
"Acho calendário é um problema, sim. Um grande problema. Não é a quantidade os jogos, mas a distriubuição dos jogos. Fiz uma proposta. Sem perder nada de Estadual, nada de nada. Você usa o campeonato nacional o ano todo e o Estadual você leva um pouco mais para frente. Desta maneira você vai valorizar o Estadual. Os jogadores que estão reservas ganham mais rodagem. O técnico vai ver jogadores que estão no banco, que vão poder jogar", disse o holandês.
Durante os anos de experiência no futebol europeu em Ajax, Real Madrid, Milan, entre outros, o atual camisa 10 do Botafogo não se cansou de viajar para jogar por Itália, Holanda e Espanha. Mas, no Brasil, ele encontrou dificuldades devido às dimensões continentais do país. Segundo ele, o grande trajeto entre um local e outro dos jogos deve ser levado em conta na hora de elaboração do calendário do futebol brasileiro.
"Na Itália a gente viaja no máximo 1h30. Aqui tem voo de cinco horas. E dorme pouco, não treina, não descansa, não come direito. Essas cosias vem desgastando, vem a cobrança da imprensa. Começam a criticar jogadores, que enfrentam outro problema, o emocional, o psicológico. E o torcedor tem um espetáculo ruim. Estádio vazio tem muito a ver com isso. Tem muito jogo", completou Seedorf.
O holandês, ao menos de acordo com o contrato assinado, vai continuar no futebol brasileiro na próxima temporada. O vínculo dele com o Botafogo vai até junho de 2014.

Presidente do Flu marca coletiva nesta terça e deve anunciar saídas de Dorival e Rodrigo Caetano

O presidente do Fluminense, Peter Siemsen, deve anunciar nesta terça-feira as saídas do técnico Dorival Júnior e do diretor-executivo de futebol Rodrigo Caetano. A entrevista coletiva, que estava marcada para quarta-feira, foi antecipada para às 17h desta tarde, nas Laranjeiras. Os contratos do treinador e do dirigente terminam em dezembro deste ano e não devem ser renovados, após o rebaixamento do time para a Segunda Divisão do Brasileiro.

As mudanças no comando foram decididas em uma reunião da cúpula tricolor nesta segunda à noite, no Rio de Janeiro. Dorival Júnior dirigiu o time por apenas cinco partidas, mas não conseguiu evitar a queda para a Série B. O treinador, que já assumiu o Flu em uma situação complicada na tabela, obteve três vitórias, um empate e uma derrota. Apesar de ter recebido elogios dos dirigentes, Dorival não vai continuar por causa do alto salário, cerca de R$ 600 mil por mês.
A saída de Rodrigo Caetano já vinha sendo comentada há alguns meses nos bastidores das Laranjeiras. O diretor gaúcho, que estava no Fluminense desde o início de 2012

Cruzeiro já admite interesse em Fred. Chance de mudança é enorme se Flu não segurar

Nas primeiras horas do Footecon, tradicional seminário dos treinadores realizado anualmente no Rio, a grande novidade é sobre um jogador: Fred. Desde o Brasileirão ESPN do último domingo, está claro que o Cruzeiro vai para cima dele. Quer o antigo ídolo de volta.
Há três meses, o Cruzeiro observa a situação do Fluminense e já estava decidido a partir para cima do seu centroavante entre 2004 e 2005. Com o rebaixamento consolidado, Fred disse a seus companheiros que ficará.
Ele tem contrato e poderá cumpri-lo se o presidente Peter Siemsem mantiver o nível de investimento para o ano que vem.
Mesmo assim, o Cruzeiro vai para cima. Nos bastidores do Footecon, a confirmação chegou de dirigentes de Belo Horizonte. 

O craque e a Copa

Portugal tem mais motivos para reclamar do sorteio dos grupos da Copa do Mundo do que o Brasil. Caiu contra a Alemanha e não é favorita nem sequer para ser a campeã de sua chave. Não é comum a seleção onde joga o melhor jogador do mundo não ser favorita do Mundial. Até hoje, só aconteceu com Portugal.
Em 2001, Luis Figo foi eleito pela Fifa. No ano seguinte, Portugal foi eliminado na primeira fase, por Coreia do Sul e Estados Unidos.
Cristiano Ronaldo não é melhor do que Messi. Mas está. É quase certo que será eleito o melhor do planeta em janeiro. Mas isso não faz dos portugueses favoritos. Nem de seu grupo.
O maior craque do planeta não combina com Copa do Mundo no século 21. Figo e Zidane foram péssimos em 2002, Ronaldinho Gaúcho foi mal em 2006, Messi não jogou o que podia em 2010. Coincide com as temporadas que castigam mais desde 1998. Mesmo na Europa, joga-se mais vezes e mais intensamente do que no passado.
Mesmo em 1998, os italianos da Juventus acusaram Zidane de ter se poupado durante a temporada para arrebentar na Copa do Mundo. Nem uma coisa nem outra. Com Zidane à meia carga, a Juventus foi campeã italiana e vice-campeã da Champions League. Na Copa, atuou em bom nível, mas brilhou mesmo na decisão contra o Brasil.
Cristiano Ronaldo está jogando tão bem e tão forte que é fácil imaginá-lo esgotado no início de junho, quando estrear contra os alemães, na Bahia, às 13h.
O Brasil de Ronaldo e de Ronaldinho Gaúcho, a Argentina de Messi, a Itália de Roberto Baggio... Todos eram favoritos quando tinham o melhor jogador do planeta. Você acredita em Portugal campeão do mundo?
O MERCADO
O Santos ofereceu R$ 500 mil de salário ao meia Diego. Ele recusou. Pediu R$ 700 mil livres de impostos para voltar ao Santos. Leandro Damião poderia jogar na Vila Belmiro se o Santos pagasse R$ 14 milhões ao Inter. A oferta de R$ 12 milhões não agradou.
O mercado está louco.
O Palmeiras não tem dinheiro e aposta nos prêmios por bons resultados para que Elano e Lúcio joguem o que jogavam em 2010. Não está tão disposto a fazer esforço por Bruno César, que foi seu jogador nas divisões de base. O futebol de 2013 dos dois não permite nenhum tipo de investimento.
O São Paulo só tem dois reforços. Roger Carvalho foi um zagueiro estupendo no Figueirense de 2011. Não jogou bem nem no Genoa nem no Bologna, entre 2012 e 2013.
A melhor maneira de montar um time competitivo para o ano que vem é descobrir o talento onde ele está, não onde esteve. Nesse caso, vale o investimento, mas não deixa de ser uma aposta.


Os primeiros passos de Santos, São Paulo e Palmeiras parecem indicar o caminho inverso.

Questão de Estado

O pior Brasileirão da história dos pontos corridos terminou com o pior episódio de todas as rodadas finais. Não faz ainda duas semanas das mortes no estádio do Corinthians em Itaquera e quatro pessoas foram levadas para o hospital São José, em Joinville.
Entre os dois acontecimentos, a presidente Dilma Rousseff discursou sobre o futebol estar no coração de cada brasileiro.
É tempo de estar no dela.
O futebol é questão de Estado. A participação no PIB é de 0,2%, contra 1,2% na Espanha. Fazer do futebol um espetáculo seguro onde todos queiram estar presentes transformará sua participação na economia do país.
Ou a presidente Dilma Rousseff age ou fará o Brasil passar vexames semanais daqui até a Copa do Mundo --e durante ela também-- como passou nas duas últimas semanas.
A vergonha nacional desta temporada passa pelo que se viu neste ano em campo.
Tecnicamente, o Campeonato Brasileiro foi o pior dos últimos dez anos. A pior média de gols também, empatado com a competição do ano passado com 2,47 por partida. Na Alemanha, a média de gols é de 3,23 por jogo.
Na quinta-feira, na Costa do Sauipe, o técnico italiano da Rússia, Fabio Capello, elogiou a seleção brasileira, comparando-a às equipes europeias: "Scolari escala um meio de campo robusto", disse.
Uma parte do que se vê no campeonato é característica do futebol do Brasil, seu estilo. Outra parte, falta de atualidade.
O Cruzeiro foi campeão jogando bem, mas com muito mais espaço entre suas linhas de volantes e atacantes. Muito mais do que deveria haver.
Tem a ver com o cansaço dos jogadores.
Os jogos do segundo turno foram piores do que os do primeiro, porque se jogou sem descanso em todas as quartas e domingos. Se o jogador tem pernas para correr, corre. Ocupa espaços, cria boas jogadas, melhora a qualidade do jogo.
Nos últimos dez anos, discutiu-se a qualidade dos jogos disputados no Brasil, mas não o equilíbrio. Neste ano, também houve espaço demais na tabela de classificação. Doze pontos entre o campeão e o vice é a terceira maior distância entre os dois melhores times do campeonato. Só o título do São Paulo de 2007, com 15 pontos sobre o segundo colocado, e do Cruzeiro em 2003, 13 acima do segundo colocado, foram maiores.
Mesmo com tudo isso, esta segunda-feira poderia ser o dia de comemorar a participação mais forte de clubes de fora do Rio de Janeiro ou de São Paulo. Foi só a terceira vez na história em que campeão e vice não foram cariocas nem paulistas. Não acontecia desde o título do Bahia em 1988, com o Inter em segundo lugar.
O que há de bom fica em segundo plano. Ficará enquanto o Estado brasileiro não agir.
A DIFERENÇA


As homenagens para Tite nas últimas cinco partidas do Corinthians no Brasileirão são justas, pelo que fez entre 2010 e 2012. Mas acontecem mesmo porque a despedida foi anunciada semanas atrás. Houvesse a renovação e certamente alguém reclamaria do time que não faz gols e perde até do Náutico. A saída de Tite e a chegada de Mano mudam o perfil do treinador. No Corinthians, a frase é que Mano sabe ser mau quando é preciso. Tite, não. O bom caráter pode ter sido um dos motivos de não ter conseguido tirar o mesmo desempenho dos jogadores campeões mundiais durante todo o ano.

Pigossi sobe e entra no top 300 pela primeira vez

Miami (EUA) - Pela primeira vez na carreira, a paulista Laura Pigossi, de 19 anos, aparece entre as 300 melhores no ranking da WTA. Na lista desta segunda-feira, ela ganhou 11 colocações em relação à última, figurando no 297º posto, o mais alto até então.
Na contramão de Pigossi, a também paulista Paula Gonçalves amargou queda da 284ª para a 335ª colocação e com isso perdeu a condição de terceira melhor brasileira no ranking, que agora é ocupada por Pigossi.
A melhor representante nacional na WTA continua sendo a pernambucana Teliana Pereira, que se manteve no 98º posto e é a única top 100 do país. Quase 200 lugares abaixo aparece a paulista Beatriz Haddad, que ganhou três lugares e agora a 292ª melhor do mundo.
Quem vem subindo bem nas últimas semanas é a gaúcha Gabriela Cé, que venceu 18 partidas seguidas e por conta destes resultados está cada vez melhor no ranking. Ela começou essa série invicta no 396º lugar e agora está no 339º, 22 acima do que ocupava na semana passada.
Nesta semana, as principais brasileiras estarão em ação no ITF US$ 25 mil da Costa do Sauípe, em busca de mais pontos no ranking. Apenas Bia não vai jogar o torneio baiano, que terá em sua chave Teliana, Gabi Cé, Pigossi, Gonçalves e outras 16 atletas nacionais.

Retorno de Oudin às quadras continua indefinido

Marietta (EUA) - No momento em que boa parte das jogadoras está pegando firme nos treinamentos de pré-temporada, a situação da norte-americana Melanie Oudin está totalmente indefinida. Ela segue em recuperação de uma lesão muscular que fez seus braços incharem e não pode fazer muita coisa.
A quadrifinalista do US Open de 2009 está limitada pelos médicos a uma corrida de uma hora por dia e só, sem poder fazer qualquer outro tipo de exercício e tampouco pegar na raquete. Oudin ainda não sabe quando poderá retomar as atividades normais e dependendo da data ela pode até perder o Australian Open.
Por conta da preparação limitada, a norte-americana de 22 anos já sabe que terá de desistir de jogar em Auckland, torneio da primeira semana da próxima temporada que começa no dia 30 de dezembro. Ela foi diagnosticada, duas semanas atrás, com rabdomiólise, que pode ser causada por esforço intenso e pode levar a danos nos rins.
Uma das possíveis causas da rabdomiólise é o exercício físico extenuante, realizado em condições de muito calor e alta umidade em pessoas com hidratação inadequada. Atual 129 do mundo, Oudin quer alertar os demais atletas para o que o excesso de treinamento pode causar.
"Nós fizemos uma sessão muito difícil de levantamento de peso nos membros superiores por cerca de uma hora e meia e isso foi demais para mim, pois não levantava peso fazia um tempo. Acho também que estava um pouco desidratada e isso corrobora com o que os médicos pensam. Assim os meus músculos começaram a quebrar", disse Oudin.

Stosur espera resultados melhores no próximo ano

Sydney (Austrália) - No começo de 2013, a australiana Samantha Stosur estava no top 10 e chegava como forte candidata aos títulos dos primeiros torneios do ano. Contido, mesmo jogando em casa ela não obteve grandes resultados e conseguiu apenas uma vitória nos três torneios que jogou em seu país natal, caindo na estreia em Brisbane e Sydney e na segunda rodada no Australian Open.
Só que na próxima temporada ela espera obter resultados melhores. Stosur revela que não sente uma pressão extra para jogar bem em casa, mas também quer jogar bem em seu país. "Por um lado, não me coloco pressão, mas por outro há sempre aquela pressão por querer jogar bem quando está em seu país natal, principalmente em um Grand Slam", explicou a australiana.
Campeã do US Open em 2011, Stosur fecha a atual temporada com dois títulos e dois vices, conquistados predominantemente nas últimas semanas. Dos três últimos torneios que disputou, ela venceu um (Osaka) e perdeu os outros dois apenas na final (Moscou e Sofia), ambos diante da romena Simona Halep.
Stosur não tem se contentado com o que obteve ultimamente e pretende voltar a brilhar nos principais torneios e assim subir no ranking. "Os últimos anos têm sido um tanto desapontadores, por isso espero que no próximo eu possa ir bem. É isso que eu quero, pois assim terei a chance de fazer algo decente", pontuou a atual 18 do mundo.
Um dos aspectos que Stosur pretende melhorar para a próxima temporada é a movimentação. "No ano passado, fazia muito alongamento e bicicleta, pois por um bom tempo não estava podendo levantar peso com as pernas. Trabalhei bem mais nisso neste ano e espero colher os dividendos", comentou a australiana.

Favoritas arrasam na estreia na Costa do Sauípe

Costa do Sauípe (BA) - Quatro das oito cabeças de chave do ITF US$ 25 mil da Costa do Sauípe estrearam na competição nesta segunda-feira e todas elas se deram muito bem, arrasando suas primeiras adversárias. Os destaques foram as paulistas Eduarda Piai e Nathalia Rossi, que triunfaram com direito a "bicicleta".
Sétima favorita, Rossi não perdeu um game sequer para a compatriota Andressa Souza, aplicando duplo 6/0 para alcançar a segunda fase. O mesmo placar se repetiu na vitória de Piai, oitava pré-classificada, diante da goiana Yasmine Guimarães.
Duda agora terá pela frente a portuguesa Ivone Alvaro, algoz da quali brasileira Juliana de Carvalho, que acabou derrotada em sets diretos, com parciais de 6/4 e 6/1. Já a próxima oponente no caminho de Rossi será também uma portuguesa, Barbara Luz, responsável pela eliminação da italiana Lara Raful na rodada de estreia, anotando placar final de 6/4 e 6/4.
Outra brasileira que se deu bem e confirmou o favoritismo na estreia com um placar elástico foi a gaúcha Gabriela Cé. A cabeça de chave número 6 perdeu apenas um game para a argentina Carolina Zeballos, contra quem anotou 6/1 e 6/0. Ela agora encara a argentina Stephanie Pettit, que bateu a goiana Flavia Guimarães com duplo 6/2.
Quarta mais bem cotada, a paraguaia Montserrat Gonzalez superou a rodada inicial também com direito a "pneu". Ela superou a quali brasileira Luciana Ullmann com placar final de 6/4 e 6/0 e agora mede forças com outra brasileira, Maria Silva, que bateu a compatriota Marcela Bueno com aprciais de 6/2 e 6/1.

'Com Serena viramos favoritas', diz capitã dos EUA

Miami (EUA) - Mary Joe Fernandez, capitã norte-americana da Fed Cup, acredita que a presença da número 1 do mundo Serena Williams para o confronto da primeira rodada da competição no próximo ano, contra a atual campeã Itália, faz dos Estados Unidos o time favorito para avançar às semifinais.
O confronto entre italianas e norte-americanas acontecerá entre os dias 8 e 9 de fevereiro em Cleveland. Será a quarta vez que as duas nações se enfrentam nos últimos seis anos e a vantagem tem sido toda da Itália, que venceu todos os três duelos anteriores e não perde dos Estados Unidos desde 2003.
Contudo, a vantagem no retrospecto geral ainda é das americanas, que somam nove triunfos e três derrotas. "Pelos encontros anteriores, sabemos que se Serena não estiver a Itália será a favorita", declarou Fernandez. "Elas têm Sara Errani no top 10 e Roberta Vinci perto das 10 melhores. Além disso, elas são a dupla número 1 e ainda contam com Flavia Pennetta e Francesca Schiavone".
A capitã norte-americana ainda listou Karin Knapp e Camila Giorgi, que jogaram bem no US Open e podem ajudar a Itália no confronto. "É uma equipe com muita experiência e com estilos diferentes de jogo. Elas são capazes de alterar o estilo de acordo com seu oponente", comentou Fernandez.
"Tem sido um grande desafio enfrentar as italianas nos últimos anos para nós. Claro que se Serena vier jogar nos tornamos as favoritas", observou a capitã dos Estados Unidos. Além da número 1 do mundo, Fernandez pode contar também com Sloane Stephens (12ª), Jamie Hampton (28ª), Madison Keys (38ª), Venus Williams (47ª) e Bethanie Mattek-Sands (48ª).

Governo debate a violência, mas livra a cara das organizadas. Gol contra?

Se nenhuma intempérie atrapalhar, a violência nas arquibancadas tomará conta de uma mesa-quadrada na capital da 'ilha da fantasia do mestre Tattoo', nesta quinta.
Os últimos acontecimentos envolvendo os anjinhos organizados pelo diabo na barbárie de Joinville provocaram uma reunião de emergência.
Discutirão o jovem centenário problema: Ministério Público, conselho do Ministério da Justiça, Circo Brasileiro de Futebol, clubes, federações e Ministério do Esporte.
Medidas drásticas serão tomadas, garante Antonio Nascimento, secretário de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor. Mas uma das mais pleiteadas por verdadeiros torcedores, a extinção das organizadas, está fora de cogitação no governo.
Em outubro, a Stochos Sports Entertainment divulgou pesquisa em que 84,7% dos entrevistados (8.112 pessoas) apontavam as organizadas como grandes responsáveis pela violência nos estádios. Já 8,4% culpavam os órgãos de segurança.
A justificativa do governo para lutar contra a opinião pública: há quase dois milhões de integrantes de organizadas no país e a grande maioria não pode pagar a conta da violência por causa um pequeno bando de marginais.
A solução: aplicar a lei e prender os bandidos. O problema é criminal e não esportivo.
Um caminho que certamente seria muito fácil de ser percorrido num país minimamente respeitável, em que as leis são cumpridas. Doa a quem doer.
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Lusa cai, Flu sobe? O tapetão volta a voar na pátria de chuteiras. Belo e formoso. Primeiro, na tentativa do Vasco de culpar o Furacão pelos vergonhosos acontecimentos em Joinville e, assim, safar-se da degola. Agora, ‘descobriu-se' um erro na escalação de Heverton contra o Grêmio e a Lusa pode pagar o pato. Expulso contra o Bahêa, o meia cumpriu suspensão diante da Ponte e foi julgado pelo STJD na última sexta. Pegou dois jogos de gancho e deveria cumprir o segundo contra o Grêmio, mas entrou em campo. Resultado: a Lusa pode perder quatro pontos, cair para a segundona e salvar o Fluminense, o eterno rei do tapetão.
Sugismundo Freud. Honestidade não tem preço, tem berço.
Galoucura. Boa parte do receio dos atleticanos em disputar uma possível final com o Bayern de Munique, no Mundial do Marrocos, desapareceu. O ‘bicho-papão' não é tão feio como pintam. O Galo bico de ouro pode devorar os chucrutes numa boa. Que o diga o Manchester City. Mesmo sem vários titulares e jogando na casa do inimigo, o time inglês venceu os alemães por 3 a 2, depois de estar perdendo por 2 a 0, pela última rodada do grupo D da Champions. O Bayern, que sofreu a segunda derrota em toda a temporada e a primeira no torneio, vinha de 10 vitórias consecutivas.
Dona Fifi. Placar das possibilidades de título na final da Copa Sul-americana: Lanús 72,8% x 27,2% Ponte.
Gilete press. De Bernardo Itri, na 'Folha': "Rebaixado, o Fluminense gastou R$ 245 mil por jogo com Fred e R$ 900 mil por gol do centroavante desde o fim da Copa das Confederações até o término do Brasileiro. Após o título com a seleção, Fred recebeu aumento do Fluminense e da Unimed, patrocinadora, e passou a ganhar R$ 900 mil mensais. Mas, entre o fim da Copa das Confederações e o rebaixamento, o capitão do time só disputou 11 partidas e marcou apenas três gols. Fred se lesionou em agosto e está parado desde então." Lek, lek, lek...
Twitface. Projeto do Ministério Público de São Paulo: clubes que ajudam a bancar torcidas envolvidas em brigas perderiam seis pontos no campeonato sempre que os vândalos entrassem em confronto.
Tititi d'Aline. Um pacato barbeiro do bairro Austin, em Nova Iguaçu, ex-saxofonista de uma banda de igreja evangélica. O samaritano personagem é Leone Mendes da Silva, 23 anos, o brucutu flagrado com um tacape na mão na selvageria em Joinville. Há dois anos, ele foi denunciado pelo MP por incitar a violência no Engenhão.
Você sabia que... o Vasco pagou aluguel de ônibus e deu desconto de 75% nos ingressos para a torcida no jogo da vergonha?
Bola de ouro. Botafogo. Decidiu fechar a burra: nada de 'professor' com grife, ganhando os tubos. O último foi Oswaldo de Oliveira, que beliscava R$ 380 mil por mês.
Bola de latão. Marcelo Moreno. Pelos ótimos serviços não prestados ao Urubu, o boliviano já foi comunicado que terá de se apresentar ao Grêmio na volta das férias. O atacante disputou 21 partidas e marcou apenas cinco gols.
Bola de lixo. Vasco. Pior do que ser rebaixado pela segunda vez em cinco anos será continuar subjugado aos encantos de Roberto Dinamite e Eu-rico Miranda.
Bola sete. "Todos os discursos das autoridades sobre ‘providências para combater a violência nos estádios' são bobagens. O esporte está sendo tratado exclusivamente com foco nos negócios, na renda, no lucro. Aí a eficiência é outra" (de José Cruz, no ‘Uol' - na mosca).
Dúvida pertinente. A Macaca vai roubar o panetone do Botafogo?