terça-feira, 11 de março de 2014

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Foi um desrespeito a patrocinador, seleções, jogadores e clubes

A terceira parte do dossiê vôlei publicada hoje no ESPN.com.br, pelo competente jornalista Lucio de Castro, mostra que a CBV desrespeitou clubes, seleções, jogadores e o seu principal patrocinador.

LEIA MAISContrato da CBV vale R$ 10 mi a diretor geral e braço direito de presidente da FIVB
CBV suspende contratos e diz que vai investigar gestão Ary Graça
Após denúncias, Murilo cobra CBV: 'É um descaso com jogadores e população'

Os jogadores sempre reivindicaram melhorias, que eram negadas por falta de dinheiro. Melhorias como premiações, viagens aéreas em classes mais confortáveis. Lembra das meninas que foram disputar o Sul-Americano no Peru e viajaram de classe econômica, todas apertadas? A justificativa, na época, é que não havia verba para viagens na América do Sul.

Será mesmo que não tinha? Muitos clubes tiveram problemas financeiros nos últimos anos, mas nenhum teve o socorro da CBV. A desculpa era sempre a mesma: falta de verba, falta de dinheiro. Pelos documentos apresentados na reportagem, será que estava faltando dinheiro mesmo?

Em nota divulgada agora há pouco, a CBV disse que vai contratar auditoria externa para apurar as denúncias. O superintendente geral da entidade, Neuri Barbieri, promete que fará uma revisão completa nos contratos e vai tomar as providências caso sejam confirmadas irregularidades. 

É o mínimo a se fazer. As provas são contundentes. Já clubes e jogadores, que também foram passados para trás, não podem mais ficar calados. Não adianta nada falar depois de tudo consumado. Murilo e Gustavo foram os primeiros a se manifestar e demonstraram coragem

Sempre ouvi muitos jogadores reclamarem nos bastidores. E eles sabem muita coisa. Está na hora de falar para acabar com a farra de dinheiro público. Para o bem de todos e, especialmente do vôlei brasileiro que é muito maior do que toda essa "podridão" que está sendo revelada.

CBV suspende contratos e diz que vai investigar gestão Ary Graça

Divulgação
Presidente da CBV diz que reivindicações de atletas serão atendidas
Presidente da FIVB, Ary Graça Filho teve seus contratos à frente da CBV suspensos
Após as denúncias apresentadas pelo jornalista dos canais ESPN Lúcio de Castro no Dossiê Vôlei, a confederação brasileira do esporte (CBV) anunciou nesta terça-feira que contratou uma auditoria externa para avaliar os contratos firmados pela gestão anterior, sob o comando do atual presidente da federação internacional (FIVB), Ary Graça Filho. Como forma de precaução, a entidade que rege o voleibol nacional suspendeu todas as parcerias firmadas até 2012.
Nas últimas semanas, Lúcio revelou que dois ex-dirigentes da CBV - Marcos Pina e Fábio André Dias Azevedo - ganharam R$ 10 milhões cada em comissões de um contrato assinado diretamente pela entidade com o Banco do Brasil. Após a denúncia, Pina deixou a superintendência geral da CBV.
Ary Graça Filho comandou o vôlei brasileiro de 1997 a 2012, quando foi eleito presidente da Federação Internacional. O atual mandatário da CBV é Walter Pitombo Larangeiras.
Leia abaixo a nota divulgada pela Confederação Brasileira de Voleibol:
CBV contrata auditoria externa para avaliar contratos
A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) decidiu contratar auditoria externa, de reputação reconhecida, para avaliar contratos de terceirização de serviços assinados na gestão anterior. A auditoria, que complementará processo de revisão interna já iniciado pela instituição, irá incluir a apuração de denúncias publicadas pela imprensa sobre supostas irregularidades em alguns desses contratos.

O objetivo é ter um diagnóstico preciso do impacto desses contratos para a instituição. E, a partir dos resultados da auditoria, definir as medidas que serão adotadas. A escolha da empresa de auditoria deverá ser definida nos próximos dias.

A atual gestão da CBV informa ainda que todos os contratos mencionados nas denúncias tiveram seus pagamentos suspensos preventivamente ou já foram cancelados. Ressalta ainda que solicitou o pronto afastamento do ex-superintendente-geral, Marcos Pina.

Será realizada também uma avaliação jurídica dos referidos contratos.

"Iremos realizar uma revisão completa de todos os contratos de terceirização de serviços para tomar as providências necessárias caso problemas sejam detectados", explica o novo superintendente-geral da CBV, Neuri Barbieri.

A CBV reafirma seu compromisso com o voleibol e reforça que sua atuação é mundialmente reconhecida como exemplo de boa gestão esportiva. Em razão do trabalho profissional desenvolvido pela CBV, instituição fundada em 1954, o voleibol brasileiro é referência mundial. A CBV entende que a defesa do esporte está atrelada à adoção de atitudes transparentes e de rigor em relação à sua gestão.

Repórter da ESPN chora ao falar de furo sobre irregularidades no vôlei


Eleja o melhor comentarista esportivo de 201336 fotos

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Lúcio de Castro, da ESPN Reprodução
Nesta terça-feira o repórter e comentarista Lúcio de Castro foi às lágrimas na segunda edição do Bate-Bola da ESPN. Ao falar sobre sua reportagem intitulada “Dossiê Vôlei'', onde ele denuncia esquema de corrupção da CBV, ele não se conteve e interrompeu sua fala com a voz embargada.
“Nestas horas não dá para separar o cidadão do jornalista. O que estas pessoas falam dos pobres, mas o pobre pode andar de cabeça erguida porque ganhou seu dinheiro suado… é… (silêncio e choro). Segue aí Dudu (Eduardo Monsanto, apresentador do programa)'', interrompeu Lúcio de Castro.
Na sequência, o comentarista Mauro Cézar Pereira continuou comentando a segunda parte da série de matérias que revelou um esquema de corrupção que teria desviado R$ 10 milhões de dinheiro público destinado ao vôlei para a empresa S4G Gestão de Negócios, cujo dono é Fábio André Dias Azevedo, braço direito de Ary Graça Filho, presidente da Confederação Brasileira de Vôlei.
Quando Eduardo Monsanto chamou novamente o repórter, ele se desculpou por deixar a emoção aflorar.
“Vamos ver se agora a gente consegue, desculpa aí Dudu. Ufa!'', recomeçou.
“Foi bonito Lúcio'', elogiou Paulo Vinícius Coelho, outro comentarista do programa, ao fundo. Os usuários do Twitter parece que concordaram com PVC e também repercutiram o caso positivamente. Veja:

Após denúncias, Murilo cobra CBV: 'É um descaso com jogadores e população'

"Estou tentando medir minhas palavras".
O ponta Murilo Endres revelou ao ESPN.com.br ter sido pego de surpresa pelas denúncias reveladas por Lúcio de Castro em série de reportagens sobre a bonificação a ex-dirigentes da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) por causa do contrato de patrocínio assinado com o Banco do Brasil. O jogador do Sesi-SP pediu apuração e disse estar se contendo para não fazer maiores críticas.
Pelo Twitter, Murilo e seu irmão Gustavo se pronunciaram com indignação à denúncia.
Ao ESPN.com.br, Murilo disse esperar que as denúncias sejam apuradas e cobrou o posicionamento da CBV através de seu presidente, Walter Pitombo Larangeiras, ainda nesta terça.
"Fui pego de surpresa, é uma coisa que a gente não espera. São denúncias sérias envolvendo a nossa instituição máxima. Gostaria e vou fazer o possível para ser apurado. Para o bem do vôlei, dos atletas, as denúncias têm que ser investigadas e resolvidas. O que vai acontecer com os envolvidos, com o dinheiro? Vai para o ciclo olímpico mais importante do nosso país, para a formação de atletas, fomento do vôlei, os clubes que passam dificuldades? Envolve muito mais coisas além do meu conhecimento. Vou torcer, vou fazer todo o possível. Pelo choque da notícia, às vezes a gente fala coisa que não deve. Tem que investigar e punir aqueles que forem culpados", falou.
Questionado se o grupo de jogadores que cobra melhorias no vôlei nacional, "Unidos por um Voleibol Melhor", está repercutindo a reportagem, o ponta da seleção brasileira respondeu: "O grupo mantém contato, está criando a associação para que os atletas tenham mais força. Falei com Gustavo por WhatsApp, mandei o link da primeira matéria, mas dessa ainda não deu tempo. São denúncias sérias. São valores expressivos. Já deve estar havendo alguns comentários no grupo, não tive tempo de ler".
"É um descaso, falta de respeito com nós, jogadores, mas por se tratar de dinheiro público, pois é um contrato com o Banco do Brasil, é também com a população. Estou tentando medir minhas palavras. Tem que investigar os contratos, o presidente precisa se pronunciar hoje, não adianta soltar uma nota pedindo esclarecimento. Ele tem de vir a público falar", cobrou Murilo.

'Guerreiro do câncer' não liga para último lugar: 'Estou prestes a morrer'

icar em último lugar é algo que a maioria dos atletas evita. Mas às vezes o que importa não é o resultado, mas completar a prova. É o caso do americano Augusto Jose Perez. Nesta terça-feira, ele completou os 12,5 km do biatlo sentado na 19ª e última posição, em 48m40s9, quase 14 minutos abaixo do vencedor, o russo Roman Petushkov, e mais de sete minutos depois do penúltimo colocado. No domingo, em sua estreia nas Paralimpíadas de Inverno de Sochi, ele foi um pouco melhor: acabou em 17º entre os 21 da prova dos 15km na modalidade que combina esqui cross country e tiro.
sochi Augusto Jose Perez (Foto: Agência Getty Images)Augusto Jose Perez compete em Sochi sem se importar com colocação (Foto: Agência Getty Images)
Nascido em Madri e naturalizado americano, Perez fez parte do time de curling das Paralimpíadas de Inverno de Turim 2006 e Vancouver 2010. No ano seguinte mudou para o biatlo. Os 42 anos acabaram pesando, mas a última colocação foi apenas um detalhe. 
 - Não vim para correr longas distâncias e os meus adversários têm a metade da minha idade. Mas honestamente dei tudo o que podia. Por que eu fui devagar? Não me importo se eu estou prestes a morrer - disse.
Perez perdeu a perna esquerda em 2003 ao ser diagnosticado com câncer. Ele tinha acabado de completar o primeiro ano de casamento.  
- Eu morri no dia em que fui diagnosticado. Tinha apenas 15% de chances de sobreviver, então minha esposa me deixou fazer o que eu queria. Minha família é superorgulhosa de mim.
E é pela família que Perez compete. Para estar em Sochi, ele fez uma vaquinha pela internet para ajudar a juntar dinheiro. Se autointitulou "Guerreiro do Câncer IV":
- Há um ano eu estava em um hospital, fazendo tratamento de radiação, com apenas um objetivo: fazer parte do time. Eu realmente não ligo para dores, contusões ou equipamentos quebrados. Não tenho tempo a perder.
sochi Augusto Jose Perez (Foto: Agência Getty Images)Americano dá exemplo de superação nas montanhas de Sochi (Foto: Agência Getty Images)
Com transmissão do Canal Campeão, as Paralimpíadas de Sochi estão sendo disputadas desde o último dia 7 e terminam no próximo dia 16. São 585 atletas de 44 países. O Brasil participa pela primeira vez com Fernando Aranha, no esqui cross country, e com André Cintra, no snowboard. Nesta terça-feira, o SporTV 2 transmite ao vivo o esqui alpino, a partir das 8h25.
A Rússia domina amplamente o quadro de medalhas. Levou 31 até agora: dez de ouro, 12 de prata e nove de bronze. A Alemanha está em segundo, com quatro ouros, e a Ucrânia é a terceira, com dois ouros, três pratas e quatro bronzes.

Novo escândalo: contrato da CBV vale R$ 10 milhões a diretor geral e braço direito de presidente da Federação Internacional

Depois de revelar na última semana a existência de uma empresa que recebe comissão da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) em cima de um contrato de patrocínio negociado diretamente entre a entidade e o Banco do Brasil (BB) e ganhando comissão posteriormente a uma venda já realizada, a série de reportagens Dossiê Vôlei mostra agora algo ainda mais surpreendente: o mesmo patrocínio, que não prevê porcentagem a nenhuma empresa por não ter intermediários na negociação, rendia comissão também para uma segunda firma.

A mesma quantia do primeiro caso. Mais R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), totalizando R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais) em comissões por uma venda feita diretamente. Não bastasse a duplicidade no pagamento de comissão para venda sem intermediação, a operação atípica tem outro ingrediente que chama atenção: a abertura da agência beneficiada se deu exatos três dias antes da assinatura do contrato. O Banco do Brasil, ao ser questionado sobre comissões para agências na primeira reportagem, foi taxativo: "o contrato é firmado diretamente", afirmou o BB através de sua assessoria de imprensa.
O novo caso funciona assim: dois contratos de "prestação de serviços de representação e assessoria comercial" no valor total de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) pagos pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) beneficiam a "S4G Gestão de Negócios". Nos documentos obtidos pela reportagem no Cartório de Saquarema, a empresa consta ser de Fábio André Dias Azevedo. Homem de confiança e ligado a Ary Graça Filho, presidente da Federação Internacional de Vôlei (FIVB).

Tamanha ligação uniu Fábio Azevedo e Ary Graça em duas frentes: como pessoa jurídica, a S4G de Fábio foi para dentro da CBV. Como pessoa física, o dono da S4G consta como "Diretor Geral" no expediente da FIVB, primeiro cargo logo abaixo de Ary Graça, que assumiu a presidência da entidade mundial em setembro de 2012, sem, no entanto, deixar oficialmente a presidência da CBV. Até ser levado para a FIVB, Fábio Azevedo era superintendente da CBV. No organograma, abaixo apenas de Ary Graça.


Na última semana, a série de reportagens "Dôssie Vôlei" aqui publicadas mostrou que outra empresa, a "SMP Logística e Serviços LTDA" também tem contrato de "prestação de serviços de representação e assessoria comercial" em modelo semelhante aos dois compromissos com a S4G. Também por dez milhões de reais em cinco anos de contrato. Assim, somando as cotas previstas para a SMP e para a S4G, a CBV prevê pagamento de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais) para estas agências em cinco anos, por comissão pelo contrato de patrocínio com o Banco do Brasil. Um repasse de vinte milhões de reais da CBV a título de "venda de patrocínio" realizado após a venda direta do patrocínio entre o BB e a CBV.
ESPN.com.br
Fábio André Dias Azevedo (esquerda) e Ary Graça Filho (direita) na mesa de reuniões da CBV
Fábio André Dias Azevedo (esquerda) e Ary Graça Filho (direita) na mesa de reuniões da FIVB
Por ocasião da reportagem que citava a relação entre a SMP e a CBV no que diz respeito a pagamentos de comissão pelo contrato com o BB, procuramos ouvir a Confederação, através da assessoria de imprensa. Não houve resposta. No mesmo dia da publicação, Marcos Pina comunicou sua saída do cargo de superintendente da CBV. Ao Jornal Nacional, da TV Globo, a CBV afirmou que "está apurando os fatos".

Para esta reportagem, novamente procuramos a CBV, que desta vez respondeu e negou que, por parte da entidade, exista tal relação. "Os contratos entre a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e o Banco do Brasil não preveem nenhum tipo de intermediação. A CBV reafirma que jamais houve esse tipo de prestação de serviço nos seus contratos com o banco", afirmou a entidade através de sua assessoria de imprensa.

Os dois contratos da S4G Gestão de Negócios com a CBV, que totalizam dez milhões de reais, falam em comissão por "serviços prestados", entre eles "vendas de patrocínio, negociações junto às agências de publicidade, agências de promoção, anunciantes". Passaram a vigorar entre 15 de abril de 2011, indo até 30 de junho de 2017. O contrato com a SMP, objeto da reportagem na última semana, foi assinado em um domingo, 1º de janeiro de 2012, indo até o mesmo 30 de junho de 2017 dos dois contratos da S4G.

Os dois contratos com a S4G estão assim divididos: um tendo como objeto comissão sobre "entrada de recursos para a CBV nas atividades de vôlei de quadra" e outro relativo ao vôlei de praia. Pagamento anual de um milhão de reais para cada contrato, com duração de cinco anos cada, perfazendo R$ 5.000.000, 00 (cinco milhões de reais) pela comissão do contrato de vôlei de quadra e cinco milhões de reais pelo de vôlei de praia. Totalizando dez milhões de reais nesses cinco anos.

O contrato relativo a comissão paga para a S4G "nas atividades relacionadas à modalidade vôlei de praia" e o contrato assinado com a SMP tem o mesmo objeto e determinam, ambos, em sua primeira cláusula, que a CBV pague comissão "nas atividades relacionadas à modalidade vôlei de praia". Nas duas empresas beneficiadas em contrato, SMP e S4G, estão proprietários com estreita ligação com a CBV.


Fábio Dias Azevedo trabalhou oficialmente na CBV até setembro de 2010, quando já é encontrado como o principal acionista da S4G, aberta no dia 10 daquele mês como "S4G Gestão de Eventos". Poucos meses depois, no dia 12 de abril de 2011, o atualmente Diretor Geral da FIVB, abre mais dois braços da S4G, ficando a S4G com três CNPJs, sendo os outros dois "S4G Gestão de Negócios" (responsável pelos dois contratos aqui citados) e "S4G Planejamento e Marketing". Os três CNPJs da S4G tem como sede a cidade de Saquarema.

Citada no começo da reportagem, a data de abertura da "S4G Gestão de Negócios" merece atenção. Registrada em 12 de abril de 2011 no Cartório do Ofício Único de Saquarema, três dias depois, em 15 de abril, já fechava com a CBV os dois contratos no valor de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) cada um.



O endereço do prédio que consta nos três CNPJs da S4G é também o endereço do prédio do CNPJ da AGF Assessoria e Participações, de propriedade de Ary Graça, todos em Saquarema, sede do centro de treinamento da CBV.

A "S4G Gestão de Eventos", nascida em setembro de 2010, anterior a "S4G Gestão de Negócios", também fora prodigiosa. A ponto de, no balanço financeiro de 2011/12, a CBV informar que "em dezembro de 2010 contratou a empresa S4G por notória especialização para prestação dos serviços de planejamento, produção e comercialização dos eventos de voleibol de quadra e praia". Ainda que a "notória especialização da S4G", constante na justificativa da CBV para a contratação esbarre nas datas, já que foi aberta em setembro de 2010, como consta na Receita Federal. Menos de três meses depois, em dezembro de 2010, já era contratada pela CBV por sua "notória especialização".


Questionada na primeira reportagem sobre tal relação comercial, a CBV respondeu que "A S4G é uma empresa reconhecida no mercado. Já trabalhou para outras modalidades e eventos esportivos, entre eles, os Jogos Mundiais Militares, quando foi vencedora de licitação, tanto para o vôlei como para outros esportes".

Assim como no contrato de parceria com a SMP, os contratos com a S4G também obrigam a CBV a pagar passagens, custos de transporte, hospedagem e alimentação "para atender visitas e reuniões com prospects e clientes de fora da cidade do Rio de Janeiro". No entanto, os contratos com a S4G tem, em sua cláusula sexta, algo a mais: além das comissões, pagamento mensal, "a título de remuneração fixa", de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), reajustados pelo IGPM anualmente. Um aditivo ao contrato assegura também o pagamento de R$ 270.116,84 (duzentos e setenta mil, cento e dezesseis reais e oitenta e quatro centavos) 180 dias após a assinatura do contrato, além da comissão de um milhão, relativo a contrato de patrocínio, ao ano, nos cinco anos de duração. "Pelos serviços prestados", como está no contrato entre a CBV e a S4G Gestão de Negócios.