terça-feira, 23 de agosto de 2011

Musa do vôlei volta e reforça Itália contra o Brasil nesta quarta

Adversária de estreia do Brasil na fase final, a Itália não sabe o que é vencer a seleção feminina de vôlei desde a primeira fase do Grand Prix do ano passado.
As equipes duelam às 2h30 da madrugada desta quarta.
Veja a galeria de fotos das jogadoras

Divulgação
Francesca Piccinini posa para fotos com a bola de vôlei

O time italiano decidiu poupar algumas de suas jogadoras na fase final. Antonella Del Core, Carolina Costagrande, Serena Ortolani e Valentina Arrighetti disputarão nesse período amistosos na Itália como preparatório para o Europeu, que começa logo após o Grand Prix.
Por outro lado, a seleção europeia terá o reforço da musa Francesca Piccinini, da levantadora Eleonora Lo Bianco --considerada por Zé Roberto a melhor do mundo na posição-- e de Simona Gioli. A ex-meio de rede atua agora atua como oposto.
"Com a Lo Bianco e a Gioli, elas passam a ter uma opção importante na saída de rede com a 'china'", alertou Zé Roberto, referindo-se à jogada em que a atacante corre por trás da levantadora para atacar uma bola rápida.
NA TV
Brasil x Itália
2h30 de amanhã Sportv e Esporte Interativo

Brasileira tenta evitar 'maioridade' de mulheres do país fora de Grand Slams

os 22 anos a tenista brasileira Ana Clara Duarte inicia uma difícil missão nesta terça-feira ao tentar evitar a ‘maioridade’ do tênis feminino do país fora de um Grand Slam. Após conseguir vaga no qualificatório do Aberto dos Estados Unidos, ela busca ser a primeira jogadora do Brasil na chave principal de simples de um Grand Slam desde Andrea Vieira em 1993.

SONHO DE GRAND SLAM


Estou trabalhando para coisas muito maiores. É tudo muito novo, estou tentando aprender a cada momento, convivendo com pessoas que estiveram mais vezes aqui
Longe do top 100 e ainda sem ter jogado nenhuma chave principal de torneios da WTA, Ana Clara estreia nesta terça-feira por volta das 13h30 (de Brasília) em Nova York, onde jogou apenas como juvenil, enfrentando a francesa Claire Feuerstein.
Sem assumir a pressão pelo fato de enfrentar o longo jejum, Ana Clara Duarte tenta se demonstrar confiante na vaga precisando de três vitórias no qualificatório e, embora não tenha pressa em atingir a chave principal de um Grand Slam.
“Se eu conseguir essa chance vai ser uma coisa muito importante para a minha carreira, um sonho que estarei atingindo. Não quero só falar que participei, quero ganhar, passar o quali. Quando você começa a jogar torneios grandes, não quer voltar para os pequenos”, afirma Ana Clara Duarte.
“Sei o quanto é importante para o Brasil o meu resultado, mas tento não pensar nisso, o que acontecer vai ser consequência”, completa a tenista que viajou aos Estados Unidos na sexta-feira precisando de uma desistência para a entrada na chave.
Andrea Vieira, a Dadá Vieira, também precisou jogar o quali no Aberto dos Estados Unidos de 1993 e teve de salvar match point diante da francesa Isabelle Demongeot para marcar a última presença feminina brasileira em um Slam, quando também já havia sido a última do país a fazer parte do top 100.

NÚMERO 1 DO BRASIL


Tenho muita coisa para subir, para aprender e evoluir. Acho que é só o começo da carreira, eu quero atingir números melhores
Ana Clara Duarte, melhor tenista brasileira no ranking da WTA com a 234ª colocação
Trabalhando atualmente como técnica, Andrea Vieira agora torce para que Ana Clara Duarte termine com a sua marca de ter sido a última brasileira na elite. Ela lembra que “descobriu” a tenista quando era muito jovem.
“Quando eu era técnica da Fed Cup, a levei comigo para Campinas e ela tinha 12 ou 13 anos só. Tenho visto ela jogando e está jogando muito bem”, afirma Andrea Vieira, que participou do Aberto dos Estados Unidos em 1989 e 1993, antes de ser derrotada no quali de 1994.
Ela explica a dificuldade para conseguir a entrada em um Grand Slam pelo qualificatório, que entre 1999 e 2008 teve tentativas de tenistas como Vanessa Menga, Teliana Pereira e Maria Fernanda Alves tentando a vaga sem sucesso na chave principal.
“Vale muita coisa. No Grand Slam, se você não passa,  não tem direito a crachá e nada para ficar lá dentro do torneio. Está valendo ponto, dinheiro, então a pressão é forte. O Brasil está um pouco carente, tem que ter alguma para espelhar as outras, para o pessoal ver que dá”, afirma a ex-tenista brasileira.

Musa Esporte


Francesca Piccinini posa para fotos com a bola de vôlei
Francesca Piccinini posa para fotos com a bola de vôlei

Divulgação/CBT
Divulgação/CBT

Ana Clara Duarte inicia jornada para quebrar jejum de brasileiras em Grand Slam
Ana Clara Duarte inicia jornada para quebrar jejum de brasileiras em Grand Slam

Amistosos

15h30 Werder Bremen 0x1 Fenerbahce

Brasileiro Série B


20h30 Sport 2x0Vila Nova-GO
20h30 Goiás 3x0 Guarani

Copa Sul-Americana

20h15 Botafogo 1x0 Atlético-MG
22h45 Santa Fe 2x0 Universidad Cesar Vallejo

Liga dos Campeões

15h45 Zürich 0x1 Bayern de Munique
Villarreal 3 x 0 Odense
Zurich 0 x 1 *Bayern de Munique
*Apoel 3 x 1 Wisla Kraków
Malmo 2 x 0 *Dínamo Zagreb
*Genk 2 (4) x (1) 1 Maccabi Haifa

Jael: cruel nos gols pelo Flamengo, bondoso nas palavras com Deivid

Jael no treino do Flamengo (Foto: Janir Junior / GLOBOESPORTE.COM)Jael quer um lugar no time, mas defende Deivid das
críticas (Foto: Janir Junior / GLOBOESPORTE.COM)
Jael salvou o Flamengo na vitória por 1 a 0 sobre o Coritiba, fez o gol de honra na goleada de 4 a 1 sofrida diante do Atlético-GO e entrou no segundo tempo contra o Internacional para deixar sua marca, ao fazer o segundo do Rubro-Negro. Com apelido de Cruel, o jogador também tem seu lado bondoso. Mesmo em disputa por uma vaga no setor ofensivo, o atacante saiu em defesa de Deivid, que perdeu chance incrível no empate em 2 a 2 com o Inter. Com as palavras e o sentimento, Jael abraça o companheiro; com os pés, ele coloca a bola no fundo da rede para aproveitar a oportunidade da vida.
- Os gols estão saindo, sempre dou o meu melhor. Quero continuar na mesma pegada. Estou sempre ligado para aproveitar as chances. É a oportunidade da minha vida – afirmou.
Na única partida que começou como titular, Jael não marcou. Foi no jogo de ida contra o Atlético-PR, quando Ronaldinho Gaúcho fez o gol da vitória por 1 a 0. Nas três vezes que balançou as redes, o atacante entrou durante as partidas: Coritiba, Atlético-GO e Internacional.
Contra o Coritiba, Jael substituiu Deivid aos 36 minutos do segundo tempo. Logo no primeiro lance, carimbou a trave. Depois, fez o gol salvador. Em 13 minutos, ele conseguiu duas finalizações, uma na trave e outra na rede, três passes (dois certos e um errado) e uma falta cometida. Diante do Atlético-GO, entrou na vaga de Alex Silva na volta do intervalo. E fez um gol no segundo tempo.
Na hora que ele perdeu o gol, senti na pele e imaginei o que ele estava passando. É um momento difícil, aconteceu, agora é passado"
Jael
Na partida contra o Colorado, substituiu Bottinelli aos 12 minutos da etapa final e viu de perto o sofrimento de Deivid ao perder uma chance clara aos 29 minutos do segundo tempo. Depois de cruzamento pela direita de Ronaldinho Gaúcho, Deivid, livre de marcação, cabeceou para fora. Ainda no vestiário do Beira-Rio, começou uma corrente para evitar o abatimento do atacante com  companheiros, o técnico Vanderlei Luxemburgo e, nesta segunda-feira, até a presidente Patricia Amorim. A dirigente espera que ele marque contra o Vasco.
- O Deivid não precisa provar mais nada a ninguém. Não foi porque ele errou que vai apagar toda a história dele. Na hora que ele perdeu o gol, senti na pele e imaginei o que ele estava passando. É um momento difícil, aconteceu, agora é passado – declarou Jael

Perto da seleção do Iraque, Zico diz não temer violência

O técnico Zico, ex-jogador do Flamengo e da seleção, pode participar da Copa do Mundo do Brasil, com o Iraque. Essa é a sua intenção.
Ontem, Zico, 58, confirmou que fez um acordo para ser o treinador da equipe do Oriente Médio até 2014.

Yiorgos Karahalis - 09.dez.2009/Reuters
Zico, quando era técnico do Olympiacos (GRE)
Zico, quando era técnico do Olympiacos (GRE)

"Agora, falta eles [dirigentes iraquianos] darem o 'ok' das condições. Pelo menos, de boca, está tudo acertado. Falta o 'preto no branco'. Falta o acordo ir para o papel e a gente assinar", disse.
Zico disse ainda não saber onde vai morar depois de assumir a seleção iraquiana.
"Isso não dá para falar. Não sei como vai ser. De início, os jogos serão fora de Bagdá. Vamos ver."
Questionado sobre os problemas de violência no Iraque, Zico declarou que isso não o assusta. "Violência tem em todo os lugares do mundo. O que tiver para acontecer não vai ser por eu estar lá no Iraque. Tudo pode acontecer em qualquer lugar."
Zico comandou a seleção japonesa na Copa de 2006, na Alemanha. Foi eliminado logo na fase inicial, depois de perder da Austrália (3 a 1) e do Brasil (4 a 1) e empatar com a Croácia (0 a 0).
Agora, o desafio seria tentar classificar a equipe iraquiana para o Mundial no Brasil. "Seria muito legal [disputar pelo Iraque a Copa no Brasil]. Já fui com o Japão e, se der tudo certo [fechar contrato], vamos correr atrás. O plano é esse", afirmou Zico.
Como jogador da seleção brasileira, Zico disputou três Copas do Mundo: em 1978, na Argentina, em 1982, na Espanha, e em 1986, no México

Bruno Senna vai substituir Heidfeld na Renault até final da temporada

O brasileiro Bruno Senna substituirá o alemão Nick Heidfeld na Renault a partir do GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps, neste final de semana.
Segundo a Folha apurou, Bruno, que é piloto de testes da equipe, deve ocupar a vaga até o final da temporada.

Bernadett Szabo/Reuters
O piloto Bruno Senna caminha no circuito de Hungaroring, na Hungria
O piloto Bruno Senna caminha no circuito de Hungaroring, na Hungria

Sem correr desde o fim do ano passado, quando fez sua temporada de estreia na F-1 pela nanica Hispania, o piloto brasileiro foi testado pela Renault no GP da Hungria, no fim de julho. Bruno participou da sessão da manhã na sexta-feira e agradou à equipe.

Tamas Kovacs/Efe
Nick Heidfeld salta de sua Renault depois do carro pegar fogo; clique na imagem e veja galeria
Nick Heidfeld salta de sua Renault depois do carro pegar fogo; clique na imagem e veja galeria

Bruno será companheiro de equipe de Vitaly Petrov na vaga deixada por Robert Kubica, acidentado no início do ano durante um rali.

Goleiros roubam a cena no clássico entre São Paulo e Palmeiras

O gol de Dagoberto foi uma pintura e marcado em um momento do clássico entre São Paulo e Palmeiras em que o time do Morumbi estava mais ofensivo, perigoso, insinuante. A bola não saía da área do goleiro Marcos. Que sufoco para os palmeirenses! Não fosse Marcos o resultado poderia ter sido outro.
Sempre espero um pouco mais desses jogos grandiosos. Acho que o torcedor também, embora ontem no Morumbi apenas 17 mil compareceram. Estava muito frio também na cidade. Mas clássico para mim precisa ter gols bonitos a fim de ser eternamente lembrado. Coube então ao atacante são-paulino honrar essa tradição.
O gol de Dagoberto foi lindo, por cobertura, e em um dos melhores goleiros do Campeonato Brasileiro.
Mas na soma dos dois tempos, digo que o Palmeiras foi melhor e se não fosse também por Rogério Ceni, a equipe de Felipão poderia ter tido sorte mais justa na disputa. O empate por 1 a 1 ficou melhor para o São Paulo, que tem mais pontos e está mais vivo na competição. Pena que com o resultado não se aproximou do Corinthians. O Palmeiras vai ficando para trás porque tem somando um pontinho por rodada. Perdeu para o Vasco e agora tem dois empates seguidos (o outro foi diante do Bahia, no Canindé)
Pena também que tenha faltado um pouco de técnica para os dois lados aos jogadores de linha. Dessa forma, como disse, os goleiros trataram de dar emoção à disputa com defesas importantes e difíceis. Pudera. Eles roubaram a cena. O dia em que Marcos, do Palmeiras, e Rogério Ceni, do São Paulo, pararem, o futebol brasileiro deveria ficar de luto.
Os dois fizeram pelo menos três defesas de valer o ingresso e de ser amaldiçoado pela torcida adversária. São amigos, mas em todas as rodinhas que o assunto é discutido, logo aparece um para fazer a pergunta sem resposta: Quem é melhor, Marcos ou Rogério Ceni?
Como cobri o Palmeiras mais tempo naquela época de Libertadores e Mundial de Clubes, vi Marcos de perto. E nunca vi outro igual. Mas também já vi Ceni fazer defesas de parar o trânsito. Tenho a predisposição de apontar Marcos como o melhor, mas não sei se isso seria justo com Rogério Ceni. Por isso, deixo essa discussão para o leitor.

A impressão pessoal de cada um

A seguir os dois depoimentos, de Felipe Massa e o meu, sobre a experiência de conduzir o carro do Troféu Linea. Para entender melhor, recomendo a leitura dos dois posts anteriores.
Cada um na sua
Felipe Massa
Quando recebi o convite para a reportagem – andar em um carro do Trofeo Linea como passageiro de um jornalista -, confesso que fiquei um pouco receoso. Tanto que achei melhor consultar a Ferrari e pedir a aprovação, já que praticar atividades que envolvam risco não é exatamente o que as equipes entendem como a maneira mais saudável de passar as férias… Mas, para minha surpresa, eles toparam na hora. Possivelmente o fato de já conhecerem bem o Lívio deve ter ajudado a facilitar a matéria.

Da experiência, posso dizer que tive um pequeno sofrimento, mas foi divertido. De início já percebi que precisaria mudar alguns conceitos que ele trouxe dos veículos de rua. Por exemplo: os freios. Nas primeiras voltas, ele nem freava, arrancava o pé do acelerador e começava a reduzir, achando que o carro ia parar. Disse-lhe: o freio é para você frear. Pode frear forte, o carro está entrando muito rápido na curva. A idéia dele de trajetória não era errada, mas como não carregava a velocidade certa para a curva, porque não freava certo, não conseguia fazer nada que tinha cabeça. Entrava rápido demais na curva, perdia a trajetória e saía quase na grama.

Outra coisa: num carro de corrida o câmbio é inteligente. É feito para trocar as marchas com o pé lá embaixo. O Lívio tinha aquela mentalidade de pisar na embreagem, levantar o pé, engatar a marcha e acelerar de novo. Então, ele apanhou um pouco com as mudanças de marcha, aceleração e freadas. Parece simples, né? Mas é como no futebol. A gente vê o jogo e acha que os jogadores só estão fazendo besteiras. Agora, entra no campo e vai fazer o que você acha que é o certo para ver se é fácil…

Lívio até tinha as teorias certas, mas não conseguia colocar em prática. Depois que paramos algumas vezes no meio do traçado para eu dar alguns toques, senti que ele melhorou em praticamente todas as curvas, mas nem tanto no Esse do Senna.

De zero a 10, daria nota 7 para ele, considerando que foi o primeiro dia e a sua evolução da primeira para a última volta. Mas confesso que me deu vontade de dar uma nota mais baixa, talvez um 5, por ele ser jornalista e eu saber um pouco como a imprensa gosta de criticar. Como não sou jornalista, serei um pouco mais bonzinho.
Depoimento de Livio Oricchio
Deliciosa diversão
Aprender alguns segredos da condução precisa e veloz, num carro preparado para corrida, com um piloto de Fórmula 1 da Ferrari, representa ocasião única para qualquer apaixonado pela velocidade. Se tiver outra chance, com certeza farei de tudo para estar lá. Com uma diferença: penso que com os ensinamentos repassados por Felipe me sairia um pouco melhor. Embora, na minha avaliação, é importante tê-la, não creio ter dado vexame, preocupação maior depois da nossa segurança.
O que aprendi? Muita coisa. Por exemplo: ao contrário de um kart, pode-se acionar o pedal do freio no último instante, antes da curva, com toda energia, que o carro não vai sair rodando. No S do Senna era possível brecar quase dentro da curva, depois de tanto o Felipe me cobrar para não ter dó do freio. Sei que saí do teste devendo nesse aspecto. Mais: é possível posicionar as rodas de apoio, do lado de fora da curva, sobre a zebra e acelerar que não perdemos o controle do carro. Uma surpresa.
Ainda: o curso das marchas, no câmbio sequencial de seis, é muito curto, em especial as quatro primeiras. Como as luzes que indicam ter chegado no limitador de giros estavam encobertas pelo volante e eu não tenho experiência com os sons do motor, perdia tempo demais na maioria das vezes. O Felipe gritava “troca marcha, troca marcha”.
O mais difícil é você errar tendo conhecimento da teoria. Você se comporta de determinada maneira para, na sequência, confrontar com o que sabe e se sentir frustrado. Com exceção de todo o procedimento do S do Senna, em que perdia tempo não só lá como na Reta Oposta, nas demais curvas do circuito me senti em evolução.
Mais o mais importante foi ter interagido com o Felipe na atividade que, por mais que o critiquem, e eu mesmo já o fiz, cresceu muito desde que o conheci competindo de kart, em São Paulo. Ninguém é vice-campeão do mundo por acaso. Confiou em mim e pacientemente me repassou um pouquinho do muito que aprendeu. Foi delicioso ver como em poucas voltas chegou perto do limite do Linea, como tudo lhe fluía naturalmente, a facilidade para ser rápido.
Já para mim, coordenar com precisão todas as funções da pilotagem, por mais que eu tivesse noção teórica do que fazer, exigiria um tempo muito maior, dias de treinamento e Felipe, do lado, cobrando: “Muda isso, corrige aquilo”… Pior: não registraria marcas de maior expressão, penso. Ainda bem que ser piloto profissional nunca fez parte de meus sonhos. Amo o jornalismo. O contato com a velocidade é apenas uma deliciosa diversão.

VIDEOBLOG: O Brasil precisa de oportunidades, e isso ficou claro na Feira de Artes da Vila Madalena

Neste domingo, aconteceu a 34ª Feira de Artes da Vila Madalena. Ela é realizada anualmente e, ali, tem de tudo, não apenas barraquinhas, mas lojas e alguns palcos onde acontecem diversas apresentações.

Eu visitei a Feira ontem e, de repente, dei de cara com um palco repleto de garotos. Eles eram bem jovens, com saxofones, clarinetes, trompetes e, na frente do palco, estavam os pais. Foi possível notar que eram meninos humildes, de classe baixa.

Então, eu me surpreendi. O repertório foi brilhante, e a apresentação foi juntando várias pessoas. A conclusão que eu tirei é que o Brasil precisa dar oportunidade, porque quando essa oportunidade existe, o pessoal vai assistir. Foi um show, e eu fiquei orgulhoso.


Clique e assista ao videoblog desta segunda-feira!

Quem decide o turno no clássico carioca? O craque ou o time?

O clássico do próximo domingo no Engenhão pode ter o campeão do primeiro turno em campo.
No momento de declínio do Corinthians, previsível time, sempre escalado no 4-2-3-1, o duelo Vasco x Flamengo envolve um time com mudanças táticas frequentes (o Vasco) contra o dono do maior craque do torneio, o Flamengo.

É provável que o craque decida o campeonato. Mas é possível que a equipe mais estável em todos os setores avance com consistência no segundo turno.

O Vasco muda a cada jogo. Contra o Avaí, Diego Souza jogou centralizado, com Éder Luís aberto pela direita num 4-4-2 à europeia -- a linha dos meio-campistas tinha Éder Luís, Rômulo, Juninho Pernambucano e Jumar.

Contra o Fluminense, o Vasco mudou. Rômulo e Jumar eram os volantes -- depois Eduardo Costa, com Jumar deslocado para a lateral esquerda, com a lesão de Julinho.

Três armadores num 4-2-3-1, com Éder Luís à direita, Diego Souza à esquerda e Juninho centralizado. Só Alecsandro no ataque.

Valencia tentou acompanhar Diego Souza, mas o meia o carregava para o lado do campo, o que forçou o duelo de Diego com Mariano em parte da partida.

No segundo tempo, o Vasco mudou de novo. Diego Souza voltou para dentro e o meio-de-campo se formou num losango, com Rômulo, Eduardo Costa e Juninho. Voltou ao 4-2-3-1 com Leandro, Diego Souza e Bernardo no trio de armadores, depois das alterações de Ricardo Gomes.

Apesar do equilíbrio no clássico, o Vasco fez um primeiro tempo excelente, do qual poderia sair vencedor. Falta ao Vasco o que sobra ao Flamengo: o craque que decida. Falta também o ataque. Dos cinco primeiros colocados, o Vasco tem o ataque menos produtivo.

Prepare o peito para a faixa 'me-engana-que-eu-gosto'

A conquista do primeiro turno não significa muita coisa, mas pode ser um bom indício para o futuro, apesar de o presente golear sistematicamente a bola de cristal do esporte bretão. Que o digam os matemáticos de plantão!

Desde 2003, início da era dos pontos corridos, seis dos oito ganhadores da primeira etapa da maratona cruzaram a linha de chegada em primeiro.

Apenas Grêmio e Galo tropeçaram nas chuteiras. O Imortal gaúcho morreu no Guaíba em 2008 – teve que se contentar com o vice, três pontos atrás do tricampeão São Paulo (66 a 63).

Já o Galo voou sem rumo no segundo tempo do Brasileirão de 2009 e terminou apenas em sétimo, com 56 pontos. Como prêmio de consolação, uma vaga na portentosa Copa Sul-americana.

Corinthians, Flamengo, São Paulo e Vasco são os clubes que estão na briga pela cobiçada faixa ‘me-engana-que-eu-gosto’.

A equipe corintiana precisa apenas de um empate contra os periquitos em revista para deixar a Fiel mais fiel do que nunca à tradição dos pontos corridos. O Urubu tem de ganhar do Vasco e torcer por um tropeço do Corinthians.

A roleta do soberano Tricolor é mais complicada. Precisa superar Neymar & Cia., além de rezar por tombos de Corinthians e Flamengo. No caso do coirmão da Fazendinha, ainda precisaria tirar uma diferença no saldo de gols (13 a 7).

A nau de São Januário vive situação mais difícil. Tem que afundar o Flamengo, fazer figa contra o São Paulo e muita mandinga para o Corinthians levar uma surra que certamente provocaria um tsunami no Parque São Jorge.
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Pirlimpimpim. O técnico René Simões acredita ter encontrado uma boa solução para evitar que os jogadores casados do Bahia caiam na tentação da coruja. Ele convenceu o clube a pagar um bicho de R$ 300 por vitória... à mulher do atleta. E, dependendo da colocação final da equipe no Brasileirão, o Papai Noel poderá ser dos mais generosos para elas. Ninguém sai mais de casa depois das 22 horas. Nem para devorar um acarajé na esquina.

Sugismundo Freud. Os últimos serão os primeiros a... cair.

Zapping. O frio também congelou o controle remoto da bola no fim de semana. O clássico São Paulo x Palmeiras rendeu à plim-plim apenas 20 pontos de média na Grande Pauliceia desvairada, esburacada e abandonada. Há uma semana, o duelo Vasco x Palmeiras cravou 16 pontos, segunda pior audiência do Brasileirão/11 no final de semana. Sábado, a Band obteve 10 pontos com a decisão do Mundial sub-20 entre Brasil e Portugal.

Twitface. Melhor jogador do Mundial sub-20, o atacante Henrique acredita que chegou o momento de melhorar a poupança. Cansou de receber R$ 8,5 mil por mês no Tricolor. E também não aceita um reajuste para R$ 20 mil.

Pica-Pau. O bom retrospecto de Celso Roth diante do Internacional é uma das apostas dos gremistas para dar a volta por cima após duas cacetadas no Brasileirão. Na terceira passagem do ‘professor’ pelo Olímpico, ele obteve quatro derrotas e tres empates contra o coirmão colorado.

Tiro curto. Em ritmo de treino, Barcelona dá uma surra no Napoli. Te cuida, Peixe!

Tchibum. O futuro do Brasil olímpico na piscina vai muito bem, obrigado. A garotada fez o maior sucesso no Mundial Junior de Lima. Faturou uma brilhante medalha de bronze e fechou o torneio na 17ª colocação, atrás de potências como Egito e Eslovênia. Os EUA sofreram para ficar em primeiro com 11 medalhas de ouro, oito de prata e três de bronze. A ótima participação brasileira é produto da eficiente política da CBDA, comandada pelo interminável Coaracy Nunes, um cartola que pensa apenas no dia seguinte, nas braçadas Cielo & Cia.

Gilete press. De Ancelmo Gois, no ‘Globo’: “Frase ouvida numa roda na qual se falava de futebol, em Brasília, onde estava o deputado Chico Alencar: ‘O problema do Neymar é que ele cai mais do que ministro da Dilma... ‘ Faz sentido.” E como!

Tititi d’Aline. Vem aí o filme ‘Baêa Minha Vida’, grito de uma das torcidas mais apaixonadas do país. A estréia do documentário, dirigido por Márcio Cavalcante, deve acontecer em 30 de setembro. 'Bora Bahia minha porra'.

Você sabia que... os direitos federativos do zagueiro Dedé, novo xodó da torcida vascaína, estão avaliados em 10 milhões de euros?

Bola de ouro. Leandro Damião. Um ‘matador’ com técnica: 32 gols em 40 jogos e multa rescisória de R$ 50 milhões no Internacional.

Bola de latão. Jobson. Mais uma porta fechada por indisciplina, desta vez no Bahia.

Bola de lixo. Brasileirão. Muita emoção e pouca qualidade técnica até agora.

Bola sete. “Falando em 2014, comecei ultimamente a prestar atenção em alguns atacantes por aí e cheguei à seguinte conclusão: acredito e torço como pai e torcedor que meu filho, Romarinho, tem chance. Ou melhor, tem muita chance” (de Romário, cutucando com espada ninja o Mano dos Manos – o filho do pitbull deputado tem 18 anos).

Dúvida pertinente. Kleber, 10 jogos sem marcar: apenas má fase?

Na Inglaterra, 3 jogos, um da 2ª divisão, têm mais público que 10 do Brasileiro

Segunda-feira, 20 horas locais, apenas a segunda das 38 rodadas do campeonato inglês 2011/2012. Em ação, o Manchester United, atual campeão, pela primeira vez na temporada em Old Trafford. Público: 75.498 torcedores que pagaram de para ver os 3 a 0 sobre o Tottenham. Se foi assim a rodada para o melhor time da última Premier League, como terá sido para o pior?

Rebaixado, o West Ham segue a batalha na segunda divisão para retornar à elite. Domingo, pela Championship, atraiu 28.252 fãs nos 2 a 2 com o Leeds. Mais do que o líder do Brasileiro, o Corinthians, levou ao Pacaembu no dia anterior, quando o clássico da rodada inglesa atraiu 60.090 pessoas para Arsenal 0 x 2 Liverpool, em Londres.

Peguemos esses três jogos, o do atual campeão da Inglaterra, o do pior time da última temporada na divisão principal e o confronto mais badalado do fim de semana por lá. Teremos mais púlico do que em toda a rodada deste final de semana pela Série A do Brasileiro, que motivou 160.996 torcedores a pagarem pelos ingressos. O trio de pelejas na Inglaterra, uma delas pela segundona, arrastou 163.840 fãs aos estádios.

Preços de ingressos foram da realidade local e dificuldade para comprá-los, até mesmo nas bilheterias, são algumas das razões para tal situação. Além do comodismo de muitos. Sim, o chamado torcedor de poltrona se multiplica cada vez mais por aqui. A ponto de o Flamengo ter levado ao Engenhão 7.649 pagantes na derrota para o Atletico Goianiense. Ridículo.


Derrota do Flamengo para o Atlético-GO: menos de 8 mil pagantes
Derrota do Flamengo para o Atlético-GO: menos de 8 mil pagantes, um público ridículo no Rio

O Brasil costuma ser rotulado como o país do futebol. Sim, de grandes jogadores (ainda) é. Mas em frequência nas canchas, em presença de público, e demosntrações reais de paixão e fidelidade ao time de coração, está muito distante disso.

Público na rodada:
Corinthians 0 x 2 Figueirense, Pacaembu, 26.256Botafogo 3 x 1 Atlético-MG, Engenhão, 8.481Cruzeiro 1 x 0 Ceará, Uberlândia, 6.478Atlético-GO 1 x 0 Grêmio, Serra Dourada, 5.226Avaí 0 x 0 Coritiba, Ressacada, 5.620Internacional 2 x 2 Flamengo, Beira Rio, 28.752São Paulo 1 x 1 Palmeiras, Morumbi, 16.813Vasco 1 x 1 Fluminense, Engenhão, 13.143Atlético PR 2 x 2 América, Arena da Baixada, 13.487Bahia 1 x 2 Santos, Pituaçu, 36.740