quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O grande vexame do Inter. E o Mundial nunca mais será o mesmo


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Da perspectiva da maior vitória de sua história, o bi mundial, para um dos maiores vexames de todos os tempos.

É claro que o respeito a qualquer adversário, e a um rival que chega à decisão do Mundial Interclubes evita que se fale desta maneira. Mas o próprio depoimento de Celso Roth, na sexta-feira, referindo-se ao técnico senegalês Lamine N'Dyiae, dava a prova da maneira como o Inter não considerava a chance de perder do Mazembe: "Quem fala muito faz pouco", disse Roth.

Não que o Inter tenha perdido para seu próprio salto alto. Perdeu mais para seu maior defeito.
A falta de ganância do gol, como Roth definiu durante o segundo semestre, faz diferença. O Inter teve o segundo pior ataque entre os oito melhores do Brasileirão, só à frente do Atlético Paranaense.

O Inter teve chance de matar o jogo, especialmente em duas bolas de Rafael Sóbis. Mas perdeu para seu defeito. Um time que toca demais e faz gols de menos.

O Mundial nunca mais será o mesmo. Nunca mais alguém poderá dizer que africanos e asiáticos não têm o que fazer no torneio. O Mazembe é, no mínimo, vice-campeão mundial.



Comentaristas do Bate-Bola analisam derrota histórica do Inter; veja

Querem parir um monstro

Há atos tão graves e escandalosos que pouco  importa se foram praticados por preguiça, por burrice ou por sem-vergonhice.
Poucas vezes se viu um pleito tão descabido quanto esse que está para ser aceito, e, o que é pior, sob o argumento da reparação de uma injustiça. A CBF, que já fez tantas, deveria cuidar de sua história.
O principal, senão o único argumento a favor da tese do reconhecimento dos títulos é de que a reivindicação é justa e que para reparar uma injustiça nunca é tarde demais. Nada nesse argumento é verdadeiro. A reivindicação é injusta e, ainda que não fosse, o assunto já caducou e não faz pouco tempo.
O MÉRITO
1. Recuperando a história
A Taça Brasil (1959-1968) foi criada não como um confronto dos melhores times do Brasil, mas como uma disputa de campeões estaduais, exatamente como sua irmã mais nova, a Copa do Brasil, nascida em 1989.
Naquela época, tirando sete ou oito estados, no restante o futebol era semi ou completamente amador.
Nos dez anos de existência, passaram pela Taça Brasil as seguintes equipes:  Rabello,  Guanabara, Defelê e Cruzeiro do Sul, de Brasília (DF), América, de Propriá (SE), Perdigão, de Videira (SC),  Fonseca, Eletrovapo e Manufatora, de Niterói (RJ), Paula Ramos, de Florianópolis (SC), Santa Cruz, de Estância (SE), Santo Antonio, de Vitória (ES), Metropol, de Criciúma (SC), Comercial, de Cornélio Procópio (PR), Olímpico, de Blumenau (SC), Siderúrgica, de Sabará (MG), e Rio Branco, de Campos (RJ), entre muitos outros que a maioria dos leitores certamente desconhece.
Da Taça Brasil, São Paulo e Corinthians nunca participaram. Em compensação, o Metropol disputou quatro vezes, o Fonseca, três, e o Santo Antonio , duas.
Num certo ano, Santos e Palmeiras se negaram a disputá-la e nada aconteceu.
Em termos de representatividade e dificuldade, a Taça Brasil era sem dúvida mais fraca até que o Torneio Rio-São Paulo.
Fica assim mais do que claro que o vencedor dessa competição não pode ser equiparado ao do Brasileiro.
O Torneio Roberto Gomes Pedrosa foi a primeira competição criada para reunir as maiores forças do futebol nacional. Mas em seus dois primeiros anos (1967-8) não era uma competição oficial da CBD. Quem a organizava eram as federações de São Paulo e Rio, com suporte das demais. O nome do torneio foi dado a um presidente da Federação Paulista de Futebol, morte pouco mais de uma década antes.
Apenas em 1969, a CBD chamou para si a organização. Como a competição foi um sucesso, aí criou o Campeonato Nacional.
Assim, do ponto de vista histórico, os únicos títulos que ainda sobrevivem a uma discussão são os do Robertão de 1969 e 1970.
2. Da seriedade do pedido.
Quando foi criado, o então Campeonato Nacional foi saudado como a primeira competição nacional digna desse nome.
Quando o Atlético-MG venceu o Campeonato Nacional de 1971, foi proclamado o primeiro campeão nacional. Num país de 92 milhões de habitantes, não houve nenhum que tenha ido a público para dizer: “primeiro campeão, não!. O Atlético é o 15º campeão. Já houve dez campeões da Taça Brasil e quatro do Robertão!!”
E não foi só naquela época. Por mais de 30 anos, até o século 21, nenhum dirigente levantou a bandeira do reconhecimento dos títulos. Será que nos anos 70, 80 e 90, os presidentes desses clubes eram tão tapados que não enxergavam o óbvio ou são os atuais mandatários que agora se comportam como oportunistas?
Se os dirigentes que viveram aquela época não consideravam o pleito justo, como seus sucessores, que viveram aquela época como crianças, podem ter outra visão?
O PRAZO
“Nunca é tarde demais para se fazer justiça”
Apesar da aparência benévola e verdadeira, essa tese é completamente falsa e mesmo malévola. É um conceito consagrado do direito de quase todo país e, em especial do Brasil, que permitir se busque justiça a qualquer tempo faz mais mal do que bem à sociedade.
A maior prova disso é o rito da Justiça, cheio de prazos, dos quais basta perder um para que se perca todo o processo. E a justificativa dos prazos é que Justiça lenta demais não produz justiça ainda que chegue à decisão correta.
No Brasil, após três décadas prescreve qualquer crime e qualquer direito, exceto o da aposentadoria às vítimas da ditadura militar. O atual processo foi aberto há poucas semanas, de 40 a 52 após as conquistas.
E, como já foi dito, as competições aconteceram há mais de 40 anos. A grande maioria da população brasileira nem era nascida quando se jogaram essas competições.
Se o princípio do “nunca é tarde…” fosse válido, os descendentes de índios já teriam se recuperado a posse de todas as terras do Brasil, o governo brasileiro estaria completamente quebrado tal o volume de indenizações que teria de pagar aos descendentes de escravos pelos males horríveis que se cometeram contra eles ao logo de mais de dois séculos.
Assim, a causa não tem mérito nem oportunidade.
Os maiores perdedores dessa decisão, caso ela saia mesmo, serão o futebol  brasileiro e os clubes aparentemente beneficiados por ela. Pois, de agora em diante, estarão condenados de ficar explicando como chegaram a uma decisão tão esdrúxula.
Por fim, só para provocar, por que o Santos não pediu a Taça de Bolinhas no momento em que foi anunciada? Afinal, já não era penta?
A Taça Brasil e o Robertão merecem ser reconhecidos como são. Como torneios pioneiros, precursores de competições que vieram para ficar. Não se pode dizer que o pai e o filho são a mesma pessoa.

Luigi diz que pretende manter Roth, mas técnico balança

Celso Roth durante a partida do InternacionalCelso Roth deve ser mantido para 2011(Foto: EFE)
A manhã seguinte à eliminação nas semifinais do Mundial de Clubes foi de apoio público e contestações internas ao técnico Celso Roth. Muito criticado pela torcida por causa da derrota de 2 a 0 para o Mazembe, o treinador se viu envolvido em indefinições sobre seu futuro logo após a partida, tamanho o tombo do Inter em Abu Dhabi. A permanência dele para 2011 está indefinida.
Giovanni Luigi, o presidente eleito do Inter, afirma com todas as letras, pelo menos publicamente, que pretende manter o técnico. Para ele, a decisão está tomada: Roth continuará, desde que a negociação com ele corra dentro do normal.
- A diretoria está decidida a manter o Roth. Mas temos uma negociação pela frente – afirmou Luigi.
Luigi acredita que a derrota não passa por ele. E elogia o trabalho de Roth.
- O saldo dele é altamente positivo – disse o presidente eleito.
Roth também foi defendido pelos atletas. Tinga disse que é preciso mudar a tradição de culpar o treinador por derrotas. Por outro lado, as críticas internas são fortes. Há dirigentes convencidos de que a demissão é o melhor caminho. Outros ainda pretendem analisar a reação do grupo.
Os torcedores colorados em Abu Dhabi criticam muito o treinador. Não entendem as trocas, veem um time pouco agressivo, reclamam até do comportamento da equipe. A definição sobre a pressão que cai em cima do treinador deve ocorrer nos próximos dias. Roth balança no cargo.

O amargo dia seguinte do colorado

A nação colorada acorda hoje de ressaca, sorumbática, humilhada, como quem desperta de um sonho que virou pesadelo sem mais, de repente.
Perder é do jogo, já dizia o conselheiro Acácio.
Mas há derrotas e derrotas.
A tal ponto que tem torcedor maldizendo a hora em que o time ganhou o bicampeonato da Libertadores, o passaporte para o vexame de ontem em Abu Dhabi, diante do surpreendente Mazembe.
Perder a final, para a Inter de Milão, não seria nada agradável, mas seria aceitável, normal.
Ser, no entanto, o primeiro time das América do Sul eliminado antes da decisão de um Mundial de clubes é nódoa que o Inter carregará para sempre.
E perdeu sem perdão, sem bola na trave, sem erro de arbitragem, sem azar, sem apelação.
Agora, se para milhões de colorados está difícil encarar o dia em Porto Alegre, em Caxias do Sul, em Livramento, pelo Rio Grande e pelo Brasil afora, imagine aqueles quase 10 mil que foram para os Emirados Árabes Unidos.
Fazer o que em Abu Dhabi até sábado, ao meio-dia, horário da disputa do melancólico terceiro lugar?
E depois voltar, cheio de prestações para pagar.
Comentário para o Jornal da CBN desta quarta-feira, 15 de dezembro de 2010.

Shawn Johnson defende-se no Twitter de possível rixa com Sacramone e culpa imprensa

  • Shawn Johnson (d) se defendeu no Twitter, mas Alicia Sacramone não deu muita atenção ao caso Shawn Johnson (d) se defendeu no Twitter, mas Alicia Sacramone não deu muita atenção ao caso
Na semana passada, a ginasta Shawn Johnson participou de uma palestra em uma universidade no Missouri, Estados Unidos, em que falou sobre seu início no esporte, o período de celebridade e o retorno à ginástica no último semestre. Em determinado momento, a multimedalhista olímpica afirmou que sabia que sua volta às competições não seria fácil, já que, segundo ela, nenhum outro atleta da modalidade havia triunfado em um retorno. Mas as declarações de Shawn não pegaram bem, e ela teve de se explicar no Twitter.
Uma seguidora da ginasta questionou a frase de Shawn Johnson e disse que ela não deveria estar lembrada de duas compatriotas: Mohini Bhardwaj, que interrompeu a carreira em diversos momentos e sempre voltou em alto nível entre o final dos anos 1990 e o início dos anos 2000, e Alicia Sacramone, que conquistou o ouro no salto no último Mundial após ficar mais de um ano afastada do esporte.
Em resposta, Shawn afirmou que suas declarações foram deturpadas pela imprensa que noticiou a palestra na universidade. Mais do que uma defesa, a ginasta fez um verdadeiro desabafo por meio de sua página no microblog.
“Por favor, não distorça as minhas palavras. Eu disse ‘retorno no individual geral após lesões e anos de recesso’. Observe os fatos corretamente. Se era o que estava ou não no artigo, foi o que eu disse. A imprensa pode pegar frases aleatoriamente e escolher quais delas publicar”, disparou Shawn, reclamando diretamente com a internauta de perfil “emilayamei". “Pessoas como você, que julgam baseadas no que escutaram e não no que sabem, provavelmente estão erradas”.
Shawn Johnson ainda fez questão de manifestar seu apreço por Sacramone, com quem dividiu a prata por equipes nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008.
“Nada do que eu disse foi desrespeitoso, e vocês saberiam, se estivessem lá [na palestra], que eu disse que Alicia foi minha inspiração por provar que é possível. A mídia pode deturpar e cortar qualquer coisa que se diga. O que é mais triste é que as pessoas acreditam no que leem”, lamentou a campeã olímpica, dirigindo-se ainda diretamente a Sacramone.
“Eu não sei o que a imprensa noticiou sobre mim erroneamente, mas recentemente eu dei algumas declarações sobre a minha volta e disse que Sacramone era minha inspiração. Eu nunca desrespeitei o retorno dela. O que ela conseguiu foi incrível, e é por causa dela que eu continuo me esforçando. Alicia, não sei se você leu o que escreveram, mas eu prometo a você que a imprensa está errada. Eu admiro você e respeito tudo que você faz”, completou Shawn Johnson.
De sua parte, Alicia Sacramone preferiu não polemizar e respondeu de maneira seca, também pelo Twitter. “Shawn, estou muito velha para me preocupar com pequenos dramas como esse. A imprensa sempre tira as coisas do contexto, então isso não é grande coisa”, resumiu a ginasta