segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Inglês

18h00 Wigan 0x1 Manchester City

Italiano

17h45 Napoli 1x1 Bologna

Cobrança fora de hora

Não me parece certo a Ferrari deduzir que Felipe Massa funciona melhor sob pressão e, por isso, ficar repetindo a todo momento que este é o ano crucial para ele. Até então isso parecia ser coisa típica do presidente Luca di Montezemolo, que gosta de criar factoides em suas conversas com jornalistas italianos, mas agora vejo até o comedido Stefano Domenicalli já iniciar o ano com esse mesmo discurso. Em muitos casos a gente responde bem quando pressionado. Mas a pressão que funciona é aquela que o próprio profissional cria pra cima de si mesmo em busca de uma performance melhor. É assim que se ganha alguns centésimos de segundo nas modalidades esportivas em que se corre contra o tempo, ou como se executa um golpe preciso, por exemplo, no tênis.

Confiança é tudo. E quando se ouve dos comandantes que esta é a última chance, a possibilidade de dar errado é maior. A mente humana faz com que seja assim com o jogador de futebol, de vôlei, o tenista, o nadador. Pode dar certo, mas o risco é grande. Isso deveria ser muito bem conversado internamente e pronto. Parece até que os dirigentes da Ferrari não conhecem a cobrança da mídia. Justo eles que vivem cercados daqueles que fazem da imprensa italiana a mais sensacionalista do mundo.
Trabalhar sob pressão já funcionou bem comigo e outros companheiros de televisão algumas vezes. Escrever finais de reportagens ou comentários em blocos de papel em cima do joelho já com o rico tempo de satélite correndo é dos piores momentos que a gente passa durante uma cobertura. Assim é a vida de um repórter de televisão. Mais do que os de rádio e jornal, o profissional de TV vive sob pressão por causa do horário de satélite, que é aquele predeterminado e pronto. Se perder, perdeu. Naqueles poucos minutos de satélite a reportagem é gerada para o Brasil. Se perder, perdeu.
Se você tomar um rumo errado no momento em que está montando uma história, corre o risco de não ter volta. O enfoque vem na sua cabeça, você elabora, sai entrevistando personagens em cima do tema e, depois, imagina a história toda da forma como deve ser contada para o público. Às vezes, durante as entrevistas, a história toma um rumo diferente. É preciso perceber o momento de dar a virada no roteiro enquanto é tempo. Tudo isso acontece sem ter a quem perguntar, com quem discutir. Pura tensão o tempo todo.
O piloto de equipe grande é um sujeito que ganha muito dinheiro e fama. Mas paga um preço alto por isso. A diferença de desempenho entre Alonso e Massa no último campeonato, de fato, foi enorme. Alonso ganhou um GP e fez 10 pódios. Massa não conseguiu um único pódio, viu o companheiro largar na frente 15 vezes em 19 GPs e marcou 118 pontos contra 257 de Alonso.
Só que o Felipe sabe disso melhor do que ninguém. Se acham que Massa precisa dessa pressão para acreditar que pode bater Alonso, não poderia ter acontecido aquele episódio do GP da Alemanha de 2010, quando Massa estava, de fato, andando na frente de Alonso e a equipe mandou que ele o deixasse passar. Como assim, isso não conta? E quem garante que, se os dois voltarem a disputar posição, a Ferrari não tenha a mesma atitude?

Falta de juízo

O s dias que se seguiram às acusações do árbitro Gutemberg da Fonseca ao diretor de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, levam a crer que ficará a palavra de um contra a do outro. Não parece provável o péssimo árbitro carioca oferecer as provas de que diz dispor. Mas a falta de evidências não tirará a sombra do departamento de árbitros.

Nos últimos quinze anos, a arbitragem brasileira sofreu com três enormes crises de credibilidade.
Em 1997, o escândalo do 1-0-0 derrubou o diretor de árbitros Ivens Mendes, sobre quem havia, mais do que suspeitas, certeza de culpa - Sérgio Corrêa era um dos seus acusadores.
Em 2001, Alfredo dos Santos Loebling encerrou a carreira de árbitro depois de acusar o diretor da CBF, Armando Marques, de pressioná-lo a mentir na súmula de Caxias x Figueirense.
O terceiro e mais grave foi o caso Edílson Pereira de Carvalho, réu confesso do processo de manipulação de resultados montado por sites de apostas do interior paulista, em 2005. Edílson segue em liberdade.
Não tem nada a ver com futebol - mas tem - a prisão do ex-árbitro Djalma Beltrami, por envolvimento com o tráfico de drogas do Rio de Janeiro. Edílson Pereira de Carvalho usava diploma falso, Djalma Beltrami recebia propina de traficantes. Pede-se acreditar na honestidade de todos os árbitros.
Falta transparência. Há problemas na formação e no controle dos árbitros. E há mais. Gutemberg é famoso por inventar pênaltis. No caso Sérgio Corrêa, pode estar inventando também. Mas sua queixa de perder o escudo da Fifa por política escancara um dos erros da comissão de arbitragem: falta de transparência.
Há anos, cobram-se entrevistas coletivas semanais que esclareçam os lances das rodadas anteriores. Não se trata de expor os árbitros ao ridículo, mas de dizer quem está apitando bem ou mal.
As tais entrevistas não teriam apenas caráter didático. Se Gutemberg Fonseca fosse bem avaliado semana após semana, ninguém teria dúvida de que é um equívoco tirar-lhe o escudo da Fifa. Mas se suas atuações fossem mal avaliadas - provavelmente seriam - suas acusações perderiam força, claro que estaria a necessidade de tirá-lo da Fifa.
A prática da CBF é outra. O diretor de árbitros só pode dar entrevistas com autorização da presidência. Na prática, é fantoche, não diretor. Por não dar declarações periódicas sobre erros e acertos dos juízes, Sérgio Corrêa viverá com uma faca no pescoço. Armando Marques disse recentemente que a arbitragem hoje é melhor do que em seu tempo de apito: "Hoje os árbitros são ruins, mas são honestos" é sua definição. Numa arbitragem de tantos problemas, quem vai acreditar?
A terceira liga. A Federação Internacional de História e Estatística divulgou o ranking dos melhores campeonatos do mundo, com o Brasileirão em terceiro lugar, só atrás de Espanha e Inglaterra. O ranking não é para ser levado como a tábua da lei. Mas...
Aqui já se escreveu que o nível dos jogos do Brasileirão estão no nível dos da Europa, exceto quando se compara os clássicos. Não há no Brasil um Real Madrid x Barcelona ou Milan x Inter.
Mas é incrível: entre mortos e feridos, o futebol sobrevive.

Sonhos e devaneios

No calendário do futebol brasileiro, este exato momento pode ser classificado como o do fim dos devaneios e do começo dos sonhos. Eu explico. Até agora, sem campeonatos a disputar, cartolas e empresários se ocuparam de ventilar a maior quantidade e os mais grandiosos nomes como possíveis reforços para os clubes de todo o País. Não importa se o jogador está preso contratualmente a um rico clube europeu, se a torcida não o quer, se ele está aposentado, se o salário que ganha é maior do que toda a folha do clube... O que importa é plantar o boato, agitar o mercado e fazer bater mais forte o coração iludido do torcedor. É a fase dos devaneios.

Encerrada essa etapa, com o ano esportivo começando para valer e as janelas de transferências se fechando, outra se inicia. A da realidade? Não exatamente. Na verdade, justamente o oposto. Em um dos comerciais de TV da célebre campanha Celebrando a Humanidade, do Comitê Olímpico Internacional, o então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, aparece dizendo que o momento que ele mais gosta nos Jogos Olímpicos não é o das comemorações das vitórias nem o das premiações no pódio. Para ele, o momento mágico é o da largada das provas, onde todos os competidores, independentemente da riqueza e do poder de suas nações, estão exatamente na mesma condição. É uma imagem poética, ainda que saibamos que ela será abatida pelo tiro de largada e pelos primeiros passos ou braçadas dos atletas rumo à linha de chegada. Mas os torcedores gostam de poesia e, no início de toda temporada, não é difícil ouvir deles declarações como "este ano ninguém nos segura", "rumo a Tóquio" e "te cuida, Barcelona".
Sonhar faz parte, não custa nada e, como diria Machado de Assis, é melhor cair das nuvens do que do segundo andar. Que o torcedor tenha esse comportamento, ainda vá lá. O que não faz sentido é quando os dirigentes - e muitos deles agem exatamente assim - assumem ares de torcedor e, mesmo diante da realidade cinza de seus clubes, nutrem os mais coloridos sonhos de grandeza. Infelizmente para eles, depois de meia dúzia de rodadas, mesmo o mais otimista dos torcedores é confrontado com os fatos e sofre o duro choque da realidade. E a realidade é que raros são os times em condições de brigar de verdade pelos principais títulos em jogo no ano.
Em certas situações, a fase do sonho até se estende um pouco mais. Isso porque os campeonatos estaduais, que abrem a temporada, não são o melhor parâmetro para medir as chances dos clubes nas competições nacionais e internacionais. Cansei de ver times que deram a volta olímpica no estadual brigando desesperadamente contra o rebaixamento no final da temporada. Mas, como eu disse, o torcedor tem todo o direito de sonhar - e nessa sua capacidade de acreditar sempre reside grande parte da magia do futebol.
Já que falei em sonho, é com muita alegria que informo que hoje faço a minha estreia no time de comentaristas do SporTV, canal que é a grande referência das transmissões esportivas no país. É sem dúvida a realização de um antigo sonho - e espero que os amigos leitores embarquem nele comigo.

Corinthians titular vai bem. Reservas do Fla também

Tenho calafrios com conclusões categóricas tiradas de amistosos de início de ano. Portanto, não pense que vou cravar opinião definitiva a respeito de Corinthians e Flamengo com base nos2 a2 de Londrina. Seria tolo e precipitado, um exercício de adivinhação – ou chute, pra ficar em linguagem mais direta.
Mas a apresentação dos dois times neste domingo serviu para algo mais do que preencher grade de televisão em período de férias escolares. O amistoso no Paraná mostrou um Corinthians titular com bom astral – e não poderia ser diferente – e um grupo reserva do Flamengo com vontade de agradar Luxemburgo.
O jogo valeu, para os corintianos, pelo primeiro tempo. Com a formação que Tite (ficou em casa) mandou a campo, o time manteve a toada do Brasileiro de 2011. Certo que até em ritmo mais lento, natural para grupo que volta de um mês de inatividade. A opção, pelo menos na intenção inicial, é ter Liedson e Emerson no ataque, com Alex e Danilo a reforçar, quando houver espaço. Tanto que Alex deixou sua marca com o primeiro gol. Defesa e meio-campo, sem novidades, comportaram-se dentro das expectativas.
O grupo de reservas corintiano não foi tão bem. Fiquei mais de olho em Adriano, pois os demais vinham com aproveitamento regular em 2011. Pois o rapaz continua pesadão e vai dar trabalho para os preparadores físicos. Só com muita boa vontade, ou por extrema necessidade, vira alternativa em início de temporada. Tem de correr contra o tempo.
Para o Flamengo o que contou, em termos de resultado, foi a segunda parte, repeteco do que houve no amistoso de meio de semana. Os reservas anularam a vantagem corintiana de2 a0 e mostraram ao treinador que muita coisa vai mudar no “time de cima”. Luxemburgo tem de ser mais ágil nas mudanças, pois sua equipe disputará a fase preliminar da Taça Libertadores e não pode correr risco de vexame.
O time titular voltou a pecar na marcação, tanto no meio como na defesa, e por isso levou os gols e ainda passou por sustos. E, mais grave: nesta segunda deve abrir mão definitivamente de Thiago Neves e ainda tentar solução para o caso Ronaldinho Gaúcho. O astral deixou no ar, na entrevista de intervalo para a TV Globo, que pretende ter sua vida resolvida antes da viagem para a Bolívia. Interrogação no ar.

Corinthians e Flamengo empatam por 2 a 2 em amistoso

LONDRINA - Flamengo e Corinthians empataram por 2 a 2 em amistoso realizada neste domingo à tarde, 15, no Estádio do Café, em Londrina, no norte do Paraná. Os paulistas levaram a melhor no primeiro tempo e foram para o intervalo vencendo por 2 a 0, com gols de Alex e Liedson. Na segunda etapa, todos os titulares de ambas as equipes foram trocados e o Flamengo conseguiu o empate com Bottinelli e Negueba.
Liédson marcou o segundo gol do Corinthians já nos acréscimos do primeiro tempo - Gustavo Sawada/Futura Press
Gustavo Sawada/Futura Press
Liédson marcou o segundo gol do Corinthians já nos acréscimos do primeiro tempo
O técnico Tite desfalcou o Corinthians no amistoso. Ele passou por uma cirurgia de hérnia inguinal há uma semana e não foi liberado pelo departamento médico para viajar. De todos os reforços contratados pelo time paulista para 2012, o único que esteve no jogo foi o volante William Arão, que veio das categorias de base do São Paulo. Cássio, Felipe, Gilsinho, Vitor Júnior, Elton e Bill (este volta de empréstimo) seguiram treinando em São Paulo e só devem estrear na quarta-feira, em amistoso contra a Portuguesa, no Pacaembu.
Apesar de estar sem ritmo de jogo, uma vez que este foi seu primeiro jogo em 2012, o Corinthians foi melhor no primeiro tempo. Com o mesmo time que terminou o Brasileirão do ano passado, mostrou certo entrosamento e abriu o placar aos 25 minutos. O Flamengo saiu jogando errado, Airton perdeu a bola para Liedson e Alex aproveitou para pegar de primeira, de fora de área, e fazer um golaço, no ângulo direito de Felipe.
O segundo gol veio já nos acréscimos. Liedson recebeu cruzamento da Fábio Santos, dominou e, mesmo caído, conseguiu acertar o canto do goleiro Felipe, que não alcançou.
O Flamengo, que já havia jogado amistosamente na quinta-feira, contra o Londrina, teve uma modificação apenas em relação ao time do primeiro amistoso. Itamar, um dos dois únicos reforços para a temporada (o outro é Magal), entrou no lugar de Luiz Antonio e fez feio. Aos 12 minutos, Deivid foi à linha de fundo e cruzou para o centroavante. Livre na pequena área, Itamar conseguiu cabecear para fora e levar a torcida à loucura.
No segundo tempo, com os dois times totalmente modificados, o Flamengo cresceu e conseguiu descontar com Bottinelli. O argentino, que havia marcado o gol da vitória sobre o Londrina, tabelou com Lucas, saiu na cara do goleiro e tocou com categoria por cima de Danilo Fernandes para fazer um belo gol.
Bottinelli mostrava que pode ser o substituto de Thiago Neves e quase marcou o segundo, em uma cobrança de falta que Danilo Fernandes defendeu com a ponta dos dedos. O gol de empate, porém, nasceu da esquerda. Magal cruzou, Wallace desviou e Negueba marcou na sobra. Depois, comemorou como se tivesse marcado o gol de um título.
Nos acréscimos do jogo, o Flamengo perdeu ótima chance de vencer. Negueba recebeu nas costas da zaga, saiu na cara de Danilo Fernandes, mas, ao invés de chutar bater no canto ou tocar para um companheiro melhor posicionado, ele tentou encobrir o goleiro e mandou para muito longe.
CORINTHIANS 2 x 2 FLAMENGO
Primeiro tempo
Corinthians - Júlio César; Alessandro, Paulo André, Leandro Castán e Fábio Santos; Paulinho, Ralf, Alex e Danilo; Emerson e Liedson. Técnico: Cléber Xavier (auxiliar).
Flamengo - Felipe; Léo Moura, Alex Silva, Welinton e Júnior César; Willians, Airton, Renato e Ronaldinho Gaúcho; Itamar e Deivid. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Segundo tempo:
Corinthians - Danilo Fernandes; Nenê Bonilha, Wallace, Chicão e Ramon; Willian Arão, Edenilson e Luiz Ramírez; Jorge Henrique, Willian e Adriano. Técnico: Cléber Xavier (auxiliar).
Flamengo - Paulo Victor; João Felipe, Gustavo, David Braz e Magal; Luiz Philipe, Luiz Antônio, Camacho e Bottinelli; Lucas e Negueba. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Gols - Alex, aos 25, e Liedson, aos 45 minutos do primeiro tempo; Bottinelli, aos 22, e Negueba, aos 35 minutos do segundo tempo.
Árbitro - Leandro Júnior Hermes (PR).
Cartões amarelos - Paulo André, Gustavo, Luiz Philipe e Luiz Antônio.
Renda e público - Não disponíveis.
Local - Estádio do Café, em Londrina (PR).

UFC Rio 2: Deu tudo certo (de novo!)

José Aldo definindo a vitória contra Mendes
José Aldo definindo a vitória contra Mendes
Crédito da imagem: Josh Hedges/UFC

Olá fãs de esportes,

Quando algo tem que dar certo, é difícil mesmo isso não acontecer.

Assim como no UFC Rio, o UFC 142, ou UFC Rio 2, realizado neste sábado, não teve nenhuma zebra, e o resultado disso foi mais um evento espetacular, com atuações memoráveis dos brasileiros.

José Aldo, brilhante, defendeu as tentativas de quedas de Chad Mendes, desferiu fortes chutes nas pernas, e ainda definiu com um nocaute sensacional.

Vitor Belfort não se abalou com a falta de profissionalismo de Anthony Johnson , que não bateu o peso, e foi muito bem, finalizando ainda no primeiro round. Excelente atuação.

Rousimar Toquinho, com a cabeça boa como ele mesmo destacou, deu mais um show no UFC, quase levando o pé de seu adversário para casa. Simplesmente um monstro na luta de chão.

O nocaute espetacular que Edson Barboza aplicou em Etim
O nocaute espetacular que Edson Barboza aplicou em Etim
Crédito da imagem: Josh Hedges/UFC

Edson Barboza fazia uma luta equilibrada contra Terry Etim, até encaixar aquele chute sensacional e conquistar um dos mais belos nocautes da história do UFC.

E o combate entre Erick Silva e Carlo Prater acabou sendo o mais polêmico da noite. Erick acertou uma joelhada em cheio em seu adversário, que caiu e foi alvo de uma série de socos. O árbitro Mario Yamasaki interrompeu a luta, e em seguida desclassificou Erick, alegando que ele teria acertado golpes ilegais na cabeça de Prater.

Minha análise daquele momento: não pude ver na tevê de casa, pois eu estava na Arena, e o telão fica longe. Mas a impressão que eu, Joe Rogan, Dana White, os repórteres que estavam por perto e muitas pessoas no twitter, é de que foi uma desclassificação injusta. White não só achou injusta como revelou que pagou a bolsa de vencedor a Erick. O vídeo será analisado e o resultado pode até ser alterado.

Outro ponto: caso Erick realmente tivesse acertado golpes ilegais, o correto seria o árbitro interromper o combate na hora e descontar um ponto pela irregularidade.

Como disse, não vi com tanta clareza por estar na Arena, então gostaria de saber a opinião dos fãs de esportes.

A polêmica sequencia de socos que resultou na desclassificação de Erick Silva
A polêmica sequencia de socos que resultou na desclassificação de Erick Silva
Crédito da imagem: Josh Hedges/UFC

Toquinho ganhou o prêmio de melhor finalização, Edson Barboza o de melhor nocaute, e ainda o de melhor luta com Etim. Cada bônus foi de US$65 mil.

Segue abaixo uma rápida descrição de cada combate da noite:

José Aldo fez o combate principal do show contra Chad Mendes e, mais uma vez, impressionou. Aldo defendeu-se bem das tentativas de quedas do invicto Mendes, um excelente wrestler, diga-se de passagem. O campeão ainda desferiu bons chutes em seu adversário, e parecia ter trabalho apenas no final do primeiro round, quando foi encurralado pelo americano. Mas, logo quando se desvencilhou do oponente, Aldo acertou uma joelhada em cheio em Mendes, que caiu e foi alvo de socos, até a interrupção do árbitro, que declarou o nocaute técnico. Na comemoração, Aldo foi, literalmente, para a torcida, empolgado com a vibração da plateia que torceu por ele.

Na penúltima luta da noite, Vitor Belfort encarou Anthony Johnson, que pareceu enorme no octagon, já que pesou quase seis quilos acima do exigido. Johnson surpreendeu e não aceitou trocar com o brasileiro, tentando derrubá-lo a todo custo. O feitiço, no entanto, acabou virando contra o feiticeiro, e Belfort, no fim do primeiro round, chegou às costas de seu adversário, lhe encaixando um estrangulamento e finalizando a luta, para delírio da torcida, que vibrou muito com sua vitória.

Rousimar Toquinho deu mais um show diante da torcida brasileira. Encarando Mike Massenzio, Toquinho precisou de apenas 1m03s para puxar seu adversário para a guarda e encaixar uma chave de calcanhar, finalizando seu adversário. Emocionado, Toquinho dedicou a vitória a Eraldo Paes, seu amigo e treinador que faleceu no fim do ano passado.

Rousimar Toquinho finalizando seu adversário
Rousimar Toquinho finalizando seu adversário
Crédito da imagem: Josh Hedges/UFC

O duelo entre Erick Silva e Carlo Prater acabou como o mais polêmico da noite. Erick acertou uma joelhada em cheio em seu adversário no início da luta, e o castigou com uma série de socos até chegar ao nocaute técnico em apenas 29 segundos. O árbitro da luta, Mario Yamasaki, no entanto, decidiu desclassificar Erick, alegando que ele teria acertado diversos golpes ilegais na nuca de Prater. A decisão contrariou a torcida e até o comentarista da tevê americana, Joe Rogan, que discordou publicamente do árbitro.

Edson Barboza fez uma luta bem equilibrada contra Terry Etim. O inglês tentava derrubar Edson, mas o brasileiro se defendia bem, e levantava rápido quando derrubado. Edson minava as pernas de Etim, e o combate parecia ir para a decisão. No entanto, o brasileiro desferiu um belíssimo chute rodado na cabeça de Etim, que caiu nocauteado em um belíssimo nocaute no terceiro round. Arrasador! Um dos nocautes mais bonitos da história do UFC!

Thiago Tavares fez a última preliminar da noite contra Sam Stout. Depois de dominar completamente o primeiro round, o brasileiro teve mais dificuldades nos rounds seguintes, mas conseguiu levar a melhor e vencer na decisão dos jurados.

No intervalo entre as lutas de Tavares e de Napão, Jon Jones entrou na Arena com uma camisa da seleção brasileira de futebol e ainda levantou a bandeira do Brasil, ganhando aplausos da torcida. O campeão dos meio-pesados foi entrevistado pelo Canal Combate e revelou que deseja subir de categoria após limpar toda sua divisão. Disse ainda que gostaria de lutar no Brasil, mas não contra brasileiros. “Não gostaria de ouvir Uh! Vai Morrer!”, brincou.

Estreando no UFC, o invicto Ednaldo Lula teve pela frente Gabriel Napão, em luta que marcou seu retorno ao octagon após ter anunciado sua aposentadoria. Mais experiente, Napão tratou de colocar seu adversário para baixo e rapidamente chegou às costas, finalizando com um mata-leão no primeiro round.

Iuri Marajó mostrou novamente seu chão apurado no duelo contra Michihiro Omigawa. No fim do primeiro round, após dominar os minutos iniciais, Iuri aplicou um armlock justíssimo em seu adversário, que chegou a bater, mas o árbitro não viu (nem a tevê pegou, mas foi bem em frente a este blogueiro), e o round se encerrou. Iuri manteve o domínio no restante do combate, e, mesmo cansado, conseguiu administrar a vantagem, levando a vitória na decisão dos jurados.

Mike Pyle não deu chances a Ricardo Funch na segunda luta da noite. O americano tratou de encurralar seu oponente e lhe desferir uma série de golpes, vencendo por nocaute técnico. Após provocar a torcida brasileiro, acabou sendo alvo de muitas vaias, se tornando o maior vilão da noite diante do público.

Abrindo o evento, Felipe Sertanejo não foi bem no primeiro round contra Antonio “Pato” Carvalho, levando desvantagem no primeiro round. Nas etapas seguintes, porém, o brasileiro se empolgou com a torcida e virou a luta, dominando seu adversário e vencendo na decisão dos jurados. “Esta vitória foi graças a vocês. Eu senti a vibração de toda a torcida durante a luta”, disse o vencedor para o público, levantando a platéia.

Belfort comemora a vitória diante de Johnson
Belfort comemora a vitória diante de Johnson
Crédito da imagem: Josh Hedges/UFC

Bom, nos próximos dias falaremos mais sobre o UFC Rio 2

MMA conseguirá um 'mata-leão' nas chuteiras em dez anos?

O baba-ovo da mídia, reforçado pela globalização, foi até maior, mas o baticundum bem diferente de um ano atrás, quando os ingressos simplesmente desapareceram em apenas duas horas.

Nada, porém, que faça o dono dos anjinhos do octógono, Dana White, jogar a toalha. Ao contrário.

Responsável por uma filosofia que dá margem a várias interpretações (‘mais que vencer, o que importa é o espetáculo’), o mandachuva e raios do esporte aposta: o MMA vai dar um ‘mata-leão’ nas chuteiras em uma década.

Ex-bad boy, o fortão não tem dúvidas de que a troca de gentilezas no vale-tudo conquistará o planeta, será o esporte mais badalado.

O ludopédio sofrerá o mesmo nocaute que a nobre arte, o boxe. Que, mesmo cambaleando, ainda mantém bolsas bem superiores às do MMA – campeão do mundo, o brasileiro José Aldo beliscou US$ 200 mil contra Chad Mendes, US$ 40 mil por minuto, já que nocauteou o gringo em cinco minutos.

E não adianta carimbar o UFC como encontro de gladiadores diante de uma samaritana plateia ávida por ver o sangue jorrar. Dana White considera a pancadaria mais segura que o badminton.

Um esporte que seria elogiadíssimo pelo mestre Armando Nogueira, de acordo com o internauta Marcelo Araújo: “Ele dizia: ‘Não posso considerar algo esporte que, se feito fora do ringue, dá cadeia’.” Toca o sino.
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A+B= sinuca de bico. O abecedário da pelota em Londrina, sem direito a borracha: o time A do Corinthians goleia com um pé nas costas a equipe B. Elenco grande, qualidade mais que discutível para a Libertadores. E nada de o rechonchudo imperador Adriano mostrar serviço. Já o voo do urubu faz o caminho inverso. Pela segunda vez em poucos dias, o time B livra a cara da badalada equipe A. E o gringo Botinelli prova que não pode ser banco.

Sugismundo Freud. Privilégio e ódio caminham juntos.

Rádio Rabiola. O ‘pofexô’ Vanderlei Luxemburgo prevê nuvens azuis carregadas de pedregulho sobre o ninho do urubu. Não vê o mínimo comprometimento do grupo com o ‘pojeto’ por conta do diz que diz fora das quatro linhas. Diz que tentou atacar de bombeiro, mas ganhou um solene cala boca – manda quem pode, obedece quem tem juízo. O 'mestre dos mestres' considera uma tremenda furada Ronaldinho colocar o clube no paredão: ou paga ou não viaja.

Ai se eu te pego 1.
A torcida palmeirense começou o ano como terminou: irritada. A vitória sobre o Ajax na bacia das almas provocou uma enxurrada de protestos contra o presidente Arnaldo Tirone, o popular Pituca, e o vice Roberto Frizzo. Entre um grito e outro de ‘timinho’ e ‘queremos jogador’, uma enlouquecida galera de 25 mil pessoas (R$ 785.964) desfiou o mesmo rosário de palavrões que tanto usou em 2011. E deixou o Pacaembu com a certeza de que voltará a viver as grandes emoções da última temporada: nenhum caneco e muitas preces a San Gennaro e, agora, a ‘são’ Marcos.

Ai se eu te pego 2. O vale a pena ver de novo continuou no vestiário. Felipão voltou a fustigar Roberto Frizzo, culpando-o pelo fracasso das contratações por debochar dos atletas com piadinhas de mau gosto. Sem os ‘camarões’ pedidos numa lista de 12 nomes, Felipão deu mais uma cutucadinha com a baioneta: ficou empanturrado de tanto comer camarão na moranga durante as férias, em Santa Catarina. O vice-presidente contra-atacou: insinuou que Felipão colocou o elenco numa lata de sardinha ao exigir um prato de camarões.

No sapatinho. Palmeiras, um autêntico balaio de periquitos.

Gilete press. De José Roberto Torero, na ‘Folha’: “Eles adoram andar com outros homens, eles se vestem com roupas iguaizinhas, eles carregam faixas coloridas, eles cantam músicas em coral, eles se abraçam efusivamente, eles choram uns nos ombros dos outros, eles têm pôsteres de homens em seus armários. Eles fazem tudo isso e não querem Richarlyson em seu time? Deve ser medo de se apaixonar.” Título da nota: o verde e o arco-íris. Bingo.

Twitface. Depois de uma baciada de reforços nada empolgantes, finalmente o soberano São Paulo acertou no alvo: Jadson, meia de 28 anos. Tricolor investiu R$ 8,6 milhões e ainda vendeu 30% dos direitos de um atleta a ser escolhido.

Aleluia. Aos 28 anos, o lateral-esquerdo Rojas deve subir de joelhos a escadaria da Igreja da Penha. Ele trocou um salário de R$ 20 mil na Universidad de Chile por um holerite de R$ 80 mil no Botafogo, mais algumas mordomias.

Tititi d’Aline. O soberano São Paulo decidiu mergulhar no mundo das figurinhas. Em parceria com a Panini, lançará um álbum no dia 27 com os melhores momentos da história do clube. A coleção terá 186 cromos.

Você sabia que... o novo contrato de Neymar com o Santos, fechado há dois meses, somente agora foi registrado na CBF?

Bola de ouro. Amor palmeirense. Nada menos que cinco mil ‘devotos de são Marcos’ participaram da procissão em homenagem ao goleiro, que se aposentou após 20 anos sob a trave dos periquitos.

Bola de latão. Leão. O rei da selva tricolor considera mais difícil conquistar o Paulistinha do que o Brasileirão. Um rugido ridículo.

Bola de lixo. Rivaldo. Pentacampeão do mundo, ele aterrissou no Kabuscorp, de Angola, como garoto-propaganda do presidente do clube, o general da reserva Bento dos Santos ‘Kangamba’.

Bola sete. “Nesta segunda é que a gente vai resolver tudo” (de Ronaldinho Gaúcho, que deu ultimato ao urubu para receber os R$ 3,7 milhões atrasados – a conferir).

Dúvida pertinente. Ronaldinho Gaúcho: final feliz no Flamengo?

Raio-x do superclássico Milan x Inter: curiosidades, marcas e pitacos

A Inter marcou muito, mas muito bem. Jogou fechada à espera de um bom contra-ataque ou de uma bobeada do Milan. Deu a segunda opção: falha de Abate, que Diego Milito não perdoou. Com o elenco que tem, após seis vitórias seguidas na Série A, incluindo uma "fora de casa" sobre seu principal rival, como excluir o time da briga pelo scudetto? Mesmo a 6 pontos da líder Juventus e a 5 do vice-líder Milan, a Inter está na disputa. Abaixo, mais sobre o superclássico.

Milan e Inter homenageiam vítimas de naufrágio na Itália

Persistência
Milito resolveu, e o mérito é também de Claudio Ranieri. Que insistiu com o jogador mesmo quando ele perdia gols mais feitos que os de Fernando Torres e Robinho. Assim, recuperou definitivamente o jogador que foi um dos mais importantes na "Era Mourinho".

Fase boa
Para ajudar ainda mais o bom momento da Inter, jogadores importantes que passaram a temporada às turras com lesões estão voltando: Sneijder, Forlán e Chivu. Outros que já voltaram há algumas rodadas, como os brasileiros Maicon, Júlio Cesar, Lúcio e Thiago Motta, parecem ter recuperado a forma de vez.

Brasil na Euro?
Thiago Motta, aliás, volta a brigar por um lugar na seleção italiana que vai à Eurocopa 2012. Hoje marcou, de cabeça, um gol mal anulado pela arbitragem. Não havia impedimento do ítalo-brasileiro na hora do cruzamento de Maicon, ainda no início do jogo.

Rei dos derbis
O desempenho do técnico Claudio Ranieri em derbis é impressionante: foram 6 vitórias e um empate em 7 derbis disputados no comando de Roma (três jogos e três vitórias contra a Lazio), Juventus (duas vitórias e um empate contra o Torino) e, agora, Inter (a vitória contra o Milan).

Triste
Já Massimiliano Allegri, que tinha 3 vitórias em 3 derbis comandando o Milan, perdeu a invencibilidade. Assim como seu time, que não perdia havia 12 jogos (eram 10 vitórias e 2 empates nestes jogos).

Mais Ranieri
O Milan não perdia como mandante na Série A há mais de um ano: a última derrota tinha sido dia 18/12/2010, 1 a 0 contra a Roma... de Claudio Ranieri!

Convicto (teimoso?)
Allegri não muda nunca seu 4-3-1-2. Nem perdendo por 1 a 0 a poucos minutos do fim: ao colocar El Shaarawi, não precisava ter tirado Pato, ainda que o brasileiro não fizesse grande jogo. Poderia ter sacado um dos volantes – Nocerino acabou saindo depois, para a entrada de Seedorf. Os resultados do Milan, em geral, têm lhe dado razão. Neste domingo, não.

Corneta à esquerda
Ok, milanistas podem cornetar Abate pelo erro de hoje. Mas o lateral, mesmo não sendo brilhante, tem feito boa temporada. O problema maior está na lateral-esquerda: Taiwo não deu certo, Antonini continua o mesmo e Zambrotta, é duro dizer, passou do ponto.

Coluna do meio?

Nos últimos 17 jogos entre Milan e Inter (por todas as competições) não houve empate: foram 9 vitórias do Milan e, agora, 8 vitórias da Inter.

Banco x banco
No confronto direto entre Allegri e Ranieri, o técnico da Inter ampliou sua vantagem: agora, são 3 vitórias contra um empate e uma derrota. Já o técnico do Milan leva a melhor no salário: 2,5 milhões de euros por temporada, contra 1,5 de Ranieri. Com a renovação até 2014, o milanista passa a ter o maior salário da Série A, ao lado de Mazzari, do Napoli.

Faz falta
Cassano, que voltou a treinar pra valer nesta semana, tem feito falta para o Milan: tanto que mesmo há tanto tempo fora ainda é o líder de assistências da Série A, com 7. Em segundo vem outro jogador que está entregue ao departamento médico do Milan: Aquilani, com 6.

Rendeu
Entre pagantes e não pagantes, foram mais de 80 mil os presentes neste domingo no estádio San Siro. A renda foi recorde na história do confronto: 3,13 milhões de euros.

Bastidores
A TV italiana, sempre disposta a mostrar dirigentes e celebridades nos camarotes, hoje se preocupou mais com o jogo. E olha que tínhamos Felipe Massa, Cesare Prandelli e vários políticos italianos nas tribunas. O máximo que vimos foi Aquilani. E uma morena de olhos verdes que valia mais que qualquer piloto.