19h30 Boa 0x0 CRB |
19h30 ASA 2x3 Vitória |
19h30 Joinville 6x0 Ipatinga-MG |
19h30 Guarani 1x2 Goiás |
19h30 Ceará 2x2 São Caetano |
21h50 América-MG 2x1 Guaratinguetá |
21h50 Avaí 2x1 Atlético-PR |
21h50 Grêmio Barueri 0x0 Bragantino |
21h50 Paraná Clube 1x0 América-RN |
21h50 ABC 2x2 Criciúma |
Falamos campeonatos das séries A B C D campeonatos internacionais todos Português todos os resultados do Paulista da segunda divisão e ainda Futebol Internacional como Futebol Inglês Espanhol Italiano Portugal e o Argentino e campeonatos Importantes falaremos do Regional do Rio Grande do Norte do Cearense do Pernambucano e do Carioca e falamos da copa do nordeste
terça-feira, 17 de julho de 2012
Brasilerão Série B
VÍDEO: Mesmo árbitro dá 2º pênalti absurdo ao Flamengo. Cruzeiro, Galo e Grêmio, os "campeões" de penais
Francisco Carlos do Nascimento já é um dos que mais pênaltis marcou no campeonato, três em cinco jogos, assim como Marcelo de Lima Henrique. Da "tripleta" de penalidades máximas assinaladas pelo alagoano, duas foram a favor do Flamengo, ambas "cavadas" por Íbson e valeram vitórias: 1 a 0 sobre o Santos e agora 2 a 1 sobre o Bahia.
Reprodução
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Rubro-negros argumentam que no ano passado o time carioca foi o único que não teve sequer um penal a seu favor em 38 rodadas. É verdade. Também alegam que Nascimento errou na expulsão de Luís Antonio, ainda no primeiro tempo. Concordo. Mas nada disso justifica a falha gritante.
O árbitro de Alagoas é, a meu ver, um dos piores do país. E seu maior defeito é interpretar como falta todo e qualquer esbarrão, o que faz com que marque penaltis em doses cavalares. Foi o que mais assinalou penalidades máximas em 2011, 10 em 14 partidas.
No clássico Palmeiras x São Paulo, Péricles Bassols Pegado Cortez, do Rio de Janeiro, caiu na artimanha de Valdívia, que se atirou numa disputa de bola com Rafael Toloi. Mas o chileno errou a cobrança e pelo menos o erro da arbitragem não mudou os rumos do placar.
Na soma das últimas 47 rodadas (as 38 do ano passado e as nove de 2012 até aqui realizadas), Nascimento lidera o ranking do pênalti. Entre os clubes, os mineiros Cruzeiro e Atlético, além do Grêmio, são os times que mais penalidades máximas têm a seu favor no período. Confira:
Pênaltis a favor:
Time 2011 + 2012 = TotalCruzeiro 9 + 3 = 12
Atlético-MG 8 + 3 = 11
Grêmio 9 + 2 = 11
Corinthians 8 + 1 = 9
Fluminense 7 + 2 = 9
Santos 9 + 0 = 9
Botafogo 5 + 2 = 7
Bahia 6 + 0 = 6
Coritiba 4 + 2 = 6
Figueirense 5 + 1 = 6
Internacional 6 + 0 = 6
Vasco 5 + 1 = 6
Palmeiras 4 + 1 = 5
Atlético-GO 4 + 0 = 4
São Paulo 3 + 1 = 4
Flamengo 0 + 3 = 3
Obs.: Náutico (1 pênalti a seu favor até aqui), Ponte Preta, Portuguesa e Sport (os três com zero em nove rodadas) disputaram a Série B em 2011. Atlético-PR (4 penaltis em 2011), América-MG (8), Avaí (7) e Ceará (5) foram rebaixados.
Pênaltis marcados:
Árbitro 2011 + 2012 = TotalFrancisco C. Nascimento 10 + 3 = 13
Sandro Meira Ricci 9 + 2 = 11
Marcelo de L. Henrique 7 + 3 = 10
Nielson Nogueira Dias 9 + 0 = 9
Héber Roberto Lopes 5 + 1 = 6
André Luís F. Castro 5 + 1 = 6
Leandro Pedro Vuaden 5 + 0 = 5
Fabrício Neves Correa 3 + 2 = 5
Paulo César de Oliveira 3 + 2 = 5
Péricles Bassols 3 + 2 = 5
Fonte: Footstats
Francisco Carlos do Nascimento vem marcando pênaltis que vão dos "discutíveis" aos inacreditáveis há algumas temporadas. Clique nos links abaixo e veja alguns deles. A meu ver fica evidente que trata-se de um critério todo particular, ou da mais incrível falta de critério, desconhecimento de futebol, etc. Para o árbitro alagoano, tudo é pênalti.
Para o Santos, contra o Atlético-PR
Para o Atlético-MG, contra o Ceará
Para o Corinthians, contra o Avaí
Para o Palmeiras, contra o Fluminense
Me desculpem mas eu vou torcer contra o futebol nas Olimpíadas
Qualquer declaração contra o futebol no Brasil é motivo de polêmica. Eu sei bem disso, mas não vou mentir para as pessoas ou ser hipócrita depois de velho. Acabo de falar minha posição no twitter e foi uma loucura. Poucos entenderam ou quiserem entender. Houve até os que quiseram me ensinar a ser brasileiro e patriota. Que belezaaaaa
Não sei se alguém sabe, se não souber vai saber de mim. EU VOU TORCER CONTRA O FUTEBOL NAS OLIMPÍADAS.
Nâo é de hoje que sabemos que nosso país é do futebol e só se fala do esporte mais querido do nosso povo. Sei que é o único título que falta ao país e posso parecer injusto, mas me desculpem, é assim que eu penso. Nossos atletas merecem mais espaço na mídia e pelas suas conquistas. Vocês imaginam se o Futebol e a Maurren ganharem a medalha de ouro no mesmo dia? Será que alguém vai dar o devido tamanho a conquista dela? Será que 99% das notícias não vão falar deles? Tenho certeza que sim.
Os atletas olímpicos têm poucas chances e espaço na mídia durante o ano. Eles treinam 4 anos para conseguirem a maior condecoração que um atleta pode ganhar. Uma medalha olímpica. Quando ganha perde espaço porque nosso país é 100% futebol. Nossa mídia só quer saber de Neymar, lucas, Damião...Eles ganharam, vamos escutar o que tem a dizer. E o resto?
Desculpem, o Robert, o vôlei, os judocas, a galera do atletismo, do polo aquático, do handebol, levantamento de peso, esgrima merecem espaço, ajuda, carinho e divulgação. Nosso país é muito injusto nisso. Ser atleta de esportes pouco conhecidos é uma coisa quase impossível. E a cobrança é duríssima.
Faça uma mea culpa. Quantas vezes você chamou um atleta de pipoqueiro, amarelão quando não conseguiu a medalha? Você sabe se ele teve uma preparação digna? Se ele ganha mais do que gasta para comer e treina todo dia? Não né. Eu como sei torço mesmo. Levanto a bandeira sem medo de ser xingado ou mal entendido.
Não adianta atacar, xingar, me chamar do que quiserem. Eu vou torcer contra e pronto. Contra porque torço a favor do esporte brasileiro. No dia em que todos os esportes forem tratados com dignidade eu torço pro futebol nas olimpíadas.
Tem os que digam que ser patriota é torcer desesperadamente por todos os esportes. Assim estamos no nosso país. Ser patriota é aceitar a corrupção? Ser patriota é aceitar a injustiça? Ser patriota é saber que os outros esportes mais uma vez vão ganhar nada e o futebol vai ser o esporte do nosso país. Pode não ser a maneira mais certa do mundo. Até me sinto mal com alguns jogadores que vão pra lá com vontade de ganhar, mas que me perdoem. Ganhem a copa do mundo. Isso sim vale para o nosso futebol.
Para os mais exaltados eu respondo. Na copa eu torço pro Brasil ganhar com muita força, muita ilusão e patriotismo. Lá é o lugar do futebol. Lá somos os maiores do mundo. Nas olimpíadas NÃO.
Como atleta posso dizer. Vivi Atlanta e todos nós fomos obrigados a deixar nossos patrocinadores de roupa e vestir uma marca que o COB obrigou. O futebol teve? NÃO. Todos os atletas ficaram na vila, o futebol ficou? NÂO. Eles não podiam se desconcentrar. Essas e mais algumas fazem os atletas acharem que o futebol é tratado de uma forma diferente aos outros esportes
Não sei se alguém sabe, se não souber vai saber de mim. EU VOU TORCER CONTRA O FUTEBOL NAS OLIMPÍADAS.
Nâo é de hoje que sabemos que nosso país é do futebol e só se fala do esporte mais querido do nosso povo. Sei que é o único título que falta ao país e posso parecer injusto, mas me desculpem, é assim que eu penso. Nossos atletas merecem mais espaço na mídia e pelas suas conquistas. Vocês imaginam se o Futebol e a Maurren ganharem a medalha de ouro no mesmo dia? Será que alguém vai dar o devido tamanho a conquista dela? Será que 99% das notícias não vão falar deles? Tenho certeza que sim.
Os atletas olímpicos têm poucas chances e espaço na mídia durante o ano. Eles treinam 4 anos para conseguirem a maior condecoração que um atleta pode ganhar. Uma medalha olímpica. Quando ganha perde espaço porque nosso país é 100% futebol. Nossa mídia só quer saber de Neymar, lucas, Damião...Eles ganharam, vamos escutar o que tem a dizer. E o resto?
Desculpem, o Robert, o vôlei, os judocas, a galera do atletismo, do polo aquático, do handebol, levantamento de peso, esgrima merecem espaço, ajuda, carinho e divulgação. Nosso país é muito injusto nisso. Ser atleta de esportes pouco conhecidos é uma coisa quase impossível. E a cobrança é duríssima.
Faça uma mea culpa. Quantas vezes você chamou um atleta de pipoqueiro, amarelão quando não conseguiu a medalha? Você sabe se ele teve uma preparação digna? Se ele ganha mais do que gasta para comer e treina todo dia? Não né. Eu como sei torço mesmo. Levanto a bandeira sem medo de ser xingado ou mal entendido.
Não adianta atacar, xingar, me chamar do que quiserem. Eu vou torcer contra e pronto. Contra porque torço a favor do esporte brasileiro. No dia em que todos os esportes forem tratados com dignidade eu torço pro futebol nas olimpíadas.
Tem os que digam que ser patriota é torcer desesperadamente por todos os esportes. Assim estamos no nosso país. Ser patriota é aceitar a corrupção? Ser patriota é aceitar a injustiça? Ser patriota é saber que os outros esportes mais uma vez vão ganhar nada e o futebol vai ser o esporte do nosso país. Pode não ser a maneira mais certa do mundo. Até me sinto mal com alguns jogadores que vão pra lá com vontade de ganhar, mas que me perdoem. Ganhem a copa do mundo. Isso sim vale para o nosso futebol.
Para os mais exaltados eu respondo. Na copa eu torço pro Brasil ganhar com muita força, muita ilusão e patriotismo. Lá é o lugar do futebol. Lá somos os maiores do mundo. Nas olimpíadas NÃO.
Como atleta posso dizer. Vivi Atlanta e todos nós fomos obrigados a deixar nossos patrocinadores de roupa e vestir uma marca que o COB obrigou. O futebol teve? NÃO. Todos os atletas ficaram na vila, o futebol ficou? NÂO. Eles não podiam se desconcentrar. Essas e mais algumas fazem os atletas acharem que o futebol é tratado de uma forma diferente aos outros esportes
Londres 2012: Guia do torneio de futebol
A eterna corrida do ouro para o futebol brasileiro começa no próximo dia 26 de julho. A julgar pelos nomes à disposição de Mano Menezes, é impossível não colocar a Seleção no rol das favoritas, mas as cascas de banana estão espalhadas pelo caminho até a final em Wembley.
O blog apresenta as 16 participantes do torneio, que limita a participação a jogadores nascidos a partir de 1989, com três exceções permitidas por equipe.
- GRUPO A -
GRÃ-BRETANHA
Técnico: Stuart Pearce
A formação de uma seleção britânica é uma atração à parte dos Jogos de Londres. O status independente das quatro nações perante à Fifa impede que elas se classifiquem em campo, mas a condição de país-sede gerou a situação excepcional. A Grã-Bretanha participará do torneio pela primeira vez desde 1960, quando a disputa ainda era restrita a amadores.
Apesar de a criação do "Team GB" (organizado pela federação inglesa) ter incomodado as outras três nações, o elenco de 18 jogadores conta com cinco galeses. Entre eles não está Gareth Bale, que havia declarado publicamente seu interesse em representar o time, mas acabou fora por lesão.
Entre os jovens convocados, destacam-se Ramsey, do Arsenal, Cleverley, do Manchester United, e Sturridge, do Chelsea. A FA decidiu não levar jogadores que estiveram na última Eurocopa, fazendo exceção apenas a Jack Butland, convocado de última hora para ser o terceiro goleiro na seleção principal.
Acima dos 23: Ryan Giggs, que nunca teve a oportunidade de disputar uma Copa do Mundo ou Eurocopa, será um atleta olímpico aos 38 anos. Lenda do Manchester United, Giggs foi escolhido por Pearce como capitão da equipe, ocupando a vaga que muitos esperavam ser de David Beckham. A cota dos mais experientes é concluída por Craig Bellamy, atacante do Liverpool, e Micah Richards, defensor do Manchester City.
Como se classificou: país-sede
Medalhas: ouro em 1900, 1908 e 1912
SENEGAL
Técnico: Joseph Koto
A África tem histórico de sucesso em Jogos Olímpicos, com Nigéria e Camarões conquistando o ouro em 1996 e 2000, respectivamente. Última seleção a se classificar para Londres 2012, Senegal espera acrescentar mais um nome a este grupo, apesar de ter caído em uma chave complicada.
A vitória por 2 a 0 sobre a Espanha em um amistoso de preparação foi sinal de força. O elenco poderia ser ainda mais qualificado com o ataque formado por Demba Ba e Papiss Cissé, sucesso na Premier League, mas o Newcastle não autorizou a participação da dupla. Sem eles, Ibrahima Baldé, do Osasuna, é uma das principais esperanças de gols.
Acima dos 23: O volante Mohamed Diamé, nascido na França, mas que optou por representar a nação de seu pai, tem experiência de três temporadas na Premier League e acaba de trocar o Wigan pelo West Ham. Os outros fora da idade limite são o atacante Dame N'Doye, do Copenhague, e o zagueiro Papa Gueye, do Metalist Kharkiv.
Como se classificou: vencedora da repescagem africana, derrotou Omã na repescagem mundial.
EMIRADOS ÁRABES
Técnico: Mahdi Ali
Classificada de maneira invicta no pré-olímpico asiático, a seleção dos Emirados sabe que dificilmente terá condições de avançar no grupo mais complicado do torneio.
Todo o elenco atua na liga doméstica, fortalecida com o poder de investimento de seus clubes e a chegada de jogadores estrangeiros que ajudam a melhorar o nível do futebol local.
Acima dos 23: A estrela do elenco é Ismail Matar, atacante do Al Wahda que foi eleito o melhor jogador do Mundial sub-20 de 2003, disputado, veja você, nos Emirados Árabes. Ele se junta ao goleiro Ali Khasif (Al Jazira) e ao meio-campista Ismail Al Hammadi (Al Ahli).
Como se classificou: primeira colocada no grupo B do pré-olímpico asiático.
URUGUAI
Técnico: Óscar Tabárez
A presença de Luis Suárez e Edinson Cavani faz do ataque uruguaio um dos mais temidos da competição. Mas não é só deles que vive a equipe de Óscar Tabárez. Garotos como Abel Hernández e Gastón Ramírez ajudam a equipe uruguaia a chegar credenciada à disputa pelo título. O país brigará por uma medalha pela primeira vez desde os ouros que lhe valeram o apelido de "Celeste Olímpica".
A principal preocupação sobre as chances uruguaias diz respeito à defesa, que se mostrou insegura durante a preparação, como na vitória por 6 a 4 sobre o Chile em um amistoso. Coates, zagueiro de projeção internacional, tem sido pouco aproveitado no Liverpool e chega sem ritmo de jogo.
Acima dos 23: Além de Suárez e Cavani, o elenco conta com o volante Egídio Arévalo Ríos, encarregado de dar proteção ao sistema defensivo. Arévalo, que teve uma passagem sem brilho pelo Botafogo, acaba de se transferir para o Palermo.
Como se classificou: vice-campeão sul-americano sub-20.
Medalhas: ouro em 1924 e 1928
- GRUPO B -
GABÃO
Técnico: Claude Albert Mbourounot
Campeão africano sub-23, o Gabão vive bom momento no futebol. No início do ano, foi uma das sedes da Copa Africana de Nações, alcançando as quartas-de-final do torneio.
Do elenco que participou da CAN, oito jogadores foram mantidos para a equipe olímpica, incluindo o astro Pierre-Emerick Aubameyang, do Saint-Etienne. Ainda assim, o grupo pode pagar pela inexperiência: dez convocados ainda atuam no futebol gabonês.
Acima dos 23: A dupla atua no futebol francês: o goleiro Didier Ovono (Le Mans) e o zagueiro Bruno Ecuele Manga (Lorient). Mbourounot abriu mão de levar o terceiro jogador acima da idade.
Como se classificou: campeão africano sub-23.
MÉXICO
Técnico: Luis Fernando Tena
A seleção mexicana chega forte aos Jogos graças a uma preparação cuidadosa. O time olímpico disputou a última Copa América, os Jogos Pan-Americanos e recentemente conquistou o tradicional Torneio de Toulon.
Sem Javier "Chicharito" Hernández, que não foi liberado pelo Manchester United, o México tem como nome forte Giovani dos Santos, que costuma ter na seleção a regularidade que lhe falta nos clubes. Mas vale a pena ficar de olho também em Marco Fabián, meia do Chivas que tem sido o goleador da equipe.
Acima dos 23: O experiente Carlos Salcido, de volta ao futebol mexicano pelo Tigres, é nome certo na defesa. Os outros convocados são Oribe Peralta, atacante do Santos Laguna, e o goleiro José Corona, do Cruz Azul.
Como se classificou: campeão do pré-olímpico da Concacaf.
COREIA DO SUL
Técnico: Hong Myung-Bo
É seguro dizer que a principal estrela do time sul-coreano está no banco de reservas: o técnico Hong Myung-Bo, zagueiro de quatro Copas do Mundo e considerado um dos maiores jogadores asiáticos da história.
Em campo, a responsabilidade deve cair sobre os jogadores de maior experiência internacional, como os meio-campistas Ki Sung-Yueng, do Celtic, e Koo Ja-Cheol, do Augsburg.
Acima dos 23: O goleiro Jung Sung-Ryong foi titular na Copa do Mundo de 2010 e deve garantir segurança. Também foram chamados Park Chu-Young, atacante que mal teve chances no Arsenal, e o lateral Kim Chang-Soo, do Busan.
Como se classificou: primeira colocada no grupo A do pré-olímpico asiático.
SUÍÇA
Técnico: Pierluigi Tami
A Suíça tem feito um bom trabalho nas categorias de base: foi campeã mundial sub-17 em 2009 e é a atual vice-campeã europeia sub-21. A preparação para os Jogos, porém, foi afetada por duas baixas importantes: Shaqiri e Xhaka, destaques do Basel que chegou às oitavas-de-final da Champions League.
Desde então, Shaqiri se transferiu para o Bayern e Xhaka para o Borussia Mönchengladbach, e os clubes alemães pediram aos jogadores que abrissem mão da presença olímpica para fazer a pré-temporada desde o início.
Entre os convocados, vale a pena ficar de olho em Admir Mehmedi, atacante que surgiu com destaque no Zürich e se transferiu este ano para o Dynamo Kiev.
Acima dos 23: O goleiro Diego Benaglio, do Wolfsburg, é titular da seleção principal. O técnico Tami optou por fechar a cota com dois nascidos em 1988, remanescentes do time que conquistou a vaga: o volante Xavier Hochstrasser (Luzern) e o defensor Timm Klose (Nürnberg).
Como se classificou: vice-campeã europeia sub-21.
Medalha: prata em 1924
- GRUPO C -
BRASIL
Técnico: Mano Menezes
Mesmo sem a preparação ideal, o Brasil impõe respeito por seu forte elenco, liderado por Neymar. O grupo na primeira fase não oferece grandes desafios e ajudará a dar conjunto ao time, que teve momentos de bom futebol nos amistosos realizados entre maio e junho.
A Seleção embarca com a formação titular já definida, com a principal preocupação no miolo da defesa: Juan, parceiro de Thiago Silva, está longe de transmitir confiança, a exemplo do reserva imediato, Bruno Uvini.
Lidar com a pressão pelo inédito ouro é o principal desafio para a equipe, que deve formar a base que disputará a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. O fato de vários deles terem experiência na seleção principal deve ajudar a lidar bem com ela.
Acima dos 23: Thiago Silva, que acaba de se tornar o segundo zagueiro mais caro da história ao trocar o Milan pelo Paris Saint-Germain. Além dele, Marcelo, lateral-esquerdo do Real Madrid, e Hulk, atacante do Porto.
Como se classificou: campeão sul-americano sub-20.
Medalhas: prata em 1984 e 1988, bronze em 1996 e 2008
BIELORRÚSSIA
Técnico: Georgi Kondratiev
O surpreendente terceiro lugar no último Europeu sub-21 credenciou a Bielorrússia à sua primeira participação olímpica como nação independente. A antiga União Soviética tinha grande tradição no torneio: dois ouros e três bronzes.
Sem alarde, os bielorrussos esperam surpreender novamente. No Europeu, conseguiram levar a Espanha à prorrogação na semifinal, antes de vencer a República Tcheca na disputa pela vaga olímpica.
O elenco de Kondratiev tem 17 dos 18 jogadores atuando no país, sendo seis no BATE Borisov, que alcançou a fase de grupos da última Champions League.
Acima dos 23: Nascido no Brasil, o meia Renan Bressan, do BATE, completou cinco anos de residência no país e fez sua estreia pela seleção este ano. O experiente Sergei Kornilenko é atacante da seleção principal, enquanto o volante Stanislaw Drahun é remanescente do time sub-21.
Como se classificou: terceira colocada no Europeu sub-21.
EGITO
Técnico: Hany Ramzy
É um momento difícil para o futebol egípcio. A seleção principal, depois de ser tricampeã continental, perdeu a classificação para duas edições consecutivas da Copa Africana de Nações. A temporada da liga doméstica foi cancelada após o massacre de Port Said, em fevereiro, quando 79 torcedores foram mortos dentro do estádio após uma partida.
As adversidades na preparação sugerem dificuldades para o Egito, mas a perspectiva de classificação existe em um grupo que tem apenas o Brasil como candidato a medalha. Entre os jovens de destaque estão o atacante Mohamed Salah, do Basel, e o lateral Ahmed Hegazy, recém-contratado pela Fiorentina.
Acima dos 23: Um dos símbolos do futebol egípcio, o meia Mohamed Aboutrika havia decidido se aposentar após presenciar a tragédia em Port Said, mas voltou atrás, a exemplo de Emad Motaeb, seu companheiro no Al Ahly. Fecha a lista o lateral-direito Ahmed Fathy, do mesmo clube.
Como se classificou: terceiro colocado no campeonato africano sub-23.
NOVA ZELÂNDIA
Técnico: Neil Emblen
A seleção principal vem de um vexame - ficou fora da final da Copa das Nações da Oceania -, e a equipe olímpica tentará deixar uma imagem melhor. A maioria dos jovens convocados tem experiência internacional limitada, e a participação nos Jogos é vista como uma etapa de aprendizado.
Uma das exceções é o atacante Chris Wood, de 20 anos, que pertence ao West Bromwich e foi o jogador mais jovem da Nova Zelândia na última Copa do Mundo. Wood já tem 24 partidas pela seleção principal, com sete gols marcados.
Acima dos 23: Capitão da equipe principal, o zagueiro Ryan Nelsen tem 34 anos e acaba de se transferir para o Queens Park Rangers, ampliando sua experiência de sete temporadas na Premier League, onde já defendeu Blackburn e Tottenham. Ele já havia sido um dos maiores de 23 nos Jogos de 2008. Também há um jogador da cota no meio-campo, Michael McGlinchey, e um no ataque, Shane Smeltz. Todos estiveram no Mundial de 2010 - Smeltz fez o gol neozelandês no empate por 1 a 1 com a Itália.
Como se classificou: campeã do pré-olímpico da Oceania.
- GRUPO D -
HONDURAS
Técnico: Luis Suárez
A inesperada eliminação dos Estados Unidos facilitou o caminho de Honduras, que conquistou a vaga em uma dramática vitória na prorrogação sobre El Salvador. Mas não dá para atribuir ao acaso a terceira participação do país em quatro torneios olímpicos desde 2000.
Os hondurenhos contam com um técnico experiente, o colombiano Luis Suárez, que dirigiu o Equador na Copa do Mundo de 2006. Entre os jovens convocados, destaque para Andy Najar, de apenas 19 anos. Formado no futebol norte-americano, Najar atua pelo DC United e foi eleito o melhor novato da Major League Soccer em 2010.
Acima dos 23: Maynor Figueroa, lateral-esquerdo do Wigan, atua na Premier League há quatro temporadas e é o principal nome do elenco, tendo feito parte da equipe que disputou o Mundial sul-africano dois anos atrás. Também formam a lista dois jogadores da MLS: Roger Espinoza, volante do Sporting Kansas City, e Jerry Bengtson, três vezes artilheiro da liga hondurenha e recém-contratado pelo New England Revolution.
Como se classificou: vice-campeã do pré-olímpico da Concacaf.
JAPÃO
Técnico: Takashi Sekizuka
Cinco jogadores que atuam no futebol alemão formam a espinha dorsal da seleção olímpica japonesa. Um deles é Takashi Usami, meia-atacante que passou sem ser notado pelo Bayern na última temporada e acaba de se transferir para o Hoffenheim.
A federação japonesa optou por dar descanso a alguns nomes importantes da seleção principal, impedindo assim que o técnico Takashi Sekizuka conte com jogadores como Shinji Kagawa, recém-transferido para o Manchester United.
Será a quinta participação consecutiva no torneio olímpico para o Japão, que sonha com a repetição da campanha de 1968, na Cidade do México, quando conquistou o bronze.
Acima dos 23: Apenas dois foram incluídos entre os convocados, ambos na defesa: Maya Yoshida, zagueiro do VVV-Venlo, e Yuhei Tokunaga, do FC Tokyo. Este último participou da Olimpíada de 2004.
Como se classificou: primeiro colocado no grupo C do pré-olímpico asiático.
Medalha: bronze em 1968
MARROCOS
Técnico: Pim Verbeek
A seleção marroquina participará de sua quarta Olimpíada desde que o torneio passou a ser sub-23, mas ainda tenta superar a fase de grupos pela primeira vez.
Abdelaziz Barrada, volante do Getafe, e Zakaria Labyad, atacante recém-contratado pelo Sporting, são alguns dos nomes mais conhecidos entre os jovens.
Acima dos 23: O experiente meia Houssine Kharja, com passagens por times italianos como Roma, Internazionale e Fiorentina, que atualmente defende o Al Arabi, do Qatar. O único outro convocado acima da idade limite é Nordin Amrabat, meia revelado pelo PSV que acaba de trocar de clube no futebol turco: saiu do Kayserispor para o Galatasaray. Após defender a Holanda, seu país de nascimento, nas seleções de base, optou por representar o Marrocos.
Como se classificou: vice-campeão africano sub-23.
ESPANHA
Técnico: Luis Milla
Vinte anos depois do ouro alcançado em Barcelona, a Espanha chega forte para repetir a dose. O técnico Luis Milla tem uma geração de jovens virtuosos, como Muniain e Ander Herrera, do Athletic Bilbao, Tello e Montoya, do Barcelona, e Rodrigo, do Benfica.
Três dos convocados por Milla fizeram parte do elenco que conquistou semanas atrás a Eurocopa, incluindo um titular: o lateral-esquerdo Jordi Alba, que acaba de se transferir para o Barcelona. O principal desfalque é Thiago Alcântara, ausente por lesão.
A conquista olímpica no futebol seria mais um ponto alto da era dourada do esporte espanhol. Da última vez que chegou à final, a Espanha bateu na trave: perdeu nos pênaltis para Camarões a final, em 2000, e ficou com a prata.
Acima dos 23: Além dos campeões europeus Mata e Javi Martínez, faz parte da lista o atacante Adrián, do Atlético de Madrid. Os três foram titulares na vitória por 2 a 0 sobre a Suíça na final do Europeu sub-21.
Como se classificou: campeã europeia sub-21.
Medalhas: ouro em 1992, prata em 1920 e 2000
O blog apresenta as 16 participantes do torneio, que limita a participação a jogadores nascidos a partir de 1989, com três exceções permitidas por equipe.
- GRUPO A -
GRÃ-BRETANHA
Técnico: Stuart Pearce
A formação de uma seleção britânica é uma atração à parte dos Jogos de Londres. O status independente das quatro nações perante à Fifa impede que elas se classifiquem em campo, mas a condição de país-sede gerou a situação excepcional. A Grã-Bretanha participará do torneio pela primeira vez desde 1960, quando a disputa ainda era restrita a amadores.
Apesar de a criação do "Team GB" (organizado pela federação inglesa) ter incomodado as outras três nações, o elenco de 18 jogadores conta com cinco galeses. Entre eles não está Gareth Bale, que havia declarado publicamente seu interesse em representar o time, mas acabou fora por lesão.
Entre os jovens convocados, destacam-se Ramsey, do Arsenal, Cleverley, do Manchester United, e Sturridge, do Chelsea. A FA decidiu não levar jogadores que estiveram na última Eurocopa, fazendo exceção apenas a Jack Butland, convocado de última hora para ser o terceiro goleiro na seleção principal.
Acima dos 23: Ryan Giggs, que nunca teve a oportunidade de disputar uma Copa do Mundo ou Eurocopa, será um atleta olímpico aos 38 anos. Lenda do Manchester United, Giggs foi escolhido por Pearce como capitão da equipe, ocupando a vaga que muitos esperavam ser de David Beckham. A cota dos mais experientes é concluída por Craig Bellamy, atacante do Liverpool, e Micah Richards, defensor do Manchester City.
Como se classificou: país-sede
Medalhas: ouro em 1900, 1908 e 1912
SENEGAL
Técnico: Joseph Koto
A África tem histórico de sucesso em Jogos Olímpicos, com Nigéria e Camarões conquistando o ouro em 1996 e 2000, respectivamente. Última seleção a se classificar para Londres 2012, Senegal espera acrescentar mais um nome a este grupo, apesar de ter caído em uma chave complicada.
A vitória por 2 a 0 sobre a Espanha em um amistoso de preparação foi sinal de força. O elenco poderia ser ainda mais qualificado com o ataque formado por Demba Ba e Papiss Cissé, sucesso na Premier League, mas o Newcastle não autorizou a participação da dupla. Sem eles, Ibrahima Baldé, do Osasuna, é uma das principais esperanças de gols.
Acima dos 23: O volante Mohamed Diamé, nascido na França, mas que optou por representar a nação de seu pai, tem experiência de três temporadas na Premier League e acaba de trocar o Wigan pelo West Ham. Os outros fora da idade limite são o atacante Dame N'Doye, do Copenhague, e o zagueiro Papa Gueye, do Metalist Kharkiv.
Como se classificou: vencedora da repescagem africana, derrotou Omã na repescagem mundial.
EMIRADOS ÁRABES
Técnico: Mahdi Ali
Classificada de maneira invicta no pré-olímpico asiático, a seleção dos Emirados sabe que dificilmente terá condições de avançar no grupo mais complicado do torneio.
Todo o elenco atua na liga doméstica, fortalecida com o poder de investimento de seus clubes e a chegada de jogadores estrangeiros que ajudam a melhorar o nível do futebol local.
Acima dos 23: A estrela do elenco é Ismail Matar, atacante do Al Wahda que foi eleito o melhor jogador do Mundial sub-20 de 2003, disputado, veja você, nos Emirados Árabes. Ele se junta ao goleiro Ali Khasif (Al Jazira) e ao meio-campista Ismail Al Hammadi (Al Ahli).
Como se classificou: primeira colocada no grupo B do pré-olímpico asiático.
URUGUAI
Técnico: Óscar Tabárez
A presença de Luis Suárez e Edinson Cavani faz do ataque uruguaio um dos mais temidos da competição. Mas não é só deles que vive a equipe de Óscar Tabárez. Garotos como Abel Hernández e Gastón Ramírez ajudam a equipe uruguaia a chegar credenciada à disputa pelo título. O país brigará por uma medalha pela primeira vez desde os ouros que lhe valeram o apelido de "Celeste Olímpica".
A principal preocupação sobre as chances uruguaias diz respeito à defesa, que se mostrou insegura durante a preparação, como na vitória por 6 a 4 sobre o Chile em um amistoso. Coates, zagueiro de projeção internacional, tem sido pouco aproveitado no Liverpool e chega sem ritmo de jogo.
Acima dos 23: Além de Suárez e Cavani, o elenco conta com o volante Egídio Arévalo Ríos, encarregado de dar proteção ao sistema defensivo. Arévalo, que teve uma passagem sem brilho pelo Botafogo, acaba de se transferir para o Palermo.
Como se classificou: vice-campeão sul-americano sub-20.
Medalhas: ouro em 1924 e 1928
- GRUPO B -
GABÃO
Técnico: Claude Albert Mbourounot
Campeão africano sub-23, o Gabão vive bom momento no futebol. No início do ano, foi uma das sedes da Copa Africana de Nações, alcançando as quartas-de-final do torneio.
Do elenco que participou da CAN, oito jogadores foram mantidos para a equipe olímpica, incluindo o astro Pierre-Emerick Aubameyang, do Saint-Etienne. Ainda assim, o grupo pode pagar pela inexperiência: dez convocados ainda atuam no futebol gabonês.
Acima dos 23: A dupla atua no futebol francês: o goleiro Didier Ovono (Le Mans) e o zagueiro Bruno Ecuele Manga (Lorient). Mbourounot abriu mão de levar o terceiro jogador acima da idade.
Como se classificou: campeão africano sub-23.
MÉXICO
Técnico: Luis Fernando Tena
A seleção mexicana chega forte aos Jogos graças a uma preparação cuidadosa. O time olímpico disputou a última Copa América, os Jogos Pan-Americanos e recentemente conquistou o tradicional Torneio de Toulon.
Sem Javier "Chicharito" Hernández, que não foi liberado pelo Manchester United, o México tem como nome forte Giovani dos Santos, que costuma ter na seleção a regularidade que lhe falta nos clubes. Mas vale a pena ficar de olho também em Marco Fabián, meia do Chivas que tem sido o goleador da equipe.
Acima dos 23: O experiente Carlos Salcido, de volta ao futebol mexicano pelo Tigres, é nome certo na defesa. Os outros convocados são Oribe Peralta, atacante do Santos Laguna, e o goleiro José Corona, do Cruz Azul.
Como se classificou: campeão do pré-olímpico da Concacaf.
COREIA DO SUL
Técnico: Hong Myung-Bo
É seguro dizer que a principal estrela do time sul-coreano está no banco de reservas: o técnico Hong Myung-Bo, zagueiro de quatro Copas do Mundo e considerado um dos maiores jogadores asiáticos da história.
Em campo, a responsabilidade deve cair sobre os jogadores de maior experiência internacional, como os meio-campistas Ki Sung-Yueng, do Celtic, e Koo Ja-Cheol, do Augsburg.
Acima dos 23: O goleiro Jung Sung-Ryong foi titular na Copa do Mundo de 2010 e deve garantir segurança. Também foram chamados Park Chu-Young, atacante que mal teve chances no Arsenal, e o lateral Kim Chang-Soo, do Busan.
Como se classificou: primeira colocada no grupo A do pré-olímpico asiático.
SUÍÇA
Técnico: Pierluigi Tami
A Suíça tem feito um bom trabalho nas categorias de base: foi campeã mundial sub-17 em 2009 e é a atual vice-campeã europeia sub-21. A preparação para os Jogos, porém, foi afetada por duas baixas importantes: Shaqiri e Xhaka, destaques do Basel que chegou às oitavas-de-final da Champions League.
Desde então, Shaqiri se transferiu para o Bayern e Xhaka para o Borussia Mönchengladbach, e os clubes alemães pediram aos jogadores que abrissem mão da presença olímpica para fazer a pré-temporada desde o início.
Entre os convocados, vale a pena ficar de olho em Admir Mehmedi, atacante que surgiu com destaque no Zürich e se transferiu este ano para o Dynamo Kiev.
Acima dos 23: O goleiro Diego Benaglio, do Wolfsburg, é titular da seleção principal. O técnico Tami optou por fechar a cota com dois nascidos em 1988, remanescentes do time que conquistou a vaga: o volante Xavier Hochstrasser (Luzern) e o defensor Timm Klose (Nürnberg).
Como se classificou: vice-campeã europeia sub-21.
Medalha: prata em 1924
- GRUPO C -
BRASIL
Técnico: Mano Menezes
Mesmo sem a preparação ideal, o Brasil impõe respeito por seu forte elenco, liderado por Neymar. O grupo na primeira fase não oferece grandes desafios e ajudará a dar conjunto ao time, que teve momentos de bom futebol nos amistosos realizados entre maio e junho.
A Seleção embarca com a formação titular já definida, com a principal preocupação no miolo da defesa: Juan, parceiro de Thiago Silva, está longe de transmitir confiança, a exemplo do reserva imediato, Bruno Uvini.
Lidar com a pressão pelo inédito ouro é o principal desafio para a equipe, que deve formar a base que disputará a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. O fato de vários deles terem experiência na seleção principal deve ajudar a lidar bem com ela.
Acima dos 23: Thiago Silva, que acaba de se tornar o segundo zagueiro mais caro da história ao trocar o Milan pelo Paris Saint-Germain. Além dele, Marcelo, lateral-esquerdo do Real Madrid, e Hulk, atacante do Porto.
Como se classificou: campeão sul-americano sub-20.
Medalhas: prata em 1984 e 1988, bronze em 1996 e 2008
BIELORRÚSSIA
Técnico: Georgi Kondratiev
O surpreendente terceiro lugar no último Europeu sub-21 credenciou a Bielorrússia à sua primeira participação olímpica como nação independente. A antiga União Soviética tinha grande tradição no torneio: dois ouros e três bronzes.
Sem alarde, os bielorrussos esperam surpreender novamente. No Europeu, conseguiram levar a Espanha à prorrogação na semifinal, antes de vencer a República Tcheca na disputa pela vaga olímpica.
O elenco de Kondratiev tem 17 dos 18 jogadores atuando no país, sendo seis no BATE Borisov, que alcançou a fase de grupos da última Champions League.
Acima dos 23: Nascido no Brasil, o meia Renan Bressan, do BATE, completou cinco anos de residência no país e fez sua estreia pela seleção este ano. O experiente Sergei Kornilenko é atacante da seleção principal, enquanto o volante Stanislaw Drahun é remanescente do time sub-21.
Como se classificou: terceira colocada no Europeu sub-21.
EGITO
Técnico: Hany Ramzy
É um momento difícil para o futebol egípcio. A seleção principal, depois de ser tricampeã continental, perdeu a classificação para duas edições consecutivas da Copa Africana de Nações. A temporada da liga doméstica foi cancelada após o massacre de Port Said, em fevereiro, quando 79 torcedores foram mortos dentro do estádio após uma partida.
As adversidades na preparação sugerem dificuldades para o Egito, mas a perspectiva de classificação existe em um grupo que tem apenas o Brasil como candidato a medalha. Entre os jovens de destaque estão o atacante Mohamed Salah, do Basel, e o lateral Ahmed Hegazy, recém-contratado pela Fiorentina.
Acima dos 23: Um dos símbolos do futebol egípcio, o meia Mohamed Aboutrika havia decidido se aposentar após presenciar a tragédia em Port Said, mas voltou atrás, a exemplo de Emad Motaeb, seu companheiro no Al Ahly. Fecha a lista o lateral-direito Ahmed Fathy, do mesmo clube.
Como se classificou: terceiro colocado no campeonato africano sub-23.
NOVA ZELÂNDIA
Técnico: Neil Emblen
A seleção principal vem de um vexame - ficou fora da final da Copa das Nações da Oceania -, e a equipe olímpica tentará deixar uma imagem melhor. A maioria dos jovens convocados tem experiência internacional limitada, e a participação nos Jogos é vista como uma etapa de aprendizado.
Uma das exceções é o atacante Chris Wood, de 20 anos, que pertence ao West Bromwich e foi o jogador mais jovem da Nova Zelândia na última Copa do Mundo. Wood já tem 24 partidas pela seleção principal, com sete gols marcados.
Acima dos 23: Capitão da equipe principal, o zagueiro Ryan Nelsen tem 34 anos e acaba de se transferir para o Queens Park Rangers, ampliando sua experiência de sete temporadas na Premier League, onde já defendeu Blackburn e Tottenham. Ele já havia sido um dos maiores de 23 nos Jogos de 2008. Também há um jogador da cota no meio-campo, Michael McGlinchey, e um no ataque, Shane Smeltz. Todos estiveram no Mundial de 2010 - Smeltz fez o gol neozelandês no empate por 1 a 1 com a Itália.
Como se classificou: campeã do pré-olímpico da Oceania.
- GRUPO D -
HONDURAS
Técnico: Luis Suárez
A inesperada eliminação dos Estados Unidos facilitou o caminho de Honduras, que conquistou a vaga em uma dramática vitória na prorrogação sobre El Salvador. Mas não dá para atribuir ao acaso a terceira participação do país em quatro torneios olímpicos desde 2000.
Os hondurenhos contam com um técnico experiente, o colombiano Luis Suárez, que dirigiu o Equador na Copa do Mundo de 2006. Entre os jovens convocados, destaque para Andy Najar, de apenas 19 anos. Formado no futebol norte-americano, Najar atua pelo DC United e foi eleito o melhor novato da Major League Soccer em 2010.
Acima dos 23: Maynor Figueroa, lateral-esquerdo do Wigan, atua na Premier League há quatro temporadas e é o principal nome do elenco, tendo feito parte da equipe que disputou o Mundial sul-africano dois anos atrás. Também formam a lista dois jogadores da MLS: Roger Espinoza, volante do Sporting Kansas City, e Jerry Bengtson, três vezes artilheiro da liga hondurenha e recém-contratado pelo New England Revolution.
Como se classificou: vice-campeã do pré-olímpico da Concacaf.
JAPÃO
Técnico: Takashi Sekizuka
Cinco jogadores que atuam no futebol alemão formam a espinha dorsal da seleção olímpica japonesa. Um deles é Takashi Usami, meia-atacante que passou sem ser notado pelo Bayern na última temporada e acaba de se transferir para o Hoffenheim.
A federação japonesa optou por dar descanso a alguns nomes importantes da seleção principal, impedindo assim que o técnico Takashi Sekizuka conte com jogadores como Shinji Kagawa, recém-transferido para o Manchester United.
Será a quinta participação consecutiva no torneio olímpico para o Japão, que sonha com a repetição da campanha de 1968, na Cidade do México, quando conquistou o bronze.
Acima dos 23: Apenas dois foram incluídos entre os convocados, ambos na defesa: Maya Yoshida, zagueiro do VVV-Venlo, e Yuhei Tokunaga, do FC Tokyo. Este último participou da Olimpíada de 2004.
Como se classificou: primeiro colocado no grupo C do pré-olímpico asiático.
Medalha: bronze em 1968
MARROCOS
Técnico: Pim Verbeek
A seleção marroquina participará de sua quarta Olimpíada desde que o torneio passou a ser sub-23, mas ainda tenta superar a fase de grupos pela primeira vez.
Abdelaziz Barrada, volante do Getafe, e Zakaria Labyad, atacante recém-contratado pelo Sporting, são alguns dos nomes mais conhecidos entre os jovens.
Acima dos 23: O experiente meia Houssine Kharja, com passagens por times italianos como Roma, Internazionale e Fiorentina, que atualmente defende o Al Arabi, do Qatar. O único outro convocado acima da idade limite é Nordin Amrabat, meia revelado pelo PSV que acaba de trocar de clube no futebol turco: saiu do Kayserispor para o Galatasaray. Após defender a Holanda, seu país de nascimento, nas seleções de base, optou por representar o Marrocos.
Como se classificou: vice-campeão africano sub-23.
ESPANHA
Técnico: Luis Milla
Vinte anos depois do ouro alcançado em Barcelona, a Espanha chega forte para repetir a dose. O técnico Luis Milla tem uma geração de jovens virtuosos, como Muniain e Ander Herrera, do Athletic Bilbao, Tello e Montoya, do Barcelona, e Rodrigo, do Benfica.
Três dos convocados por Milla fizeram parte do elenco que conquistou semanas atrás a Eurocopa, incluindo um titular: o lateral-esquerdo Jordi Alba, que acaba de se transferir para o Barcelona. O principal desfalque é Thiago Alcântara, ausente por lesão.
A conquista olímpica no futebol seria mais um ponto alto da era dourada do esporte espanhol. Da última vez que chegou à final, a Espanha bateu na trave: perdeu nos pênaltis para Camarões a final, em 2000, e ficou com a prata.
Acima dos 23: Além dos campeões europeus Mata e Javi Martínez, faz parte da lista o atacante Adrián, do Atlético de Madrid. Os três foram titulares na vitória por 2 a 0 sobre a Suíça na final do Europeu sub-21.
Como se classificou: campeã europeia sub-21.
Medalhas: ouro em 1992, prata em 1920 e 2000
LONDRES 2012: Choveu, o folclore londrino dançou, e o orgulho de ser brasileiro em Amsterdã
Havia a ilusão de que, enfim, chegaria o verão! Neca de pitibiribas.
Em Londres, nego acredita que o tempo de 15 de julho é o mesmo de até 40 dias depois. Ou seja, se não choveu é que não choverá, conforme diz a lenda de Santo Swithin, bispo saxão antes dos anos mil. Domingo foi o único dia totalmente seco desde maio, mas nesta manhã a esperança foi por água abaixo. Literalmente. Choveu e continua chovendo o dia inteiro. E faz até um pouquinho de frio. A previsão do santo foi mais para Mãe Dinah ou Fundação Cacique Coral .
Em Amsterdã, mesmo com chuva todos os dias, deu para fazer de tudo um pouco: andar a pé, alugar bicicleta para uma voltinha, passear de barco, comer bem, visitar museus (o do Van Gogh não deu para entrar, tal o tamanho da fila), fazer um tour pelo estádio do Ajax e, o que mais me chamou a atenção, uma biblioteca da cidade (a maior em tamanho da Europa e um primor de arquitetura e acervo).
Na literatura, pesquisei rapidamente no computador e também achei alguns livros em estantes: Rubem Braga, Jorge Amado, Euclides da Cunha (‘Os Sertões’, é claro), Machado de Assis, Drummond, Chico Buarque e um que me tocou em especial: “Infância”, de Graciliano em holandês. Além de Paulo Coelho, como sempre. Na área de Portugal, havia muita obra de Saramago, Fernando Pessoa e até os sermões do Padre Antônio Vieira, com tradução inclusive para a língua deles. No andar da arquitetura, há inúmeras publicações de e sobre Oscar Niemeyer. Saí da biblioteca com a alma lavada.
Estádio João SaldanhaTô nessa! Lembrança mais do que justa. E não precisa de batismo oficial, não. É só a gente sair falando, escrevendo, que a coisa pega. O ‘João Sem Medo’ é danado mesmo! Quem diria que, anos e anos depois de sua morte, fosse passar uma rasteira, com classe, no empertigado (para não dizer outra coisa) xará belga.
Lobo não é mais solitárioCom a chegada de mais da metade de nossa equipe a Londres, o lobo não se sente mais sozinho. Está agora na companhia dos amigos. Uma alcateia que vou te contar
Em Londres, nego acredita que o tempo de 15 de julho é o mesmo de até 40 dias depois. Ou seja, se não choveu é que não choverá, conforme diz a lenda de Santo Swithin, bispo saxão antes dos anos mil. Domingo foi o único dia totalmente seco desde maio, mas nesta manhã a esperança foi por água abaixo. Literalmente. Choveu e continua chovendo o dia inteiro. E faz até um pouquinho de frio. A previsão do santo foi mais para Mãe Dinah ou Fundação Cacique Coral .
Os atletas chegam aos montes e as ruas estão mais enfeitadas. A faixa olímpica já é usada para aliviar o trânsito, e a segurança está bem mais visível nas estações de metrô e trens e nos aeroportos. É uma Londres muito diferente de algumas semanas, onde se respirava Eurocopa, torneio de Wimbledon e o jubileu de 60 anos da rainha. Como diria o outro, eis que a Olimpíada está chegando.
Brasil em Amsterdã
Dei um tempo em Londres, passei por Paris e Amsterdã. Na capital francesa, contei com a sorte: era 14 juillet, dia em que se comemora a Queda da Bastilha. Após o jantar, os parisienses correram para as margens do Sena e a queima de fogos, a la réveillon de Copacabana, com a Torre Eiffel iluminada, emocionou. Foi a primeira festa oficial do novo governo socialista de François Hollande, após o desastre com o baixinho Nicolas Sakorzy e sua fiel escudeira, a linda Carla Bruni, que, convenhamos, é areia demais para o caminhãozinho do cara.
Em Amsterdã, mesmo com chuva todos os dias, deu para fazer de tudo um pouco: andar a pé, alugar bicicleta para uma voltinha, passear de barco, comer bem, visitar museus (o do Van Gogh não deu para entrar, tal o tamanho da fila), fazer um tour pelo estádio do Ajax e, o que mais me chamou a atenção, uma biblioteca da cidade (a maior em tamanho da Europa e um primor de arquitetura e acervo).
Foi uma tarde só, mas deu para vasculhar. Senti orgulho. O Brasil está muito presente no belíssimo prédio na entrada do Mar do Norte, na capital holandesa. No piso, onde estão os CDs e os vídeos de música, é até brincadeira: Maria Creuza, Erasmo Carlos, Guinga, Caetano, Gil, Zélia Duncan, Toninho Horta, Paulo Moura, Hermeto... Imagine um nome, e você acha.
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Na literatura, pesquisei rapidamente no computador e também achei alguns livros em estantes: Rubem Braga, Jorge Amado, Euclides da Cunha (‘Os Sertões’, é claro), Machado de Assis, Drummond, Chico Buarque e um que me tocou em especial: “Infância”, de Graciliano em holandês. Além de Paulo Coelho, como sempre. Na área de Portugal, havia muita obra de Saramago, Fernando Pessoa e até os sermões do Padre Antônio Vieira, com tradução inclusive para a língua deles. No andar da arquitetura, há inúmeras publicações de e sobre Oscar Niemeyer. Saí da biblioteca com a alma lavada.
Estádio João SaldanhaTô nessa! Lembrança mais do que justa. E não precisa de batismo oficial, não. É só a gente sair falando, escrevendo, que a coisa pega. O ‘João Sem Medo’ é danado mesmo! Quem diria que, anos e anos depois de sua morte, fosse passar uma rasteira, com classe, no empertigado (para não dizer outra coisa) xará belga.
Lobo não é mais solitárioCom a chegada de mais da metade de nossa equipe a Londres, o lobo não se sente mais sozinho. Está agora na companhia dos amigos. Uma alcateia que vou te contar
O que ninguém sabe sobre a Fifa
Depois de muitos anos de discussões intensas e resistência ao uso de qualquer tipo de tecnologia para auxiliar os árbitros durante as partidas de futebol, a International Football Association Board (IFAB), que é o órgão desportivo responsável pelas leis que regem o jogo, aprovou recentemente, novas tecnologias que determinam com máxima precisão a entrada da bola na linha do gol.
Muitos adeptos receberam tal notícia com muita surpresa. Tanto a IFAB quanto a Fifa, têm sido lentas nas mudanças das regras. Na verdade, o futebol mudou drasticamente ao longo das últimas décadas, como pode ser evidenciado pela maior capacidade fisiológica dos jogadores. Infelizmente, as regras das partidas não evoluíram junto com essas mudanças fisiológicas. E mais lamentável ainda é este sistema esclerótico, ainda vigente, sendo responsável pela mudança das regras do esporte.
As duas organizações, IFAB e Fifa trabalham simbioticamente. Na verdade, ambas estão interligadas e compartilham o poder com arranjos diferentes há quase 100 anos. A composição da IFAB, a qual abrange os representantes de cada associação pioneira de futebol da Grã-Bretanha (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) , assim como a representação da Fifa, tem sido duramente criticada pela falta de representatividade de um número maior de países. A Fifa como um todo possui 4 votos que, supostamente, representam as 209 associações filiadas à organização. As outras 4 associações de futebol, já referidas acima, têm cada uma um voto. As deliberações dentro da organização devem ser aprovadas por pelo menos 6 votos.
É muito provável que a grande maioria dos adeptos do jogo não tenham conhecimento da existência da IFAB. E menos ainda quem os votos da Fifa representam. Fica claro que se trata de um poder exclusivo para os manda-chuvas da Fifa e seus comparsas. Esta é uma prova cabal da arrogância, da falta de transparência e das tendências antidemocráticas que estão enraizadas dentro do órgão que governa o jogo mais bonito do mundo.
Assim sendo, vale a pena fazer uma comparação entre a estrutura da IFAB com a do conselho de segurança da ONU, que muitos diplomatas consideram ser um exemplo de uma organização sem representação adequada.
O Conselho de Segurança da ONU possui um total de 15 membros. Dentre eles a China, a França, a Rússia, o Reino Unido e os EUA são membros permanentes, com o poder de vetar qualquer resolução que tenha obtido um mínimo de 9 votos para sua aprovação. Os outros 10 membros eleitos não permanentes têm 2 anos de mandato. A ONU possui um total de 193 membros, o que levanta a questão: Como é possível que 5 países tenham tanta influência e poder no campo das relações internacionais?
Se alguém acredita que a representação no Conselho de Segurança da ONU é injusta e imperfeita, espere até ler isto: a Fifa, com os seus 209 membros, tem mais afiliações do que as Nações Unidas. No entanto, o presidente da FIFA com os 4 países pioneiros da IFAB têm o poder de decidir por todos os outros países membros as mudanças a serem adotadas nas regras do futebol.
Pelo menos os atuais defensores da estrutura do Conselho de Segurança podem justificar a sua composição, apontando para o poderio militar e econômico de seus cinco integrantes permanentes. Entretanto, qual seria a possível razão para justificar a estrutura atual da IFAB? Qual é a importância dentro do futebol internacional de países como a Inglaterra, o País de Gales, a Escócia e a Irlanda do Norte?
Na verdade, muitas vezes a Inglaterra mal conseguiu se classificar para a Copa do Mundo. Ainda mais, que na única vez que foi campeã, há quase 50 anos, muitos alegaram que foi de forma suspeita. Em contrapartida, o Brasil, que é pentacampeão, não faz parte da estrutura da IFAB, portanto, é excluído do processo de decisão. Outros gigantes do futebol como a Itália, a Argentina e a Alemanha também não fazem parte das deliberações e discussões da IFAB. Assim sendo, como é possível que o País de Gales, que se qualificou para a Copa apenas uma vez e a Irlanda do Norte, apenas 3 vezes, possam ter maior influência no processo de decisão em relação às atuais potências futebolísticas?
De fato, tal realidade chega a ser uma afronta ao bom senso de qualquer pessoa. Torna-se isto numa humilhação no justo senso do que é digno, e um insulto no que diz respeito a um sistema de representação justo. Fica difícil acreditar em tais fatos e assim somos levados a tentar encontrar às origens do modelo atual. Portanto, vale a pena ir ao fundo dos anais da história para compreender o atual absurdo.
Segundo Roger Abrams, especialista em direito desportivo da Northeastern University, instituições como a Fifa e a IFAB têm sido refratárias em suas atitudes ao longo da história, além de apresentar uma postura possessiva e dominadora em relação ao esporte, fazendo com que seus dirigentes acreditem que eles sejam os donos do futebol.
Numa entrevista por telefone, o Dr. Peter Alegi, professor de história da Michigan State University, disse-me que os britânicos sempre acharam que eram os donos das regras do jogo e que hoje em dia temem a possibilidade de perderem a presente estrutura da IFAB, pois pode ser uma das últimas oportunidades para se manterem em uma posição de destaque no âmbito cultural mundial.
Quando perguntei a Paul Darby, respeitado sociólogo da University of Ulster e autor do livro Africa, Football and FIFA, sobre a origem dessa atitude prepotente dentro do jogo, ele afirmou que tais organizações (Fifa e IFAB) sempre deixaram transparecer uma maneira arrogante na condução de seus negócios e isso vem se arrastando por várias décadas.
Segundo o Dr. Darby, “Essa arrogância ficou constatada pelo fato de que durante os primeiros 70 anos ou mais de sua existência, os membros europeus da Fifa olhavam o número crescente dos países africanos dentro da organização, através de uma ótica colonial e os tratavam como se não merecessem as oportunidades de fazer parte da família Fifa”.
O sociólogo ainda acrescentou que o problema era tão arraigado que Stanley Rous, o presidente da Fifa entre 1961-1974, tentou preservar o lugar da Associação de Futebol da África do Sul dentro da Fifa, apesar da pressão internacional, particularmente do continente africano, que lutava para que eles fossem expulsos.
“Na verdade, foi o presidente João Havelange que desempenhou um papel fundamental para tornar a Fifa um pouco mais representativa a nível internacional e com a disponibilidade de maiores oportunidades para o continente africano dentro do jogo mundial. No período que antecedeu a sua eleição como presidente da Fifa, em 1974, Havelange prometeu às nações africanas que iria manter a exclusão e resistir à volta da Associação Sul-Africana, enquanto ela continuasse a praticar a política do apartheid dentro do futebol”, completou o Dr. Darby.
De fato a Fifa só começou a caminhar na direção de uma verdadeira organização internacional, com a liderança de João Havelange. No entanto, mudanças na estrutura da IFAB ainda não ocorreram e parece não estar nos planos dos dirigentes num futuro próximo.
“A composição da IFAB definitivamente não é um exemplo de representação adequada que reflita a posição dos gigantes do futebol atual, que dominam o jogo internacional. Matematicamente, simplesmente não faz sentido,” acrescentou o Dr. Darby.
Fica claro que a influência desproporcional que o Reino Unido ainda possui dentro do futebol é uma imagem de um passado muito distante, quando os britânicos detinham uma posição dominante no mundo como uma grande potência colonial e, consequentemente, na organização do jogo.
É evidente que tanto o Conselho de Segurança da ONU, quanto as estruturas da IFAB estão desatualizadas e são inadequadas para lidar com as demandas de uma novo cenário internacional que é caracterizado por uma ordem mundial multipolar.
Portanto, ficamos até mesmo abismados com tal situação, tentando entender como as maiores potências do futebol atual podem ser tão passivas perante um sistema tão injusto, humilhante e enraizado nos vestígios do colonialismo. Em tais circunstâncias, é bem possível que a rainha seja a única que esteja aplaudindo. Assim sendo, será que as mudanças só virão quando a rainha dirigir-se à todas as potências do futebol e proclamar: deixem de se ajoelharem—seus subalternos!
Roger Gracie desce de categoria e mostra evolução na trocação
Agora lutando entre os médios, Roger voltou a vencer um combate de MMA. O brasileiro derrotou o experiente Keith Jardine na decisão unânime dos juízes no Strikeforce, segundo maior evento de lutas marciais mistas do planeta. Agora, ele soma cinco vitórias, sendo as quatro primeiras por finalização, e uma derrota.
Dez vezes campeão mundial de jiu-jitsu e representante da família que reinventou esse esporte, Roger demonstrou uma grande evolução em seu jogo. Provavelmente o nocaute que sofreu para Muhammed Lawal em sua quinta luta de MMA, em setembro de 2011, serviu de importante lição para o brasileiro.
Acostumado a superar diversidades desde os tempos em que vestia o kimono e competia na arte suave, Roger percebeu que atualmente no MMA é preciso muito mais que cozinhar o oponente, até levar a luta para o chão e, assim, conseguir a finalização.
Claro que o jiu-jitsu continua sendo a principal arma do Gracie. Entretanto, ele realmente entrou de cabeça em sua preparação e foi buscar mais conhecimento na luta em pé. Tanto que realizou seu camp na academia Black House de Los Angeles, onde contou com a ajuda do ex-campeão do UFC Lyoto Machida.
Mais leve e em uma nova categoria, Roger dominou os dois primeiros rounds, onde conseguiu boas cotoveladas e terminou as parciais montado. No terceiro round demonstrou cansaço e foi atingido por socos perigosos de seu oponente, mas saiu do octógono com a vitória.
Nos tatames, Roger sempre demonstrou uma batalha constante pela perfeição, aprendendo com os erros e retornando cada vez mais refinado. Se o Gracie vai conseguir o mesmo sucesso no MMA que conquistou no jiu-jitsu isso ninguém sabe. Mas o caminho está bem traçado. Com isso, o brasileiro em breve pode estar se destacando entre os principais nomes da categoria.
Acostumado a superar diversidades desde os tempos em que vestia o kimono e competia na arte suave, Roger percebeu que atualmente no MMA é preciso muito mais que cozinhar o oponente, até levar a luta para o chão e, assim, conseguir a finalização.
Claro que o jiu-jitsu continua sendo a principal arma do Gracie. Entretanto, ele realmente entrou de cabeça em sua preparação e foi buscar mais conhecimento na luta em pé. Tanto que realizou seu camp na academia Black House de Los Angeles, onde contou com a ajuda do ex-campeão do UFC Lyoto Machida.
Mais leve e em uma nova categoria, Roger dominou os dois primeiros rounds, onde conseguiu boas cotoveladas e terminou as parciais montado. No terceiro round demonstrou cansaço e foi atingido por socos perigosos de seu oponente, mas saiu do octógono com a vitória.
Nos tatames, Roger sempre demonstrou uma batalha constante pela perfeição, aprendendo com os erros e retornando cada vez mais refinado. Se o Gracie vai conseguir o mesmo sucesso no MMA que conquistou no jiu-jitsu isso ninguém sabe. Mas o caminho está bem traçado. Com isso, o brasileiro em breve pode estar se destacando entre os principais nomes da categoria.
Socorro: espalha-se a praga dos cartões!
Depois dos pênaltis, agora os árbitros andam a distribuir amarelos e vermelhos a torto e a direito. Só no domingo à tarde, houve três expulsões provocadas por acúmulos de cartões. Para mim, as três fora de propósito.
Só para lembrar, para quem não pôde acompanhar todos os jogos: 1 – Francisco Carlos Nascimento mandou Luís Antônio, do Fla, para o chuveiro no final do primeiro tempo, por falta cometida sobre Mancini, do Bahia, no duelo disputado no Pituaçu. Eu não daria nem amarelo, porque foi lance de jogo, daqueles que acontecem a todo momento. (A lei da compensação veio no pênalti inexistente que garantiu a vitória rubro-negra por 2 a 1.)
O episódio número 2: Marcelo Aparecido Souza expulsou Werley, do Grêmio, por considerar que ele cometeu infração, em dividida com Montillo, do Cruzeiro, também na fase inicial do clássico no Independência. Nem falta foi. Mesmo assim, o Grêmio ganhou por 3 a 1.
O número 3 foi obra de Wagner do Nascimento Magalhães, que despachou o santista Juan, no começo do segundo tempo, no Beira-Rio, por supostamente ter atingido Lucas Lima. Foi o jogador do Inter quem tocou no pé de Juan, na malandragem. O jogo acabou no 0 a 0.
Incidentes como esses se repetem e revelam insegurança e despreparo dos árbitros. Muitos talvez se sentem pressionados a mostrar rigor, exageram, perdem a mão e prejudicam o futebol, independentemente da equipe favorecida. Como o próprio Francisco Nascimento, que deu pênalti (inexistente) para o Fla e mostrou amarelo para Renato Abreu, que comemorou o gol da vitória rubro-negra atirando a braçadeira de capitão no chão. Nossa, que delito!!!
Ok que muitos justiceiros que há na mídia vivem a apregoar que o juiz tem de “ter o controle do jogo”. Discordo. O árbitro tem de agir com bom senso, isenção e serenidade. Assim, sempre terá o tal do controle, sem a necessidade de ser espetaculoso e aparecer mais do que os atletas
Só para lembrar, para quem não pôde acompanhar todos os jogos: 1 – Francisco Carlos Nascimento mandou Luís Antônio, do Fla, para o chuveiro no final do primeiro tempo, por falta cometida sobre Mancini, do Bahia, no duelo disputado no Pituaçu. Eu não daria nem amarelo, porque foi lance de jogo, daqueles que acontecem a todo momento. (A lei da compensação veio no pênalti inexistente que garantiu a vitória rubro-negra por 2 a 1.)
O episódio número 2: Marcelo Aparecido Souza expulsou Werley, do Grêmio, por considerar que ele cometeu infração, em dividida com Montillo, do Cruzeiro, também na fase inicial do clássico no Independência. Nem falta foi. Mesmo assim, o Grêmio ganhou por 3 a 1.
O número 3 foi obra de Wagner do Nascimento Magalhães, que despachou o santista Juan, no começo do segundo tempo, no Beira-Rio, por supostamente ter atingido Lucas Lima. Foi o jogador do Inter quem tocou no pé de Juan, na malandragem. O jogo acabou no 0 a 0.
Incidentes como esses se repetem e revelam insegurança e despreparo dos árbitros. Muitos talvez se sentem pressionados a mostrar rigor, exageram, perdem a mão e prejudicam o futebol, independentemente da equipe favorecida. Como o próprio Francisco Nascimento, que deu pênalti (inexistente) para o Fla e mostrou amarelo para Renato Abreu, que comemorou o gol da vitória rubro-negra atirando a braçadeira de capitão no chão. Nossa, que delito!!!
Ok que muitos justiceiros que há na mídia vivem a apregoar que o juiz tem de “ter o controle do jogo”. Discordo. O árbitro tem de agir com bom senso, isenção e serenidade. Assim, sempre terá o tal do controle, sem a necessidade de ser espetaculoso e aparecer mais do que os atletas
A dívida tricolor
O 12.º passe para gol de Jadson e o 18.º gol de Luis Fabiano no ano não esconderam erros do São Paulo, na estreia de Ney Franco. Desenhado num 4-3-1-2, com Denílson, Casemiro e Cícero logo atrás de Jadson e este armando para Osvaldo e Luis Fabiano, o time foi mal justamente no setor de criação. Casemiro, principalmente, autor de um passe para Osvaldo tentar invadir a área e cavar um cartão amarelo para Henrique, trabalha pouco na marcação para ser chamado de volante, menos na articulação para ser chamado de meia.
Da atuação ruim, tiram-se algumas qualidades, como a subida da marcação, obrigando o Palmeiras a fazer ligação direta na casa dos 35 minutos. Mas faltaram jogadores fundamentais para pressionar o adversário. Osvaldo, por exemplo, escondeu-se na ponta-esquerda, setor de Arthur, em vez de explorar o lado oposto, de Juninho, excelente no apoio, ruim no combate.
O jogo mudou no segundo tempo mais pela alteração de Felipão do que por mérito são-paulino. Sem Maurício Ramos machucado, recuou Henrique para a zaga, colocou Maikon Leite na ponta direita, puxou João Vítor para volante e perdeu o meio de campo. Foi uma das razões para Douglas ficar no mano a mano com Henrique, na jogada do cartão vermelho do beque palmeirense.
E mesmo com um homem a mais, o São Paulo não esteve bem. É cedo para cobrar o resultado do trabalho de Ney Franco, óbvio. O bom lugar na tabela ajuda a ter paz, a projetar a vaga na Libertadores, a luta pelo título brasileiro. Ney quer o time jogando com bola no pé e isso é bom. Mas na primeira partida, não foi isso o que se viu.
Da atuação ruim, tiram-se algumas qualidades, como a subida da marcação, obrigando o Palmeiras a fazer ligação direta na casa dos 35 minutos. Mas faltaram jogadores fundamentais para pressionar o adversário. Osvaldo, por exemplo, escondeu-se na ponta-esquerda, setor de Arthur, em vez de explorar o lado oposto, de Juninho, excelente no apoio, ruim no combate.
O jogo mudou no segundo tempo mais pela alteração de Felipão do que por mérito são-paulino. Sem Maurício Ramos machucado, recuou Henrique para a zaga, colocou Maikon Leite na ponta direita, puxou João Vítor para volante e perdeu o meio de campo. Foi uma das razões para Douglas ficar no mano a mano com Henrique, na jogada do cartão vermelho do beque palmeirense.
E mesmo com um homem a mais, o São Paulo não esteve bem. É cedo para cobrar o resultado do trabalho de Ney Franco, óbvio. O bom lugar na tabela ajuda a ter paz, a projetar a vaga na Libertadores, a luta pelo título brasileiro. Ney quer o time jogando com bola no pé e isso é bom. Mas na primeira partida, não foi isso o que se viu.
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