terça-feira, 30 de novembro de 2010

Diário do Mundial: Mea culpa de Moratti evidencia avaliação ruim de Benítez


Em 15 anos de presidência de Massimo Moratti, Rafa Benítez é o 16º técnico (veja a lista abaixo). No início da gestão-Moratti, a queima de treinadores era incrível. Suportou Luigi Simoni, vice-campeão italiano em 1998, ano em que a Inter reclamou de um pênalti não marcado sobre Ronaldo num clássico decisivo contra a Juventus. No início da temporada seguinte, Simoni caiu.
Pois às vésperas do embarque para o Mundial de Clubes da FIFA, Moratti faz sua avaliação sobre o trabalho de Benítez, seu 16º treinador. “Há dez anos, eu o teria demitido pelos resultados do início da temporada”, disse o presidente.
Ao mesmo tempo em que a frase serve como mea culpa, evidencia que a Inter viaja para os Emirados Árabes com seu técnico com a corda no pescoço. A Inter não vai bem, é sexta colocada na Série A. As vitórias sobre o Twente, por 1 x 0, e sobre a Sampdoria, por 5 x 2, salvaram o pescoço do treinador espanhol.
Há dez anos, Moratti demitiria Benítez. Quem garante que Moratti não agirá como agia há dez anos, daqui a dez dias.


2009/11 - Rafa Benítez

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Moratti aponta:
porta da rua?


2009/10 José Mourinho

2008/09 José Mourinho

2007/08 Roberto Mancini

2006/07 Roberto Mancini

2005/06 Roberto Mancini

2004/05 Roberto Mancini

2003/04 Hector Cuper - Corrado Verdelli - Alberto Zaccheroni

2002/03 Hector Cuper

2001/02 Hector Cuper

2000/01 Marcello Lippi - Marco Tardelli

1999/00 Marcello Lippi

1998/99 Luigi Simoni - Mircea Lucescu - Luciano Castellini - Roy Hodgson

1997/98 Luigi Simoni

1996/97 Roy Hodgson - Luciano Castellini

1995/96 Ottavio Bianchi - Luis Suarez - Roy Hodgson

1994/95 Ottavio Bianchi

Barcelona joga um negócio chamado futebol

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Foi um espetáculo primoroso de futebol. O Barcelona venceu todos os duelos: Puyol x Cristiano Ronaldo, Pedro x Marcelo, Villa x Sérgio Ramos, Xavi x Xabi Alonso, Khedira x Iniesta e Busquets x Ozil. O Real Madrid não fez nada que mereça registro positivo, foi simplesmente massacrado pelo time de Pep Guardiola, que apenas manteve seu estilo.

Líder da Liga e invicto sob o comando de Mourinho, até a bola rolar no Camp Nou o Madrid foi muito respeitado pelo Barcelona. Na entrevista coletiva de domingo, cuidadosa e politicamente correta, Guardiola parecia preocupado, cheio de caretas. Mas a tensão pré-clássico se desfez com as escalações, com ambos os treinadores optando por suas equipes ideais.

Com Benzema no lugar de Higuaín, Mourinho manteve o sistema e o esquema. O Madrid entrou em campo acreditando que bastaria se posicionar corretamente para vencer o jogo. O treinador português foi perfeito ao definir que seu time ainda não está pronto, ao contrário do grande rival. Pronto ou não, é preciso pressionar, marcar e correr.

O Barcelona é posse de bola e passe, movimentação, talento individual e um estonteante sentido coletivo. Nada contra as pedaladas de Cristiano Ronaldo, mas alguém se lembra delas? Desapareceram quando Pedro fez 2 a 0. A diferença estava no jogo colaborativo, na capacidade de tocar a bola e de se infiltrar num sistema defensivo cuja marca registrada foi a passividade.

Quando o zagueiro Pepe surgiu no meio de campo, acima dos volantes Xabi e Khedira, para tentar desarmar, ficou claro que o grupo de Mourinho não apresentava a postura correta para um visitante no Camp Nou, principalmente no caso do Real Madrid. Pepe cobrava mais participação.

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Xabi e Khedira apenas observaram o jogo. O mundo sabe como Xavi e Iniesta jogam. Pedro na direita e Villa na esquerda servem para abrir o time, expandir as fronteiras. Messi joga ao lado dos construtores do futebol blaugrana e acaba se tornando mais um problema para a marcação já fragilizada na faixa central. Se já estava difícil marcar a dupla da seleção espanhola, no segundo tempo, com o argentino aceso, ficou pior.

Mourinho percebeu no vestiário que o melhor a fazer era trancar o time, fortalecer o meio-campo com Lass Diarra e, mesmo assim, levou mais três. O Madrid começou e terminou a partida parecendo um time de pebolim, certinho e duro. Foi um vexame histórico, uma decepção em todos os sentidos. Jogou muito, muito mal.

Foi o quarto 5 a 0, a quarta “manita” na história do confronto tendo o Barça como mandante. E um privilégio poder acompanhar tudo de perto, muito perto com a equipe da ESPN.

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1934/35 Barcelona 5 - Real Madrid 0
1944/45 Barcelona 5 - Real Madrid 0
1993/94 Barcelona 5 - Real Madrid 0
2010/11 Barcelona 5 - Real Madrid 0

É legítimo o direito de torcer contra o time que você bem entender

O torcedor se alimenta da paixão pelo seu time somada ao ódio pelo maior rival. É assim no mundo todo. O que seria do Grêmio sem o Internacional para ser detestado, e vice-versa? O mesmo vale para Celtic e Rangers, Corinthians e Palmeiras, Roma e Lazio, Flamengo e Vasco, Barcelona e Real Madrid, Atlético e Cruzeiro, Sevilla e Betis, Vitória e Bahia, Manchester United e Liverpool, Fenerbahce e Galatasaray, Atlético e Coritiba, River Plate e Boca Juniors, Fortaleza e Ceará, Racing e Independiente...


O Diploma de Sofredor, que fez enorme sucesso na coluna de Otelo Caçador
O Diploma de Sofredor, que fez enorme sucesso na coluna de Otelo Caçador em O Globo
Não achei deplorável o comportamento dos torcedores do Palmeiras que desejaram a derrota do próprio time diante do Fluminense para que o Corinthians não fosse beneficiado. Achei normal. Aliás, normalíssimo. É assim que funciona e sem essa rivalidade, o futebol perderia muito de sua graça. Claro que excessos são condenáveis e quem é alviverde e não queria a vitória sobre os tricolores deveria ter ficado em casa. Ir ao estádio ofender os jogadores, convenhamos, é postura de pústula.

Camiseta feita para tirar sarro de flamenguistas
Flamenguistas sofreram depois que o América do México os eliminou da Libertadores 2008
Mas o comportamento de alguns palmeirenses não invalida o direito de todos eles. Direito de torcer contra quem bem entenderem, até contra a própria camisa num momento em que o time não tem o que conquistar. Tudo para não ver o triunfo rival. Aos jogadores cabe a obrigação de jogar bem, na medida do possível, dentro do que podem apresentar. E o Palmeiras, incapaz de empatar com o rebaixado Goiás, não teria como ir muito além do que mostrou diante do Fluminense.

Claro que poderia ter buscado mais o gol, nem que fosse aos trancos e barrancos, da mesma forma que o Vasco teria como ao menos tentar agredir o Corinthians no Pacaembu. Não o fez. Foram apenas cinco finalizações. Nem parecia o time que três semanas antes concluiu 20 vezes e lutou até o final para ao menos empatar com o Fluminense (perdeu por 1 a 0), a ponto de levar até o goleiro Fernando Prass à área adversária nos instantes finais da peleja. Arqueiro que, por sinal, falhou clamorosamente no primeiro gol corintiano.

Depois que fez três gols no Flamengo, Cabañas  virou ídolo do Vasco sem nunca ter jogado no clube
Depois que fez três gols, Cabañas virou ídolo do Vasco
E porque o Vasco jogou sem o mesmo ímpeto? Porque não tinha a mesma motivação do confronto contra o rival carioca. Da mesma maneira que o Palmeiras não tinha motivos para fazer um cotejo histórico em Barueri. E, não podemos ignorar, a isso tudo deve ser somado o "dia seguinte" desses jogadores, que corriam o risco de serem hostilizados nas ruas por terem ajudado os rivais na luta por um título nacional. Isso assusta, é claro. E esse tipo de pressão não se restringiria a alguns trogloditas de organizadas.

Quem nunca secou um rival? Só quem jamais torceu apaixonadamente por um time. Quando apenas um clube brasileiro sobrevive na Libertadores, alguns dizem que o time tal "é o Brasil" na competição. Balela. A maioria seca essa equipe, especialmente os rivais diretos. Quando um paulista faz gol em duelo contra um mineiro, tem foguetório em Belo Horizonte. O mesmo acontece em São Paulo quando um clube local sofre gol de gaúcho. E quem dispara os rojões? Os rivais. E não só os de organizadas.


Para secar o Fluminense na LIbertadores de 2008, a
Já para secar o Fluminense na Libertadores de 2008, a sigla LDU ganhou um novo significado
Até na mídia muitos defendem e até pedem a torcida do pessoal no Brasil contra a Argentina, numa tentativa de acirrar uma rivalidade meio que fajuta. Quantos brasileiros conhecem um argentino para tirar um bom sarro em caso de derrota dos hermanos? Poucos. Pouquíssimos. Quem realmente se importa com o eventual sucesso do país vizinho? Quem fica preocupado pensando, "ai meu Deus, os argentinos vão me sacanear na escola e no trabalho..." ? E ainda assim secar a Argentino é "hobby nacional". Muitos acham lindo. Qual a diferença?

Torcer contra é um direito de cada um. Os adeptos do (chatíssimo) politicamente correto que me perdoem, mas não vejo problema algum em secar. Pelo contrário, sem excessos, sem violência, é uma das grandes curtições do nosso esporte. Espero que jamais aconteça algo como torcedores de Flamengo e Vasco torcendo um pelo outro, corintianos apoiando palmeirenses, cruzeirenses com a camisa do Galo ou colorados dando força ao Grêmio. Seria o começo do fim.

E até os vascaínos aderiram ao time equatoriano contra o Fluminense
E até vascaínos aderiram ao time equatoriano

Facilidade de locomoção é a arma de Holanda e Bélgica para ter Copa-2018

gullit, campanha para copa de 2018Ruud Gullit 'lidera' passeio de bicicleta (Foto: AP)

Após garantir o vice-campeonato da Copa de 2010 ao realizar uma campanha irrepreensível na África do Sul, a Holanda tem um novo objetivo no futebol: ser sede do Mundial de 2018. A escolha será feita na próxima quinta-feira, em Zurique, na Suíça, e para atingir o sonho o país se uniu à Bélgica para tentar convencer os juízes da Fifa que pode receber o torneio daqui a oito anos. E a principal arma da candidatura é justamente a distância entre as cidades indicadas para abrigar os jogos do torneio. O maior percurso que terá que ser percorrido por uma seleção ou pelos torcedores caso a dupla seja escolhida é de 374km de Enschede para Charlelroi, menor do que o trajeto para chegar do Rio a São Paulo (cerca de 450km).
E é justamente a tecla da facilidade de lomoção que é a mais batida pelo comitê organizador da candidatura de Holanda e Bélgica, presidido pelo ex-jogador Ruud Gullit, que esteve no Brasil na semana passada para participar da Soccerex, convenção de negócios e futebol, realizada no Forte de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, para divulgar a campanha. Além dele, outros ex-atletas como Pierre Van Hooijdonk, Jean-Marie Pfaff, Rob Witschge e Artur Numan também fazem parte do grupo que tentar levar o Mundial aos dois países.
Frans Van der Grint, responsável pela campanha, falou do conforto do torcedor para ir aos estádios caso os dois países sejam escolhidos como sede e do uso das bicicletas, meio de transporte comum na Bélgica e principalmente na Holanda.
Soccerex - Seleção da Holanda em campanha pela Copa de 2018Van Hooijdonk, Gullit e Pfaff são embaixadores da campanha de Holanda e Bélgica para receber a Copa do Mundo de 2018. A escolha será feita na próxima quinta-feira (Foto: Marcio Iannacca / Globoesporte.com)
- Durante o Campeonato Holandês, os jogadores chegam de bicicleta aos estádios e costumam conversar com os torcedores antes de entrar nos estádios. Isso em comum em nosso país. Os torcedores deixam as bicicletas nas estações de trem próximas de casa e vão aos estádios. Na volta, basta pegar a bicicleta e retornar para casa - contou Grint.
Os dois países indiciaram 14 estádios para a Fifa em 12 cidades. Seis já estão prontos e o restante será remodelado ou reformado pelo comitê organizador.
No Rio de Janeiro, Gullit admitiu que a candidatura não é a favorita a receber o Mundial, mas que a campanha na reta final da escolha da Fifa pode ajudar a superar Rússia e Inglaterra, que levam uma pequena vantagem no pleito.
- Não estamos na frente pela disputa, mas acho que podemos superar os rivais nesta reta final. Tudo depende da forma como as pessoas viram a nossa campanha - afirmou o jogador, que chegou a visitar um projeto social de um holandês em uma comunidade no Rio.
Confira abaixo a entrevista com um dos representantes do comitê organizador:
Estádio Holanda Amsterdam ArenaAmsterdam Arena é um dos principais estádios
da campanha de Holanda e Bélgica (Divulgação)
GLOBOESPORTE.COM: Você pode listar os principais pontos fortes da candidatura? Qual é a vantagem em relação aos outros concorrentes?
ROB DE LEEDE: Nós somos uma candidatura muito compacta. A maior distância entre qualquer uma das cidades-sede é de 370km. A distância média entre as cidades é de 175km quilômetros. Com isso, o próximo jogo de uma seleção nunca está longe.
Além das distâncias, algum outro ponto forte da candidatura?
RL: Podemos organizar a Copa do Mundo mais ecológica de todos os tempos graças aos sistemas construtivos e materiais inovadores que vamos utilizar. Teremos um Mundial 50% mais sustentável do que qualquer um dos anteriores graças ao trabalho de reciclagem de água e resíduos que estamos fazendo. Os torcedores com ingressos para os jogos terão transporte público gratuito e teremos dois milhões de bicicletas disponíveis para os fãs que visitarem o nosso país durante o Mundial.
O fato dos dois países terem sido sede da Eurocopa de 2000 pode facilitar a escolha?
RL: Queremos mostrar ao mundo que os países com mais tradição no futebol não podem ter o monopólio de receber uma Copa do Mundo. Queremos mostrar que os países médios também podem conseguir realizar uma competição de sucesso. Outras nações serão inspirados por nós, assim como outras nações foram inspiradas por nossa campanha conjunta em 2000.
Holanda e Bélgica se acham experientes após a Euro de 2000 para receber uma Copa?
RL: Nós temos a experiência de um bom evento em 2000, que foi o primeiro evento conjunto com um grande lucro. Quem estava lá sabe do que estou falando.
O fato de o futebol holandês e belga ter vários profissionais espalhados pelo mundo também é um facilitador para a escolha da Fifa?
RL: Nós produzimos grandes jogadores e treinadores durante as últimas décadas, que têm contribuído para o desenvolvimento do futebol do clube e de várias seleções internacionais. Curiosamente, um país pequeno como a Holanda tinha quatro treinadores na Copa do Mundo 2006, na Alemanha. Queremos que o mundo veja como os nossos clubes são organizadores, como o país é organizado.
Por que a candidatura em conjunto com a Bélgica?
RL: Não podemos sediar a Copa do Mundo como um país individual. Por esse motivo, voltamos para o sucesso que foi a Euro de 2000, quando mostramos o que podemos fazer juntos. Agora, queremos inspirar outros países a pensar em juntar forças e considerar os benefícios de sediar a Copa do Mundo.
Como foi receber o escândalo da venda de votos dos membros do Comité Executivo da Fifa?
RL: Temos ouvido e lido sobre isso, mas não envolve a nossa candidatura. Segundo assim , nós podemos ficar concentrados apenas na nossa campanha.
tabela distância das cidades de holanda e bélgicaConfira as distâncias das cidades indicadas por Holanda e Bélgica para receber a Copa do Mundo de 2018. Escolha será divulgada pela Fifa na próxima quinta-feira, em Zurique, da Suíça (Foto: Divulgação

Volante do Real teria se negado a entrar em campo no fim do clássico

 Barcelona, Espanha
Diarra Mourinho Real Madrid BarcelonaDiarra discute com Mourinho no fim do clássico:
volante teria se recusado a participar de vexame
O volante malinês Mahamadou Diarra, do Real Madrid, teria se negado a entrar em campo no fim da goleada sofrida para o Barcelona, por 5 a 0, na última segunda-feira, no Camp Nou, pela 13ª rodada do Campeonato Espanhol.
BRASIL MUNDIAL FC: assista ao lance e tire suas próprias conclusões. Negou ou não?
Filmado pela emissora de TV Canal +, o jogador foi visto discutindo com o treinador José Mourinho quando o placar já apontava 4 a 0, aos 43 minutos do segundo tempo, momentos antes do gol de Jéffren. Diarra faz gestos negativos com as mãos e cabeça e chama a atenção de outras pessoas próximas ao português.
O curioso é que, diante da desastrosa atuação merengue, o técnico aceitou sem reclamar. O que deixa a possibilidade aberta de ser apenas uma discussão sobre uma jogada ocorrida. Sem espaço no clube, Diarra atuou durante apenas 11 minutos na temporada e interessa a clubes como Milan, Juventus, Manchester United e Tottenham

Sheilla estreia com a camisa do Rio

 São Caetano do Sul, SP
sheilla vai estrear na unileverSheilla pronta para a estreia (Foto: Divulgação)
Por muito tempo Sheilla quis defender a camisa do Rio de Janeiro e trabalhar com Bernardinho. Desejo que vai poder realizar nesta temporada. A estreia da campeã olímpica será nesta terça-feira, contra o São Caetano, seu ex-time. Válida pela primeira rodada da Superliga, a partida está marcada para as 21h, no ginásio Milton Feijão, em São Caetano do Sul, com transmissão do SporTV.
- Muitas equipes, como a nossa e do São Caetano, se renovaram. Os talentos estão bem distribuídos pelos times. Espero começar a temporada bem. Estou um pouco ansiosa para a estreia. Acho que é normal, afinal era para eu ter estreado na semana passada, na final do Carioca (adiada por conta da onda de violência no Rio). Agora é estudar bem o São Caetano e entrar o mais preparada possível. Tomara que a nossa estreia seja com vitória. Jogar pelo Rio de Janeiro é a realização de um sonho. Espero que possamos fazer uma ótima temporada - disse a oposta.
Nas cinco primeiras rodadas, o Rio de Janeiro, atual vice-campeão, jogará fora de casa, tendo como adversários, na sequência, o São Bernardo (3/12), o Minas (7/12), o Mackenzie (9/12) e o Macaé (17/12).
Terceiro colocado na última edição do campeonato, o São Caetano passou por uma reformulação. Além de Mari e Sheilla, o time perdeu a também campeã olímpica Fofão e a cubana Regla Bell. A equipe manteve apenas sete jogadoras no grupo. Entre as remanescentes, a ponteira Dayse, campeã mundial juvenil em 2003.
- Passamos por uma reformulação profunda. Perdemos o patrocinador e, com ele, jogadoras com nível de seleção brasileira. Agora estamos investindo em um time jovem. Vamos utilizar esta temporada para dar experiência ao grupo. Temos algumas atletas mais experientes, como a Dayse e a Ciça, que darão sustentação à equipe. O Rio de Janeiro é muito forte. Tem uma excelente recepção, ótima distribuição de jogo e diferentes opções de ataque. É um time com equilíbrio em todos os fundamentos - afirmou o técnico Hairton Cabral, que assumiu a equipe nesta temporada.

Esposa do ex-lateral Roger defende tese: mulher de jogador é profissão

 Rio de Janeiro
Camile esposa ex-jogador RogerCamile, esposa ex-jogador Roger (Foto:
Divulgação / Arquivo pessoal)
"Queria algo instigante, novo, inédito". Foi com uma ideia na cabeça e papel e caneta nas mãos que Camile, esposa do ex-jogador Roger (passagens marcantes por Grêmio e Fluminense), iniciou um trabalho de monografia em uma pós-graduação em Novo Hamburgo (RS) com o seguinte tema: esposa de atleta profissional de futebol é profissão.
Camile entrevistou 11 esposas de jogadores para o trabalho. Mas se engana quem acha que o objetivo era mostrar que algumas mulheres se aproveitam dos maridos para melhorar a vida. Ela concorda que "marias chuteiras" existem, mas há também as que fogem desse estereótipo.
- Fazer um trabalho destes que buscava descrever quem eu era, ou quem eu fui durante quase 15 anos, esposa de jogador, foi realmente complicado. Queria falar destas mulheres, que estão ali do lado do jogador, na boa e na ruim, ganhando ou perdendo, que se mudam para cá, para lá, que deixam de lado seus sonhos para realizar os deles e que seguram a onda onde quer que eles estejam - explicou Camile no site oficial de Roger.
Ela acredita que ser esposa de jogador é profissão sim porque as mulheres muitas vezes abdicam de tudo o que tinha para ajudar os seus maridos a aumentar seus ganhos ao invés de buscar os seus próprios.
- Jogador de futebol é uma empresa, tem imagem pública a zelar, fatura o que muita empresa não fatura por aí e precisa de uma retaguarda para que a carreira de um modo geral seja bem administrada além de uma pessoa que possa lhe transmitir paz e tranquilidade para trabalhar e poder desempenhar bem a sua função dentro de campo - opinou.
Camile apresentou o trabalho à banca do curso e tirou nota 10. Formada em administração, ela decidiu fazer a pós-graduação em Psicologia do Esporte para continuar contribuindo com a carreira de Roger. O ex-jogador, agora, vai investir na carreira de treinador. Quem sabe desta vez ela não consegue literalmente trabalhar com o marido.
- Queria unir o útil ao agradável, fazer uma especialização em uma área que sempre achei muito interessante, que já havia trabalhado. Ao mesmo tempo poder de alguma forma contribuir mais com a profissão dele e, porque, não fazer parte da sua comissão futuramente.