terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Dez questões a responder na virada do ano na Premier League

Depois da derrota em casa para o Aston Villa na estreia, não eram poucos os torcedores dos Gunners que pediam a cabeça de Arsène Wenger. Mas eram poucos os que podiam imaginar que o time terminaria 2013 como líder da Premier League e sério candidato ao título. Fatores como a contratação de Mesut Özil no fechamento da janela de transferências e a explosão de Aaron Ramsey ajudaram o time a embalar. Desde então, apenas mais duas derrotas, em visitas a Manchester United e Manchester City. O que pode frear o sonho do título? Para muitos, a falta de um centroavante de primeira linha. Embora não pareça o melhor momento para questionar Giroud, autor do gol da vitória sobre o Newcastle na rodada passada, Wenger poderia olhar para um nome de mais talento na janela de janeiro. Pode ser a diferença para o troféu.

2) Manchester City deixará de ter duas caras?

Dez vitórias em dez jogos, com média de 3,8 gols marcados por partida. Os números do Manchester City como mandante impressionam, mas não surpreendem se olharmos o potencial ofensivo do time de Manuel Pellegrini. Somente em casa o time fez mais gols que o total de qualquer outro na liga. O que impressiona é a dificuldade de repetir o desempenho fora do estádio Etihad. O City tem apenas a décima melhor campanha fora de casa do campeonato, totalizando apenas 11 de 27 pontos possíveis e marcando 1,78 gol por jogo.

3) Chelsea enfim decolará na segunda era Mourinho?

Embora esteja a apenas dois pontos do líder, não é exagero dizer que o Chelsea ainda não embalou desde o retorno de José Mourinho. Os símbolos do time na primeira passagem do treinador estão mais velhos, a segurança defensiva não é mais a mesma e os centroavantes não conseguem se firmar na equipe. É verdade que os Blues têm a terceira melhor defesa da liga, mas já sofreram 19 gols, quatro a mais que em toda a campanha do título em 2004/05. Pragmático, Mourinho não tem vergonha de jogar pelo empate contra alguns candidatos ao título. Pode ajudar a explicar porque, mesmo com tantos jogadores talentosos para criar jogadas, o time não decola. Além disso, a exemplo do que acontece no Arsenal, faz falta um centroavante mais confiável. Vai contratar?

4) Com Suárez, o que o Liverpool pode almejar?

O Liverpool chegou ao Natal como líder, mas isso já aconteceu em outras três oportunidades desde o último título, em 1990, e o troféu não chegou. Se alguém pode mudar esta história, é Luis Suárez. O polêmico uruguaio é indiscutivelmente o melhor jogador da temporada, artilheiro disparado com 19 gols - 10 deles em dezembro, contagem que nunca um jogador havia alcançado em um único mês na Premier League. Com bons coadjuvantes, como Coutinho e Sturridge, Suárez ajuda os Reds a sonharem alto, no mínimo com Champions League. As derrotas para Manchester City e Chelsea derrubaram o time para quinto lugar, mas também deixaram a certeza de que o Liverpool pode jogar de igual para igual com os favoritos. E os quatro primeiros ainda têm de visitar Anfield.

5) Manchester United ainda pode sonhar com o título?

Mudança de técnico após a irrepetível era Ferguson, mercado tímido que deixou carências em posições importantes. Fatores que ajudam a entender as razões para o campeão United não repetir o desempenho da última temporada. De positivo, o desempenho de Wayne Rooney, que permaneceu no clube após manifestar, pela segunda vez desde que chegou a Old Trafford, o desejo de ir embora. A história mostra reações impressionantes dos Diabos Vermelhos, que hoje estão a oito pontos do líder e a três da zona de Champions League, considerada obrigação. Mas é difícil ver este time brigando pela ponta desta vez. David Moyes deveria ir ao mercado em janeiro por um meio-campista após o fiasco com Fellaini.

6) Poderá Sherwood tirar o máximo do elenco do Tottenham?

O Tottenham foi ousado ao rapidamente efetivar Tim Sherwood como substituto de André Villas-Boas até o fim da próxima temporada, mas o fato é que o ex-jogador inglês ainda é uma incógnita. Os Spurs transformaram o dinheiro da venda de Gareth Bale em várias contratações promissoras, mas poucas delas deram o retorno esperado até aqui. Ainda não é possível dizer que o time superou a saída do galês, que se cansou de ganhar jogos sozinho na última temporada. Por enquanto, para quem imaginava colocar os rivais locais à sombra, a campanha é uma decepção. Sherwood teve um bom começo e seu sucesso seria ótimo em um mercado cada vez mais difícil para os técnicos ingleses, mas os maiores testes ainda estão por vir.

7) Everton terá fôlego para acompanhar o passo dos líderes?

Roberto Martínez confirmou o que seus trabalhos anteriores já davam a entender: trata-se de um dos técnicos mais promissores da Premier League. Com o Everton, o espanhol uniu solidez defensiva - 18 gols sofridos, melhor marca ao lado do Arsenal - a um ataque de jovens talentosos e cheios de vontade. Lukaku, emprestado pelo Chelsea, é o comandante do sistema ofensivo que ainda conta com promessas como Barkley, Deulofeu e James McCarthy, este último pupilo de Martínez desde os tempos de Wigan. Manter o quarto lugar seria um resultado fenomenal, mas o menor número de alternativas no elenco em relação aos favoritos leva a algum ceticismo sobre as chances de obter a façanha.

8) Newcastle será capaz de brigar por vaga europeia?

Provavelmente não. Mas para quem estava brigando contra o rebaixamento nesta altura da última temporada, o oitavo lugar é motivo para celebração. Alan Pardew mostrou que a diretoria acertou ao lhe dar um voto de confiança e respeitar o longo contrato assinado em tempos melhores. A permanência de Cabaye e os gols de Rémy têm sido cruciais para os Magpies. Um bom mercado em janeiro poderia impulsionar o sonho europeu, mas terminar na parte de cima da tabela já seria um resultado importante.

9) Quem será o próximo técnico a cair?

Cinco dos seis últimos na tabela já mexeram no comando. A lógica aponta para Sam Allardyce, do penúltimo colocado West Ham, como o próximo, a não ser que ele consiga mudar rapidamente a rota da equipe.

10) Quem tem mais cheiro de rebaixamento?

Com apenas sete pontos separando os dez últimos, a briga pela permanência na elite deve ser tão emocionante quanto a disputa pelas primeiras colocações. O Crystal Palace saltou para sair da zona de rebaixamento desde a chegada de Tony Pulis, um impacto que Fulham e Sunderland não conseguiram com suas mudanças. West Bromwich e Cardiff ainda não definiram quem serão seus novos comandantes, mas dificilmente arrancarão o suficiente para ficar fora de perigo a curto prazo.

Sem paulistas na briga pelo caneco, ibope do Brasileirão volta a cair

Zapping! O Brasileirão/13 voltou a patinar no ibope da grande Pauliceia refém da violência. Pelo segundo ano consecutivo, a bola murchou.
Coincidência ou não, mais uma vez os principais times paulistas deixaram de brigar pelo caneco. E um deles, os periquitos em revista, ficou fora do baile.
Em 2012, o campeonato apresentou a média de 22,2 pontos de audiência, somando os resultados de Globo e Band. Nesta temporada, caiu para 21,8 - cada ponto equivale a 62 mil domicílios sintonizados.
Na plim-plim, passou de 17,1 para 17 pontos, e na emissora paulista, de 5,1 para 4,8. O recorde de audiência na Vênus Platinada ficou com o duelo Peixe x Corinthians, no início de agosto: 24 pontos.
Já os piores resultados pertenceram aos jogos do time santista contra Grêmio e Cruzeiro, com apenas 12 pontos, de acordo com levantamento do site ‘Máquina do Esporte'.
Na Band, a melhor média aconteceu no clássico São Paulo x Corinthians, em outubro, com sete pontos. E a pior foi de quatro, em 12 rodadas.
O ‘bando de loucos' roubou a cena nos jogos de meio de semana, com 11 das 13 rodadas transmitidas pela plim-plim. Já nos finais de semana, o reinado ficou com o soberano São Paulo, com 15 partidas em 25 jornadas.
A maior audiência pertenceu a Corinthians x Tricolor, com 18 pontos. Mesmo número da pior média dos jogos às quartas: São Paulo x Grêmio, em junho.
Por essas e outras, como a sensacional disputa no STJD, não são poucos os que defendem a volta do mata-mata no Brasileirão. Plim-plim!
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Sois rei. Pelé continua rendendo ótimos dividendos ao empresário Edson Arantes do Nascimento, dono dos direitos do ‘rei'. De xampu a fast food, Pelé já coleciona 12 patrocinadores. Ele engorda a poupança em R$ 70 milhões por ano. A maioria dos contratos está ligada à Copa de 2014. Na amarelinha desbotada, apenas o moleque Neymar tem mais patrocínios.
Sugismundo Freud. Ação sem visão é um passo para o pesadelo.
Pica-Pau. Novo presidente do Verdão do cerrado, Sérgio Rassi encheu a torcida de esperança no discurso de posse. De cara, puxou a orelha do rechonchudo Walter por não levar a sério a questão física. Reconheceu que sem o atacante o Goiás era uma equipe comum, e com Walter se destacou. Mas quando o time mais precisou dele, na reta final da temporada, Walter ficou fora devido a lesões motivadas por excesso de peso. O cartola aproveitou o embalo para dizer que sem a ajuda de um investidor o Goiás não poderá manter o centroavante, que pertence ao Porto. Garantiu que não pretende pagar a nenhum jogador mais que dois dígitos, ou seja, R$ 99 mil de salário. Walter recebe mais, daí a necessidade de um parceiro para mantê-lo no clube.
Dona Fifi. E o ‘pofexô' Vanderlei Luxembrugo, hein? Em baixa na pátria de chuteiras, o que não acontecia desde 1995, o ‘mestre dos mestres' deve partir para uma segunda experiência no exterior. Em 2005, fracassou no Real Madrid.
Gilete press. De Vinicius Konchinski, no ‘Uol': "O maior corredor de ônibus que a Prefeitura do Rio de Janeiro prometeu construir até a Olimpíada só estará pronto após o final dos Jogos. A Transbrasil, idealizada para ser o BRT (Bus Rapid Transit) com maior capacidade de transporte de passageiros do mundo, teve sua entrega adiada do final de 2015 para o fim de 2016 devido a modificações em seu projeto. Inicialmente, a construção da Transbrasil começaria no segundo semestre de 2013. A obra deveria custar cerca de R$ 1,5 bilhão, mas até esse orçamento já foi descartado. Certamente ela sairá mais cara do que o anunciado." Que maravilha!
Twitface. Agora vai: o Palmeiras acertou a contratação do popular volante França, 22 anos. O Hannover deve emprestá-lo até dezembro de 2014. Ele construiu seu currículo jogando pelo Noroeste, Coxa e Criciúma, até se mandar para a Alemanha.
Tititi d'Aline. O rechonchudo imperador Adriano se prepara para mais um tira-teima. Em 6 de janeiro, ele começará os testes de campo para saber se poderá ou não reforçar o Furacão na disputa da Libertadores. Adriano passa as festas de fim de ano com a família na Cidade Maravilhosa das balas perdidas. Ele garantiu a amigos que está com 102 quilos, três a mais do que na época do Corinthians, em 2011. O atacante não joga oficialmente desde março de 2012. Dá para apostar?
Você sabia que... a americana Serena Williams fechou a temporada com 78 vitórias, quatro derrotas, 11 títulos e US$ 12 milhões em prêmios?
Bola de ouro. Ronaldinho Gaúcho. É o novo ‘Rei da América', prêmio dado anualmente pelo jornal uruguaio ‘El País'. Ele obteve 156 votos, contra 81 de Neymar e 71 do argentino Maxi Rodriguez e 8 de Everton Ribeiro, o ‘craque do Brasileirão'.
Bola de latão. São Silvestre. Muita gente e pouco brilho, a começar pelo horário da prova. Bons tempos em que era disputada pouco antes da meia-noite. De quebra, mais um passeio queniano.
Bola de lixo. Estádios paulistas. Apenas 11 foram interditados pela FPF para a disputa do Paulistinha. Nada preocupante para uma pré-temporada com ingresso pago envolvendo 20 equipes.
Bola sete. "É muito difícil falar sobre o assunto. Estou devastada e chocada. Nenhum familiar ou amigo foi afetado, mas sinto-me muito triste" (da saltadora Yelena Isinbayeva, sobre os atentados em Volgogrado, sua cidade natal, que mataram 40 pessoas em 24 horas).
Dúvida pertinente. Bacalhoada, o prato preferido dos engomadinhos de colarinho branco do STJD na virada do ano?

Schumacher é operado de novo e tem 'pequena melhora', informa equipe médica

Reuters
Michael Schumacher Esquiando Madonna Di Campiglio Itália 13/01/05
Schumacher esquiando na Itália, em 2005; alemão sofreu acidente na França no último domingo e corre risco de morte
Michael Schumacher foi operado novamente durante a madrugada desta terça-feira e seu quadro geral teve uma pequena melhora, informou na manhã desta terça-feira a equipe médica do Centro Hospitalar de Grenoble, na França, onde o maior campeão da história da Fórmula 1 sofreu um acidente no último domingo enquanto esquiava, bateu fortemente a cabeça em uma pedra e teve um traumatismo craniano.

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O novo procedimento durou cerca de duas horas, foi realizado a pedido da família, após conversa com os médicos, e serviu para diminuir a pressão no cérebro do ex-piloto alemão de 44 anos - ele completa 45 no próximo dia 3. Um exame feito após a cirurgia identificou a pequena evolução.
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Michael Schumacher Médico Jean-Francois Payen Anestesista Coletiva Grenoble França 30/12/13
Médico Jean-Francois Payen explicou a nova cirurgia à imprensa 

"Estamos surpresos com a evolução. Nós fizemos uma ''varredura'' sem nenhum risco desnecessário e temos alguns sinais para achar que a situação está mais controlada do que ontem [segunda]", explicou o doutor Jean-Francois Payen.

"A decisão [de operar] foi difícil, mas decidimos eliminar um hematoma. O nível de pressão intra-craniana melhorou, mas os exames mostram que existem outras lesões", acrescentou Payen, que fez questão de deixar claro que o heptacampeão de Fórmula 1 ainda luta pela vida.  

"Nós não podemos dizer que ele está fora de perigo, pois as coisas podem evoluir muito rapidamente tanto para melhor quanto para pior, mas seu estado geral está melhor do que ontem [segunda]. Ainda não podemos dizer em que estado ele estará quando acordar", encerrou o médico em uma sala abarrotada por jornalistas.
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Estação de esqui de Méribel, onde Schumacher sofreu acidente
Estação de esqui de Meribel, onde Schumacher sofreu o acidente

Capacete partido
Um dos responsáveis pelo resgate de Schumacher disse à revista alemã "Bild", assim como uma fonte da agência de notícias AFP, disse que o capacete usado pelo alemão partiu-se em dois, tal a força do impacto.

O mesmo integrante da equipe que prestou os primeiros socorros ao ex-piloto também acrescentou que "havia muito sangue".

Entenda o caso
Schumacher esquiava na manhã do último domingo na estação de Meribel, nos Alpes franceses [região sudeste do país], com todo o aparato de segurança necessário, inclusive o capacete, mas fora da área de pista, quando sofreu um acidente e bateu fortemente a cabeça em uma pedra.

O ex-piloto lemão foi socorrido em apenas oito minutos e levado, de helicóptero, para o hospital Moutier, localizado a 17 quilômetros do local da queda. Em seguida, foi transferido para outro hospital, o de Grenoble, onde foi submetido à primeira cirurgia, passou pela segunda entre a noite de segunda e a manhã desta terça e permanece internado. 
Schumacher tem uma casa na estação de Meribel. O local do acidente fica a 1.450 metros de altitude, subindo até 2.952 metros em seu ponto mais alto, onde se liga com a região do conjunto dos Três Vales, onde estão algumas das estações de esqui mais famosas (e mais caras) do planeta.
Só na última semana, cinco esquiadores morreram na França, sempre praticando o chamado "esqui extremo" fora da pista, o que levou autoridades a pedir especial prudência na prática do esporte, já que as atuais condições meteorológicas não estão favoráveis.

Fla deixa otimismo de lado quanto a Elias e se vê numa 'encruzilhada'

Jogo das Estrelas - Elias (Foto: Alexandre Loureiro/Agência Estado)Elias fica no Flamengo? Clube está pessimista (Foto: Alexandre Loureiro/Agência Estado)
Flamengo e Elias já chegaram a um acordo desde o fim do Campeonato Brasileiro, e o pai do atleta, Eliseu Trindade, mostrava-se otimista quanto a um desfecho feliz há algumas semanas. O panorama, segundo o vice de futebol rubro-negro Wallim Vasconcellos, mudou radicalmente. A pedida do Sporting é considerada muita alta pelo Flamengo.

- Estamos numa encruzilhada, os valores pedidos pelo Sporting são muito acima do que tinha sido sinalizado durante a negociação quando seu Eliseu esteve em Portugal. Quando o Sporting fez sua oferta, ficaram muito acima (do que o Flamengo esperava). Efetivamente a negociação do Elias deu uma travada. O Elias deve se apresentar ao Sporting no dia 2, e espero que ele consiga convencer o dirigente a voltar ao valor inicial - disse Wallim, à Rádio Globo.

Wallim acredita que os valores oferecidos pelo Flamengo a Elias e Sporting são muito bons, porém reitera a existência de uma incompatibilidade com os portugueses.

- O atleta está acertado há mais de um mês, mas essa pedida do Sporting inviabilizou. Hoje não temos mais essa certeza, infelizmente. O Flamengo fez uma proposta excelente para ele, e acreditamos que fizemos uma proposta justa para o Sporting. Infelizmente não podemos fazer nada por enquanto.

Caso não seja flexível com o Fla, o Sporting corre o risco de Elias retomar a ação movida contra o clube, referente a vencimentos atrasados.

Bota não pagará por Elias e jogador deve mesmo seguir para a China

Elias botafogo treino (Foto: Vitor Silva / SSPress)Elias pertence ao Resende e está emprestado até esta terça-feira (Foto: Vitor Silva / SSPress)
Com a contratação encaminhada de Willian José e Neilton, ambos do Santos, o Botafogo não deve manter Elias. O jogador pertence ao Resende e estava emprestado ao clube até o fim desta temporada. A concorrência é grande, principalmente do futebol chinês e não há intenção entrar em leilão para segurá-lo.

O Botafogo teria que pagar até segunda-feira R$ 2 milhões para comprar 50% dos direitos econômicos de Elias. Não há qualquer possibilidade de o clube desembolsar essa quantia e uma negociação foi descartada pelo Resende, que observa uma valorização do jogador no mercado.

Além da saída de Elias, o Botafogo também não terá Bruno Mendes para a próxima temporada. O seu vínculo termina nesta terça-feira e ele será emprestado para outro clube brasileiro, provavelmente, o Atlético-PR.

Willian José e Neilton são considerados contratações garantidas, faltando apenas a assinatura do contrato, que deve acontecer no dia 2 de janeiro, um dia antes da reapresentação da primeira parte do elenco para a pré-temporada. O outro inicia os treinamentos no dia 6 de janeiro.

Com a confirmação de Willian José e Neilton, o Botafogo terá quatro atacantes no grupo. Já estão na lista para a pré-temporada Henrique e Sassá, além de Rafael Marques que pode fazer a função. O clube ainda busca um nome de ponta para a posição.

Júnior Dutra tenta liberação de clube belga para chegar a acerto com Vasco

Junior Dutra celebra um dos seus três gols no triunfo sobre o FC Tokyo (Foto: Site oficial do Kashima)Júnior Dutra pelo Kashima: alvo do Vasco para 2014 (Foto: Site oficial do Kashima)
Na busca por reforços para 2014, o Vasco elegeu Júnior Dutra como um de seus alvos. O meia-atacante que deixou o Brasil em 2009, quando defendia o Santo André, pertence ao Lokeren, da Bélgica, e depende de sua liberação para avançar nas negociações com os dirigentes cruz-maltinos. O próprio jogador vem buscando essa liberação.
O Vasco já tomou conhecimento dos valores salariais pretendidos pelo jogador, inicialmente avaliados como altos. No entanto, em São Januário existe um certo otimismo quanto a um acordo nesse sentido.
Júnior Dutra tem contrato com o Lokeren até maio, mas o jogador vai buscar sua liberação junto aos belgas. Assim, poderia firmar contrato com o Vasco de um ano de duração em definitivo e sem custos ao clube cruz-maltino.
Depois de ser revelado pelo Santo André, Júnior Dutra deixou o Brasil rumo ao futebol japonês. Ele passou por Kyoto Sanga e Kashima Antlers até chegar ao Lokeren, em 2013.

Empresário de Walter diz que jogador está perto do Fluminense. Clube esfria

Walter comemoração Goiás contra Bahia (Foto: Carlos Costa / Agência Estado)Walter marcou 45 gols em 81 jogos pelo Goiás (Foto: Carlos Costa/Agência Estado)
Após se destacar pelo Goiás na Série A, Walter já chegou a ter seu nome a ligado a Corinthians e Sport. Mais recentemente, porém, um novo clube estaria no caminho do atacante: o Fluminense. Ao menos é o que afirma o empresário Marco Antônio Teles. No sábado, o agente revelou que se reuniu no Rio de Janeiro com Celso Barros e encaminhou o acerto. Segundo ele, o negócio poderia inclusive ser concluído quando o presidente da Unimed, em viagem fora do Brasil, retornar ao país.

- Conversei pessoalmente com o Celso no fim de semana, ele se entusiasmou com a possibilidade de contar com o Walter e vamos esperá-lo voltar de viagem para definir. Deve ser resolvido até o fim de semana.

Pessoas ligadas à diretoria do Fluminense foram procuradas para comentar o assunto e não quiseram se pronunciar oficialmente. Adiantaram apenas que os empresários de Walter têm oferecido o jogador ao clube, mas que, no momento, o artilheiro não interessa ao Flu.

Sem chance de renovar com o Goiás

Designado pelo empresário Téo Constantin para cuidar pessoalmente do caso, Marco Antônio Teles afirma não ver problemas em conseguir junto ao Porto, clube que detém os direitos de Walter até junho de 2015, um novo empréstimo para o jogador. O certo é que o atacante de 24 anos, e que nas duas últimas temporadas esteve no Goiás, não irá se reapresentar em Goiânia.

- Está descartado. Até porque outros clubes também procuraram, mas o Fluminense é prioridade.

Quanto ao interesse de outras equipes, o agente afirmou desconhecer qualquer negociação com o Sport e mencionou apenas uma sondagem do Internacional em relação ao jogador.

Pelo Goiás, Walter disputou 81 jogos e marcou 45 gols

Guia de Méribel diz que Schumi foi imprudente ao esquiar fora das pistas

Esqui Thomas Weller (Foto: Divulgação/Site Oficial Thomas Weller)Thomas Weller esquia em Méribel
(Foto: Divulgação/Site Oficial Thomas Weller)
Sete vezes campeão da Fórmula 1, Michael Schumacher segue em estado crítico após sofrer um grave acidente em uma estação de esqui em Méribel, na França (veja o mapa do local abaixo), neste domingo, às 11h07 locais – 8h07 no horário de Brasília. Enquanto praticava, o alemão colidiu com uma rocha, teve um trauma cerebral e chegou em coma no hospital universitário de Grenoble, onde precisou passar por uma neurocirurgia de emergência. De acordo com a agência de notícias "Bloomberg", o ex-piloto de 44 anos foi resgatado de um local entre duas pistas de esqui alpino, Chamois e Biche, e levado dali às pressas de helicóptero. 
Guia e esquiador profissional que trabalha na região, o alemão Thomas Weller explicou que existe uma escala de graus de dificuldade das pistas de Méribel, dividida em cores. As verdes são as mais tranquilas, e Biche está entre elas. Enquanto isso, Chamois é azul e se encontra no nível 2. Ainda há as vermelhas e pretas, as mais perigosas, recomendadas apenas para especialistas. Apesar dos procedimentos de segurança, o esqui alpino é uma modalidade de alto risco. No mesmo fim de semana do acidente de Schumi, por exemplo, segundo a imprensa local, duas pessoas morreram praticando o esporte nos Alpes Franceses, em consequência de avalanches.
Infografico Acidente Esqui Schumacher correto (Foto: arte esporte)Infográfico mostra as pistas Chamois e Biche e os graus de dificuldade em Méribel (Foto: arte esporte)

Para Weller, Schumi estava preparado para as duas pistas, já que é um "ótimo esquiador", segundo ele -  o alemão pratica o esporte desde os tempos de Ferrari, quando costumava participar dos eventos de fim de ano da escuderia em Madonna di Campiglio, nos alpes italianos. O problema é que o heptacampeão mundial da F-1 se arriscou numa área entre Chamois e Biche, uma espécie de "entrepista". Ou seja, uma descida que não é coberta pela companhia de esqui de Méribel. Neste caso, há muitos obstáculos, principalmente pela falta de neve no início de dezembro, que expõe perigos como rochas, árvores e arbustos. 
– Chamois e Biche são pistas de azul para vermelha, ou seja, não tão difíceis. Ele estava devidamente preparado, com certeza, e é um ótimo esquiador. Eu nunca esquiei com ele, mas já o vi esquiando. A dificuldade é que ele não esquiou na pista, mas sim fora, numa espécie de "entrepista". Todas as pistas do mapa são cobertas por uma companhia que as limpa, tira as rochas e tudo o mais. Fora delas pode ser muito perigoso. Há pedras, árvores, animais e tudo o mais. Elas não têm neve suficiente, não têm cobertura nessa época do ano, então você corre muito perigo, porque os obstáculos ficam descobertos. Muitos esquiadores caem. Quanto mais neve, melhor, pois há menos perigo – explicou Weller ao GloboEsporte.com.
Esqui Thomas Weller (Foto: Divulgação/Site Oficial Thomas Weller)Thomas Weller esquia nos Alpes Franceses (Foto: Divulgação/Site Oficial Thomas Weller)


Alemão como o ex-piloto da F-1, Weller começou a esquiar aos seis anos de idade, depois que o seu avô lhe deu de presente o primeiro par de esquis. Como começou bem cedo e treinou muito em seu país, ele competiu nacionalmente quando era adolescente e também deu aulas da modalidade. O guia mora em Méribel desde 1986, ou seja, conhece muito bem a área. Por isso, para ele, Schumacher se arriscou demasiadamente na área entre Chamois e Biche.
– É uma tragédia que ninguém poderia prever, mas todo mundo que está indo esquiar fora de pista está se arriscando, ainda mais se não é um profissional. Ele é um ótimo esquiador, mas não é um profissional. Para todo turista, e o Schumacher (mesmo possuindo um chalé em Méribel) é um turista neste caso. É perigoso demais esquiar nas "entrepistas" – garantiu o alemão.
Mapa Acidente Schumacher (Foto: Editoria de Arte)Mapa mostra o local do acidente de Michael Schumacher (Foto: Editoria de Arte)

De acordo com a rádio francesa "RMC", o heptacampeão foi socorrido consciente. Méribel, nos Alpes Franceses (sudeste do País), comporta mais de 70 pistas de esqui e recebeu em fevereiro de 2013 uma etapa da Copa do Mundo de Esqui Alpino. O local do acidente fica a 1.450m de altitude, subindo até 2.952m em seu ponto mais alto, onde se liga com a região de Les Trois Vallées.
michael schumacher esqui WROOM F1 ferrari 2008 (Foto: Agência Getty Images)Michael Schumacher pratica o esqui alpino desde os tempos de Ferrari (Foto: Agência Getty Images)


'Viciado em velocidade'
A modalidade de esqui alpino é um dos hobbies favoritos de Schumacher desde os tempos em que competia pela Ferrari, equipe que tradicionalmente faz suas apresentações de pré-temporada na estação italiana de Madonna di Campiglio. O ex-piloto, que estava com o filho Mick no momento do acidente, declarou certa vez que o esporte era uma das maneiras encontradas por ele para curtir a família, já que passava pouco tempo em casa devido às constantes viagens para disputar os GPs de F-1.
Schumacher superbike (Foto: Reprodução/Twitter Circuito de Valência)Schumacher já se aventurou em corridas de Superbike (Foto: Reprodução/Twitter Circuito de Valência)
O alemão, que na próxima sexta-feira (dia 3) completará 45 anos, é o piloto mais vitorioso da história da Fórmula 1 em números totais, com 91 vitórias, 155 pódios, 68 poles e 77 voltas mais rápidas. Em 19 temporadas, ele conquistou dois títulos pela Benetton (1994 e 1995) e cinco pela Ferrari (de 2000 a 2004). Após a primeira aposentadoria ao fim de 2006, o piloto retornou à F-1 em 2010 pela Mercedes, mas em três temporadas só subiu ao pódio uma vez, com um terceiro lugar, sendo amplamente batido pelo seu companheiro Nico Rosberg no Mundial de Pilotos.
Como todo piloto de seu nível, Schumacher é considerado um “viciado em velocidade”. Quando se retirou da F-1 ao fim de 2006, às vésperas de completar 38 anos, ele se aventurou em corridas do moto num torneio alemão de Superbike. Correndo sobre duas rodas, o alemão sofreu três grandes quedas. Uma delas com maior gravidade, causando uma lesão no ombro e no pescoço, o que o impediu de substituir Felipe Massa na Ferrari quando o brasileiro sofreu o acidente nos treinos para o GP da Hungria em 2009.
Michael Schumacher é apaixonado por cavalos. Ele participa de eventos e tem um estábulo em casa (Foto: Divulgação)Michael Schumacher é apaixonado por cavalos. Ele participa de eventos e tem um estábulo em casa (Foto: Divulgação)

No primeiro ano de sua aposentadoria definitiva da Fórmula 1, o alemão intensificou as atividades para manter sua adrenalina em alta, mesmo longe das pistas. Nos Estados Unidos, ingressou em competições de adestramento de cavalos – uma das paixões de sua esposa, Corinna, que mantém um estábulo na ampla residência da família. Já em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, Schumi encontrou na semana passada o brasileiro Luigi Cani, referência mundial no wingsuit, antes de uma série de saltos em paraquedas de alta performance. Afastado das competições com carros, ele mantém a forma e os reflexos em dia andando de kart na Alemanha e em outras pistas da Europa.
Estação de Esqui de Méribel frança (Foto: Divulgação)Estação de esqui de Méribel, na França (Foto: Divulgação)

Retrospectiva 2013 - O ano em que Guardiola encontrou um futebol mais intenso e vertical

Barça TV
Pep Guardiola sucede Jupp Heynckes no multicampeão Bayern de Munique: enorme desafio.
Pep Guardiola sucede Jupp Heynckes no Bayern: enorme desafio.
25 de maio de 2012. Pep Guardiola se despedia do Barcelona para um ano "sabático" com a conquista da Copa do Rei. O 14º título em 19 possíveis. Feito ainda mais histórico levando em conta que, mesmo perdendo a liga espanhola para o Real Madrid e a Champions para o Chelsea na semifinal, o time catalão seguia com superioridade na posse de bola e impondo seu estilo contra todos os adversários. Mesmo quando era superado no placar.
Apesar do título mundial do Corinthians no final do ano, o Barça era a referência de bom futebol e ainda carregava o status de melhor time do planeta levando a reboque a Espanha bicampeã da Eurocopa.
Até o Bayern de Munique roubar o protagonismo em 2013. Primeiro surpreendendo o mundo e anunciando em janeiro o retorno de Guardiola como o novo treinador, ainda com Jupp Heynckes no comando. Depois arrasando o Barcelona na semifinal da Liga dos Campeões com inquestionáveis 7 a 0 em 180 minutos. Sem dominar a posse da bola, mas mostrando uma maneira mais eficiente de usá-la.
A equipe de Heynckes era intensa e vertical. Parecia jogar uma rotação acima do Barcelona e da grande maioria dos rivais. Só o Dortmund de Jurgen Klopp fazia frente. Mas foi derrotado na decisão continental e não foi páreo na Bundesliga.
Porque os bávaros sabiam se adaptar a qualquer contexto: marcar pressão no campo adversário ou recolher as linhas; manter o posicionamento para garantir a organização defensiva ou promover intensa movimentação para bagunçar a retaguarda rival; administrar a posse de bola diante de times fechados ou trabalhar com transição rápida e bolas longas se o adversário cedesse espaços.
O 4-2-3-1 encontrava sua execução mais eficaz. Fosse na saída da defesa com o passe limpo de Schweinsteiger, nas combinações rápidas pelos lados com Lahm-Robben e Alaba-Ribéry dando profundidade às ações ofensivas, com Muller se juntando ao pivô Mandzukic ou nas jogadas aéreas com as aparições de Boateng, Dante e Javi Martínez.
Olho Tático
O Bayern de Heynckes que massacrou o Barcelona e conquistou a tríplice coroa: alta intensidade na execução do 4-2-3-1.
O Bayern de Heynckes que massacrou o Barcelona e conquistou a tríplice coroa: alta intensidade na execução do 4-2-3-1.
Esquadrão quase imbatível que colocou Guardiola diante de um enorme desafio: encaixar sua maneira de pensar futebol em um modelo que tangenciava a perfeição.
Não que faltassem "interseções" entre as duas propostas: o Bayern era o time com a segunda maior posse de bola da Europa, só atrás do Barcelona. Já a equipe de Guardiola sabia a hora de colocar intensidade e acelerar. Marcação pressão sufocante, transição rápida quando a bola era roubada no campo de ataque e velocidade para acionar Messi. Um técnico que cita Bielsa, Sacchi e Van Gaal como influências não pode abrir mão da intensidade.
Antes da estreia oficial de Guardiola no Bayern, mais um triunfo de um futebol mais vertical sobre o "tiki-taka": Brasil 3 a 0 na Espanha na final da Copa das Confederações. Mesmo que o torneio da FIFA seja menos relevante que o Mundial e as competições continentais de seleções, a campeã do mundo e bi da Europa queria o título para fechar um ciclo de conquistas e se estabelecer como a melhor do planeta há um ano da Copa.
Foi engolida pelo cansaço e pela umidade, mas também pela seleção de Luiz Felipe Scolari, que aproveitou o embalo da torcida cantando o hino nacional à capela e, elétrica, partiu para um "abafa" irresistível: marcação pressão, transição ofensiva rápida e muitas bolas longas da defesa procurando os atacantes. Principalmente as diagonais dos zagueiros Thiago Silva e David Luiz acionando diretamente Neymar e Hulk, os meias abertos ou ponteiros do 4-2-3-1 brasileiro.
Solução que no país encontrou eco no Atlético-MG de Cuca campeão da Libertadores com Leonardo Silva e Réver procurando o pivô de Jô que fazia a parede para Ronaldinho ou escorava para as diagonais de Tardelli e Bernard no mesmo desenho tático da seleção. Mas com algumas práticas arcaicas, como marcação individual, que cobraram alto preço no Mundial Interclubes.
Olho Tático
Atlético-MG campeão da Libertadores: práticas modernas e arcaicas na execução do 4-2-3-1.
Atlético-MG campeão da Libertadores: práticas modernas e arcaicas na execução do 4-2-3-1.
Já o Brasil lembrou o Bayern em muitos momentos e não deu chance aos espanhois de posse estéril, inócua. Pressão no homem da bola, linhas de passe fechadas, Paulinho seguindo Xavi e Luiz Gustavo atento a Iniesta, Hulk voltando com Jordi Alba, Fred finalizando e Neymar humilhando Arbeloa, Piqué e quem mais aparecesse pela frente. A então melhor seleção do mundo foi pulverizada no Maracanã. (Re)Nascia a maior favorita ao título no ano que vem.
Reprodução TV Bandeirantes
Brasil de Felipão com postura semelhante ao Bayern diante da Espanha, sufocando o toque de bola.
Brasil de Felipão com postura semelhante ao Bayern diante da Espanha, sufocando o toque de bola.
Afirmado com a camisa verde e amarela, Neymar foi tentar encaixar seu futebol de exceção no padrão Barcelona. O drible e o improviso no "tiki-taka". Plano B para não depender tanto de Messi. Contratação que obrigou o Real a dar uma resposta multimilionária e encontrar um parceiro para Cristiano Ronaldo, melhor jogador do ano: Gareth Bale, que deixou o Tottenham.

Ausência que não parece abalar a Premier League, que resgatou a força da década passada com um equilibrio que não existiu no final da Era Ferguson. A aposentadoria da lenda do United foi outra quebra de paradigma em 2013. Sem ele e com Mourinho de volta ao Chelsea, a disputa da hegemonia na Inglaterra está aberta.

E tão intensa quanto a volúpia ofensiva do Manchester City de Manuel Pellegrini. Com Aguero e Negredo, retoma um 4-4-2 mais flexível e versátil. Assim como o Liverpool de Sturridge e do fenômeno Luis Suárez. Um atacante volta para compor o meio ou abre pelo lado e o meia fecha em diagonal para articular.
Olho Tático
City de Manuel Pellegrini: resgate do 4-4-2, mas com versatilidade, movimentação e muita vocação ofensiva.
City de Manuel Pellegrini: resgate do 4-4-2, mas com versatilidade, movimentação e muita vocação ofensiva.
Esquema que Tite tentou no Corinthians com Renato Augusto e Pato. Mas perdeu peças (Paulinho em especial), identidade e, principalmente, intensidade. Logo o time do treinador que insistia em valorizá-la. Tite não conseguiu manter a concentração e a "fome" no elenco que ganhou tudo no ano anterior. Ficou a organização defensiva, foi-se a marcação sufocante e bolas roubadas no campo adversário que criavam boa parte das situações de gols.
Resultado: números de campeão na defesa e de rebaixado no ataque ao longo do Brasileiro. Bem diferente do Cruzeiro que dominou a competição com a execução do 4-2-3-1 nos mesmos padrões do Bayern, guardando as devidas proporções: movimentação do quarteto ofensivo, jogadas pelos flancos, diagonais dos meias abertos, poucos toques para definir a jogada, contundência. Tudo no ritmo de Everton Ribeiro, que armava e ditava o ritmo alucinante a partir de um dos lados.
Olho Tático
Cruzeiro campeão brasileiro: transição ofensiva em alta velocidade, rotação no ataque e Everton Ribeiro armando a partir do lado direito.
Cruzeiro campeão brasileiro: transição ofensiva em alta velocidade, rotação no ataque e Everton Ribeiro armando a partir do lado direito.
Marcou 77 gols em 38 partidas e garantiu o título com quatro rodadas de antecedência. Passou por cima do Grêmio pragmático de Renato Portaluppi e do inconstante Botafogo de Seedorf. Só parou na Copa do Brasil para o Flamengo de Elias e Mano Menezes que se transformou no time de Jayme de Almeida e do "Brocador" Hernane que se impôs no "mata-mata" com duas linhas de quatro e a força do Maracanã.
Na Alemanha, Guardiola não se intimidou. Sabia que a expectativa do clube era manter os resultados e o desempenho fazendo diferente. Veio o choque: Reforço na valorização da posse com bola no chão e na marcação obsessiva no campo de ataque. Thiago Alcântara contratado por 25 milhões de euros, com status de titular; Lahm deslocado da lateral para o meio-campo . 4-2-3-1 trocado pelo 4-3-3/4-1-4-1; Mario Gomez dispensado e Mandzukic ameaçado pelos testes com Shaqiri e a possibilidade de encaixar Mario Gotze como "falso nove". Ou puxar Muller, como Joachim Low faz na seleção alemã para abrigar Gotze, Ozil e Reus no quarteto ofensivo.
Função que não teve em Messi, envolvido com seguidas lesões, seu principal expoente. Mas foi bem representada por Ibrahimovic no PSG que duela com o "novo rico" Monaco e a surpresa Lille na França e Totti na Roma de início perfeito na Série A italiana, mas já perdendo terreno para a Juventus dos três zagueiros, do trio Pirlo, Vidal e Pogba no meio-campo . Agora de Tevez e Llorente, nova dupla de ataque que era a carência da bicampeã e favorita ao tricampeonato, mas eliminada na Liga dos Campeões.
Montagem Truemedia
À esquerda, mapa de toques de Totti na temporada 2012/13, aparecendo mais pela esquerda; à direita, o da temporada atual, partindo do centro.
À esquerda, mapa de toques de Totti na temporada 2012/13, aparecendo mais pela esquerda; à direita, o da temporada atual, partindo do centro como "falso nove".
O primeiro susto em Munique veio com os 4 a 2 do Borussia Dortmund na Supercopa da Alemanha. A perigosa combinação desfalques+testes+ousadia cobrou seu preço. Guardiola então começou a dosar sua ideia de futebol com o padrão do time que se adapta às características dos jogadores.
Mandzukic voltou ao time, que passou a alternar bolas longas e cruzamentos com o "tiki-taka". O treinador roda o elenco, testa alternativas, compensa desfalques sérios como Robben e Schweinsteiger e busca a melhor dosagem. Também inova, como o apoio dos laterais Rafinha e Alaba por dentro para gerar vantagem numérica no meio-campo.
Se o "click" ou encaixe perfeito ainda não veio, os resultados são excelentes: líder absoluto da Bundesliga, primeiro lugar em um grupo complicado da UCL e dois títulos: Supercopa Europeia sobre o Chelsea de Mourinho e o Mundial Interclubes. O terceiro do clube e do treinador com cinco anos de carreira.
Olho Tático
Na final do Mundial, o 4-3-3/4-1-4-1 implantado por Guardiola no Bayern: laterais apoiando por dentro, posse de bola e marcação pressão.
Na final do Mundial, o 4-3-3/4-1-4-1 implantado por Guardiola no Bayern: laterais apoiando por dentro, posse de bola e marcação pressão.
No ano da redenção da seleção brasileira e de Felipão, de Neymar e Bale incrementando a disputa Messi x Cristiano Ronaldo na Espanha, do resgate da EPL e da supremacia mineira no Brasil, o encontro de Guardiola com o Bayern da tríplice coroa e do futebol intenso e vertical foi o destaque de 2013.
O que reserva o novo ano, de Copa do Mundo? Que ele venha com boas novas. Na técnica e na tática. Até lá!

Novo ranking de público tem Fla e Corinthians em últimos; Sampaio Corrêa lidera. Entenda

É justo comparar a média de público de um time com 20 milhões de torcedores com a de um que tem 200 mil? Naturalmente, a equipe maior vai levar mais pessoas para seus jogos, mas proporcionalmente ela leva mais também? A resposta é não.
Pluri Consultoria, a pedido deste blog, elaborou um novo ranking de público do futebol brasileiro. Nele, o mais importante não é a média por jogo ou a somatória do ano, e sim a proporção do total que comparece por partida.
Para entender, utilizando números abstratos: se o clube A tem 15 milhões de torcedores e leva 15 mil por jogo, este tem 0,1% do total no estádio; se o clube B tem 250 mil torcedores e leva 5 mil por jogo, este tem 2% do total no estádio. Ou seja, muitas vezes um público de 5 mil pessoas pode ser mais significativo do que um de 15 mil por causa do tamanho das torcidas.
Meu principal objetivo com este levantamento é valorizar as torcidas menores e fazer uma crítica às maiores. Sim, existem diversos fatores que afastam o torcedor dos estádios, como a insegurança, o transporte público ruim, os péssimos serviços. No entanto, muitos desses problemas existem para todos, não apenas para alguns.
Além disso, existem outras variáveis considerando o público brasileiro, como a má fase ou o ótimo momento de um time. Isso interfere demais na temporada. E demonstra, também, que o comparecimento não é tão vinculado à paixão em diversos casos. Outro aspecto é o fato de os times grandes terem torcedores espalhados pelo país, mas mesmo assim, nas cidades-sede, o número total ainda é expressivo.
Certamente, muitos já pensaram no seguinte: "meu time leva 30 mil por jogo porque não cabe mais gente no estádio". Esse argumento seria válido caso algum clube brasileiro tivesse 100% ou um número perto disso na ocupação média de suas partidas. No Brasil isso não existe, e se existisse esse ranking não seria feito porque perderia completamente o sentido. De qualquer modo, punições e/ou construção de novos campos têm peso nos números finais.
Segue o ranking da temporada 2013:
1. Sampaio Corrêa-MA 12,61%
2. Botafogo-PB 10,25%
3. Chapecoense-SC 9,98%
4. Central-PE 9,26%
5. Criciúma-SC 9,47%
6. Icasa-CE 5,92%
7. CRB-AL 5,71%
8. Joinville-SC 4,83%
9. Londrina-PR 4,40%
10. Juventude-RS 4,16%
11. ABC-RN 4,00%
12. América Mineiro-MG 3,81%
13. Treze-PB 3,74%
14. Portuguesa-SP 3,51%
15. Ponte Preta-SP 3,38%
16. Sergipe-SE 3,23%
17. ASA-AL 3,17%
18. Tupi-MG 3,07%
19. Caxias-RS 2,94%
20. CSA-AL 2,49%
21. América de Natal-RN 2,12%
22. Atlético Goianiense-GO 2,03%
23. Paraná-PR 1,98%
24. Guarani-SP 1,96%
25. Vila Nova-GO 1,92%
26. Santa Cruz-PE 1,86%
27. Paysandu-PA 1,83%
28. Goiás-GO 1,50%
29. Fortaleza-CE 1,47%
30. Nacional-AM 1,37%
31. Coritiba-PR 1,32%
32. Ceará-CE 1,26%
33. Avaí-SC 1,22%
34. Figueirense-SC 1,20%
35. Náutico-PE 1,16%
36. Bahia-BA 0,73%
37. Atlético Paranaense-PR 0,71%
38. Vitória-BA 0,69%
39. Sport-PE 0,68%
40. Fluminense-RJ 0,61%
41. Botafogo-RJ 0,44%
42. Cruzeiro-MG 0,42%
43. Grêmio-RS 0,28%
44. Atlético Mineiro-MG 0,24%
45. Vasco-RJ 0,19%
46. Santos-SP 0,19%
47. São Paulo-SP 0,14%
48. Palmeiras-SP 0,12%
49. Internacional-RS 0,12%
50. Corinthians-SP 0,09%
51. Flamengo-RJ 0,08%
Agora a planilha completa, organizada de acordo com o público total em 2013, para quem quiser se debruçar sobre os números. Foram considerados os públicos dos 101 times participantes das quatro divisões do Campeonato Brasileiro. Para o tamanho estimado das torcidas, entraram apenas os clubes que tem estimativa superior a 50 mil torcedores. Abaixo disso o nível de imprecisão é muito alto devido à margem de erro. Para a população brasileira, foi utilizada a última estimativa do IBGE, em torno de 201 milhões de habitantes.
Pluri Consultoria
Temporada 2013
Temporada 2013