quarta-feira, 23 de maio de 2012

Copa do Brasil


19h30 Palmeiras 2x0 Atlético-PR
22h00 Goiás 2x2 São Paulo
22h00 Coritiba 4x1 Vitória

Libertadores


19h30 Fluminense 1x1 Boca Juniors
22h00 Corinthians 1x0 Vasco

Cuba perde de novo e precisa de milagre para conseguir vaga; Rússia é única invicta

seleção cubana de vôlei feminino fez de tudo para participar do Pré-Olímpico Mundial no Japão e até contou com ajuda financeira da Federação para ter sua última chance de brigar por uma vaga nos Jogos de Londres, mas, com os resultados no torneio, está ficando cada vez mais longe de se classificar para a Olimpíada. Em quatro jogos até agora, foram três derrotas e apenas uma vitória e, com isso, Cuba precisará contar com uma combinação de resultados improvável para carimbar o passaporte para Londres-2012.

Nesta quarta-feira, na quarta rodada do Pré-Olímpico, as cubanas perderam por 3 sets a 0 da Sérvia e caíram para antepenúltimo lugar na tabela da competição. Dessa forma, faltando apenas três jogos para o fim do torneio, a seleção tricampeã olímpica não pode mais perder em nenhuma rodada para tentar ficar entre os três primeiros colocados – que garantem vaga nos Jogos de Londres.

Derrotada para Coreia do Sul, Rússia e Sérvia, Cuba terá pela frente o anfitrião Japão, Taiwan e Tailândia nos próximos jogos e, além de vencê-los, terá que torcer por uma combinação quase impossível de resultados nos confrontos de seus adversários diretos pela vaga.

Enquanto isso, a Rússia está praticamente garantida na Olimpíada deste ano. Com a derrota das japonesas para a Coreia do Sul por 3 a 1 nesta quarta, a seleção russa foi a única equipe invicta que restou no torneio e soma quatro vitórias por 3 a 0 em cima de Taiwan, Coreia do Sul, Cuba e Peru. Sendo assim, as russas lideram o Pré-Olímpico mundial de forma isolada, com 12 pontos, seguidas por Japão, Sérvia e Coreia do Sul.

O Pré-Olímpico Mundial e Asiático acontece até este domingo e classificará os três primeiros colocados da tabela mais o melhor time asiático depois deles.

Cuba se complica e precisa de combinação quase impossível para ir a Londres
Cuba se complica e precisa de combinação quase impossível para ir a Londres
Crédito da imagem: Divulgação/FIVB

Veja os resultados desta quarta-feira:

Peru 0 x 3 Rússia
Taiwan 0 x 3 Tailândia
Cuba 0 x 3 Sérvia
Japão 1 x 3 Coreia do Sul


Classificação do Pré-Olímpico Mundial e Asiático:

1º Rússia (12 pontos)
2º Japão (9 pontos)
3º Sérvia (9 pontos)
4º Coreia do Sul (6 pontos)
5º Tailândia (6 pontos)
6º Cuba (3 pontos)
7º Peru (3 pontos)
8° Taiwan (não pontuou até agora)

Bicampeãs olímpicas, Walsh e May podem frustrar sonho brasileiro de ouro após 16 anos

Velhas conhecidas das últimas duas gerações do vôlei de praia brasileiro feminino, a dupla norte-americana Walsh e May já frustrou por duas vezes o sonho verde-amarelo de conquistar o segundo ouro olímpico da modalidade na história. Por isso, para os Jogos de Londres no meio do ano, as algozes das brasileiras chegarão como favoritas novamente e, mais do que isso, com a experiência que só duas medalhas douradas na competição pode trazer.

Adriana Behar e Shelda na final de Atenas, em 2004, Renata e Talita na semifinal de Pequim, em 2008, e Ana Paula e Larissa, nas quartas de final, no mesmo ano – todas elas acabaram derrotadas pela ‘frieza’ de Walsh e May em jogos decisivos das duas últimas Olimpíadas e tiveram que assistir às rivais americanas subirem no degrau mais alto do pódio nas duas ocasiões. E se depender da dupla bicampeã, em Londres a história também não vai ser diferente.

Contando com a altura e a habilidade de Walsh, aliadas à visão de jogo de May, a parceria americana se tornou imbatível quando se fala em Olimpíada. Juntas, elas faturaram o ouro nas duas vezes que disputaram os Jogos, e a experiência que acumularam nas competições ao longo dos anos só fez a dupla evoluir ainda mais para a disputa do tricampeonato em Londres.

Por tudo isso, Walsh e May são, sem dúvidas, as principais candidatas ao ouro na Olimpíada deste ano e, consequentemente, os maiores ‘inimigos’ das duplas brasileiras Juliana e Larissa, e Talita e Maria Elisa, que tentarão conquistar novamente a medalha dourada para o Brasil depois de 16 anos que Jacqueline e Sandra Pires conseguiram o feito, nos Jogos de Atlanta, em 1996.

Walsh e May buscam tricampeonato em Londres
Walsh e May buscam tricampeonato em Londres
Crédito da imagem: Divulgação


Características individuais: Walsh, a gigante habilidosa

Não é comum ver jogadoras mais altas terem habilidade e movimentação dentro de quadra, mas é exatamente por reunir essas duas características, que Kerri Walsh se faz uma atleta diferenciada no vôlei de praia. Com 1,91 m de altura, a ‘gigante’ americana é um paredão no bloqueio e, no ataque, sabe resolver tanto na força, quanto na habilidade.

Jogadora do vôlei de quadra na Olimpíada de 2000 (quarto lugar), Walsh passou a jogar na praia e teve mais sucesso na areia, principalmente por reunir características das duas modalidades. Sabendo marcar muito bem na rede, a americana tornou-se uma excelente bloqueadora e desenvolveu ainda mais as habilidades da praia, sabendo trabalhar bolas colocadas e pontuar aproveitando o espaço deixado pelas adversárias.

No bloqueio, outro diferencial de Walsh é conseguir recuperar largadas próximas à rede ou bolas que tocam sua mão e ficam muito curtas para o alcance de May, que está no fundo da quadra. E tudo isso, faz dela uma jogadora completa e, acima de tudo, muito difícil de derrotar.


May - visão de jogo e defesa bem colocada

Bem mais baixa do que sua companheira, Misty May-Treanor tem apenas 1,75 m, mas compensa a falta de altura com a habilidade e a visão de jogo imprescindíveis para uma jogadora de vôlei de praia. Uma atleta que dificilmente desperdiça uma bola, porque sabe exatamente onde colocá-la, mesmo quando está sendo muito bem marcada pelo bloqueio adversário.

Alinhando muito bem sua defesa com a marcação do bloqueio de Walsh, May torna o trabalho das rivais ainda mais complicado, porque além de elas terem que passar por uma gigante no bloqueio, precisarão achar um espaço fora do alcance da ‘baixinha’ para conseguirem pontuar.


O diferencial: frieza ou equilíbrio?

Ganhar uma Olimpíada é o ápice para qualquer atleta profissional e, para chegar lá, é preciso ter muito mais do que um preparo físico adequado. É preciso ter, acima de tudo, cabeça e equilíbrio emocional para lidar com a pressão de passar pelas melhores adversárias de todo o mundo até chegar ao topo.

E esse equilíbrio psicológico não falta à dupla que já coleciona dois ouros olímpicos na carreira. A postura que muitas vezes é considerada ‘fria’ pelos brasileiros, é justamente o diferencial da vitoriosa dupla norte-americana, que conta com muito mais do que altura e habilidade para conquistar seus títulos: elas têm cabeça de campeãs e, por isso, tornam-se um adversário muito difícil de derrubar.

Tanto que nem a dupla número 1 do vôlei de praia atual tem um histórico bom contra elas. Juliana e Larissa, as brasileiras candidatas ao ouro em Londres-2012, lideram o ranking do vôlei de praia internacional, mas ganharam apenas cinco dos 17 jogos que fizeram contra Walsh e May.

“Gostamos muito de jogar contra Walsh e May pois cada jogo com elas se define de forma diferente, é sempre um grande desafio para nós. São partidas do mais alto nível e aprendemos muito nelas”, comentou Juliana sobre as principais adversárias que encontrará na Olimpíada.

Campeãs mundiais vencendo justamente a dupla americana no ano passado, Juliana e Larissa já se reencontraram com Walsh e May em 2012 e também saíram vitoriosas. E é com a ‘moral’ conquistada nesses poucos resultados positivos diante das americanas, que a dupla brasileira tentará quebrar o ‘equilíbrio’ das duas nos Jogos Olímpicos para acabar com a hegemonia dos Estados Unidos no vôlei de praia feminino.

Juvenal diz que recusou oferta de 40 milhões de euros do Chelsea por Lucas

Principal revelação do São Paulo nos últimos anos, o meia-atacante Lucas está valorizado no mercado europeu e já recebeu propostas de alguns dos grandes clubes do Velho Continente. Em entrevista ao site 'FCInter1908.it', o presidente da equipe do Morumbi, Juvenal Juvêncio, revelou o principal interessado no jogador de 19 anos (para ler a conversa em italiano clique aqui).

De acordo com o mandatário são-paulino, o Chelsea, atual campeão europeu, fez recentemente uma oferta de € 40 milhões (cerca de R$ 104 milhões) pelo meio-campista e recebeu uma resposta negativa do Tricolor. No entanto, Juvenal admitiu que os Blues são o time mais próximo de um acerto com Lucas, mas praticamente descartou uma transferência do atleta neste ano.

“(As chances de saída) são muito pequenas, porque Lucas é um jogador fantástico, com grandes qualidades, que está ajudando muito a equipe e que deve receber seu valor de direito”, disse o presidente são-paulino, que não definiu um preço para a liberação do atleta.
Além do Chelsea, Real e Inter de Milão querem Lucas, revela o presidente
Além do Chelsea, Real e Inter de Milão querem Lucas, revela o presidente
Crédito da imagem: Agência Estado
Além do Chelsea, duas outras equipes foram citadas por Juvenal como grandes interessadas em Lucas: Inter de Milão e Real Madrid. Enquanto que os italianos já tiveram uma proposta oficial de € 25 milhões rejeitada pelo São Paulo, os espanhóis podem entrar mais forte na disputa em breve.

“O Real Madrid é um dos clubes que se interessam pelo Lucas. Já houve contatos do Florentino Pérez (presidente do time merengue), que admira muito jogador, conosco”, declarou Juvenal, que disse que a equipe da capital espanhola ainda não fez uma proposta oficial pelo atleta.

Clijsters encerra carreira no US Open deste ano

                 
Arquivo
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Clijsters venceu o US Open três vezes

Bruxelas (Bélgica) – Kim Clijsters confirmou nesta terça-feira que o US Open deste ano será seu último torneio de tênis como profissional. A belga, ex-número 1 do mundo e campeã de quatro Grand Slam, já havia revelado que pararia de jogar neste ano, mas a definição do torneio é recente.
“Eu vou terminar minha carreira no US Open. É onde tive meu maior sucesso e é um lugar extremamente especial para mim”,  disse Clijsters, que ganhou três títulos em Nova York: em 2005, 2009 e 2010. O outro Slam da belga foi o Australian Open do ano passado.
Casada com um norte-americano, o ex-jogador de basquete Brian Lynch, Clijsters enfrentou diversos problemas físicos nos últimos anos e também tem se dedicado bastante à filha Jada. A belga se aposentou pela primeira vez em 2007, antes de ficar grávida, e voltou em 2009 com grande sucesso.
Clijsters não jogará em Roland Garros, mas estará de volta para a temporada de grama. A belga está muito empolgada para Wimbledon e as Olimpíadas. Porém, o último público a ver a carismática belga será o nova-iorquino. “O estádio (Flushing Meadows) é a 45 minutos da nossa casa nos EUA. Meus sogros estarão lá”, disse a tenista

Federação Espanhola confirma que David Villa está fora da Eurocopa

Lesionado desde o final do ano passado, o atacante David Villa não participará da Eurocopa da Ucrânia e Polônia, que começará no dia 8 de junho. O site da Federação Espanhola (RFEF) divulgou nesta terça-feira que o atleta do Barcelona não evoluiu o suficiente para a jogar a principal competição de seleções do Velho Continente.

Na partida do time catalão contra o Al Sadd, do Catar, no dia 15 de dezembro, pelo Mundial de Clubes, o jogador se machucou sozinho ao pisar errado e teve que ser substituído na sequência. Um exame posterior confirmou que Villa havia sofrido uma fratura na tíbia da perna esquerda. Desde então, o camisa 7 não voltou mais aos gramados.

Apesar da grave contusão, o atacante teve uma recuperação animadora e a possibilidade de ele jogar a Eurocopa não havia sido descartada. O zagueiro Raúl Albiol, também convocado pela seleção, inclusive declarou nesta terça-feira que Villa estava esperançoso em jogar o torneio.

Como Barcelona e Athletic Bilbao jogaram a final da Copa do Rei e, assim, a temporada de ambos encerrou após a dos demais clubes espanhóis, os jogadores das duas equipes ainda não foram convocados. Com isso, a Federação e a comissão técnica da Fúria, esperava pela recuperação do atleta até o fim dos compromissos do clube catalão.

“Tentei de tudo até o final, mas não poderei estar 100% para a Euro. Hoje chamei o treinador para contar a ele. É o mais honesto”, postou o atacante em sua conta no Twitter. “Obrigado a todos pelo ânimo que me deram. Seguirei trabalhando para voltar a jogar o mais cedo possível com o Barça e a seleção”, completou.

Com 51 gols marcados com a camisa da Espanha, David Villa é o maior artilheiro da história do país. Na Copa do Mundo de 2010, balançou a rede cinco vezes e terminou como um dos artilheiros do torneio.

David Villa, fundamental nos últimos títulos da Espanha, desfalca seleção de Del Bosque
David Villa, fundamental nos últimos títulos da Espanha, desfalca seleção de Del Bosque
Crédito da imagem: AFP

Roland Garros e minhas memórias

Hoje começa o qualy de Roland Garros.

Pensar em qualy deixa o jogador nervoso. É o conhecido tudo ou nada. A chance de entrar no torneio ou voltar pra casa sem nada. Ser respeitado pelo torneio ou ser apenas um jogador que passou por lá. Quem já jogou sabe que disputar os qualys é uma barra. Mesmo em Roland Garros não é das coisas mais agradáveis.

Este ano pra mim vai ser um Roland Garros muito especial. O torneio fez parte da minha vida de várias maneiras.

Em 1989 fui pela primeira vez como juvenil e literalmente pirei. Entrar no complexo, ver os jogos dos profissionais, conviver com os melhores do mundo e jogar nas quadras que mais pareciam um tapete foi marcante. Prometi para mim que todo ano estaria lá. Esse era o lugar que um tenista teria que querer estar se quisesse viver da raquete. Entrar no complexo é uma sensação indescritível. Nesse ano como juvenil tive a chance de ver grandes jogos. Agassi contra Courier na quadra 1 e de quebra conversei com o Willander e Karel Novacek dois top 10. Foi DEMAIS.

Alguns anos depois tive a chance de jogar pela primeira vez a chave do qualy. Estava mais ou menos 160 do mundo e fui com a cara e a coragem tentar a sorte. O qualy nem era jogado dentro do complexo como hoje. Era disputado em um clube muito perto de Roland Garros chamado Jean Buan (acho que escreve assim). O mais maluco era que você jogava e lá no fundo via o complexo e a quadra central. Eu ficava olhando e sonhando. Será que um dia vou jogar a chave principal lá? Lembro de uma bronca do meu técnico nesse ano Marcelo Meyer que disse. Fino, olha pro jogo. Para de sonhar. Tive boas chances nesse meu primeiro ano. E que primeiro ano. Passei o qualy, ganhei a primeira da chave, a segunda, a terceira e só perdi do duríssimo Sergi Bruguera na quadra 1. Pensar que nem imaginava jogar e em menos de 10 dias eu tinha classificado, jogado em duas das quadras mais legais do torneio e sem ninguém perceber muito cheguei nas oitavas de final com um cheque de uns 60.000 dólares. Mais do que já tinha recebido na minha carreira toda.

Esse foi o primeiro de muitos anos legais que joguei por lá. A parir de 93 fui todos os anos e joguei chave principal até 2002. Tive o privilegio de jogar partidas incríveis. Agassi, Muster, Corretja, Rafter, Costa, Meu melhor resultado foi em 1999 com a semifinal inesquecível e o gostinho de ter escapado o jogo contra o Medvedev.

Boas lembranças. Bons tempos que não voltam, mas ficam na memória e servem de motivação para tudo que fazemos.

Euro 2012: Goleadores animam, mas defesa preocupa Holanda

Van Persie, 37 gols na temporada pelo Arsenal. Huntelaar, 48 pelo Schalke. Se dependesse apenas do momento dos goleadores, a seleção holandesa poderia ficar despreocupada sobre suas chances na Eurocopa. O problema é que não apenas de ataque se forma um time campeão. Defesas fracas raramente ganham troféus, e a Oranje sabe que pode se comprometer por isso.

Nas últimas quatro partidas, a Holanda sofreu oito gols, média de dois por jogo: três da Suécia (derrota por 3 a 2), três da Alemanha (derrota por 3 a 0) e dois da Inglaterra (vitória por 3 a 2). Ficou no 0 a 0 com a Suíça.

O elenco de jogadores não sofreu grandes alterações desde o vice mundial de 2010, mas uma lacuna em especial é preocupante: a lateral-esquerda. O antigo titular, o capitão Van Bronckhorst, aposentou-se naquela derrota para a Espanha.

Erik Pieters, o escolhido para suceder Van Bronckhorst, está fora da Eurocopa por contusão. Uma alternativa lógica seria optar pela experiência de Bouma. O elenco pré-convocado com 27 jogadores ainda tem o garoto Willems, de ascensão meteórica (um ano atrás ganhava o título europeu com a seleção sub-17), e Anita, que no Ajax tem atuado mais no meio-campo.

Para alívio do técnico Bert van Marwijk, pelo menos o gol está bem servido. Além do titular Stekelenburg, ele conta ainda com Vorm e Krul, que fizeram ótima temporada na Inglaterra.

A preocupação em acertar a defesa é ainda maior porque a Holanda sabe que terá "finais" desde o início da competição, em um grupo com Dinamarca, Alemanha e Portugal. Há que se considerar uma certa freguesia com os portugueses, que se classificaram para a Copa do Mundo de 2002 às custas dos laranjas e ainda os eliminaram da Euro 2004 e da Copa do Mundo de 2006.

Por isso, é bom que o ataque funcione como promete. Além de duas máquinas de balançar as redes, Van Marwijk tem armas como Robben e Sneijder, cruciais na campanha de 2010. Resta saber se eles serão capazes de corresponder às expectativas.

Robben precisa se manter livre de lesões, o que nem sempre é fácil, e superar as frustrações da temporada com o Bayern. Sneijder, por sua vez, tem de reencontrar o futebol que não vem mostrando na Inter, sob risco de perder o lugar na equipe.

Van der Vaart é uma sombra importante para o nerazzurro, e a hipótese de usar Van Persie e Huntelaar juntos também terá de ser considerada, apesar de o esquema 4-2-3-1, que privilegia a velocidade pelas pontas, não ser o ideal para isso.

Fique de olho - A jogada característica - o corte da direita para o centro para um disparo de pé canhoto - é conhecida, e nem por isso fácil de evitar. Arjen Robben tem habilidade e velocidade típicas de um ponteiro, e poucos são capazes de executar tão bem a função.

O problema, tão conhecido quanto seu melhor lance, está na quantidade de lesões musculares. Robben quase ficou fora da Copa do Mundo de 2010, depois de sentir contusão a uma semana do torneio. Apresentou-se com atraso, mas a tempo de participar do último jogo da fase de grupos e de toda a campanha até a final. Marcou nas oitavas, contra a Eslováquia, e na semifinal, contra o Uruguai.

Desde então, o jogador do Bayern de Munique só disputou duas partidas pela Holanda: os amistosos contra o Brasil, em junho de 2011, e a Inglaterra, em fevereiro deste ano.

A possibilidade de ficar sem Robben por longos períodos fez com que clubes como Chelsea e Real Madrid abrissem mão de seu futebol. No Bayern, as contusões não cessaram, mas também não impediram a melhor fase de sua carreira. Ele ajudou o time alemão a alcançar duas finais de Champions League em três anos.

Em resumo, o risco de perder Robben sempre vai existir, mas a Holanda só foi derrotada em três ocasiões com ele em campo desde 2004. Um título seria muito bem-vindo, depois da decepção do pênalti perdido na final pelo Bayern contra o Chelsea.

O comandante - A escolha de Bert van Marwijk para substituir Marco van Basten em 2008 foi recebida com surpresa, já que ele não era reconhecido à época como um treinador de ponta. O feito mais relevante foi a conquista da Copa da Uefa em 2002 pelo Feyenoord, em uma carreira marcada por sucessos nas copas, mas campanhas decepcionantes nas ligas nacionais.

Sogro do volante Mark van Bommel, Van Marwijk tem méritos inquestionáveis à frente da Oranje. Talvez o principal deles seja o de manter a harmonia do elenco, considerando o histórico de problemas internos da seleção, que chegaram a situações insustentáveis em décadas recentes. Em 1996, Davids foi expulso por Guus Hiddink em meio a uma tensão supostamente de fundo racial no elenco.

Sem problemas do tipo na atualidade, o técnico pode se preocupar apenas em dar à Holanda seu segundo título europeu. Algo que nunca poderia almejar em seu tempo de jogador, quando passou duas décadas rondando por equipes medianas.

Os pré-convocados (quatro serão cortados):

Goleiros: Maarten Stekelenburg (Roma/ITA), Michel Vorm (Swansea/ING), Tim Krul (Newcastle/ING);

Defensores: Vurnon Anita (Ajax), Khalid Boulahrouz (Stuttgart/ALE), John Heitinga (Everton/ING), Joris Mathijsen (Málaga/ESP), Ron Vlaar (Feyenoord), Wilfred Bouma (PSV), Gregory van der Wiel (Ajax), Jetro Willems (PSV);

Meio-campistas: Ibrahim Afellay (Barcelona/ESP), Mark van Bommel (Milan/ITA), Nigel de Jong (Manchester City/ING), Adam Maher (AZ), Stijn Schaars (Sporting/POR), Wesley Sneijder (Internazionale/ITA), Kevin Strootman (PSV), Rafael van der Vaart (Tottenham/ING);

Atacantes: Klaas-Jan Huntelaar (Schalke 04/ALE), Luuk de Jong (Twente), Siem de Jong (Ajax), Dirk Kuyt (Liverpool/ING), Jeremain Lens (PSV), Luciano Narsingh (Heerenveen), Robin van Persie (Arsenal/ING), Arjen Robben (Bayern/ALE).

Fifa veta fogos, estádios são esterilizados, é a elitização em curso

A Fifa fez uma reunião em Budapeste. Em meio a tantas decisões importantes que poderia tomar, resolveu dar mais um golpe no espírito dos estádios, na cultura do futebol, na atmosfera característica do ambiente que congrega os apaixonados pelos seus times e por este jogo.

Assim, a Federação proibiu fogos de artificio nas canchas. Fifa é aquela entidade onde acontecem bizarrices como dirigente acusado de corrupção renunciar e sair ileso em meio à podridão. Eles querem estádios mais frios, chamados de arenas, teatros com platéias geladas, desde que paguem por ingressos caros, fora da realidade.

Alguém dirá que os fogos são perigosos. Ok, vamos acabar com o reveillon de Copacabana, então. Regulamentar, definir o que pode, como pode e o que não pode, isso parece não passar por tais mentes brilhantes. São os mesmos dirigentes que presentearam o Brasil com a Copa do Mundo de 2014, evento que estupra cofres públicos e templos sagrados como o ex-Maracanã.

Parabéns à Dona Fifa que segue firme na sua intenção de transformar o mais popular e apaixonante dos esportes numa espécie de showzinho privado. Ela se entope de dinheiro, despreza o torcedor apaixonado e que se dane o resto. É a elitização em curso.

Em algum tempo, serão relíquias imagens como as do vídeo abaixo, que mostra a estupenda e histórica recepção dos hinchas do Peñarol ao time carbonero na final da Libertadores do ano passado. Torcida não é plateia, futebol não é teatro e esses cartolas não amam o nosso esporte.