sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Conca merece chance na seleção. Veja como ele poderia jogar

A pergunta mais comum em meio ao atual campeonato brasileiro é, “como Dario Conca não é convocado para a seleção argentina?” A resposta pode ser dada de várias maneiras. Vamos tentar chegar a ela por meio do especialista em futebol argentino Renato Zanata La Bruja Arnos, que analisa a seleção anfitriã da Copa América 2011 e explica como poderia se encaixar no time.

Efetivado como treinador da seleção argentina, Sergio Batista dá pistas, desde as Olimpíadas de 2008, de que não encontra ou confia em outros jogadores para a posição de enganche que não sejam Riquelme, do Boca Juniors, e D’Alessandro, do Internacional. Pastore, do Palermo, mesmo integrando às listas das últimas convocações, parece aposta futura, pós-Copa America 2011.

Na conquista do ouro olímpico em Pequim, Riquelme, já com 30 anos, foi o único
enganche clássico dentro do elenco montado por Batista. José Sosa, hoje no Napoli, e Diego Buonanotte, do River Plate, eram, na verdade, dois meia-atacantes. E foram os que, naquele grupo, mais se aproximaram do perfil que deveria possuir um autêntico reserva para Roman.

No dia 5 de maio deste ano, Diego Maradona, então técnico da seleção argentina que iria disputar a Copa do Mundo, divulgou a sua lista de 30 nomes, depois reduzida para 23. Pastore e o posteriormente cortado, Sebástian Blanco, do Lanús, eram os meias de criação – enganches – autênticos, de origem.

O ex-treinador levou para o Mundial um exagerado número de sete atacantes. Na meia-cancha priorizou volantes que jogam pelos lados do campo, como, Di Maria, do Real Madrid, ex-Benfica; Jonas Gutiérrez, do Newcastle, – atuou como dublê de lateral-direito – e Maxi Rodriguez, do Liverpool. Este substituiu Verón, do Estudiantes, contra sul-coreanos, mexicanos e alemães, atuando fixo pela extrema direita.

Conca participou de todos os jogos do Fluminense no campeonato brasileiro de 2010

Conca participou de todos os jogos do Fluminense no campeonato brasileiro de 2010

Isso sobrecarregou, no setor central, Javier Mascherano no combate e Messi na armação das jogadas, obrigando o camisa 10 a recuar de forma demasiada. Só assim ele recebia o primeiro passe e podia puxar contragolpes a partir da intermediária defensiva. Verón chegou à Copa, segundo o próprio Maradona, como o ‘Xavi da albiceleste’, mas terminou na reserva.

Javier Pastore, no pouco que atuou contra os gregos e mexicanos, assumiu e executou de forma satisfatória – em que pese a precária noção tática de Diego – sua função. Cabia a ele de municiar Messi. Pois assim, com o auxílio de Verón e Pastore, “La Pulga” foi mais incisivo e perigoso.

Maradona não apostou em jogadores com características fundamentais para organizar o meio de campo, ou seja, pensar o jogo, fazer a leitura do adversário a partir de uma visão privilegiada da metade oposta do campo. Sergio Batista pensa, tanto que Banega e Gago são prioridades dele, mas a alegria proveniente de tal constatação dura pouco.

O ex-volante central campeão do mundo em 1986 ao lado do próprio Maradona tem desenvolvido uma equivocada estratégia para se garantir no cargo até a próxima Copa do Mundo. É nítido seu imediatismo – lê-se Copa America 2011 – sem o necessário compromisso com 2014. Assim, insiste em uma zaga envelhecida e fraca tecnicamente.

À frente, insiste em D’Alessandro e declara sua intenção de reconduzir Riquelme à albiceleste. Enquanto isso quem espera oportunidades na seleção argentina é Dario Leonardo Conca. O maestro do Fluminense está se superando fisicamente na temporada, atuou em todos os jogos do time no Brasileirão 2010.

No quesito passe com qualidade e inteligência, aquilo que faltou a Lionel Messi na África do Sul, Conca comprova ser um candidato privilegiado, já que possui a impressionante marca de 16 assistências no campeonato. Taticamente o tricolor também leva vantagem sobre a incógnita física e técnica chamada Riquelme – retornando de longa contusão – e dos seus compatriotas, Montillo e D’Alessandro.

O Cruzeiro de Cuca tem volantes e outros meias de bom passe. Além disso conta com o atacante Thiago Ribeiro, que se destaca mais do que todos no elenco nas assistências. Montillo têm explorado mais sua diferenciada qualidade técnica pelo setor do campo próximo a meia-lua adversária como meia-atacante. Contundente e vertical não só para servir aos seus companheiros, mas também para produzir ótimas jogadas individuais e concluir em gol com freqüência. É diferente de Conca.

No Internacional de Celso Roth, D’Alessandro passou a realizar sua tarefa de organizar e criar as jogadas ofensivas da sua equipe, a partir dos lados do campo dentro do 4-2-3-1. Apesar de ter sido fundamental para a conquista da Libertadores, foi, a meu ver, coadjuvante do jovem e promissor Giuliano, autor, inclusive, de gols decisivos.

Atuando sob o comando de Muricy Ramalho, fã confesso do futebol do argentino desde os tempos em que treinava o São Paulo, Dario Conca tem sido o clássico meia de criação que pensa e organiza o jogo. E antevê jogadas. Com facilidade para criar as tramas ofensivas e com visão ampla da intermediária ofensiva, é referência para receber o passe na saída de bola.

No Fluminense ele inverte jogadas, aciona os laterais e atacantes, produz com qualidade e naturalidade, dá passes longos e demonstra sistematicamente uma excelente vitalidade física para aproximar-se dos companheiros de frente. O pequeno camisa 11 serve, ainda, como opção de tabela, triangulações e arremata em gol.

Dario Conca é cinco anos mais jovem que Riquelme, 32, e tem dois anos a menos que D’Alessandro, 29. Esta constatação permite realçar outra vantagem que leva sobre os eleitos de Batista: sua dedicação tática. Tal comprometimento lhe permite apresentar-se em prol da equipe quando esta não está com a bola. E ainda sobra dedicação e vigor no combate aos volantes e defensores adversários na saída de jogo do time oponente.

Por essas e outras, Conca merece uma chance na seleção da Argentina.
Abaixo, diagrama tático de uma seleção argentina virtual, já para a Copa America de 2011 e visando 2014. Equilibrada na mescla de idade, principalmente nos setores de defesa e meio-campo, e composta por jogadores que, mesmo jovens, têm apresentado destacada qualidade técnica e personalidade. Conca pode se tornar a referência técnica e tática mais produtiva, dentro deste processo de renovação.
a
Time organizado com base em um flexível 4-3-2-1. Pode variar para o 4-3-3 e
4-3-1-2, com os deslocamentos de Pastore e Messi dentro da cancha

Os 11 jogadores:Goleiro - Sergio Romero, 23 anos, AZ de Alkmaar/Holanda
Lateral direito – Gabriel Mercado, 23 anos, Estudiantes
Zagueiro – Federico Fernandez, 21 anos, Estudiantes
Zagueiro - Hugo Nervo, 19 anos, Arsenal de Sarandí
Lateral esquerdo – Emiliano Papa, 28 anos, Vélez Sarsfield
Volante central – Claudio Yacob, 23 anos, Racing Club
2º Volante – Éver Banega, 22 anos, Valencia/Espanha
Meia armador – Dario Leonardo Conca, 27 anos, Fluminense
Meia-atacante – Javier Pastore, 21 anos, Palermo/Itália
Meia-atacante – Lionel Messi, 23 anos, Barcelona/Espanha
Atacante – Gonzalo Higuaín, 22 anos, Real Madrid/Espanha

* Renato Zanata La Bruja Arnos, 43 anos, é professor de História, músico e idealizador do blog Bruxas & Leões de La Plata — clique aqui para acessar —colunista da revista Camisa 13 e analista tático do futebol argentino.

Após reunião em Caxias, Patrícia Amorim aprova terreno de possível estádio

Duque de Caxias - A ideia do Flamengo de construir um estádio na Baixada Fluminense avançou mais um passo nesta sexta-feira. A presidente do clube, Patrícia Amorim, se reuniu com o prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito, para analisar a proposta de um terreno na cidade onde poderia ser construída a arena rubro-negra.

Com acesso às principais vias de ligação entre a Baixada e o Rio de Janeiro, o terreno fica no primeiro distrito do município e tem mais de mais de meio milhão de metros quadrados.

Após analisar o projeto, Amorim mostrou-se empolgada com o projeto. "O clube tem um pensamento de Zona Sul, mas a sua torcida é popular. Temos que deixar um legado de realizações para as próximas gerações", disse a mandatária rubro-negra, que já planeja outras ações no local.

“Vamos elaborar um projeto que vai muito além de um estádio, com possibilidade de construção de um shopping, de um hotel e uma rodoviária para apresentar aos conselhos do clube. Só depois disso vamos definir nossa direção, contudo começamos com o pé direito”, disse Patrícia.
Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia
Terreno oferecido pela Prefeitura de Duque de Caxias ao Flamengo pertence à Marinha do Brasil | Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia
Após a reunião, Zito e Patrícia Amorim percorreram o terreno de carro. Segundo o prefeito duquecaxiense, a área pertence à Marinha do Brasil e, caso o Flamengo mostre interesse em utilizá-lo, a prefeitura irá entrar em contato com as autoridades federais e estaduais para viabilizar a construção do estádio e de uma rodoviária interestadual nas proximidades.

Torcedor do Flamengo, Zito acredita que a área é a ideal para a construção da casa rubro-negra. "O terreno é próximo da Rodovia Presidente Kennedy, da Linha Vermelha, da Via Dutra e da Rodovia Washington Luiz, além do trem, o que facilita o acesso à região. Queremos também oferecer uma parceria em trabalho social, com cursos profissionalizantes e escolinhas para formar futuros craques do Flamengo na cidade", disse o prefeito.

Carlos Alberto treina e vai enfrentar o São Paulo

Rio - Para o jogo contra o São Paulo, domingo, em São Januário, o Vasco ganhou um grande reforço para espantar a falta de gols no ataque: Carlos Alberto. Na manhã quinta-feira, o meia-atacante treinou normalmente entre os titulares, mostrando que está recuperado do estiramento na coxa. Ele foi escalado ao lado de Éder Luis e durante o coletivo fez um gol e deu assistência para outro de Zé Roberto. Os titulares venceram por 3 a 0, com Felipe completando o placar.
O lateral esquerdo Ramon, que era esperado para a atividade, não participou do coletivo e por isso não deve ser relacionado para o jogo contra o Tricolor Paulista. O jogador fez apenas um trabalho musculaçãoe continua se recuperando da lesão na coxa.
Para o jogo contra o São Paulo Titi e Irrazábal entram nas vagas de Dedé e Fagner, suspensos. Diogo substitui Max e Jumar - com uma torção no tornozelo - teve o lugar no time preenchido por Romulo. A escalação do Vasco para a partida deve ser  Fernando Prass, Irrazábal, Cesinha, Titi e Diogo; Rafael Carioca, Romulo, Felipe e Zé Roberto; Éder Luis e Carlos Alberto.

Com dores no tornozelo, Emerson deixa o treino do Fluminense

Rio - O treino da manhã desta quinta-feira, nas Laranjeiras, poderia confirmar a volta do trio ofensivo tricolor para o jogo contra o Goiás, domingo. Mas das três peças do trio mágico tricolor, somente Fred, Deco treinaram bem e têm chances de enfrentar o esmeraldino. A má notícia ficou por conta do atacante Emerson, que sentiu novamente o tornozelo esquerdo e abandonou a atividade após 20 minutos, diminuindo a possibilidade de enfrentar o time goiano.
Emerson sai cabisbaixo após sentir o tornozelo | Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
Dentro do Fluminense, a postura do departamento médico é de cautela com relação ao atacante. Ele deve deve ser reavaliado nos próximos dias e, caso retorne, deve ser opção do técnico Muricy Ramalho para o decorrer da partida. Já Fred e Deco participaram ativamente das atividades e devem ser escalador contra o Goiás.

Libertadores é a realidade do Fogão

Rio - O empate em 2 a 2 com o Ceará, no Castelão, foi um banho de água fria nas pretensões alvinegras no Brasileiro. Com o fim do sonho do título, agora o Botafogo precisa reunir todas as suas forças para não deixar escapar entre os dedos a vaga na Copa Libertadores de 2011.

“Agora é só Libertadores, para o título não dá mais. Temos que trabalhar com a realidade e dizer a verdade para a torcida do Botafogo, mas vamos até o final com a Libertadores. Temos chances”, aposta o técnico. “Estamos há várias rodadas correndo na linha entre os primeiros e muito perto de realizarmos este nosso sonho”, acrescenta.
Para conseguir a vaga, o Botafogo precisa se desvencilhar de Grêmio e Atlético-PR, que têm 53 pontos e no seu calcanhar na tabela. “Estamos a três pontos de dois adversários, que vão jogar entre si, e temos, agora, dois jogos no Engenhão. Com um trabalho bem feito em casa, poderemos jogar até com vantagem contra o Grêmio, na última rodada”, analisa Joel.

Mas, para fazer o dever de casa, primeiro o treinador terá que recuperar emocionalmente o grupo, que sentiu o baque dos dois últimos empates, que acabaram com a esperança do título. Para isso, o treinador faz um apelo aos torcedores para que lotem o Engenhão nas duas últimas partidas do ano.

“É o momento de nós trabalharmos, convocarmos a nossa torcida. Apesar das dificuldades, estamos entre os primeiros colocados e precisamos superar o Prudente e o Internacional, que são equipes muito fortes”, lembrou.
Além de não perder o foco nos seus dois jogos no Engenhão, o comandante do Alvinegro espera que o Grêmio também tropece. Dos dois rivais que estão em seu encalço, o time gaúcho é o que mais preocupa, já que o último jogo da equipe carioca será em Porto Alegre:“Agora vamos deixar que tropecem um pouquinho, está na hora deles. Com a gente jogando sozinho, é muita gente contra”.

Ontem, os jogadores desembarcaram no Aeroporto do Galeão, às 6h30. Exaustos, foram liberados depois que chegaram à sede do clube. Hoje, eles se reapresentam pela manhã em General Severiano para um trabalho regenerativo e, depois, serão liberados novamente. “Estamos a uma semana fora de casa e daremos um descanso de dois dias aos jogadores”, explicou o técnico Joel Santana.