20h30 Atlético-GO 4x0 Aparecidense |
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segunda-feira, 11 de março de 2013
Ganso, o enigma
Ganso desembarcou no Morumbi, no segundo semestre de 2012, com a perspectiva de esquecer a relação conflituosa com o Santos e de superar seguidas lesões. Mas chegou na nova casa contundido, participou de parte de alguns jogos no final do ano e deixou para 2013 a expectativa de recuperar a condição de protagonista. Dois meses da temporada se passaram, o maestro de antes não é nem solista no tricolor atual, o aproveitamento continua intermitente, as substituições constantes e há sinais, por enquanto tênues, de desgaste com Ney Franco.
O descontentamento recíproco aflorou na segunda etapa do jogo de ontem com o Palmeiras. Tão logo Lúcio recebeu vermelho por cotovelada em Valdivia (vacilo enorme para um campeão do mundo), o treinador resolveu mexer no time. A primeira providência foi tirar Ganso, que até havia feito primeiro tempo razoável. Entrou Jadson, em princípio poupado, mas cada vez mais titular. Daquela maneira, Ney mostrava desaprovação com o desempenho de Ganso, que saiu calado e com cara amarrada.
A questão se concentra na esperança criada com a contratação de Ganso. À parte os problemas que teve na Vila Belmiro, ninguém colocou em dúvida a qualidade do rapaz. O grau de exigência foi ele mesmo quem criou, com o futebol exuberante como referência (ao lado de Neymar) na geração 3 dos Meninos da Vila. Mas até agora Ganso tem sido comum, correto, normal. E isso é pouco para quem anteriormente jorrou categoria pelo ladrão. Os passes certos, a movimentação discreta não satisfazem.
Ney deixa evidente a preferência por um meia mais vibrante como Jadson. Daí a insistência por Ganso como opção de banco ou para começar determinadas partidas. O técnico dribla polêmicas ao afirmar que o aproveitamento de Ganso segue planejamento. Será? Nessa escala progressiva não caberia a permanência dele, até com Jadson ao lado, mesmo com um a menos no time? Essa história promete ter muitos capítulos, com desfecho incerto. Para quem gosta de futebol, fica a torcida para que Ganso se firme, sem rusgas com o técnico, e que não carregue o estigma da indolência. A realidade às vezes é atroz...
A prática foi implacável no duelo. Numa tarde abafada, os rivais deram espetáculo morno na primeira metade. Nenhum entrou com formação atrevida - no lado do Palmeiras, não foi surpresa, pois Gilson Kleina tem se preocupado em trancar o time. No caso do São Paulo, chamou a atenção, porque Ney tem recorrido com regularidade ao trio Aloisio, Luis Fabiano, Osvaldo. O último ficou na reserva, entrou no lugar do Fabuloso e deu velocidade ao ataque.
O ritmo melhorou no segundo tempo, quando Kleina também abandonou pudores defensivos, trocou Charles por Patrik Vieira (o moço deveria ser titular), pôs Leandro na vaga do apagado Vinicius e Wesley na de Vilson. Oportunidades de gol surgiram, o jogo melhorou, mas longe de entrar na galeria das melhores edições do Choque Rei, pois São Paulo e Palmeiras custaram a mostrar que lutavam por vitória. Foi Choque Plebeu.
Holandês campeão. Quando Seedorf se apresentou no Botafogo, no ano passado, teve gente (pouca) que o imaginou como estrangeiro em fim de carreira a fazer turismo no Rio. Pois o veterano meio-campista joga com a vontade de menino e teve desempenho importante na conquista do primeiro turno do Estadual do Rio. Já o Vasco, que precisava do empate, amargou a derrota por 1 a 0 e reforça a vocação para ser vice.
O descontentamento recíproco aflorou na segunda etapa do jogo de ontem com o Palmeiras. Tão logo Lúcio recebeu vermelho por cotovelada em Valdivia (vacilo enorme para um campeão do mundo), o treinador resolveu mexer no time. A primeira providência foi tirar Ganso, que até havia feito primeiro tempo razoável. Entrou Jadson, em princípio poupado, mas cada vez mais titular. Daquela maneira, Ney mostrava desaprovação com o desempenho de Ganso, que saiu calado e com cara amarrada.
A questão se concentra na esperança criada com a contratação de Ganso. À parte os problemas que teve na Vila Belmiro, ninguém colocou em dúvida a qualidade do rapaz. O grau de exigência foi ele mesmo quem criou, com o futebol exuberante como referência (ao lado de Neymar) na geração 3 dos Meninos da Vila. Mas até agora Ganso tem sido comum, correto, normal. E isso é pouco para quem anteriormente jorrou categoria pelo ladrão. Os passes certos, a movimentação discreta não satisfazem.
Ney deixa evidente a preferência por um meia mais vibrante como Jadson. Daí a insistência por Ganso como opção de banco ou para começar determinadas partidas. O técnico dribla polêmicas ao afirmar que o aproveitamento de Ganso segue planejamento. Será? Nessa escala progressiva não caberia a permanência dele, até com Jadson ao lado, mesmo com um a menos no time? Essa história promete ter muitos capítulos, com desfecho incerto. Para quem gosta de futebol, fica a torcida para que Ganso se firme, sem rusgas com o técnico, e que não carregue o estigma da indolência. A realidade às vezes é atroz...
A prática foi implacável no duelo. Numa tarde abafada, os rivais deram espetáculo morno na primeira metade. Nenhum entrou com formação atrevida - no lado do Palmeiras, não foi surpresa, pois Gilson Kleina tem se preocupado em trancar o time. No caso do São Paulo, chamou a atenção, porque Ney tem recorrido com regularidade ao trio Aloisio, Luis Fabiano, Osvaldo. O último ficou na reserva, entrou no lugar do Fabuloso e deu velocidade ao ataque.
O ritmo melhorou no segundo tempo, quando Kleina também abandonou pudores defensivos, trocou Charles por Patrik Vieira (o moço deveria ser titular), pôs Leandro na vaga do apagado Vinicius e Wesley na de Vilson. Oportunidades de gol surgiram, o jogo melhorou, mas longe de entrar na galeria das melhores edições do Choque Rei, pois São Paulo e Palmeiras custaram a mostrar que lutavam por vitória. Foi Choque Plebeu.
Holandês campeão. Quando Seedorf se apresentou no Botafogo, no ano passado, teve gente (pouca) que o imaginou como estrangeiro em fim de carreira a fazer turismo no Rio. Pois o veterano meio-campista joga com a vontade de menino e teve desempenho importante na conquista do primeiro turno do Estadual do Rio. Já o Vasco, que precisava do empate, amargou a derrota por 1 a 0 e reforça a vocação para ser vice.
Alguém na lojinha
O futebol não é a maravilha que muitos imaginam. Mas não pode e não deve assumir todas as aberrações como se fossem fatos normais do cotidiano do País, que se prepara para receber a Copa do Mundo.
Luciano Bivar, ex-presidente do Sport, ex-deputado federal e ex-candidato à Presidência da República, em 2006, afirma ter comprado a convocação do jogador Leomar para a seleção de Émerson Leão, em 2001.
É provável que esse tipo de notícia não surpreenda mais o cidadão brasileiro, diariamente bombardeado com coisas muito piores.
A declaração de Bivar, entretanto, exige apuração cuidadosa. Alguns dias se passaram e nada aconteceu.
O silêncio, infelizmente, contém muito mais informação que a ação das ditas autoridades do esporte. Essa indiferença é perigosa, arranha a CBF e o futebol brasileiro. Pode levar muita gente a crer que a seleção não seja o único artigo à venda no balcão da entidade.
A Confederação tem o dever de agir para esclarecer quem é quem, ou quem foi quem, mesmo depois de tanto tempo. O que os comandantes atuais têm a ver com os erros do passado? Por enquanto, apenas a missão de trabalhar pela verdade.
A gestão do futebol é dramática. Os exemplos de ausência de poder são inúmeros. Barcelona e Milan decidem amanhã uma das vagas para as quartas de final da Liga dos Campeões. Em vantagem no confronto, os italianos jogaram na sexta-feira pelo campeonato nacional. Ganharam um dia a mais de folga para o jogo decisivo. Privilégio que os espanhóis não tiveram, pois foram a campo no sábado.
Se até o calendário europeu está amontoado de partidas, se até o mais importante torneio do planeta é um problema na agenda dos clubes, a reclamação de Tite parece exagerada.
Mas não é bem assim, Barcelona e Milan não viajaram 34 horas, ida e volta, entre um e outro compromisso. O treinador está correto em apontar incoerências e também em poupar vários jogadores contra o Ituano, poucas horas depois de uma partida em gramado sintético, disputada na fronteira do México com os Estados Unidos. Amadorismo tem limite.
Dívida. O segundo tempo foi do Palmeiras, o primeiro não existiu. A fase inicial do clássico, pelo bem do futebol, deve ser ignorada, como se não tivesse acontecido. Com Oswaldo e Jadson no banco, o São Paulo enfrentou o calor com Ganso e sem nenhum traço de velocidade.
Com Vilson, Márcio Araújo e Charles no meio de campo, faltou imaginação à resposta palmeirense, além de transferir toda a responsabilidade a Valdivia.
Mesmo quando ficou com um jogador a mais devido o cartão vermelho de Lúcio, o time teimou em se concentrar diante da meia lua da grande área de Rogério Ceni.
O Palmeiras ainda está longe de alcançar densidade tática e inteligência para espantar a crise. Por enquanto vai precisar contar com a paciência de todos os seus torcedores. Todos. E com a boa vontade da polícia para prender os mais exaltados e perigosos.
Luciano Bivar, ex-presidente do Sport, ex-deputado federal e ex-candidato à Presidência da República, em 2006, afirma ter comprado a convocação do jogador Leomar para a seleção de Émerson Leão, em 2001.
É provável que esse tipo de notícia não surpreenda mais o cidadão brasileiro, diariamente bombardeado com coisas muito piores.
A declaração de Bivar, entretanto, exige apuração cuidadosa. Alguns dias se passaram e nada aconteceu.
O silêncio, infelizmente, contém muito mais informação que a ação das ditas autoridades do esporte. Essa indiferença é perigosa, arranha a CBF e o futebol brasileiro. Pode levar muita gente a crer que a seleção não seja o único artigo à venda no balcão da entidade.
A Confederação tem o dever de agir para esclarecer quem é quem, ou quem foi quem, mesmo depois de tanto tempo. O que os comandantes atuais têm a ver com os erros do passado? Por enquanto, apenas a missão de trabalhar pela verdade.
A gestão do futebol é dramática. Os exemplos de ausência de poder são inúmeros. Barcelona e Milan decidem amanhã uma das vagas para as quartas de final da Liga dos Campeões. Em vantagem no confronto, os italianos jogaram na sexta-feira pelo campeonato nacional. Ganharam um dia a mais de folga para o jogo decisivo. Privilégio que os espanhóis não tiveram, pois foram a campo no sábado.
Se até o calendário europeu está amontoado de partidas, se até o mais importante torneio do planeta é um problema na agenda dos clubes, a reclamação de Tite parece exagerada.
Mas não é bem assim, Barcelona e Milan não viajaram 34 horas, ida e volta, entre um e outro compromisso. O treinador está correto em apontar incoerências e também em poupar vários jogadores contra o Ituano, poucas horas depois de uma partida em gramado sintético, disputada na fronteira do México com os Estados Unidos. Amadorismo tem limite.
Dívida. O segundo tempo foi do Palmeiras, o primeiro não existiu. A fase inicial do clássico, pelo bem do futebol, deve ser ignorada, como se não tivesse acontecido. Com Oswaldo e Jadson no banco, o São Paulo enfrentou o calor com Ganso e sem nenhum traço de velocidade.
Com Vilson, Márcio Araújo e Charles no meio de campo, faltou imaginação à resposta palmeirense, além de transferir toda a responsabilidade a Valdivia.
Mesmo quando ficou com um jogador a mais devido o cartão vermelho de Lúcio, o time teimou em se concentrar diante da meia lua da grande área de Rogério Ceni.
O Palmeiras ainda está longe de alcançar densidade tática e inteligência para espantar a crise. Por enquanto vai precisar contar com a paciência de todos os seus torcedores. Todos. E com a boa vontade da polícia para prender os mais exaltados e perigosos.
Feliz no Maranhão, Iziane revela futuro incerto na WNBA e diz sobre Sul-Americano com a seleção: 'Se eu estiver disponível...'
A ala foi a brasileira mais jovem a jogar pela WNBA (Liga Nacional de Basquete dos Estados Unidos), com 21 anos. Hoje, aos 30, ela, que nasceu em São Luís-MA, divide seu tempo entre atuar pelo clube de sua cidade-natal com a competição do país norte-americano, no qual o basquete está em outro patamar.
O curto período das competições permite a disputa dos dois torneios e, segundo ela, esse é o único fator que pode ser comparado entre as duas ligas, já que por enquanto elas estão em níveis totalmente diferentes.
Em 2012, Iziane defendeu o Washington Mystics, clube que ela tem contrato para este ano, mas não sabe se o defenderá por causa de mudanças no comando técnico da equipe. No Brasil, apenas no segundo ano do Maranhão, o projeto do novo grupo é baseado na brasileira, que ficou mais confortável nesta temporada com a chegada de outras atletas de alto nível.
A atleta tem um histórico de polêmicas na seleção brasileira, a mais recente delas o corte da delegação pouco antes da Olimpíada de Londres, no último ano. Ela não fecha as portas para o time nacional, mas também afirma que, por enquanto, evita pensar no assunto. “Sobre a seleção brasileira, eu só posso falar quando acontecer”, declarou à reportagem. A ala ainda falou sobre a carreira, tanto no Maranhão como na WNBA, do crescimento da LBF e do basquete no Brasil.
Leia abaixo a entrevista com a ala Iziane
Divulgação
GE – A LBF é um campeonato rápido e que ainda está em evolução. Quais são as maiores diferenças que você aponta entre esse campeonato brasileiro e a WNBA?
Iziane - É muito diferente. Eu acho que o formato de três ou quatro meses é a única coisa igual por enquanto, já que lá é um campeonato curto também. Mas são diferentes em várias coisas, incluindo a parte burocrática, a parte de atletas, nível da competição, etc. Realmente não tem nem o que comparar.
GE – Essa duração permite que você jogue os dois. Você pretende voltar à WNBA?
Iziane - Pretendo, sim. Desde o ano passado eu estou na equipe do Washington Mystics, mas como houve uma mudança de técnico, a minha volta ainda está um pouco indefinida, porque teria que ver as condições que eles oferecerão. Então a gente precisaria ver se essa é a melhor opção para mim. Quando eu assinei o contrato, foi com uma técnica que estava contando comigo dentro do planejamento dela. Tudo deve ser revisto. Meu contrato com eles era para ser de três anos. Com a mudança de técnico, isso também muda.
Iziane - É muito diferente. Eu acho que o formato de três ou quatro meses é a única coisa igual por enquanto, já que lá é um campeonato curto também. Mas são diferentes em várias coisas, incluindo a parte burocrática, a parte de atletas, nível da competição, etc. Realmente não tem nem o que comparar.
GE – Essa duração permite que você jogue os dois. Você pretende voltar à WNBA?
Iziane - Pretendo, sim. Desde o ano passado eu estou na equipe do Washington Mystics, mas como houve uma mudança de técnico, a minha volta ainda está um pouco indefinida, porque teria que ver as condições que eles oferecerão. Então a gente precisaria ver se essa é a melhor opção para mim. Quando eu assinei o contrato, foi com uma técnica que estava contando comigo dentro do planejamento dela. Tudo deve ser revisto. Meu contrato com eles era para ser de três anos. Com a mudança de técnico, isso também muda.
GE – Mas caso você não continue no Washington Mystics, existem propostas de outros times?
Iziane - Tem o interesse ainda do Seattle Storm e do Los Angeles Sparks, que tem a assistente técnica da época em que eu jogava no Atlanta Dream.
GE – O Maranhão Basquete terminou bem a primeira fase da LBF (em terceiro lugar). Como você vê sua equipe hoje comparando com as outras da competição? Estão todas no mesmo nível?
Iziane - Eu acho que as cinco primeiras equipes têm um nível mais forte. Já o Ourinhos perdeu muito o seu elenco e acabou ficando com um nível inferior, já que a equipe se formou em cima da hora. Tirando isso, as outras equipes têm um nível muito bom. Em um jogo, qualquer uma pode ganhar. Não tem franco favorito. É na quadra que se resolve. O Sport acabou terminando como invicto porque tem um elenco muito bom, mas também não acho que é um time imbatível. Se jogar bem e jogar duro, é possível vencê-lo.
GE – Como esse projeto do Maranhão é novo, no ano passado você tinha um papel mais importante e era o maior destaque. Para essa temporada, o clube contratou mais algumas atletas e se reforçou. Você se sente mais confortável e percebeu que o nível do time aumentou?
Iziane - Sim. Ficou muito mais fácil jogar agora porque eu tenho, realmente, quem me apoia dentro da equipe. No ano passado, acabava me sobrecarregando porque, infelizmente, umas das nossas apostas não deram certo e a equipe era muito nova, mas neste ano o elenco é muito experiente, com jogadoras de seleção brasileira, o que deixou muito mais fácil, já que a gente divide a responsabilidade no momento do jogo.
Iziane - Tem o interesse ainda do Seattle Storm e do Los Angeles Sparks, que tem a assistente técnica da época em que eu jogava no Atlanta Dream.
GE – O Maranhão Basquete terminou bem a primeira fase da LBF (em terceiro lugar). Como você vê sua equipe hoje comparando com as outras da competição? Estão todas no mesmo nível?
Iziane - Eu acho que as cinco primeiras equipes têm um nível mais forte. Já o Ourinhos perdeu muito o seu elenco e acabou ficando com um nível inferior, já que a equipe se formou em cima da hora. Tirando isso, as outras equipes têm um nível muito bom. Em um jogo, qualquer uma pode ganhar. Não tem franco favorito. É na quadra que se resolve. O Sport acabou terminando como invicto porque tem um elenco muito bom, mas também não acho que é um time imbatível. Se jogar bem e jogar duro, é possível vencê-lo.
GE – Como esse projeto do Maranhão é novo, no ano passado você tinha um papel mais importante e era o maior destaque. Para essa temporada, o clube contratou mais algumas atletas e se reforçou. Você se sente mais confortável e percebeu que o nível do time aumentou?
Iziane - Sim. Ficou muito mais fácil jogar agora porque eu tenho, realmente, quem me apoia dentro da equipe. No ano passado, acabava me sobrecarregando porque, infelizmente, umas das nossas apostas não deram certo e a equipe era muito nova, mas neste ano o elenco é muito experiente, com jogadoras de seleção brasileira, o que deixou muito mais fácil, já que a gente divide a responsabilidade no momento do jogo.
GE – Enquanto o NBB está crescendo, a LBF perdeu dois times de 2012 para 2013. Como você vê essa diferença entre os campeonatos?
Iziane - A gente sabe dessa diferença. No mundo inteiro, o masculino é muito viável economicamente, então acho que esse é o principal fator. Precisamos incentivar as meninas a jogarem basquete. Os meninos já jogam porque gostam e porque é um esporte legal. Por isso, tem uma galera jogando. Então, realmente tem que ter um incentivo maior para a gente poder ter atletas no Brasil inteiro e ter mais equipes. Acho que esse investimento é o que falta, e isso tem que começar na base, precisa criar um vínculo com a criançada, de gostar do esporte para que elas queiram se tornar jogadoras.
GE – Duas das três equipes que terminaram a primeira fase como melhores colocadas são nordestinas (Sport e Maranhão). Você enxerga uma mudança na dinâmica da competição, que antes tinha como polo do esporte o interior de São Paulo?
Iziane - Com certeza. Logicamente, a gente tem que agradecer às equipes de São Paulo que sempre mantiveram o nível do basquete brasileiro, mas o Brasil é muito maior do que isso, e os investimentos precisam ocorrer no país inteiro. Tem que ser feito investimento Brasil afora, para procurar novos talentos, buscar novos ídolos. Essas duas equipes do Nordeste foram ótimas, porque criaram novas opções. Todo mundo está vendo que é possível e vai despertando o interesse. Mas está faltando esse primeiro investimento. Às vezes, uma equipe fecha, mas nasce outra e assim vai. O Brasil está na era do esporte, com Copa do Mundo, Olimpíada, então a gente tem que aproveitar tudo isso em prol do esporte.
GE – Você dizia que sofria preconceito por ser nordestina. Isso ainda acontece?
Iziane - Acho que o preconceito sempre existe, em qualquer lugar. Antes, por eu ser a única, existia um pouco de preconceito porque só tinha eu. Quando você mostra que tem outras e que essas outras também podem jogar, isso muda um pouco.
GE – Como é o apoio e a influência da torcida do Maranhão jogando em São Luís?
Iziane - Influencia muito. Para mim foi uma surpresa muito grande, principalmente no ano passado, quando na primeira partida a gente conseguiu lotar o ginásio e ainda 2 mil pessoas ficaram do lado de fora. É bom saber que o nosso povo nos apoiou no projeto e continua nos apoiando. Toda vez que eu entro em quadra, logicamente eu sou profissional e vou sempre dar o meu melhor, mas tem aquele amor maior por estar jogando pelo seu Estado e pelo seu povo, com eles jogando junto com você.
GE – Você pretende permanecer na equipe?
Iziane - A gente fecha o contrato anualmente, mas a minha intenção é ficar. A equipe também tem a intenção de me manter e a minha ideia, como jogadora, é jogar pelo meu povo e pelo meu Estado.
Iziane - A gente sabe dessa diferença. No mundo inteiro, o masculino é muito viável economicamente, então acho que esse é o principal fator. Precisamos incentivar as meninas a jogarem basquete. Os meninos já jogam porque gostam e porque é um esporte legal. Por isso, tem uma galera jogando. Então, realmente tem que ter um incentivo maior para a gente poder ter atletas no Brasil inteiro e ter mais equipes. Acho que esse investimento é o que falta, e isso tem que começar na base, precisa criar um vínculo com a criançada, de gostar do esporte para que elas queiram se tornar jogadoras.
GE – Duas das três equipes que terminaram a primeira fase como melhores colocadas são nordestinas (Sport e Maranhão). Você enxerga uma mudança na dinâmica da competição, que antes tinha como polo do esporte o interior de São Paulo?
Iziane - Com certeza. Logicamente, a gente tem que agradecer às equipes de São Paulo que sempre mantiveram o nível do basquete brasileiro, mas o Brasil é muito maior do que isso, e os investimentos precisam ocorrer no país inteiro. Tem que ser feito investimento Brasil afora, para procurar novos talentos, buscar novos ídolos. Essas duas equipes do Nordeste foram ótimas, porque criaram novas opções. Todo mundo está vendo que é possível e vai despertando o interesse. Mas está faltando esse primeiro investimento. Às vezes, uma equipe fecha, mas nasce outra e assim vai. O Brasil está na era do esporte, com Copa do Mundo, Olimpíada, então a gente tem que aproveitar tudo isso em prol do esporte.
GE – Você dizia que sofria preconceito por ser nordestina. Isso ainda acontece?
Iziane - Acho que o preconceito sempre existe, em qualquer lugar. Antes, por eu ser a única, existia um pouco de preconceito porque só tinha eu. Quando você mostra que tem outras e que essas outras também podem jogar, isso muda um pouco.
GE – Como é o apoio e a influência da torcida do Maranhão jogando em São Luís?
Iziane - Influencia muito. Para mim foi uma surpresa muito grande, principalmente no ano passado, quando na primeira partida a gente conseguiu lotar o ginásio e ainda 2 mil pessoas ficaram do lado de fora. É bom saber que o nosso povo nos apoiou no projeto e continua nos apoiando. Toda vez que eu entro em quadra, logicamente eu sou profissional e vou sempre dar o meu melhor, mas tem aquele amor maior por estar jogando pelo seu Estado e pelo seu povo, com eles jogando junto com você.
GE – Você pretende permanecer na equipe?
Iziane - A gente fecha o contrato anualmente, mas a minha intenção é ficar. A equipe também tem a intenção de me manter e a minha ideia, como jogadora, é jogar pelo meu povo e pelo meu Estado.
GE – E sobre a Damiris, que vem se destacando e chamando a atenção? O que você tem para falar dela? Dá para perceber que ela tem um potencial diferenciado mesmo?
Iziane - Com certeza. Acho que ela é uma menina muito talentosa e dedicada. A Damiris tem tudo para puxar essa nova geração. Ela se destaca, realmente dá para perceber isso. O nível dela é superior e ela conta com as características físicas necessárias para ser uma grande jogadora. Acredito que tem tudo para se tornar uma das principais estrelas do Brasil.
GE – Ainda tem como meta defender a seleção brasileira?
Iziane - Sobre a seleção brasileira, eu só posso falar quando acontecer. O dia em que me convocarem, vou poder falar. Até lá, sigo levando minha carreira, e a seleção, por enquanto, não faz parte da minha programação. Ainda não me aposentei. Se me convocarem, tenho o dever de servir, até mesmo por regra. Até lá, a gente vê as possibilidades e pensa a respeito.
GE – Você já havia comentado que achou um pouco exagerada a decisão da Confederação e que se arrependia, mas guarda algum tipo de ressentimento pelo corte dos jogos Olímpicos?
Iziane - Não guardo ressentimento nenhum. Acho que o que passou, passou.
GE – Você chegou a falar com a Hortência (diretora de basquete feminino da CBB) depois das Olimpíadas?
Iziane - Não, não cheguei a falar com ninguém. Nem com ela nem com a CBB, até mesmo porque não teve mais jogos, não teve convocação, não teve nada.
GE – Em junho, será realizado o Sul-Americano de basquete. Você estaria disposta a defender a seleção?
Iziane - Se eu estiver disponível, sim, porque eu pretendo jogar a WNBA.
GE – No ano passado, você optou por ficar no Brasil para poder disputar as Olimpíadas. Você se arrepende da decisão?
Iziane - Acho que a gente tem que tomar nossas decisões e ir com elas. Eu tomei uma decisão que eu achei boa e que foi em prol do meu país. Infelizmente, aconteceu o que aconteceu e eu, logicamente, ao tomar aquela decisão, perdi outras oportunidades, mas a vida é assim. A gente acaba tomando decisões e eliminando outras. Faz parte.
Iziane - Com certeza. Acho que ela é uma menina muito talentosa e dedicada. A Damiris tem tudo para puxar essa nova geração. Ela se destaca, realmente dá para perceber isso. O nível dela é superior e ela conta com as características físicas necessárias para ser uma grande jogadora. Acredito que tem tudo para se tornar uma das principais estrelas do Brasil.
GE – Ainda tem como meta defender a seleção brasileira?
Iziane - Sobre a seleção brasileira, eu só posso falar quando acontecer. O dia em que me convocarem, vou poder falar. Até lá, sigo levando minha carreira, e a seleção, por enquanto, não faz parte da minha programação. Ainda não me aposentei. Se me convocarem, tenho o dever de servir, até mesmo por regra. Até lá, a gente vê as possibilidades e pensa a respeito.
GE – Você já havia comentado que achou um pouco exagerada a decisão da Confederação e que se arrependia, mas guarda algum tipo de ressentimento pelo corte dos jogos Olímpicos?
Iziane - Não guardo ressentimento nenhum. Acho que o que passou, passou.
GE – Você chegou a falar com a Hortência (diretora de basquete feminino da CBB) depois das Olimpíadas?
Iziane - Não, não cheguei a falar com ninguém. Nem com ela nem com a CBB, até mesmo porque não teve mais jogos, não teve convocação, não teve nada.
GE – Em junho, será realizado o Sul-Americano de basquete. Você estaria disposta a defender a seleção?
Iziane - Se eu estiver disponível, sim, porque eu pretendo jogar a WNBA.
GE – No ano passado, você optou por ficar no Brasil para poder disputar as Olimpíadas. Você se arrepende da decisão?
Iziane - Acho que a gente tem que tomar nossas decisões e ir com elas. Eu tomei uma decisão que eu achei boa e que foi em prol do meu país. Infelizmente, aconteceu o que aconteceu e eu, logicamente, ao tomar aquela decisão, perdi outras oportunidades, mas a vida é assim. A gente acaba tomando decisões e eliminando outras. Faz parte.
No ritmo de Seedorf, Botafogo pode mais que uma Taça Guanabara
Gazeta Press
Dezesseis finalizações contra seis, 58% de posse de bola - chegou a 63% no primeiro tempo – e seis jogadores dentro da área adversária, sem contar os dois que criaram a jogada pela esquerda, no lance do gol único da partida.A necessidade de vitória induziu a postura ofensiva do Botafogo no Engenhão. Ocupar o campo de ataque não foi o mérito alvinegro na conquista da Taça Guanabara. O time de Oswaldo de Oliveira venceu porque teve inteligência e paciência para trabalhar a bola, no ritmo de Seedorf.
O meia holandês não cumpriu atuação espetacular, mas abusou da experiência jogando mais avançado e centralizado, quase como um centroavante. Rafael Marques pelos flancos e Seedorf retendo a bola e fazendo o pivô para a chegada de Fellype Gabriel e Lodeiro. Um 4-2-3-1 novamente executado com muita rotação na frente.
Com a entrada de Bruno Mendes no centro do ataque, o camisa dez veterano voltou para articular e começou com belo toque de calcanhar para Julio César a jogada que chegou a Bolívar e do zagueiro para o chute preciso de Lucas que superou Alessandro. No lance, Vitinho, impedido, atrapalhou o goleiro cruzmaltino. A arbitragem ignorou.
O Botafogo foi ainda mais efetivo na frente no segundo tempo com Vitinho na vaga de Marcelo Mattos. Aberto pela esquerda, a jovem revelação alvinegra foi dar trabalho a Nei e Fellype Gabriel recuou para ser mais um armador e aumentar o volume de jogo alvinegro. Sempre com bola no chão, sem o desespero de jogar a esmo na área do oponente.
A proposta do Vasco contribuiu. Como esperado, a equipe de Gaúcho marcou a partir da própria intermediária com Eder Luís e Wendel acompanhando os laterais do Bota e Carlos Alberto e Bernardo combatendo os volantes. Estratégia legítima pela vantagem do empate.
Olho Tático
O problema foi não ter um contra-ataque planejado, especialmente no segundo tempo, quando o adversário avançou ainda mais as linhas. E, principalmente, não ter aproveitado a chance cristalina no início da primeira etapa com Carlos Alberto.
A troca de Feltri, que podia ter sido expulso ainda no primeiro tempo por faltas seguidas e um cartão amarelo, por Fellipe Bastos não foi feliz. O setor esquerdo perdeu combatividade e Bastos só apareceu em bolas paradas e no gol do Bota, deixando Lucas livre para a finalização.
Olho Tático
A pressão no final com Dakson e Romário e o time dando trabalho a Jefferson deixou claro que era possível atacar mais e melhor. A boa campanha aponta um norte, mas é preciso voltar a vencer no torneio regional. O vice é o quarto seguido em um turno de estadual - derrotas para o Flamengo na Taça Rio 2011, Fluminense e Botafogo no ano passado e novamente o alvinegro em 2013.
A sétima Taça Guanabara do Botafogo é da superação. Do contestado Oswaldo de Oliveira a um time que sempre tem sua força questionada e conseguiu reverter as vantagens dos rivais Flamengo e Vasco.
Com a liderança e experiência de Seedorf transferindo confiança, o Botafogo pode mais que um título de turno na temporada.
Vasco é vice da Taça Guanabara e Botafogo ainda sonha com a Copa do Brasil... A boa inveja de cada um
O Twitter, às vezes, parece a versão moderna do para-choque de caminhão. Era o caso ontem à tarde, quando me diverti com a filosofia do caminhoneiro, digo twitteiro: "Ser campeão de turno é igual a comer miojo: não é refeição completa, mas é melhor do que passar fome!"
Bem melhor.
O Inter festeja o título do primeiro turno do Gauchão, mas quer mesmo voltar a ser campeão brasileiro depois de 34 anos.
O Vasco passa fome em turnos de Campeonato Carioca desde que venceu a Taça Rio, em 2004. Taça Guanabara, então, não vence desde 2003, ano também de seu último trofeu estadual. Mas, nesse período, o Vasco pareceu mais perto de dar sua grande virada do que o Botafogo, ao conquistar a Copa do Brasil de 2011. Só não chegou às semifinais da Libertadores ano passado, porque Cássio, o goleiro dos jogos grandes, não tinha cortado as unhas naquela quarta-feira de Pacaembu lotado.
O Botafogo, há alguns anos, precisa subir o maior degrau de sua história recente. Entender a razão dos tropeços na hora de definir jogos importantes de Copa do Brasil, reta final de Campeonato Brasileiro, torneios que classificariam para voos internacionais.
Seedorf pode indicar o caminho.
É claro que o Botafogo tem motivos de sobra para festejar a Taça Guanabara, para sonhar com o título estadual. O holandês entendeu o ambiente onde vive, apontou para a festa no Engenhão, mandou mesmo comemorar por ter vencido um jogo contra adversário difícil.
Único jogador campeão da Liga dos Campeões por três clubes diferentes, Seedorf sabe que só valorizar conquistas traz confiança suficiente para tentar voar mais alto. Quem não é campeão da Taça Guanabara não confia poder vencer o Estadual, se não estiver acostumado aos trofeus. Quem não ganha o Estadual, não parece candidato à Copa do Brasil -- ainda que o Vasco desminta essa teoria. Ganhar faz bem ao ego, ao coração, faz bem à torcida e ao elenco.
Por tudo isso, parabéns ao Botafogo, campeão da Taça Guanabara pela sétima vez.
E que se prepare para subir o degrau definitivo. O Botafogo já tem estrutura para projetar vitórias em nível nacional.
Mais do que os rivais que não têm um pacotinho de miojo na despensa.
Bem melhor.
O Inter festeja o título do primeiro turno do Gauchão, mas quer mesmo voltar a ser campeão brasileiro depois de 34 anos.
O Vasco passa fome em turnos de Campeonato Carioca desde que venceu a Taça Rio, em 2004. Taça Guanabara, então, não vence desde 2003, ano também de seu último trofeu estadual. Mas, nesse período, o Vasco pareceu mais perto de dar sua grande virada do que o Botafogo, ao conquistar a Copa do Brasil de 2011. Só não chegou às semifinais da Libertadores ano passado, porque Cássio, o goleiro dos jogos grandes, não tinha cortado as unhas naquela quarta-feira de Pacaembu lotado.
O Botafogo, há alguns anos, precisa subir o maior degrau de sua história recente. Entender a razão dos tropeços na hora de definir jogos importantes de Copa do Brasil, reta final de Campeonato Brasileiro, torneios que classificariam para voos internacionais.
Seedorf pode indicar o caminho.
É claro que o Botafogo tem motivos de sobra para festejar a Taça Guanabara, para sonhar com o título estadual. O holandês entendeu o ambiente onde vive, apontou para a festa no Engenhão, mandou mesmo comemorar por ter vencido um jogo contra adversário difícil.
Único jogador campeão da Liga dos Campeões por três clubes diferentes, Seedorf sabe que só valorizar conquistas traz confiança suficiente para tentar voar mais alto. Quem não é campeão da Taça Guanabara não confia poder vencer o Estadual, se não estiver acostumado aos trofeus. Quem não ganha o Estadual, não parece candidato à Copa do Brasil -- ainda que o Vasco desminta essa teoria. Ganhar faz bem ao ego, ao coração, faz bem à torcida e ao elenco.
Por tudo isso, parabéns ao Botafogo, campeão da Taça Guanabara pela sétima vez.
E que se prepare para subir o degrau definitivo. O Botafogo já tem estrutura para projetar vitórias em nível nacional.
Mais do que os rivais que não têm um pacotinho de miojo na despensa.
Apito erra a favor do Bota (de novo), que foi melhor. Quase 70 mil não pagaram na Taça GB
Na Taça Guanabara não há muito o que discutir sobre o merecimento técnico do título ganho pelo Botafogo. Sim, título, o troféu tem tradição, surgiu em 1965 com vida própria e só em 1972 passou a valer o primeiro turno do campeonato carioca. Feita a ressalva histórica, é claro que o Vasco pode se queixar do impedimento de Vitinho no gol de Lucas. O garoto estava em posição ilegal e sua presença ali atrapalhou o goleiro Alessandro. Mera constatação.
Isso não tira o brilho dos botafoguenses, que buscaram o gol o tempo todo. Mas não há como negar que se diante do Flamengo um pênalti não foi marcado contra o time da estrela solitária, houve um erro da arbitragem no lance que decidiu o jogo e o destino da taça, que se encaminhava para os vascaínos. Aqueles torcedores do Botafogo que sempre consideram seu time prejudicado pelo apito deveriam aproveitar o momento para deixar de lado velhos queixumes.
Também precisa ser revista a situação do futebol carioca, com lei estadual que dá acesso gratuito aos que tem até 12 anos ou pelo menos 60 de idade. Políticos fizeram um agrado ao povão com dinheiro que deveria ser dos clubes. Depois do jogo, o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, disse ao repórter Cícero Mello, da ESPN, que pretende lutar contra essa gratuidade. E precisa mesmo, unindo forças com os demais clubes do Rio de Janeiro.
Na decisão da Taça GB foram 6.630 que não pagaram ingresso — 32.770 pagantes dos 39.400 presentes. Isso significa que quase 17% dos que foram ao Engenhão entraram de graça. O ótimo site FutDados.com — clique aqui e acesse — fez o levantamento dos "caronas" oficiais desse primeiro turno do campeonato carioca. Foram 68.753 gratuidades em 67 jogos, média de 1.026 por partida. Em Vasco x Bangu, de um total de 4.287 presentes, 2.181 nada pagaram, ou seja 50,9%!!!!
Se todos esses que entraram de graça pagassem, em média, R$ 30 por ingresso, mais R$ 2.062.590 teriam sido arrecadados. Um paralelo: a renda bruta da decisão desta Taça Guanabara foi de R$ 1.617.180. Apenas nos sete clássicos disputados foram 29.090 gratuidades, 4.155 por peleja. Fora dos duelos entre os quatro grandes, Flamengo x Quissamã foi o encontro com maior presença nas arquibancadas, 9.839 que desembolsaram algum dinheiro para entrar no estádio.
O levantamento do FutDados vai mais longe. Mostra que 28 jogos foram vistos por menos de 500 pagantes e somente seis cotejos da primeira metade do Cariocão-2013 quebraram a marca de 10 mil torcedores. Um certame que não é prestigiado pela galera, com ingressos que chegam a custar R$ 80, disputado por agremiações endividadas, tem condições de ser tão "generoso" como determinaram os criadores da lei da gratuidade? Não parece.
Isso não tira o brilho dos botafoguenses, que buscaram o gol o tempo todo. Mas não há como negar que se diante do Flamengo um pênalti não foi marcado contra o time da estrela solitária, houve um erro da arbitragem no lance que decidiu o jogo e o destino da taça, que se encaminhava para os vascaínos. Aqueles torcedores do Botafogo que sempre consideram seu time prejudicado pelo apito deveriam aproveitar o momento para deixar de lado velhos queixumes.
Também precisa ser revista a situação do futebol carioca, com lei estadual que dá acesso gratuito aos que tem até 12 anos ou pelo menos 60 de idade. Políticos fizeram um agrado ao povão com dinheiro que deveria ser dos clubes. Depois do jogo, o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, disse ao repórter Cícero Mello, da ESPN, que pretende lutar contra essa gratuidade. E precisa mesmo, unindo forças com os demais clubes do Rio de Janeiro.
Na decisão da Taça GB foram 6.630 que não pagaram ingresso — 32.770 pagantes dos 39.400 presentes. Isso significa que quase 17% dos que foram ao Engenhão entraram de graça. O ótimo site FutDados.com — clique aqui e acesse — fez o levantamento dos "caronas" oficiais desse primeiro turno do campeonato carioca. Foram 68.753 gratuidades em 67 jogos, média de 1.026 por partida. Em Vasco x Bangu, de um total de 4.287 presentes, 2.181 nada pagaram, ou seja 50,9%!!!!
Se todos esses que entraram de graça pagassem, em média, R$ 30 por ingresso, mais R$ 2.062.590 teriam sido arrecadados. Um paralelo: a renda bruta da decisão desta Taça Guanabara foi de R$ 1.617.180. Apenas nos sete clássicos disputados foram 29.090 gratuidades, 4.155 por peleja. Fora dos duelos entre os quatro grandes, Flamengo x Quissamã foi o encontro com maior presença nas arquibancadas, 9.839 que desembolsaram algum dinheiro para entrar no estádio.
O levantamento do FutDados vai mais longe. Mostra que 28 jogos foram vistos por menos de 500 pagantes e somente seis cotejos da primeira metade do Cariocão-2013 quebraram a marca de 10 mil torcedores. Um certame que não é prestigiado pela galera, com ingressos que chegam a custar R$ 80, disputado por agremiações endividadas, tem condições de ser tão "generoso" como determinaram os criadores da lei da gratuidade? Não parece.
Gazeta Press
Em defesa própria
A razão de Ney Franco preservar três de seus titulares no clássico contra o Palmeiras é óbvia. Antes do jogo, já se perguntava o que poderá acontecer em caso de eliminação na fase de grupos da Libertadores. Quinta-feira, Arsenal x São Paulo é decisão. Razão justa para dar descanso a Jadson, Osvaldo e Fabrício.
Também havia motivos, bem mais questionáveis, para Gilson Kleina rechear seu time de volantes no primeiro tempo contra o São Paulo.
O mais importante deles era proteger Valdivia.
Não é um erro proteger o talento. José Mourinho escala Di Maria pela direita para fechar um lado do campo e liberar Cristiano Ronaldo do outro.
Alex Ferguson deixa Wayne Rooney no banco para aumentar a marcação e deixar Van Persie livre --opções estúpidas há em qualquer lugar do mundo.
Proteger o talento é justo.
E proteger Valdivia, é?
A interrogação permanecerá durante algum tempo, mas é necessário dizer que Valdivia está reagindo. Protegido, deu um lindo passe para Vinícius no primeiro tempo.
E, então, Gilson Kleina tirou um volante e escalou Patrick Vieira pela direita. Trocou seu 4-4-2 com duas linhas por um 4-2-3-1, quatro homens criativos.
Com mais talento do que apenas Valdivia, o time melhorou!
Quanto mais se diz que os técnicos brasileiros estão desatualizados, mais se copia o que se pratica na Europa. Duas linhas de quatro, com um volante aberto de um lado, um atacante de outro, era sistema pouco usual no Brasil. Pois foi assim que o Palmeiras jogou o primeiro tempo de ontem.
E assim o São Paulo se defendeu quando perdeu Lúcio. Só que Ney Franco não usou o sistema para se defender. Tirou um volante bom no desarme e preferiu Maicon a Wellington, porque o camisa 5 tinha cartão amarelo.
Tanto Kleina quanto Ney Franco assistem ao que se faz na Europa, reproduzem uma parte disso nos campos do Brasil.
Mas a adaptação dos sistemas de lá deve privilegiar a busca pelo gol, não a tentativa de evitá-lo. A cópia mais desejável é a do segundo tempo, com os jogadores mais criativos também fazendo funções de marcação. Melhor do que ter marcadores tentando também criar.
No clássico de ontem, o segundo tempo teve mais tentativa de criar do que de marcar.
Tirando a parte tática de lado, para que o São Paulo deveria se expor numa fase do Paulistão em que lidera e pode ficar em oitavo lugar?
E se você fosse técnico do Palmeiras, sabendo que o empate leva à zona de classificação e a derrota cria a ideia de que a eliminação é provável, você preferiria correr o risco e vencer ou defender-se e empatar?
Uma parte da insossa estratégia do primeiro tempo de ontem se deve aos técnicos da fórmula de disputa do Campeonato Paulista.
DUNGA CAMPEÃO
Dunga conquistou seu primeiro título como treinado de clube em sua cidade natal, Ijuí. Ele tem conseguido mostrar que seus principais jogadores confiam em seu trabalho. D'Alessandro tem jogado bem, Forlán está recuperando sua melhor forma e Leandro Damião vem fazendo gols.
NO CAMINHO
O jogo da semana é Barcelona x Milan. Pela primeira vez, após 13 jogos, o Barça não sofreu gol neste fim de semana, na vitória sobre o La Coruña. O treinador do Milan, Massimiliano Allegri, engana seu presidente, Berlusconi. O cartola quer três atacantes. Allegri escala os avantes para marcar.
Botafogo vence vasco e é capão da tarça Guanabara
RIO - Foi sofrido para os alvinegros. Se não foi um grande jogo, a decisão da Taça Guanabara teve emoção até o fim. Com um gol de Lucas aos 35 minutos do segundo tempo, o Botafogo derrotou o Vasco por 1 a 0 neste domingo, em um Engenhão com quase 40 mil torcedores, e conquistou o primeiro turno do Campeonato Carioca, garantindo vaga na decisão. Se vencer também a Taça Rio, conquista o título estadual por antecipação.
- É isso que nos faz correr dentro de campo - disse Bolívar, apontando para a torcida. - É um clube carente de títulos e hoje a gente deu um passo importante. Agora é trabalhar pensando na Taça Rio.
Em meio à festa alvinegra, a Federação de Futebol do Rio ameaçou não entregar a taça, alegando que torcedores invadiram o gramado.
- Com a desorganização que eles proporcionaram aqui, não vamos entregar a taça. Não precisa disso do que fizeram aqui, com todo mundo dentro de campo. Não vai ter taça. Depois eles recebem. Amanhã o presidente do Botafogo recebe a taça - esbravejou Marcelo Viana, delegado da partida.
- Não quer entregar a taça, não tem problema. Quem é o campeão? não quer entregar a taça, não tem problema. Quem é o campeão? É o Botafogo. Não vai estragar nossa festa - rebateu o presidente alvinegro Maurício Assumpção, que pouco depois pegou a taça e entregou ao capitão Jéfferson.
O jogo
Jogando com a vantagem do empate, o Vasco entrou disposto a aguardar em seu campo, fechado e tentando explorar os contra-ataques, enquanto o Botafogo tomava a iniciativa. A primeira chance, porém, foi vascaína. E foi clara, claríssima. Aos nove minutos, Éder Luís cruzou rasante da direita e Carlos Alberto apareceu livre, na pequena área, chutando para fora.
O Botafogo dominava a partida, mas tinha apenas Rafael Marques na frente, brigando contra Dedé e Renato Silva. Em uma boa trama alvinegra, Fellype Gabriel bateu por cima aos 36 minutos, na melhor chance do Botafogo, que ameaçou mais na bola parada, com chutes de Lodeiro e Seedorf.
O panorama não mudou na segunda etapa. O Botafogo voltou do intervalo com Vitinho no lugar de Marcelo Mattos e seguiu pressionando, enquanto o Vasco só se defendia. Em determinando momento da partida, o time de Oswaldo de Oliveira tinha 11 finalizações contra apenas uma do Vasco - aquela chance desperdiçada por Carlos Alberto. O goleiro Jéfferson não havia feito uma defesa sequer, enquanto Alessandro trabalhava bastante, principalmente em cobranças de falta na área.
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- Confira os jogos e a classificação do Estadual
Aos 25, Bernardo fez ótima jogada individual pelo meio e tocou para Carlos Alberto, que demorou para devolver. Quando o fez, Bernardo já estava impedido. O meia reclamou muito e, no lance seguinte, ele e Carlos Alberto discutiram fortemente no campo, até serem separados por Nei. Pouco depois, aos 30, Carlos Alberto pegou de voleio dentro da área para linda defesa de Jéfferson, a primeira dele na partida.
Muito recuado, o Vasco foi punido aos 35 minutos. Júlio César levantou na área, Bolívar dominou e rolou para trás. Lucas chegou batendo de primeira, colocado, no canto esquerdo de Alessandro para marcar. Pouco depois, o Vasco chegou a empatar com Renato Silva após cobrança de falta de Fellipe Bastos, mas o zagueiro vascaíno estava impedido e o gol foi corretamente anulado.
Nos minutos finais, o Vasco enfim se abriu e partiu para o ataque. O Botafogo chegou a ter oportunidades para marcar o segundo, mas não aproveitou. Para dar um tempero especial à decisão, o Vasco teve uma falta perigosa aos 49 minutos. Fellipe Bastos bateu no canto direito e Jéfferson saltou para espalmar e garantir o título.
VASCO 0 X 1 BOTAFOGO
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
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