terça-feira, 29 de agosto de 2017

Nadal leva susto inicial, mas controla sérvio e vence em estreia do US Open

Richard Heathcote/Getty Images/AFP
Rafael Nadal comemora lance durante a partida contra Dusan Lajovic
Imagem: Richard Heathcote/Getty Images/AFP
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Do UOL, em São Paulo
29/08/2017 18h07
Rafael Nadal tomou um susto inicial, mas não teve maiores problemas para avançar para a segunda rodada do Aberto dos Estados Unidos nesta terça-feira (29), após estrear na competição contra o sérvio Dusan Jakovic. O cabeça de chave número 1 do torneio venceu o confronto disputado no Arthur Ashe Stadium por 3 sets a 0, parciais de 7/6 (8-6), 6/2 e 6/2.

O espanhol chegou a estar em desvantagem contra o sérvio no primeiro set, cedendo uma quebra e se recuperando ao longo da parcial. Sem potência no backhand, Nadal sofreu para trocar de direção com eficiência e deixou o rival sacar para fechar. No momento decisivo, Lajovic falhou e Nadal reagiu, levando a parcial para o tiebreak, vencido pelo espanhol por 8 a 6.

Do segundo set em diante, o roteiro foi o esperado em um confronto entre o número 1 do mundo e o 85. Nadal dominou a parcial ao abrir 3 a 0, sofrer uma quebra, mas devolvê-la logo na sequência para encaminhar a parcial por 6/2. Mesmo sem ter sido exemplar, Nadal foi amplamente superior a Lajovic, cometendo 12 erros e conquistando oito winners.

A parcial decisiva foi vencida sem dificuldades pelo espanhol, que manteve o controle do jogo ao não ceder nenhum break point e quebrar o saque do adversário em duas ocasiões, fechando a partida com novo 6/2.

Na segunda rodada, Nadal terá pela frente o vencedor do jogo entre Taro Daniel e Tommy Paul.

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Sharapova voltou e brilhou ...

17 01h12
Não precisava dos cristais Swarowski no vestido preto (de gosto duvidoso), feito especialmente para a sessão noturna do US Open. A Maria Sharapova que entrou em quadra nesta segunda-feira, em sua primeira partida em um slam depois de 19 meses e dois dias, tinha brilho próprio e fez seu tênis falar mais alto. Foi uma noite especial, com uma vitória grande sobre uma top 10 em uma partida que poderia facilmente ser uma semifinal e que até já foi final de slam.
No triunfo por 6/4, 4/6 e 6/3, sob holofotes e no horário nobre do primeiro dia deste US Open, Sharapova brilhou não só pelos 60 winners – alguns deles, lindíssimos – mas por mostrar tantas das características que fizeram dela uma grande campeã. Foi corajosa (às vezes, insana), insistente (às vezes, teimosa), mentalmente forte e, principalmente, uma gigante na hora mais importante.
Sim, a russa de 30 anos também cometeu 64 erros não forçados, com sete duplas faltas e 15 break points não convertidos. Tudo isso, contudo, fez parte do pacote que também trouxe um jogo agressivo e que raramente deixou Halep comandar os pontos. A romena, aliás, terminou o jogo com 15 winners – muitos deles em bolas arriscadas, tentando de todos os jeitos sair da defesa – e 14 erros.
Com o plano de jogo, Sharapova tomou controle de seu destino, assim como fizeram Ostapenko, na final de Roland Garros, e Johanna Konta, em Wimbledon, também contra Simona Halep. A romena, com um segundo saque vulnerável e sem o peso de bola para se impor, apostou como sempre nas porcentagens. Contra uma rival agressiva e com a confiança inabalável, não deu certo.
A confiança, aliás, merece menção especial. Sharapova deixou escapar o jogo no segundo set. Abriu 4/1 e teve break point para fazer 4/1. Mais tarde, teve break point com Halep sacando em 3/4. A russa ainda teve chance de quebra quando Halep teve 5/4 e serviço. Não converteu nenhuma dessas chances e se viu obrigada a jogar um terceiro set com a maré a favor da rival. E daí? Pouco se abalou. Começou a parcial decisiva como se nada tivesse acontecido e tomou as rédeas do encontro de novo.
Sim, senhoras e senhores. Sharapova voltou e brilhou. E por méritos próprios.
Coisas que eu acho que acho:


– Halep ainda pode sair de Nova York como número 1 do mundo. Para que isso aconteça, porém, ela precisa contar com eliminações precoces de rivais. Muguruza não pode chegar às oitavas, Svitolina precisa cair antes da semi, Pliskova não pode ir à final e Wozniacki e Venus não podem ser campeãs. Deixo acima mais uma vez o gráfico da WTA com todas as possibilidades na briga pela liderança do ranking.
– Sharapova passa a ocupar o caminho de uma cabeça de chave em Nova York, o que facilita sua vida. Na segunda rodada, vai encarar Timea Babos. Em seguida, Kenin ou Vickery. Nas oitavas, Sevastova, Kozlova, Vekic ou Peng. Além disso, a principal cabeça em seu caminho até a semi – Johanna Konta – já caiu. Ou seja, Sharapova vai enfrentar nas quartas quem avançar de um grupo que tem Krunic, Tomljanovic, Zheng, Goerges, Barty, Sasnovich, Stephens e Cibulkova. Não parece exagero dizer que a ex-número 1 é favorita para encarar, quem sabe, Muguruza numa possível semifinal.
– Você acha exagero dizer que Sharapova é favorita para chegar à semi? Tudo bem, discordamos. Mas olhe a lista de nomes do parágrafo acima e diga nos comentários quem será favorita diante da russa nas próximas quatro rodadas…
Uma parceria refeita para Bellucci
– Notícia interessante para o tênis brasileiro: Thomaz Bellucci volta a trabalhar com o preparador físico Cassiano Costa, que fez parte da equipe de Eugenie Bouchard até Wimbledon. Cassiano, lembremos, era o preparador do paulista em 2010, quando este chegou ao 21º posto no ranking, o melhor de sua carreira. Em breve, trarei mais informações sobre isso aqui no blog.