sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Ferrer vence Nadal com facilidade e encara Djokovic na final

O espanhol David Ferrer venceu o compatriota Rafael Nadal por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/2, nesta sexta-feira, em partida válida pelo torneio de exibição de Abu Dhabi.
Com o triunfo, Ferrer vai encarar na decisão o sérvio Novak Djokovic, que não encontrou dificuldades para vencer o suíço Roger Federer por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/1.
Na quinta-feira, Ferrer tinha derrotado o francês Jo-Wilfried Tsonga por 2/6, 7/6 (7/5) e 6/2, no primeiro dia do torneio.

Ahmed Jadallah/Reuters
Ferrer devolve bola na vitória sobre Rafael Nadal

Lesões, instabilidade, especulações. O que há com Pato?

Apresentado ao mundo como um futuro fenômeno, Alexandre Pato deu inúmeras provas de que valia a pena acreditar em tanta badalação. Os primeiros jogos pelo Internacional, a chegada ao Milan com impacto imediato, a estreia na Seleção... tudo dava crédito à ideia de que estávamos diante de um nome digno da linhagem de grandes atacantes brasileiros.

Aos 22 anos, Pato termina 2011 cercado de incertezas. Será que estamos mesmo diante de um fora-de-série? Entre sucessivas lesões musculares e e críticas ao seu treinador, o camisa 7 corre o risco de ver a inegável figura midiática que se tornou, pelos relacionamentos extracampo, superar o jogador de futebol.

Ao atacar Massimiliano Allegri tentando lhe atribuir parte da responsabilidade pelo mau momento ("Se eu preciso melhorar, ele que me diga como"), Pato elogiou Carlo Ancelotti, seu antigo treinador. Por isso, não foi surpresa quando surgiram as primeiras especulações sobre o interesse do Paris Saint-Germain, que está próximo de acertar com Ancelotti para os próximos dois anos e meio.

Vale lembrar que a chegada de Ibrahimovic, em 2010, criou um certo problema de compatibilidade tática. Pato e o sueco, em vários momentos, tendem a ocupar o mesmo espaço no campo. Além disso, são jogadores mais individuais que coletivos. No elenco do Milan, Robinho e Cassano (até a cirurgia) se comportavam como parceiros mais adequados, por buscarem mais a assistência.

A afirmação do sistema 4-3-1-2 fez com que Pato não pudesse ser nem apenas homem de área, nem ponta-direita como era nos tempos de 4-3-3, com Ronaldinho na esquerda. Em diversos momentos parece perdido em campo e sem disposição para se encontrar.

Por mais que uma eventual oferta do PSG possa ser sedutora, o Milan tem bons motivos para seguir apostando em Pato. Certamente ele não perdeu seu talento e nem seu faro para o gol (são 60 em 137 jogos com a camisa rossonera), mas precisa rever seu comportamento e suas motivações. E, sobretudo, precisa parar de transferir responsabilidades.

Prova de risco

Cadeirantes e outros deficientes físicos temem novo percurso da São Silvestre, com mais descidas; organização prevê prova mais lenta

A organização da São Silvestre prevê que o tempo da prova caia alguns segundos com o novo percurso. Mas, para os cadeirantes, que largam mais cedo, às 15h, a estimativa é que a corrida seja concluída três minutos mais tarde. O motivo: segurança.
A prova com mais descidas, e mais íngremes, faz os atletas com deficiência física, que correm com cadeiras de rodas especiais, temerem acidentes no trajeto inédito.
"A mudança foi para pior, muito pior. Tem muito atleta que vai aumentar o tempo, inclusive eu. O que me preocupa de verdade é o percurso em si", declarou Fernando Aranha, 33, que é pentacampeão da categoria.
Os próprios atletas explicam. Por exemplo, na Consolação, uma velha conhecida deles, era possível alcançar 70 km/h. O perigo agora é a Brigadeiro Luís Antônio.
"Foram introduzidas novas descidas, mais íngremes, curvas fechadas, estreitas. O risco para as rodas é grande. Perde-se a questão do esporte de alto rendimento e preocupa-se com a segurança", afirmou Aranha.
"Um simples olho-de-gato na pista pode causar graves acidentes", completou.
A organização diz que os três minutos adicionais previstos foram calculados justamente por levar em conta um cuidado maior dos cadeirantes no traçado novo.
"Achamos que eles não vão descer tão rapidamente, pois, como é a primeira vez, vão sempre com mais cautela. Isso é salutar se você não conhece o percurso", declarou Manuel Garcia Arroyo, diretor técnico da prova.
Em 2010, apenas quatro cadeirantes concluíram a corrida -a Folha solicitou o número de inscritos naquele ano e em 2011, mas não obteve resposta. Minutos após os cadeirantes, largam outros paratletas: amputados, deficientes auditivos, visuais e intelectuais também correm.
Para todos, a preocupação com segurança é a mesma.
"Estamos no escuro. Para todos os deficientes é preciso grande coordenação motora, para evitar quedas. Se é perigoso para os atletas comuns, é mais arriscado ainda para os deficientes", afirma Eduardo Leonel, coordenador da modalidade PCD (Pessoas com Deficiência) da Fundação Pró-Esporte, de Santos, que terá quatro competidores na corrida de amanhã.
"Participei de uma prova em Miami e, lá, os bueiros, lombadas, bocas-de-lobo e outros obstáculos eram pintados de laranja. Aqui, se a gente não ficar atento, pode até capotar", contou Jaciel Paulino, 38, que disputará sua sexta edição da corrida entre os cadeirantes.
"Agora temos a rua Major Natanael [perto do Pacaembu], que é muito curta e inclinada. No fim, [há] até olhos-
-de-gato da pista. Isso pode fazer você tombar e se machucar", contou Aranha, paraplégico em decorrência de uma poliomielite que atingiu suas pernas quando era criança. No colégio, ele passou a praticar esporte.
Segundo estimativa de Arroyo, mais de 300 paratletas devem participar da São Silvestre -as inscrições são gratuitas. De acordo com o diretor da prova, desde 1988, a organização do evento abriu espaço para os deficientes. ´



O cadeirante Fernando Aranha desce a Major Natanael, que faz parte do trajeto da São Silvestre-11
O cadeirante Fernando Aranha desce a Major Natanael, que faz parte do trajeto da São Silvestre-11


ADRIANO WILKSON
LUCAS REIS
RAFAEL REIS

Cartola diz ter comprado direitos de TV por US$ 1

Ex-vice apoiou Blatter na eleição de 1998

O ex-vice-presidente da Fifa Jack Warner declarou ontem que obteve os direitos de TV da Copa do Mundo de 1998 por US$ 1 (R$ 1,86), após ajudar Joseph Blatter a ser eleito presidente da Fifa.
"Blatter ganhou a presidência da Fifa após uma campanha bruta contra Lennart Johansson [sueco ex-presidente da Uefa], na qual eu e Mohamed bin Hammam tivemos papel fundamental", afirmou Warner, de Trinidad e Tobago, ex-presidente da Concacaf e ex-integrante do Comitê-Executivo da Fifa.
Warner foi afastado da entidade mundial em junho deste ano, acusado de tentar comprar votos para a candidatura de Bin Hammam à presidência da Fifa.
O qatariano desistiu da disputa, e Blatter foi reeleito. Depois, Bin Hammam foi expulso dos quadros da entidade.
Warner disse que usou o lucro da revenda dos direitos de transmissão da Copa de 1998 para "desenvolver o futebol" no Caribe. O cartola disse ainda ter conseguido, por meio de uma empresa mexicana, os direitos de transmissão dos Mundiais
de 2002 até 2014.
A Fifa afirmou ontem que analisaria as afirmações de Warner e não emitiu nenhuma resposta oficial.
Warner disse que vai fazer novas revelações contra Joseph Blatter, inclusive "os motivos que me impediram de apoiá-lo na última eleição".
Blatter enfrenta guerra não declarada com o presidente do COL e da CBF, Ricardo Teixeira, e com João Havelange, presidente de honra da federação internacional.