terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Francês

18h00 Nancy 1x3 Olympique

Inglês

17h45 Wolverhampton 2x2 Norwich
17h45 Blackburn Rovers 1x2 Bolton

Italiano


15h00 Siena 0x0 Fiorentina
17h45 Cagliari 0x2 Milan

O papelão do Santos e 12 jogos do Barça. Time de 3ª fez melhor

Com todo o poderio que possui, o Barcelona foi incomodado algumas vezes na temporada. Não só na derrota para o Getafe, a única em 28 jogos oficiais, mas em partidas nas quais empatou ou venceu com certa dificuldade. E até mesmo em triunfos obtidos com esforço, vitórias que, durante os jgoos, não pareciam certas, ao contrário do que se viu na goleada sobre o Santos, óbvia muito antes de terminar o primeiro tempo.

O "Amigão" Paulo Soares fez tal observação após os 4 a 0. Mais do que pertinente. Realmente a derrota santista era quase inevitável ante a superioridade catalã, mas não da maneira como o campeão da Libertadores foi batido. Era possível perder dignamente, ou mesmo dificultar o trabalho do rival para (quem sabe?) num segundo momento flertar com algo maior. Mas não houve tal perspectiva. Foi feio.

No post anterior registrei meu ponto de vista sobre os confrontos entre os mais fortes (e ricos) times europeus e os do Brasil. A distância é muito grande. Vale para Chelsea, Manchester United, Manchester City, Real Madrid, Bayern Munique, Milan e há algum tempo também para Internazionale, em declínio. Borussia Dortmund, Tottenham, Arsenal, Liverpool e Juventus vêm logo atrás e o Barça... Bem, este fica em patamar exclusivo, ainda mais alto.

Temos o campeão mundial no alto do ranking, grandes da Europa abaixo e pequenos e médios no nível de equipes brasileiras. É evidente que isso não assegura vitórias, o futebol tem suas surpresas, seus mistérios. Um dia ruim do mais forte, uma lesão, uma expulsão, o adversário inferior tecnicamente inspirado, dedicado, jogando como nunca... Sim, esse cenário não seria novo, eventualmente se repete e de tudo acontece. Da forma como o Santos foi a campo... impossível.

Mas o Barça teve seus sufocos e vitórias suadas. Como destacou o "Amigão", foi um dos mais fáceis triunfos do time catalão neste ano, construído com tamanha naturalidade que mais parecia um desses passeios dominicais em jornadas tranquilas pela Liga espanhola. O Santos foi "um Osasuna qualquer". Era de se esperar que após meio ano pensando no jogo e se preparando para um adversário tão forte, o time de Muricy Ramalho soubesse o que fazer. Não tinha mínima ideia.

O Santos foi incapaz de ao menos tentar impor ao Barcelona dificuldades como as encontradas na conquista da Supercopa da Espanha. A vitória sobre o Real Madrid no Campo Nou veio a dois minutos do final, com Messi, 3 a 2. Antes, 2 a 2 na capital. Mas o time do José Mourinho é cheio de craques, elenco caríssimo... Sim, de fato. Então que tal o duelo com a Real Sociedad? O Barça fez 2 a 0 mais rapidamente do que diante do Santos, em apenas 11 minutos. Voltando à primeira divisão espanhola, o time basco foi buscar o empate e segurou os 2 a 2 por meia hora até o apito final.

Quem também foi buscar o empate em dois gols foi o Milan, só que em Barcelona, pela Liga dos Campeões. Na Itália, repetiu o feito, mas cedeu a derrota. Enquanto a bola rolava, era impossível afirmar quem venceria, teve jogo. Em casa, o Valencia, por sua vez, vencia até 13 minutos do encerramento da peleja e deixou o campeão mundial em desvantagem no placar por 56 minutos. Por todo esse tempo o Barça ficou correndo atrás do empate. Conseguiu, ufa! E o pequeno Sporting Gijón? Levou o gol com 12 minutos, parecia candidato ao massacre e... ficou nisso mesmo.

Goleado em casa pelo Real Madrid no sábado (2 a 6), o Sevilla segurou o 0 a 0 no Campo Nou diante de 82.743 barcelonistas e Messi perdeu pênalti nos acréscimos. Outro que não fez feio mesmo derrotado foi o Granada, que em seu campo levou o gol aos 33 minutos, teve um homem expulso aos 9 do segundo tempo mas não envergonhou os 22 mil fãs presentes ao Nuevo Los Cármenes.

No San Mames, apoiado por 35 mil bascos, o Athletic Bilbao abriu o placar, levou o empate, fez 2 a 1 a dez minutos do fim, mas perdeu a chance de quebrar a invencibilidade barcelonista já nos acréscimos. Gol de Messi. Foi por muito pouco. Pela Copa do Rei, diante de um time misto escalado por Pep Guardiola, o CE L´Hospitalet também caiu pela contagem mínima. Nada mal para uma equipe modestíssima, da terceira divisão espanhola.

Coube ao Getafe impor ao Barça sua primeira e única derrota na temporada até aqui. Em casa o time dos arredores de Madri fez 1 a 0 na metade do segundo tempo com Valera. E sustentou por 23 minutos. Vencer o Barcelona 2011 é dificílimo. Não impossível. Complicar a vida dos homens comandados por Guardiola não é algo restrito ao plano teórico. Na prática há momentos nos quais funciona, os exemplos estão aí.

Contudo, é evidente que quando o time campeão de 13 dos 16 troféus que disputou sob o atual comando técnico quer jogo, está a fim... a missão é, de fato, quase impossível. No Japão o Barcelona queria a taça, estava motivado e jogando bem. Não poderia ser diferente. E ficou fácil, facílimo, contra um adversário que mal desarmou e fez raras faltas. Reflexo da falta de combatividade diante de quem tem mais de 70% de posse de bola. O Santos não teve 10% dos brios de Internacional 2006 e Estudiantes 2009.

Perder para o Barça não é vergonha, mas da maneira como o Santos perdeu tampouco é motivo para orgulho. Jogadores e técnico alegam que fizeram o possível. Não, eles não fizeram, ficaram devendo. Ou alguém acha que o campeão sul-americano é pior do que o Getafe ou o Sporting Gijón? Vencer era muito difícil, o que ficou claro até para o mais "Pacheco" dos ufanistas. Mas os santistas tinham o dever de mostrar muito mais. Que papelão!  

Os 12 jogos da temporada nos quais o Barcelona empatou, perdeu ou venceu apertado, três em casa e nove no campo do adversário:
14/8 Real Madrid 2 x 2 - Supercopa da Espanha
17/8 3 x 2 Real Madrid - Supercopa da Espanha
10/9 Real Sociedad 2 x 2 - Campeonato Espanhol
13/9 2 x 2 Milan - Champions League
21/9 Valencia 2 x 2 - Campeonato Espanhol
2/10 S.Gijon 0 x 1 - Campeonato Espanhol
22/10 0 x 0 Sevilla - Campeonato Espanhol
25/10 Granada 0 x 1 - Campeonato Espanhol
6/11 Athletic Bilbao 2 x 2 - Campeonato Espanhol
9/11 CE L´Hospitalet 0 x 1 - Copa do Rei
23/11 Milan 2 x 3 - Champions League
26/11 Getafe 1 x 0 - Campeonato Espanhol


Os 16 jogos da temporada nos quais o Barcelona venceu por mais de um gol, três em campo neutro, três fora de casa e 10 no Camp Nou:
26/8 2 x 0 Porto - Supercopa da Europa
29/8 5 x 0 Villarreal - Campeonato Espanhol
17/9 8 x 0 Osasuna - Campeonato Espanhol
24/9 5 x 0 Atlético de Madrid - Campeonato Espanhol
28/9 BATE Borisov 0 x 5 - Champions League
15/10 3 x 0 Racing Santander - Campeonato Espanhol
19/10 2 x 0 Viktoria Plzeň - Champions League
29/10 5 x 0 Mallorca - Campeonato Espanhol
1/11 Viktoria Plzeň 0 x 4 - Champions League
19/11 4 x 0 Zaragoza - Campeonato Espanhol
29/11 4 x 0 Rayo Vallecano - Campeonato Espanhol
3/12 5 x 0 Levante - Campeonato Espanhol
6/12 4 x 0 BATE Borisov - Champions League
10/12 Real Madrid 1 x 3 - Campeonato Espanhol
15/12 Al-Sadd 0 x 4 - Mundial de Clubes
18/12 Santos 0 x 4 - Mundial de Clubes

Sabe como se fala "Mais e Mais e Mais" em catalão? Messi, Messi, Messi...

O narrador espanhol, digo, catalão, Joaquim Maria Puyal decidiu narrar jogos em sua língua mãe, da Catalunha, logo depois da morte do ditador Francisco Franco, em 1975. Virou um ícone entre os comunicadores catalães.

Em 2009, quando o Barcelona goleou o Real Madrid, no Santiago Bernabéu, por 6 x 2, Puyal narrou o último gol de Messi de uma maneira peculiar. Em catalão, gritava: "Mais e mais e mais e mais..." Sabe como se diz isso em catalão? "Més i més i més i més..." Ou Messi, Messi, Messi.

Quem foi o melhor (e o pior) time brasileiro em 2011?

Hora de fecharmos o balanço do futebol brasileiro em 2011. A ideia aqui é estabelecer um mini-ranking envolvendo os 12 clubes mais populares do país. Quem fez bonito e quem fez feio no ano que está acabando. Menções honrosas para a Portuguesa, Ponte, Náutico, Sport, Figueirense e, sobretudo, ao Coritiba. Coxa bateu recorde, jogou bem boa parte do ano e por pouco não foi a Libertadores. Vamos à lista... Você concorda?

1. Vasco: campeão da Copa do Brasil. Disputou Brasileiro e Sul-Americana até o fim, com chances. Soube lidar muito bem com a saída traumática de seu treinador, Ricardo Gomes.

2. Corinthians: saiu de um dos maiores vexames da sua história, a derrota para o Tolima na Pré-Libertadores, encerrou a “Era Ronaldo-Roberto Carlos” e terminou o ano campeão brasileiro.

3. Santos: ganhou o Paulista e o título mais importante da temporada: a Libertadores. Mas terminou o ano com uma baita fiasco diante do Barcelona. Sim, a última impressão é a que fica.

4. Flamengo: ganhou Estadual e ficou com uma das vagas na Libertadores. Sim. Ficou o gostinho de ‘quero mais’. O investimento era para mais do que isso. Mas fechou o ano ‘dignamente’.

5. Internacional: bem semelhante ao Flamengo. Estadual e vaga na Libertadores no fim, no sufoco. Mas tinha time, expectativa e investimento para muito mais. Ficou devendo.

6. Fluminense: fechou a temporada sem um troféu, mas compensou a traumática eliminação na Libertadores com bela arrancada no Brasileiro e a vaga no torneio sul-americano em 2012.

7. Cruzeiro: campeão estadual, eliminação traumática na Libertadores. Péssima campanha no Brasileirão, mas o que foi aquele último jogo contra o Atlético-MG? Valeu, não valeu?

8. São Paulo: ficou no quase, em todas as competições. Teve bons e maus momentos. Terminou o ano frustrado pelo time que montou. Só celebrou os recordes de Rogério Ceni.

9. Botafogo: outro que ficou no quase. Outro que chegou a mobilizar o torcedor. Mas acabar o ano sem nada novamente estragou o trabalho feito. Caiu técnico, caiu tudo. Restou pouco.

10. Grêmio: ano para esquecer. Perdeu tudo, não arrancou, não empolgou, não disputou nada para valer. Não honrou, enfim, a fama de ‘imortal’. Muda tudo para 2012.

11. Palmeiras: ainda bem que o ano acabou, e acabou com vitória sobre o São Paulo e empate com o campeão Corinthians. O resto (os vexames, as brigas, os desmandos...) é pra esquecer.

12. Atlético-MG: o torcedor atleticano até teve bons momentos. Vibrou com a arrancada do time, a fuga do rebaixamento, mas terminou o ano massacrado pelo rival quando podia rebaixa-lo...