terça-feira, 15 de maio de 2012

Celso Roth é novo treinador do Cruzeiro, para o Brasileirão

Celso Roth é o novo treinador do Cruzeiro. Em reunião em Belo Horizonte ficaram acertadas as bases salariais e o tempo de contato, até dezembro deste ano. O anúncio será feito na tarde desta terça-feira, em Minas.

Roth vai ganhar um pouco menos do que recebia no Grêmio, seu último clube. Mas receberá mais do que Vágner Mancini tinha como salário em sua passagem de oito meses pela Toca da Raposa.

É a terceira vez que Roth trabalha em Belo Horizonte. Ele foi treinador do Atlético Mineiro nos Brasileiros de 2003 e 2009.

São as duas melhores campanhas do Galo nos Campeonatos Brasileiros de pontos corridos. Em ambas, o Atlético terminou em sétimo lugar. Em ambas, Roth deixou o cargo antes do final do contrato.

Em 2009, liderou oito rodadas como treinador do Atlético.
Celso Roth trabalhou por duas vezes no Atlético e retorna a Minas
Celso Roth trabalhou por duas vezes no Atlético e retorna a Minas
Crédito da imagem: Agência Estado

Seleção Brasileira conhece mais adversários dos Jogos de Londres

A seleção brasileira masculina conheceu mais três adversários nos Jogos Olímpicos de Londres: Itália, Estados Unidos e Argentina. Os italianos mostraram ter uma seleção de “chegada”. Não tiveram atuações brilhantes, especialmente na primeira etapa do Pré-Olímpico Europeu.
Mas deram “o bote” na hora certa tanto na semifinal diante da Sérvia como na decisão frente a Alemanha, que havia derrotado a Bulgária na outra semifinal. Já a Argentina não teve muito trabalho no torneio sul-americano e passou fácil por todos os adversários.
Os Estados Unidos também não tiveram tanto trabalho assim no torneio da Norceca, que reúne as Américas do Norte e Central, e derrotaram canadenses e cubanos. Agora, oito seleções já garantiram vaga em Londres: Brasil, Rússia e Polônia pela Copa do Mundo e a anfitriã Grã Bretanha.
Além da Tunísia, representante africana e os classificados nos pré-olímpicos continentais: Itália, Estados Unidos e Argentina. A Federação Internacional divulgou na manhã dessa segunda-feira as seleções participantes dos pré-olímpicos mundiais que definem as últimas quatro seleções que estarão nos Jogos Olímpicos.
Um dos torneios será em Tóquio, no Japão e definirá, além do representante asiático, mais uma seleção classificada. Participam desse torneio: Japão, China, Coréia, Austrália, Irã, do técnico Julio Velasco, Sérvia, Venezuela e Porto Rico.
A Alemanha será sede do outro Pré-Olímpico que terá, além dos donos da casa, República Tcheca, Cuba e Índia. E a Bulgária, que herdou a sede italiana e receberá em Sofia as seleções Egito, França e Paquistão. A fórmula de disputa é: todos contra todos e o campeão vai a Londres.
Os três torneios acontecem no começo do mês de junho. Portanto, as cartas já estão na mesa e, independentemente dos classificados, Brasil, Rússia, Estados Unidos e Polônia são as minhas seleções favoritas para voltar com medalha dos Jogos. Itália e Argentina correm por fora e também podem surpreender.
No torneio feminino, a seleção brasileira fez a sua parte, derrotou todos os adversários sem perder sets no pré-olímpico Sul-Americano que aconteceu em São Carlos, interior paulista, e também carimbou seu passaporte para Londres.
Os canais ESPN transmitem os Jogos Olímpicos de Londres e estou esperando você, fã de esportes, para acompanharmos juntos esse grande evento esportivo e torcermos juntos para as nossas duplas na praia e as seleções na quadra.

VÍDEO: Romário não condena Marin por análise prévia de convocações: 'Sempre aconteceu'

Sucessor de Ricardo Teixeira na CBF, José Maria Marin não tem evitado o contato com a imprensa – pelo contrário, o novo presidente da entidade tem mantido boa relação com a mídia. Mas uma medida adotada pelo mandatário foi alvo de críticas: Marin afirmou que gostaria de ver as listas de convocados por Mano Menezes 48 horas antes de o treinador anunciá-la.

Para Romário, a postura de Marin não deve ser condenada. Pelo contrário, o ex-jogador até vê méritos na atitude do presidente da CBF que, segundo ele, deixa clara uma realidade existente em todo o mundo. Segundo o ex-jogador, a prática é comum em clubes e seleções de todo o mundo.

“Na minha cabeça, isso sempre aconteceu no futebol mundial. Infelizmente, quem conhece pouco dos bastidores e ouve isso, se assusta. Mas nós, que já vivemos há alguns anos no futebol, sabemos que isso sempre aconteceu, seja em clubes ou seleções. Uns 10 dias ou uma semana antes, os presidentes sempre tiveram noção de quem seria convocado. Então, quando o presidente põe isso em público está bem correto e tem que ser assim mesmo”, disse Romário em participação no Juca Entrevista Especial – o programa vai ao ar às 21 horas de sábado (19).



Veja um trecho do Juca Entrevista com Romário
Para Romário, o nível de interferência de Marin nas listas de Mano Menezes é algo que diz respeito à relação entre ambos. Nas palavras do hoje deputado federal, o treinador possivelmente aceitou a condição.

“O atual presidente não colocou o treinador lá, o Mano já estava no cargo quando ele assumiu. Eu acredito que deve ter havido uma conversa e o presidente colocou: vai ser assim, quer? E, pelo que parece, ele (Mano) quis, porque continua aí. Para mim, parece pra mim justo que o presidente, que é quem manda e paga o salário, falar se acha ou não que fulano deve ser chamado. Agora, depende do treinador, aceitar ou não”, afirmou.

A promessa de Teixeira – A interferência de dirigentes em convocações tanto não é novidade que, em 2002, Ricardo Teixeira pediu ao treinador Luiz Felipe Scolari que levasse Romário para a Copa do Mundo, disputada na Coreia do Sul e no Japão.

“No final, o resultado acabou mostrando que ele tinha razão”, disse Romário no Juca Entrevista. Questionado sobre o que faria com um treinador que não obedece a uma ordem superior, o ex-atacante não teve dúvidas.

“Eu, como presidente, se peço pra não convocar, e ele convoca, no dia seguinte eu demito”, afirmou o Baixinho. Depois, ele admitiu que talvez Teixeira não tenha dito a Felipão o mesmo que disse a ele, Romário.

“O Ricardo Teixeira apertar a minha mão e falar que eu vou para a Copa do Mundo é uma coisa, mas não sei o que foi conversado com o Felipão”, disse.

A importação de técnicos pelo país do futebol

Sempre que o futebol brasileiro vai mal - ou parece ir mal - aparece alguém a sugerir que contratemos técnicos estrangeiros para pôr ordem na casa. A sugestão não se restringe aos limites dos clubes. Fala-se mesmo em abrir uma porta para que, pela primeira vez na História, a seleção brasileira seja entregue a um professor lá de fora. Valerá a pena? Será que nossos craques jogarão mais ou melhor com um deles do que com Mano Menezes? Em que Pep Guardiola, por exemplo, poderia nos ajudar?

A história não é nova. Quando ia completar dez anos sem ganhar o Campeonato Carioca, na transição do amadorismo para o profissionalismo, o Flamengo mandou buscar em Viena o húngaro Dori Kruschner, cuja única contribuição importante ao futebol brasileiro seria a de trazer para cá o então moderno WM. Pela mesma época, o Fluminense andou recorrendo a técnicos uruguaios (Hector Cabelli, Carlos Carlomagno, Ondino Viera) convencido de que, nascidos num país que ganhara duas Olimpíadas e uma Copa do Mundo, eles sabiam mais que qualquer brasileiro. Depois, Botafogo e Vasco, para nos limitarmos a clubes do Rio, também importaram seus 'coaches'.

Na seleção brasileira, sempre houve certo pudor quanto a entregá-la a um comando estrangeiro. Como se, com isso, estivéssemos tingindo as cores verde e amarela de nossa Pátria em calções e chuteiras. Ma foi só perdermos duas Copas do Mundo seguidas, as de 1950 e 1954, para chegarmos à conclusão de que só um feiticeiro importado nos levaria ao título em 1958. E que maior feiticeiro havia se não o paraguaio Fleitas Solich, a quem a nação rubro-negra idolatrava? Solich realmente ajudara o Flamengo a ganhar seu segundo tricampeonato (1953-1954-1955), depois de tentativas meio bizarras do clube para encontrar o substituto de Flávio Costa (entre elas, a de Togo Renan Soares, o Kanela, técnico de basquete, e Cândido de Oliveira, um português). Foi assim que o nome do paraguaio apareceu como forte candidato a dirigir a seleção na Suécia, o que foi abandonado em nome do tal pudor. No caso, para sorte da seleção.

Não por pudor, nem por posições xenófobas, muito menos por achar que temos os melhores treinadores do mundo, devemos olhar com muita cautela as soluções salvadoras que apontam para a importação de ideias, filosofias, métodos de trabalho como solução para o futebol brasileiro. Se este vai mal? ou parece ir mal ? as causas hão de estar mais dentro do campo do que na boca do túnel. A expressão é antiga, reconheço, porém o lugar é mais definidor do papel do técnico do que o atual quadrilátero onde ele atua na lateral do campo. Porque o túnel era ou ainda é o espaço que liga o vestiário (o lado de fora) ao campo (onde tudo acontece). Os limites de quem comanda são estes.

Até ali, ideias, filosofias e métodos de trabalho do técnico talvez funcionem. Dali para dentro do campo, é nos pés do craque que a bola rola.

Parece-me que o que falta ao futebol brasileiro, hoje, é justamente a quantidade de craques como nos tempos em que a seleção não se formava com ampla maioria de ?estrangeiros?. Quer dizer, craques brasileiros jogando em outros países. Tempos em que Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, São Paulo, Vasco da Gama (sempre citados alfabeticamente), ou o Santos da era pré-Neymar, conseguiam formar grandes times, independentemente da nacionalidade de quem os dirigia. O curioso em tudo isso é que os que hoje sugerem a contratação de técnicos de fora para salvar o futebol brasileiro são o mesmos que vivem clamando para que o futebol brasileiro volte a se abrasileirar.

Expulsões, impedimento e 'entrega': jornal levanta suspeitas sobre o rebaixamento na Espanha

Com gols nos últimos minutos em três partidas, não faltou emoção na briga contra o rebaixamento no Campeonato Espanhol. O roteiro dramático dos jogos que salvaram Granada, Rayo Vallecano e Zaragoza, e decretaram a queda do Villarreal à segunda divisão, contudo, não conseguiu esconder diversas polêmicas entre os envolvidos na luta contra o descenso. Em vídeo publicado em seu site, o jornal ‘As’ levantou suspeitas sobre os resultados finais da parte de baixo da Liga.

O cenário a cinco minutos do fim da 38ª rodada ia rebaixando o Rayo Vallecano, que apenas empatava em casa contra o Granada, e salvando Zaragoza - que vencia o Getafe - e Villarreal - que segurava o 0 a 0 contra o Atlético de Madri. Instantes mais tarde, porém, tudo mudou com um gol de Tamudo, para o Rayo, e uma cabeçada certeira de Falcao García, no El Madrigal. Além disso, Postiga fez mais um para o Zaragoza e selou a permanência de sua equipe.

A maior polêmica ficou reservada para o Estádio de Vallecas, já que o gol salvador do time da casa foi marcado em posição irregular. Aos 48 minutos, após sobra da zaga, Michu finalizou no travessão e, na sobra, Tamudo, muito a frente do último homem da defesa do Granada, cabeceou para o gol vazio, fazendo 1 a 0 para o Rayo Vallecano. O detalhe é que, já no lance anterior, dois jogadores dos anfitriões estavam em impedimento.

Para apimentar ainda mais as polêmicas da partida, após o jogo, Michu admitiu que pediu para os jogadores do Granada deixarem o Rayo marcar o gol da vitória, já que, mesmo em uma eventual derrota, os visitantes se salvariam. “Quando fiquei sabendo do gol do Atlético de Madri, avisei a um jogador do Granada, não me lembro quem. Disse que, com a derrota do Villarreal, eles se salvavam de qualquer forma”, disse o meio-campista espanhol.

O gol a que Michu se refere foi marcado por Falcao García, definindo 1 a 0 para o Atlético de Madri sobre o Villarreal. Dentro das quatro linhas, não houve nada de ‘anormal’ no jogo, mas fora dele, imagens da emissora ‘La Sexta’ mostram uma discussão entre o vice-presidente da equipe amarela, José Manuel Llaneza, e Godín, ex-jogador do clube, atualmente no Atlético. Na imagens, o dirigente chama o uruguaio de sem vergonha, supostamente, por não ter facilitado as coisas para o ex-clube.

Após a queda do Villarreal, o lateral da equipe Angel López também falou sobre coisas ‘raras’ que aconteceram na derradeira rodada do Espanhol. O exemplo dado pelo atleta aconteceu na vitória por 2 a 0 do Zaragoza, fora de casa, sobre o Getafe, que definiu a permanência dos visitantes. Já sem pretensões na Liga, os anfitriões tiveram três jogadores expulsos. Uma dessas, logo aos 25 minutos de jogo, após Pablo Sarabia cometer falta e se descontrolar contra a arbitragem.

Os outros jogadores que receberam o cartão vermelho do árbitro Jose Antonio Teixeira foram Miguel Torres e Fedor. O primeiro recebeu seu segundo amarelo após pôr a mão na bola e cometer o pênalti que abriu o placar para o Zaragoza, enquanto o atacante venezuelano, já no fim da partida, fez falta dura e foi colocado para fora de maneira direta. Nesse caso, o ‘As’ não questiona as expulsões, mas porque os jogadores do Getafe entraram tão nervosos em uma partida que pouco valia para o time.

Confira como ficou a parte de baixo da tabela do Campeonato Espanhol:
15. Rayo Vallecano - 43
16. Real Zaragoza - 43
17. Granada - 42
18. Villarreal - 41
19. Sporting Gijón - 37
20. Racing Santander - 27

Barrichello revela dificuldade em acerto para as 500 Milhas de Indianápolis

O brasileiro Rubens Barrichello admitiu que está tendo dificuldades para realizar o acerto do seu carro para as 500 Milhas de Indianápolis. No último domingo, o piloto da KV completou 39 voltas no circuito norte-americano e terminou o segundo dia de treinos livres apenas na 26ª colocação.

"O dia foi um pouco diferente. Logo de cara conseguimos melhorar a velocidade do carro, mas desde então a cada mudança que fazíamos o carro não reagia como esperado", afirmou Barrichello, que marcou 41s748 na sua melhor volta no domingo, apenas 46 milésimos de segundo mais rápido do que o seu melhor tempo na atividade de sábado, quando ficou em 20º lugar.

Com problemas no acerto, Rubinho até pediu ajuda para Tony Kanaan, companheiro na KV, avaliar os dados obtidos por ele durante os treinos livres. "No final do dia eu pedi para o Tony andar no meu carro porque eu precisava ver se eu estava desenvolvendo o acerto na direção correta ou não", disse.

Barrichello, porém, ainda avalia ter tempo para se adaptar ao circuito de Indianápolis. "Ele conseguiu as mesmas velocidades que eu, então isso me traz mais confiança para continuar o trabalho. Foi só o segundo dia, e em Indianápolis nós temos uma semana inteira para treinar", completou.

Os treinos livres em Indianápolis continuam durante esta semana, até sexta-feira. O grid de largada da tradicional prova será definido no sábado, quando serão conhecidos os 24 primeiros colocados, e no domingo, quando serão definidos os outros nove participantes da tradicional prova.

Celso Roth deverá ser o novo técnico do Cruzeiro

Não está fechado, mas o negócio está 80% sacramentado. É isso o que fontes ligadas ao presidente do Cruzeiro, Gilvan Pinho, indicam sobre a contratação do novo treinador. O clube está muito perto de fechar com Celso Roth para o Brasileirão

Adílson Batista fica no Atlético Goianiense. Levir Culpi está caro demais para o padrão brasileiro. E Jorge Sampaoli (Universidad de Chile) está classificado para as quartas-de-final da Copa Libertadores. Com um ano e meio de contrato a cumprir com o clube chileno -- como este blog publicou semana passada -- não vai sair do clube sensação do futebol sul-americano.

Por tudo isso, a negociação com Celso Roth avançou e ele deve ser anunciado nos próximos dias como novo treinador do Cruzeiro. Técnico do Atlético Mineiro que liderou o Brasileirão em 2009, Roth tem tudo para dirigir pela primeira vez o Cruzeiro, no Campeonato Brasileiro.

Na final Bayern x Chelsea, o embate: é melhor formar ou contratar?

O livro Anjos Brancos, do jornalista John Carlin, conta a história do Real Madrid dos Galáticos, sua formação, suas histórias, sucessos e fracassos. Numa das passagens, fala de Roman Abramovich. O magnata russo comprou o Chelsea em 2003 e uma de suas primeiras viagens de Champions League foi a Munique para ver e imitar o Real Madrid. Aconteceu nas oitavas-de-final da Liga dos Campeões da temporada 2003/04, no empate por 1 x 1 entre Bayern e Real -- gols de Roy Makaay e Roberto Carlos, de falta, num peru de Oliver Kahn...

Abramovic queria formar o time comprador. De 2004 para cá, nem o Real Madrid, maior comprador da época, nem o Chelsea, principal comprador dali em diante, ganhou a Liga dos Campeões.

O Barcelona, ganhador do ano passado e de 2009, é formador. Ganhou as duas ligas com sete, às vezes oito titulares formados em casa.
O Bayern, rival do Chelsea no próximo sábado, tem cinco titulares das semifinais formados em casa -- Schweinsteiger, Alaba, Badstuber e mais Kroos e Lahm, emprestados ao Bayer Leverkusen e Stuttgart (ou em sistema de co-propriedade) para depois voltar.

Formar tem sido melhor.
Mas o Chelsea chega a Munique, onde Abramovic foi ver seu clube modelo, em condição de conquistar sua primeira Liga dos Campeões sem nenhum jogador formado em casa.
Pode desmentir os anos recentes, de Manchester United, Barcelona e Bayern.

O Manchester United forma, compra revelações -- Cristiano Ronaldo não era jogador formado quando se juntou ao clube -- às vezes jogadores consagrados.
A Inter, campeã em 2010, está mais na linha dos compradores, mas não como os Galáticos do Real Madrid ou como o Chelsea.

Sem dúvida a melhor receita é a mescla das duas escolas.
Mas entre uma e outra coisa, vale sempre investir na formação.

Você concorda?
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A beleza da retranca é menor que a dos gols de uma virada. Obrigado, futebol

Encerrado o épico cotejo que fechou o incrível campeonato inglês 2011/2012, embarcamos em seguida para Munique. Aqui a equipe dos canais ESPN fará nos seis próximos dias, a partir de hoje, a cobertura da decisão da Uefa Champions League. Mas antes de mergulharmos em Bayern x Chelsea, é preciso concluir a página que ainda não foi virada e jamais será esquecida por quem acompanhou, torceu, vibrou, se emocionou com Manchester City 3 x 2 Queens Park Rangers.

Minha paixão pelo futebol não é seletiva. Jamais fiz parte do grupo dos que só admiram o drible, o belo lançamento, a jogada de efeito, o lance ofensivo. Gosto disso tudo, é óbvio, sem deixar de admirar o desarme na bola, o bote preciso do zagueiro, a marcação bem feita. O carrinho cirúrgico do volante que sai na cobertura e desliza no gramado para tomar a bola, limpa, de quem parecia próximo de colocá-la nas redes do seu time. O jogo defensivo também é futebol e pode ser enaltecido, como a defesa espetacular do goleiro. O objetivo aí é um só: impedir o gol.

E ainda bem que existem aqueles que o dificultam, que fazem do tento, do ponto no futebol o mais difícil, árduo, trabalhoso, sofrido, duro, valorizado, saboroso, emocionante, inesquecível. Nenhum outra modalidade esportiva é assim. Esse é um jogo no qual se duela por 90 minutos para empurrar a pelota entre três traves. E fazer isso uma só vez pode ser o bastante para provocar nas pessoas as mais surpreendentes reações e transformar o autor da proeza num quase Deus naquele momento. Quem não tem guardado na memória e no coração uma peleja vencida pela contagem mínima?

E por não depender de muitos pontos para nos proporcionar um grande espetáculo, o futebol é tão apaixonante, sedutor. E fica ainda mais quando ocorre a mescla do jogo defensivo eficiente, disciplinado, de superação, heróico até, com gols, mudanças no placar, desfechos imprevisíveis e tensão. Tudo isso foi apresentado em doses industriais na partida que definiu a conquista do título inglês pelo Manchester City. Uma carga de emoção tamanha que faz o jogo voltar à mente a todo instante.

O QPR precisava de um ponto. Como o Chelsea ante o poderio do Barcelona, se entricheirou, tal e qual um exército que defende sua fortaleza. Conseguiu na maior parte do tempo, apesar da clamorosa falha do arqueiro Kenny no primeiro gol dos Citizens. E ainda saiu para apunhalar o adversário com dois golpes aparentemente fatais, que resultaram no par de tentos alcançado em apenas três finalizações durante todo o embate. Uma quase perfeita exibição defensiva. Admirável, elogiável, exemplar. Sim, trata-se de estratégia legítima, digna, que além de tudo desafia o time tecnicamente superior a superar a barreira posta diante dele.

O Barça tentou, mas não foi capaz de passar pelo que os ingleses definiram como "o ônibus que o Chelsea colocou em frente ao seu gol". O Manchester City rompeu a barreira armada pelo valente Queens Park Rangers. Na força, na técnica, no coração. Não, num momento como esse, de celebração do futebol e seus mistérios, com roteiros inimagináveis e farta emoção, me recuso a debater a origem do dinheiro que montou essa equipe.

Algo que pode, sim, ser discutido. Como a ISL no Flamengo e no Grêmio, Emil Pinheiro no Botafogo, Kia no Corinthians, Unimed no Fluminense, Glazer no Manchester United, Berlusconi no Milan, Morati na Inter, Abramovich no Chelsea, John Henry no Liverpool, a Fiat na Juventus, Marcelo Teixeira no Santos, etc. Pode mas não será discutido agora, hoje, neste post, neste blog. É hora de reverenciar o melhor dos esportes após mais um grande presente que nos deu.

O jogo defensivo tem lá seus encantos. E não é fácil executá-lo em nível tão elevado a ponto de parar a artilharia pesada que, sim, o dinheiro árabe comprou para os Citizens. O QPR conseguiu por mais de 90 minutos, caiu nos acréscimos e o estupendo final nos mostrou que a beleza da retranca é menor do que a dos gols de uma virada. Neste domingo os jogadores que nos proporcionaram tamanho espetáculo foram os herois do esporte rei, o futebol, melhor invenção do homem. Tão bom que foge da compreensão como alguém pode ser capaz de não gostar dele.

É mais do que um jogo. Assim, só me resta dizer, com a humildade dos times que se reconhecem inferiores e se defendem como podem: muito obrigado!

Como foram os 37 brasileiros que entraram em campo na Série A da Itália



Contando com Thiago Motta e Amauri, ambos naturalizados italianos, foram 37 os brasileiros que jogaram pelo menos um minuto na última Série A do Campeonato Italiano. Das 20 equipes da competição, só cinco não utilizaram nenhum brasileiro: Napoli, Palermo, Catania, Bologna e... a campeã Juventus.

A exemplo do que fez no final do primeiro turno da competição, o blog publica abaixo uma análise sobre o desempenho de cada um dos 38 brasileiros, divididos em 5 categorias:


***** ÓTIMO (2 jogadores)
Danilo (foto, Udinese) – Depois do goleiro Handanovic, o ex-zagueiro do Palmeiras foi quem mais jogou no time. Titular 36 vezes, foi apontado por Di Natale como a grande novidade da Udinese, que, de novo, garantiu vaga na Liga dos Campeões. Ainda marcou um golaço.

Thiago Silva (Milan) – Seguro como na temporada passada. Fez 27 jogos, todos como titular. Mas perdeu o fim do campeonato por lesão.


**** BOM (5)
Marquinho (Roma) – Chegou no meio da temporada do Fluminense, fez 9 partidas como titular e cinco saindo do banco. Marcou 3 gols e mostrou que pode ser útil.

Thiago Ribeiro (Cagliari) – Foi titular na maior parte da temporada: foram 27 jogos atuando desde o início e 7 saindo do banco. Marcou 5 vezes, mas também ajudou na criação de jogadas.

Julio César (Inter) – Não foi brilhante como em outras temporadas, mas, pelo menos na Inter, segue sendo importante.

Maicon (Inter) – Sofreu com diversas lesões, mas quando teve condições, foi sempre titular. Marcou 2 gols, incluindo um golaço no derby contra o Milan que garantiu o título à Juve.

Hernanes (Lazio) – Deixou de ser o principal jogador do time com a chegada de Klose. Acabou perdendo espaço a ponto de virar reserva em algumas partidas. Na reta final, se machucou. Mesmo assim, jogou 31 vezes e marcou 8 gols.


*** REGULAR (14)
Robinho (Milan) – Virou titular por causa dos problemas de Cassano e Pato, mas voltou à reserva no fim do torneio. Em relação à temporada passada, caiu de rendimentos e também no número de gols (de 14 para apenas 6).

Lúcio (Inter) – Cometeu mais falhas do que nas temporadas passadas, mas foi titular absoluto da Inter, com 33 jogos iniciados como titular.

Taddei (Roma) – Quase descartado por Luis Enrique, foi titular em 24 partidas, quase sempre jogando nas laterais. Fez 1 gol.

Fabio Simplício (Roma) – Como Taddei, recuperou algum espaço no meio do campeonato. Mas jogou só 9 vezes como titular e 10 saindo do banco. Marcou 4 gols.

Juan (Roma) – Quando esteve em condições físicas, foi titular (16 vezes) e alternou grandes atuações com algumas falhas. Se machucou muito, de novo. Marcou 3 gols.

Roger Carvalho (Genoa) – Chegou no meio do campeonato, do Figueirense, e participou de 7 jogos, cinco deles como titular. Não decepcionou.

Thiago Motta (Inter) – Fez 10 jogos como titular antes de se transferir ao PSG no meio da temporada.

Phillippe Coutinho (Inter) – Teve poucas oportunidades desde que Rafa Benitez deixou a Inter. Após 5 jogos no primeiro turno, foi emprestado ao Espanyol.

Jonathan (Inter / Parma) – Jogou apenas 4 vezes pela Inter, não convenceu e acabou emprestado ao Parma, onde melhorou: atuou 11 vezes e marcou 1 gol.

André Dias (Lazio) – Alternou bons jogos (foi titular 22 vezes) com alguns episódios de desequilíbrio. No Italiano, recebeu dois cartões vermelhos.

Matuzalem (Lazio) – No primeiro turno, deixado de lado por Edy Reja, parecia prestes a deixar o clube. Acabou ficando e jogou 21 vezes, 12 delas como titular.

Jeda (Novara) – Começou como reserva do Novara, mas acabou virando titular apesar de só ter marcado 3 gols. Jogou 23 vezes, 14 como titular, na campanha do rebaixamento.

Éder (Cesena) – O atacante marcou 2 gols e 17 jogos pelo Cesena e acabou contratado pela Sampdoria para jogar a Série B na segunda parte da temporada.

Luciano (Chievo) – Foi titular em 21 partidas, mas não brilhou como em outros campeonatos pelo clube. Marcou apenas 1 gol.


** DISCRETO (12)
Pato (Milan) – Outra vez prejudicado por suas infinitas lesões. Jogou apenas 11 vezes, 7 como titular. Marcou só 1 gol.

Cicinho (Roma) – Foi ignorado pelo técnico Luis Enrique, que preferiu improvisar na lateral-direita. Jogou só duas vezes, uma delas saindo do banco.

Adriano Ferreira Pinto (Atalanta) – O meio-campista entrou em campo apenas 7 vezes, uma delas como titular.

Nenê (Cagliari) – Ficou machucado em parte do campeonato e foi titular apenas 10 vezes. Marcou 1 gol.

Raphael Martinho (Cesena) – Rebaixado com o Cesena, esse desconhecido meia fez 14 jogos como titular e 4 saindo do banco.

Amauri (Fiorentina) – Ignorado pelo técnico Antonio Conte na Juventus, foi à Fiorentina, jogou 13 vezes, mas marcou só 1 gol. Ironicamente, contra o Milan, ajudando Conte a ser campeão pela Juve.

Rômulo (Fiorentina) – O lateral começou tendo algumas oportunidades, mas quase não jogou no returno. No total, fez 9 jogos, apenas 3 como titular.

Zé Eduardo (Genoa) – Mesmo depois de se recuperar da lesão sofrida no início da temporada, não vingou. Fez 9 jogos e não marcou nenhum gol.

Neuton (Udinese) – Ao contrário de Danilo, o ex-gremista não se firmou: jogou apenas 4 vezes na Série A em 2011, todas no primeiro turno.

Júlio Sergio (Lecce) – No começo do torneio brigava por vaga de titular. Sofreu com lesões, perdeu a posição e, no total, jogou apenas 10 vezes pelo rebaixado Lecce.

Ângelo (Siena) – O ex-lateral do Corinthians atuou em 13 partidas, mas sem destaque. Foi titular da equipe em sete oportunidades.

Reginaldo (Siena) – O atacante participou de 13 jogou pelo Siena, só 4 como titular, e não marcou gols.


* SEM AVALIAÇÃO (4)
Felipe (Fiorentina) – Zagueiro jogou apenas 188 minutos em todo o campeonato. Impossível avaliá-lo.

Neto (Fiorentina) – Constantemente convocado por Mano Menezes, o goleiro fez apenas um jogo no Campeonato Italiano.

Barreto (Udinese) – O atacante jogou apenas 213 minuutos nesta Série A e não chegou a marcar gols.

Gabriel Silva (Novara) – Deixou o Palmeiras contratado pela Udinese no meio da temporada. Foi logo emprestado ao Novara, onde jogou apenas 3 vezes.


* O zagueiro Fabiano Santacroce (Lecce), que apesar de ter nascido na Bahia não fala português, não consta na relação