terça-feira, 9 de abril de 2013

Libertadores

19h15 Peñarol 3x0 Deportes Iquique
19h15 Vélez Sarsfield 0x0 Emelec
21h30 Tigre 3x1 Sporting Cristal
21h30 Deportes Tolima 1x2 Independiente Santa Fe

Liga dos Campeões

15h45 Borussia Dortmund 3x2 Málaga
15h45 Galatasaray 3x2 Real Madrid

Bernardinho anuncia que continuará na Unilever e na seleção brasileira


  • Alexandre Arruda/CBV
    Bernardinho anunciou que continuará dividindo seu tempo entre a seleção brasileira e a Unilever
    Bernardinho anunciou que continuará dividindo seu tempo entre a seleção brasileira e a Unilever

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Apesar de insinuar nas últimas semanas que poderia deixar o comando da Unilever, o técnico Bernardinho anunciou nesta terça-feira que permanecerá à frente da equipe carioca. Durante evento em São Paulo, o treinador afirmou que continuará conciliando seu trabalho no time do Rio de Janeiro com a seleção brasileira.
"Tenho conversado com o Paulo Márcio (Superintendente da CBV) e a ideia e tenho feito meu planejamento para os quatro anos. Vamos começar, até certo ponto, de trás para frente. Penso que, em 2016, nós temos que ter mais tempo de preparação do que tivemos em 2008 e em 2004, em que a Superliga terminou e não nos deu tanto tempo para uma pré-temporada", declarou.
Em agosto do ano passado, o UOL Esporte revelou com exclusividade que a permanência do comandante à frente da seleção já estava acertada. Ary Graça, presidente da CBV, declarou à reportagem que o acerto já estava 'conversado, acertado e sacramentado'.
O oitavo título de Superliga feminina conquistado no último domingo, após virada emocionante contra o Sollys/Nestlé no Ibirapuera, deu um novo ânimo ao treinador.  "Não preciso nem renovar com a Unilever, já sou parte da Unilever. Sou como móveis e utensílios já", disse.
Além disso, Bernardinho revelou que teve ontem uma conversa com o presidente licenciado da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), a primeira oficial desde os Jogos Olímpicos de Londres-2012, para acertar as bases de sua renovação no combinado nacional.
"A família continua cobrando, mas eu vou enrolando e enrolando", brincou Bernardinho sobre a pressão dos parentes para diminuir o ritmo de trabalho e encerrar a 'jornada dupla'.
O técnico terá poucos dias de folga. Na semana que vem, ele volta a se reunir com o elenco da Unilever para a disputa do Sul-Americano de clubes. Depois, Bernardinho terá rápidas férias até assumir os treinos da seleção brasileira para a Liga Mundial, que começa em maio.
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07.abr.2013 - Bernadinho levanta bexiga durante comemoração do título, que aconteceu em uma churrascaria na cidade de São Paulo Luiz Doro/adorofot

O medo da aposentadoria: até quando jogar?

Aproveitando o tema do Segredos do Esporte desta terça-feira (às 20h30, na ESPN) o post vai ser sobre um assunto bem debatido entre atletas. Até quando jogar?

Todo tenista sonha em ser um bom jogador, jogar os grandes torneios, ser top 100, ganhar Roland Garros e, para os mais sonhadores, em ser o número 1 do mundo. Isso só para ficar nos sonhos mais normais

Chegar ao profissionalismo é o primeiro passo. Quando chegamos, nos sentimos grandes, poderosos. Pra todo mundo que pergunta, dizemos que somos profissionais.

O segundo passo é conquistar um torneio, mesmo que seja menor. Pode ser um future, um challenger ou até um bom resultado no circuito. Todos sabemos que o circuito respeita os que conseguem coisas grandes. 

Daí vamos ao primeiro grande sonho. Ser top 100. Não me perguntem porque, mas a marca de 100 do mundo muda muita coisa. Falar que você foi 100 do mundo é bem diferente de dizer que você foi 99. Ser um top 100 é algo grande.

A partir daí o céu é o limite. Cada jogador consegue seus objetivos ou até mais do que sonhava.

A carreira é longa, mas acaba muito rápido para o tenista. Perto dos 30, o jogador começa a sentir que cansa mais fácil, que as viagens são mais longas, os dias de treinos mais doloridos. Começam a te chamar de veterano do circuito e a cada segundo te perguntam se você tem planos para a aposentadoria. Parece que os jovens do circuito querem teu lugar e não aguentam mais te ver por lá. É bem verdade que alguns diferentes conseguem chegar mais longe e aos 32, 35 anos conseguem se manter no circuito. Mas como? Até quando?

Aqui no Brasil eu virei uma central de consulta sobre o momento da aposentadoria e sobre o que fazer. Já conversei com vários tenistas e até atletas de outros esportes. A grande pergunta é se vale a pena ficar jogando em um nível abaixo do que estava acostumado e perdendo de caras que ele não quer perder e nem perdia antes.

Quando isso acontece sempre começo a responder com uma pergunta. Por que você está jogando? Precisa do dinheiro? Pela fama? Porque não tem outra coisa pra fazer? Porque está com medo da vida fora do esporte competitivo?

Tenho que admitir que não é uma decisão fácil, mas não podemos ficar com medo dos desafios que estão por vir. A vida fora das quadras é muito legal e interessante. Da mesma maneira que temos que abdicar de coisas e lutar todos os dias dentro da quadra, as futuras obrigações serão igualmente difíceis.

Acho que atleta e principalmente tenista não pode ficar no circuito perdendo de todo mundo e fazendo feio. Mais ainda quando o cara tem um nome e fez grandes resultados. Tudo chega ao fim e se chegou a sua hora.. TENHA CORAGEM DE ACEITAR QUE CHEGOU A SUA HORA.

Hoje, às 20h30 na ESPN vamos debates sobre isso e muito mais com uma incrível atleta que ainda joga e joga muito. Fofão tem mais de 40 anos e não para de ganhar. Quero muito saber os motivos que a motivam a jogar a ganhar e o que ela pensa do futuro...

Pergunto pra você. Até quando vale a pena jogar? 

O inexplicado hospital do tricolor carioca

Um amigo que, tempos atrás, num rasgo de exagero, definiu o Fluminense como “o maior hospital da América do Sul”, telefona para recomendar que eu não deixe de ler a matéria de Marcos Penido no “Globo” de terça-feira, 9 de abril. Se não a matéria toda, ao menos o trecho que começa com esta informação: “O médico teve muito trabalho ontem. O departamento médico do clube estava cheio”. E segue a lista de jogadores entregues ao atarefado doutor: Thiago Neves, Wellington Nem, Bruno, Diguinho, Fred, Valencia, Rhayner e Carlinhos. Ao todo, oito, sem contar com Deco, que deixou o treino queixando-se de dores na coxa direita, e Marco Júnior, outro que vem desfalcando o combalido elenco de Abel Braga.

Realmente é impressionante o trabalho que tem o departamento médico do Fluminense. Isso desde os tempos da campanha pelo título brasileiro de 2012. Naquela ocasião, Deco e Fred eram os mais assíduos freqüentadores do hospital de que fala o amigo. Hoje, outros “habitués” tem se juntado a eles. Há veteranos, como Deco, mas há também garotos dos quais é justo esperar músculos e nervos mais saudáveis. Nem, por exemplo. E o mesmo Marco Júnior.

Como explicar que o Fluminense raramente mande a campo o seu time titular, isso, pelo menos, nos três últimos anos? Abel já recorreu a diferentes formações nas duas competições em disputa, o Estadual e a Libertadores. E chega à fase decisiva de ambas não só sem seu principal jogador, Fred, mas sem outros titulares. Fato que torna bastante improvável que o Fluminense se saia bem nas duas ou mesmo em uma delas. E como estará para a maratona do Brasileiro?

Outro amigo, este menos inconformado com a má saúde tricolor, lembra que as contusões são um problema crônico do futebol brasileiro. Segundo ele, em parte pelo mau calendário que nossos times tem de cumprir, em parte porque o preparo físico dos jogadores, alem de não estar em dia com os mais modernos métodos de treinamento, não é adequado à sequência de jogos a que estão obrigados.

Nessa não me meto. Nada entendo de preparo físico. Também não fiz um levantamento de quantas baixas cada clube brasileiro tem sofrido, a ponto de considerar que o problema, como sugere o segundo amigo, seja mesmo crônico,. Mas não há dúvida de que o Fluminense é o recordista em matéria de desfalques. Pode não ser o maior hospital da América do Sul, mas certamente, por ter seu departamento médico quase sempre cheio, seria de se esperar, de seus doutores e preparadores físicos, ao menos uma explicação. 

Imprensa italiana chama clássico de Roma de Faroeste. Violência também perturba na Europa


Uma batalha campal nos arredores do estádio Olímpico de Roma aconteceu minutos antes do dérbi de segunda-feira, empate por 1 x 1, com gols de Hernanes e Totti. O resultado deixou a Roma em sétimo lugar, a Lazio em quinto, distante da briga pela vaga na Champions League.

O dérbi preocupa cada vez mais os policiais italianos. O prefeito de Roma, Gianni Alemanno, fez um apelo: "Sou muito preocupado com os incidentes. Peço às duas torcidas que vivam um dérbi tranquilo."

A imagem mostra que não foi.
Oito feridos, quatro presos: saldo do clássido de Roma
Oito feridos, quatro presos: saldo do clássido de Roma

Destaque da final, Natália se livra de nuvem negra: ‘Uma vitória pessoal’


Os dias de angústia e dúvidas ficaram para trás. Depois de sofrer por conta de um tumor na canela esquerda, depois de um retorno às quadras ainda inconsistente, a ponteira Natália está radiante. Cresceu no momento decisivo da Superliga feminina de vôlei e liderou o Rio de Janeiro à conquista do título, sendo a maior pontuadora da decisão contra o Osasco, igualando os 22 pontos de Sarah Pavan. No histórico das nove finais entre os dois times, ela agora lidera o ranking de pontuação, cravando 106 bolas. Natália considera a atuação do último domingo um ponto final na “nuvem negra” que a atormentou.
- Só quem estava do meu lado sabe o quanto sofri. Essa decisão foi o reflexo da minha temporada. Lutei, tive momentos difíceis, mas fui feliz no final. Foi uma vitória pessoal também - disse a jogadora.
Volei - Natália Fabi Rio de Janeiro Campeão Medalha (Foto: Ivo Gonzalez/Agência O Globo)Com o Cristo Redentor ao fundo, Fabi e Natália exibem medalha da Superliga (Foto: Ivo Gonzalez/O Globo)
Foi de Natália o último ponto da partida. Não à toa. Depois que o Rio abriu vantagem no tie-break, a levantadora Fofão procurou a ponteira para presenteá-la com a missão de encerrar o confronto. Uma coroação por toda superação de Natália na temporada.
- Eu dei a bola para ela. Procurei e queria ter dado uma bola perfeita, mas não consegui. De todo jeito, ela virou. A Natália merecia isso. Cada vez que ela rever esse jogo, vai lembrar que ela decidiu. A Natália voltou a ter segurança na hora certa. Quero que ela lembre essa final, que ela saiba que é capaz de fazer tudo - disse Fofão.
Natália chegou a duvidar se conseguiria atuar no mesmo nível de antes do tumor na canela. A família, as amigas e o técnico Bernardinho foram fundamentais para fazê-la erguer a cabeça e voltar a acreditar em si.
- Parar de fazer uma das coisas que mais amo foi muito difícil. Ficava em dúvida se poderia voltar a ser a Natália de sempre. Não comecei bem a Superliga, chegava para o Bernardo e chorava. Ele falava: “Você vai jogar e vai ser campeã disso”. Acreditei na minha recuperação, do mesmo modo que acreditar que poderíamos vencer o Osasco - disse Natália.
Agora, a única dúvida de Natália é como aproveitar as férias, se é que terá tempo para isso. A ponteira não sabe exatamente qual será a sua programação, que pode contar com a disputa do Sul-Americano de clubes e com o início da preparação da seleção brasileira para o Grand Prix, principal competição entre seleções em 2013.

Libertem a alegria!*


Leandro, do Palmeiras, e Luan, do Atlético-MG, têm algumas particularidades em comum. Ambos são jovens promessas do futebol brasileiro, marcaram gols importantes pelas respectivas equipes no domingo, festejaram o momento de alegria intensa e… levaram cartões amarelos. Em ambos os casos, por “conduta antidesportiva”, seja lá o que isso for.
Essa atitude vaga, de larga interpretação e contornos pouco precisos, permite às Suas Senhorias dos gramados advertir os atletas, se considerarem que exageraram na euforia. E, claro, com devido respaldo de seus superiores e da casta especial de analistas de arbitragem, composta de ex-colegas que em geral comungam dos mesmos critérios.
As faltas dos moços? Leandro, 19 anos, fez o gol da vitória palestrina por 2 a 1 sobre a Ponte, resultado que derrubou longa invencibilidade da brava adversária, até então insuperável no Campeonato Paulista. Assim que mandou a bola para as redes, colocou a mão no ouvido direito, como se dissesse para o público: “E agora, ninguém vai dizer nada?” Gesto quase tão antigo quanto o esporte, repetido por tantas gerações de boleiros.
Céus! Isso configura afronta e pode incitar à violência, na avaliação de quem faz as regras do jogo. O profissional não tem direito de comportar-se de maneira tão indigna! Então, os zelosos juízes não vacilam em mostrar-lhe, por meio daquele cartãozinho, o quanto desaprovam a indelicadeza. Foi o que fez Luís Vanderlei Martinucho, todo garboso. É para os saidinhos aprenderem que não se brinca com coisa séria como o futebol. Ora!
Reação semelhante teve Wanderson Alves de Souza, responsável pelo bom andamento dos trabalhos entre Atlético-MG e Boa, pelo Campeonato Mineiro. Luan, 22 anos, anotou golaço, o terceiro dos 4 a 0 finais e o segundo dele na partida, e ficou rodando, rodando, a imitar aviãozinho. Lembrou o técnico Zagallo lá por 1990 e tantos. Na interpretação do senhor do espetáculo, demorou muito para voltar ao meio do campo. Por isso, lascou-lhe a admoestação.
O curioso é que Luan levou algumas pancadas na partida e os agressores passaram incólumes. E ele mesmo, depois, também deu uma sapatada num marcador e o árbitro fechou os olhos. Se aplicasse outro amarelo, viria o vermelho de brinde. Como fica a critério do apitador definir o que vale ou não, vida que segue. Bater é do jogo; quebrar canelas, risco normal. Mas exaltar-se na hora do gol fere a moral e os bons costumes.
Coitado do César Maluco, que se pendurava nos alambrados nos anos 1970. Hoje, seria um pária. Coitado do Serginho Chulapa, do Romário, do Edmundo. Acho que até o Pelé iria se estrepar, porque socar o ar, após os gols, poderia soar ofensivo, agressivo…
Jogadores e formadores de opinião, quem tenha mínima influência, deveriam unir-se e fazer campanha para o basta à hipocrisia, à caretice e à cara de pau disseminadas no futebol. Punição para os brucutus, para técnicos que mandam bater, para dirigentes pilantras, para juízes desonestos, para arruaceiros de arquibancadas. E liberdade para a vibração intensa, exagerada na razão de existir o futebol: o gol. Gol sempre é farra, adrenalina, risos e lágrimas de alegria!
Verde renasce. Por falar em entusiasmo, o Palmeiras supera limitações com suor e raça. A moçada de Gilson Kleina não prima pela técnica, mas tem corrido mais do que equipes estreladas e encrencadas. Os 2 a 1 sobre a Ponte dão esperança de que pode avançar na Libertadores. Nesta semana, a decisão é com o Libertad.

A Liga


O que faria o Botafogo pensar em devolver o Engenhão para a Prefeitura do Rio de Janeiro? Construído para os Jogos Pan-americanos de 2007, custou seis vezes mais para o bolso do contribuinte do que o previsto. Sob o controle do clube, significava a possibilidade de reabilitação de uma das mais tradicionais instituições do esporte nacional.
Os problemas estruturais detectados na cobertura do estádio pesam menos na avaliação do Botafogo do que o fracasso na administração da nova casa. São os velhos e intermitentes problemas de gestão do futebol brasileiro. A situação é tão grave que até quem chafurda na incompetência já percebeu que algo deve ser feito.
Mas sempre pode ficar pior. A repórter Gabriela Moreira, da ESPN, revelou na quinta-feira que o Maracanã, depois de consumir R$ 1 bilhão para a Copa do Mundo de 2014, precisará de uma nova reforma para atingir os padrões técnicos exigidos pelo Comitê Olímpico Internacional para os Jogos de 2016. Vem aí mais uma obra, acredite.
Seria muito melhor escrever apenas sobre futebol. Mas que futebol? Houve algo relevante nos últimos dias, além da derrota do São Paulo para o Strongest e o confronto entre a polícia mineira e os jogadores do Arsenal de Sarandi? Talvez o amistoso da seleção brasileira contra a Bolívia, mas pensando bem...
O futuro está nas mãos dos clubes, na constituição de uma liga responsável pela organização do negócio. Há muito tempo a Inglaterra, de onde escrevo esta coluna, deixou a federação de lado.
Estou na cidade de Manchester para comentar o clássico entre os times da cidade. Aqui a rivalidade não é para amadores, mas tem limites. Precisa ser boa para todos.
A partilha equilibrada da receita de televisão é um bom exemplo disso. Não existe santo em gramados ingleses, mas a indústria funciona porque até os espertalhões sabem que a missão de organizar o campeonato é de quem o disputa.
É óbvio que nem todos os modelos são replicáveis no Brasil, como o que possibilita a compra e a venda de um time. O Manchester United pertence à família Glazer, dos Estados Unidos, enquanto o City está nas mãos da família real de Abu Dhabi, dos Emirados Árabes.
Logo mais, a partir das 16 horas (de Brasília), no Old Trafford, a única certeza é que haverá uma multidão injetando dinheiro na conta do clube e se divertindo, na mais pura atmosfera do futebol. O torcedor investe pesado para comprar ingressos, mas a entidade também se esforça para fazer a sua parte.
E nós, o que estamos fazendo? Arquitetando planos para salvar os clubes da falência, tentando eliminar dívidas com mágicas parlamentares no Congresso Nacional. É a maneira da cartolagem vestir o retrocesso com a roupa do avanço. E de se manter no poder com um altíssimo custo político e social. Sabe quem vai pagar a conta? Enquanto a missão estiver a cargo dessa gente vai sair caro.

Marin prometeu a pais de Kevin renda já acertada em 2011


O presidente da CBF, José Maria Marin, prometeu o que não podia ao afirmar publicamente que o amistoso entre Brasil e Bolívia, realizado anteontem, teria renda integralmente revertida para a família de Kevin Espada.
A realização da partida foi acertada em novembro de 2011, entre o presidente da Federação Boliviana de Futebol (FBF), Carlos Chávez, e Marco Polo Del Nero, hoje vice da CBF, mas à época sem cargo na confederação.
No dia 12 de março, Marin afirmou no programa "Encontro de Craques" do canal BandSports: "A seleção irá jogar na Bolívia, graciosamente, com renda total para a família do menor".
Esta seria, segundo ele, "a melhor maneira de prestar solidariedade à família".

Isto é José Maria Marín

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1979/Folhapress
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O governador Paulo Maluf (ao centro) e o vice-governador José Maria Marin (à dir.) durante discursoLeia mais
A declaração de Marin teve repercussão imediata na Bolívia. A Folha apurou que o presidente da FBF, Carlos Chávez, foi cobrado e telefonou para o colega brasileiro pedindo esclarecimentos.
Em razão disso, no dia 13 de março, um dia após sua declaração pública, Marin encaminhou carta, a qual à Folha teve acesso, a Chávez na qual detalhou a divisão dos custos e deixou claro que "a renda da partida será em favor da Federação Boliviana de Futebol".
Conforme a data do jogo se aproximava, o assunto voltou a ganhar espaço. À Folha e a emissoras de TV da Bolívia o pai do garoto se disse "feliz com Marin" e "triste com a federação boliviana".
O jovem boliviano morreu em 20 de fevereiro, em Oruro, ao ser atingido por um sinalizador durante a partida entre Corinthians e San José.
Sem nenhuma posição pública de Marin sobre o destino da renda da partida, no último dia 3, três dias antes do confronto, Chávez enviou uma longa carta ao presidente da confederação.
O dirigente cobrou: "É preciso que o amigo deixe claramente estabelecido o verdadeiro motivo da honrosa visita de vossa seleção". E ameaçou: "Caso contrário, com muito pesar e a gratidão de sempre, nos veríamos obrigados a suspender o amistoso".
A réplica de Marin se deu no mesmo dia. "Reiteramos nosso ofício datado de 13 de março de 2013 [...] Qualquer outra notícia é inteiramente sem fundamento."
Anteontem, dia do jogo, o encontro entre Marin e Chávez foi tenso. Os dois posaram lado a lado quando o brasileiro entregou ao boliviano uma carta na qual pede ajuda para a situação dos 12 corintianos presos em Oruro.
Questionado por jornalistas brasileiros sobre a renda da partida, Chávez respondeu que este "é um assunto interno da federação".
Marin recuou em relação ao que havia dito no Brasil em março. "Não podemos fazer nada, somos convidados, os anfitriões são eles."
A renda bruta --de R$ 1,06 milhão-- ficará com a FBF.
Pelo acordo entre as federações, as duas seleções vão se enfrentar de novo, no Brasil, em partida ainda sem data e local definidos.
Editoria de Arte/Folhapress