sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Alemão

15h30 Borussia Dortmund 3x1 Hamburgo

Argentino - Apertura

19h10 Banfield 0x2 Atlético Rafaela
21h15 Unión 1x1 Argentinos Juniors

Brasileiro Série B


21h00 Náutico 1x0 ASA
21h00 Paraná Clube 1x3 Grêmio Barueri

Mundial Sub-20

19h00 Portugal 1x0 Nova Zelândia Grupo B
19h00 Uruguai 0x1 Camarões Grupo B
22h00 França 2x0 Mali Grupo A
22h00 Colômbia 1x0 Coreia do Sul Grupo A

VÍDEO: Dérbi no Oriente vale primeiro título da temporada italiana. Milan ou Inter?

Milan e Internazionale disputam neste sábado a Supercopa Italiana, a partir das 9h, com transmissão da ESPN Brasil. É a primeira vez, desde a criação do duelo entre os vencedores da Serie A e da Copa da Itália, em 1988, que os dois rivais de Milão ficam frente a frente na disputa. Ironicamente, será também o último "Derby della Madonnina" este ano, já que a tabela do campeonato marca o confronto para a penúltima rodada (janeiro de 2012, no turno, e maio, no returno).

A partida será disputada no estádio Ninho de Pássaro, que abrigou os Jogos Olímpicos de Pequim e já recebeu uma edição anterior da Supercopa, em 2009, quando a Inter de José Mourinho foi derrotada pela Lazio. Outras edições já foram realizadas no exterior: duas vezes nos Estados Unidos (1993 e 2003) e uma na Líbia (2002).

O primeiro troféu da temporada não é necessariamente indício do que virá pela frente. Depois daquela derrota na China, Mourinho levou a Inter ao "triplete" de títulos, com Champions League, campeonato e copa. Em compensação, Rafa Benítez levou os nerazzurri ao título da Supercopa no ano passado e nem mesmo comeu o panetone como treinador da equipe (apesar de ter conquistado também o Mundial de Clubes).



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De qualquer maneira, vale muito pela rivalidade entre os dois times, que a princípio partem como favoritos ao scudetto. O Milan que entra em campo neste sábado não difere em nada daquele que se sagrou campeão nacional da última temporada. Os dois principais reforços - Mexès e Taiwo - estão indisponíveis. O zagueiro francês por estar em recuperação (assim como Flamini, Inzaghi e o recém-chegado El Shaarawy) e o lateral nigeriano por ainda cumprir uma suspensão dos tempos de Olympique de Marseille. Portanto, será o habitual 4-3-1-2, com Boateng atrás da dupla Pato-Ibrahimovic.

Vale lembrar que Massimiliano Allegri conseguiu duas vitórias nos dérbis de 2010/11. E enfrenta uma Inter cheia de novidades no plano tático. Gian Piero Gasperini, o ex-treinador do Genoa que assumiu o lugar de Leonardo, trabalhou durante a pré-temporada com o esquema 3-4-3 que adotava no antigo clube. Como qualquer nova formação, requer prática e entrosamento, o que não se adquire em poucas semanas de trabalho.

Além disso, ao contrário do colega rossonero, Gasperini optou por dar férias mais longas aos jogadores que disputaram a Copa América. As únicas exceções foram o goleiro Júlio César e o capitão Javier Zanetti, por causa de lesões sofridas por Viviano e Nagatomo, que deveriam ser titulares no confronto. Gasperini havia negado um pedido de Zanetti para antecipar o retorno a fim de participar da Supercopa, alegando que o descanso seria importante, mas voltou atrás com a contusão do japonês.

Entre os novos contratados, aquele que tem mais chances de estrear é o argentino Ricky Álvarez, ex-Vélez Sarsfield. Polivalente, Álvarez pode atuar como meia ou atacante de lado. Na pré-temporada, deixou boas impressões no início, mas oscilou demais, o que pode motivar o treinador a apostar em Pandev, há mais tempo com o grupo.

A Inter ainda pode mudar sua cara antes do início do campeonato, considerando a hipótese de Sneijder ser negociado com o Manchester United. Neste caso, cresceriam as cotações de Tevez, do City, em Appiano Gentile. O Milan, por sua vez, considera que o quebra-cabeças de Allegri ainda depende de uma peça faltante: um meio-campista que jogue pela esquerda, como Seedorf. Os torcedores sonham alto (Fàbregas, Schweinsteiger), mas a realidade deve ser um nome entre Aquilani e Montolivo.

Por ser um time já pronto, o Milan leva certa vantagem nesta Supercopa. Mas clássico... bom, você já sabe. Melhor acordar cedo no sábado.

Veja os relacionados e as prováveis escalações:

Milan

Goleiros: Abbiati, Amelia, Roma
Defensores: Abate, Antonini, Bonera, Nesta, Taiwo, Thiago Silva, Zambrotta, Yepes, De Sciglio
Meio-campistas: Ambrosini, Boateng, Emanuelson, Gattuso, Seedorf, Van Bommel, Valoti
Atacantes: Cassano, Ibrahimovic, Paloschi, Pato, Robinho.

Time provável (4-3-1-2): Abbiati; Abate, Nesta, Thiago Silva, Zambrotta; Gattuso, Van Bommel, Seedorf; Boateng; Pato, Ibrahimovic.

Inter

Goleiros: Júlio César, Castellazzi, Orlandoni
Defensores: Córdoba, Caldirola, Ranocchia, Samuel, Chivu, Faraoni, Santon, Bianchetti, Zanetti, Natalino
Meio-campistas: Stankovic, Thiago Motta, Sneijder, Álvarez, Mariga, Obi, Crisetig, Muntari
Atacantes: Pazzini, Eto'o, Pandev, Castaignos

Time provável (3-4-3): Júlio César; Ranocchia, Samuel, Chivu; Santon, Stankovic, Sneijder, Zanetti; Pandev (Álvarez), Pazzini, Eto'o.

Fred 'Slater' e 'He-Man', um show de preparo físico no... boteco

Pode-se absolver ou condenar os jogadores – o veredicto depende da paixão de cada um. Mas uma coisa é certa: Fred ‘Slater’ e Rafael ‘He-Man’ Moura estão em ótima forma física.

Só mesmo fiéis discípulos da AAB (Associação dos Atletas da Birita) conseguiriam escapar da fúria de torcedores após 60 caipisaquês, em apenas duas horas, sem tropeçar e/ou cercar o ganso.

Os atacantes foram flagrados no Astor, famoso bar do Arpoador, ao lado de dois amigos e quatro moçoilas – duas louras e duas morenas.

Fred ‘Slater’ e Rafael ‘He-Man’ Moura também deram uma aula de direção que certamente deixaria Rubinho ‘Bate-ou-quebra’ com inveja.

Ao sacar a chegada de integrantes da Young Flu, organizada dos anjinhos vândalos, eles pagaram a conta em ritmo de Usain Bolt, pegaram as tartarugas envenenadas (BMW e Land Rover) e dispararam pelas ruas. A galera, num Fiesta, engoliu mais poeira que peão quando beija o chão em rodeio.

Além de 60 caipisaquês (R$ 16,50 cada), o grupo consumiu picadinhos (R$ 36), espaguete (R$ 36) e besteiras à milanesa (R$ 31), de acordo com o ‘Extra’.

Do Arpoador, eles pipocaram para a Barra da Tijuca atrás de sal de fruta em copo de suco, deixando para trás promessas de amadurecimento.

Dois dias antes, Fred ‘Slater’ havia garantido à torcida e ao técnico Abel Braga que tinha se transformado em seminarista nota 10 das Laranjeiras.
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Carne de pescoço. E o troca-troca no Olímpico lembra a calmaria de mares nunca dantes navegados. Após incontáveis 33 dias, Julinho Camargo foi substituído por Celso Roth – quarta passagem pelo Grêmio desde 1999. Herança até agora: 197 jogos, 104 vitórias, 44 empates, 49 derrotas e três bicos nos fundilhos. Roth será o 17º treinador na era dos pontos corridos do Brasileirão. A churrasqueira gremista:

2003: Tite, Darío Pereyra, Nestor Simionatto e Adilson Batista
2004: Adilson Batista, José Luis Plein, Cuca e Cláudio Duarte
2005: Hugo de León e Mano Menezes
2006: Mano Menezes
2007: Mano Menezes e Vagner Mancini
2008: Vagner Mancini e Celso Roth
2009: Celso Roth, Paulo Autuori e Silas
2010: Silas e Renato Gaúcho
2011: Renato Gaúcho, Julinho Camargo e Celso Roth

Happy birthday. O boa praça ‘são’ Marcos, paredão dos periquitos em revista e goleiro de todas as torcidas, comemorou mais uma primavera cercado de súplicas para continuar mais um tempo como atleta. Ele, porém, resiste. A promessa de parar em dezembro segue firme, apesar de ‘uma coceirinha’. Argumenta, com a sabedoria dos 38 anos, que se sente como se tivesse um corpo de 28, mas sustentado por um joelho de 75. Marcão ganhou bolo, ovada e farinha dos companheiros. Só faltou o parabéns a você de Marcelinho Carioca.

Sugismundo Freud (by Voltaire). Conquistar não é suficiente. É preciso saber seduzir.

Zapping. A bola do ibope global voltou a murchar. Coritiba x Palmeiras cravou 21 pontos de média na Grande São Paulo, seis a menos que Coxa x Tricolor paulista, uma semana atrás. Já o duelo entre o campeão da Copa do Brasil, o Vasco, e o rei da América, o Santos, rendeu oito pontos à Band – Figueirense x Palmeiras amealhou seis na 12ª rodada. A Pauliceia desvairada, esburacada e abandonada é referência para o mercado publicitário.

‘Twitface’. ‘Muriçoca’ Ramalho, três chicotadas depois: de paz e amor a paulada na moleira da mídia.

Gilete press. De Ricardo Perrone, no ‘Uol’: “Neymar disse ao Santos que queria ficar, mas sem perder dinheiro. Por isso, pediu um reajuste para passar a receber o que o Real Madrid ofereceu a ele. O Alvinegro topou, desde que a multa aumentasse. As negociações estão adiantadas, e Neymar deve passar a receber R$ 1,3 milhão líquidos por mês. Esse valor pode aumentar com patrocínios. Em relação à multa, está sendo negociado um aumento de 10 milhões de euros. Ela passaria a ser de 55 milhões.” Criança esperança.

Tititi d’Aline. A fila anda. A atriz Nívea Stelmann garantiu que as chances de reatar o namoro com o santista Elano são as mesmas de folhear uma revista em horário de pico dentro do metrô. Em pé. O love story se foi em julho.

Você sabia que... o ‘professor’ Tite não indicou o goleiro Renan, três jogos e cinco gols?

Bola de ouro. Diego Souza. Depois de um ‘chá de banco’, o meia parece ter reencontrado o bom futebol no Vasco.

Bola de latão. Mauri Costa Lima. Solerte preparador de goleiros do Corinthians, de ótima passagem por Juventus, Náutico e Guarani. Como arqueiro, se destacou no Mogi Mirim, em 1992.

Bola de lixo. Vôlei. As equipes brasileiras devem estar muito bem servidas de levantadoras: Fofão, 41 anos, ouro na Olimpíada da China, vai jogar na Itália por absoluta falta de interesse dos supertimes nacionais.

Bola sete. “Por não ter condições psicológicas, em razão do episódio ocorrido em um restaurante, Fred pediu para não jogar” (comunicado do Fluminense, antes da partida com o Internacional – desce o pano!).

Dúvida pertinente. Julinho Camargo, sete jogos, uma vitória, quatro empates e duas derrotas no Grêmio: quem vai pagar a conta?

VÍDEO: Por que Grêmio e Santos tropeçam no meio da temporada?


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Fred e a falta que Rupert Murdoch faz por aqui

Acabamos sempre voltando a eles. Os Manjas. Não tenho o menor prazer no assunto. Escrevo sempre achando que é a última vez. Quase torcendo para isso. Mas o assunto acaba se impondo. A última vez que tive esse desprazer aqui nessa trincheirinha faz bem pouco tempo. Dia 30 de junho. Falava sobre o cinismo da justificativa-manja para manjar. A tal desculpa de que “se atrapalha o desempenho...”. Cínica, se dando assim poderes de decidir, como deuses, o que é bom desempenho, o que permite falar da vida alheia, etc. E pedia apenas honestidade, que assumissem que é uma luta por audiência, cliques ou tirar a própria existência medíocre no ofício do ostracismo, e não ficassem inventando subterfúgios. Está lá, basta descer até 30 de junho.

O episódio “Fred” dessa quinta me fez lembrar um trecho de tal texto. A certeza de que, cedo ou tarde, tal irresponsabilidade caminharia para legitimar agressões ou algo ainda mais grave. Aquele ponto em que a reflexão se torna urgente, em que as coisas passaram de todos os limites. Está no trecho que republico agora:

“Os Reis-Manjas estão nus. Não há argumento, nem mesmo o tal surrado e cínico do “vida pessoal atrapalhando o desempenho” que legitime um manja. Por algum tempo, gente boa acabou aceitando o torpe argumento. Que vai se esgotando. Mesmo que ainda gere e divulgue coisas mais torpes ainda, como disques-denúncias e alimente uma legião de pequenos-manjas em cada esquina, numa irresponsável cadeia que gera violência e agressão com quem é vítima da manjada.

Não bastasse, e aqui falo de minha aldeia, a traição ao espírito dessa cidade, que sempre se notabilizou por não se preocupar em manjar. Mas São Sebastião é mais forte. Nada sustenta o cinismo do jornalismo-manja. Que passará, como passarão os Manjas, recolhidos a insignificância de suas passagens e obras”.

Voltando: a aberração mudou ainda inacreditavelmente o eixo da discussão. Vimos gente falando da noitada de Fred, do número de caipirinhas consumidos ou de sei lá o que, mas o que está em questão, a notícia, é o inominável ato de uma meia dúzia se achar no direito de irromper um bar, na hora de lazer de um cidadão para interpelar o mesmo sobre sua vida pessoal. Se foi consumada agressão física ou não já nem importa. A agressão e a invasão é monstruosa. Legitimada pela campanha de manjas, disques-denúncias divulgados por manjas e afins.

No tal texto do dia 30 de junho, eu abria dizendo que “é grave a crise do jornalismo-manja”. Lamentavelmente, envergonhado diante dos fatos, sou obrigado a dizer que é muito, muito grave a crise de um modo geral. Do jornalismo, da sociedade... Nesse momento, sinto uma imensa falta por aqui de um Rupert Murdoch. Ele mesmo, o canalha barão da mídia, colhido em flagrante na sua sordidez-manja. Como sinto imensa falta da cultura dos tablóides sensacionalistas por aqui.

Por uma razão muito simples: é por causa dos Murdochs e dos tablóides que as coisas são claras na Inglaterra: manja é manja, sensacionalista sem escrúpulos é sensacionalista sem escrúpulos, fotógrafo que corre atrás de Lady Dy é paparazzi e imprensa séria é outra coisa, separada. Por aqui, com tudo misturado, temos que nos deparar com manjas dignos dos piores tablóides deitando cátedra sobre a legitimidade de se manjar “quando a noitada atrapalha o desempenho...”.

Resta o consolo de ler o que um monstro do jornalismo escreveu na Folha de São Paulo sobre o assunto há poucos dias, analisando o caso Murdoch. De quem compartilho, como escrevi no tal texto do dia 30, a certeza de que, mais ou menos dia, os manjas passarão. Oxalá sem mais vítimas. Sua ajuda, por favor, Mestre Clovis Rossi:

“Controlar a mídia é tarefa do leitor/ouvinte/telespectador. Eu tenho horror ao sensacionalismo, mas sei muito bem que meu gosto é minoritário, no Brasil como no Reino Unido ou qualquer outro país.
Rupert Murdoch não tinha 2,7 milhões de capangas armados de metralhadoras para forçar os ingleses a esgotar a tiragem do "News of the World".
Aliás, a propósito, vale reproduzir com uma ponta de orgulho corporativo a frase de Timothy Garton Ash, um dos intelectuais mais na moda na Europa, em seu artigo de ontem para "El País": "O melhor jornalismo britânico pôs a nu o pior", em alusão à incessante campanha do jornal"Guardian" para expor as indecências do "NoW".
Pois é, deixado livre, o melhor jornalismo acaba se impondo, por muito que demore”. (Clovis Rossi)