Fazia tempo que Elias não jogava tanto. Claro que grande parte do problema passava pela doença de seu filho, internado e só liberado ontem pelos médicos. O alívio pode ter sido o ânimo que faltava para voltar a seu melhor nível. Como na vitória sobre o Cruzeiro, Elias foi o motor do time. No primeiro tempo, saindo da posição de segundo volante para chegar ao ataque como elemento-surpresa, sua melhor característica. Nessa função, fez um gol e deu o passe para o outro.
No segundo tempo, a partir da entrada de Diego Silva, aos 21 do segundo tempo, como armador. 
O Flamengo não jogou sua melhor partida. Teve sabedoria e tranquilidade no primeiro tempo, mérito indiscutível para virar o jogo depois de sofrer o gol de Sasha logo aos 4 minutos. Houve um momento incrível entre os 32 e 33 minutos do primeiro tempo, quando o Flamengo trocou 21 passes durante 51 segundos, sem permitir que o Goiás encostasse na bola.
Faltou fazer isso mais vezes no segundo tempo. Por isso, o Flamengo permitiu ao Goiás levantar bolas de maneira incansável. A jogada funcionava para os goianos, mas a insistência era reflexo da falta de repertório. O Flamengo vai sofrer contra a boa equipe do Atlético Paranaense. Mas repete o estigma de seus times desacreditados que chegam discretamente e levantam canecos. Foi assim em 1992, 2009, 2006...