segunda-feira, 11 de junho de 2012

Argentino - Clausura

20h30 Racing Club 1x1 Colón

Eurocopa


13h00 França 1x1 Inglaterra Grupo D 
15h45 Ucrânia 2x1 Suécia    Grupo D

Musas do esporte

Deco elogia atuação contra Inter, mas não lamenta empate: 'Futebol não tem justiça, tem eficiência'

O meia Deco lamentou o empate do Fluminense em 0 a 0 com o Internacional no Engenhão, neste domingo, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Segundo o jogador, o time carioca, que chegou ao terceiro empate no torneio, jogou melhor que o clube gaúcho, mas não mereceu vencer, pois não foi eficiente.

"A gente está com bastante gente fora, mas jogamos bem. Mas não marcamos, aí fica difícil. Tivemos duas situações claras contra o Internacional, assim fica difícil. Futebol não tem justiça tem eficiência. A gente jogou bem, mas não marcou", disse o meia luso-brasileiro ainda no gramado.

Já o volante Edinho lamentou o resultado. "Não fomos felizes, mas empatamos com uma grande equipe que vai tirar pontos dos outros. Acho que, pelo que a equipe jogou hoje, merece um resultado melhor. O Internacional vai brigar pelo título como a nossa mas acho que o empate está tranquilo", disse.

Para o goleiro Diego Cavalieri, o resultado não é desesperador, mas já deixa o sinal aceso para a luta pelo título. "É importante fazer pontos em casa, mas agora é manter a cabeça no lugar. Temos outro jogo no sábado para não deixar o grupo da frente disparar que depois fica complicado", finalizou.

Para Deco (esquerda), o Flu jogou bem, mas falta de eficiência não tornou empate com Inter injusto
Para Deco (esquerda), o Flu jogou bem, mas falta de eficiência não tornou empate com Inter, de Sandro Silva, injusto
Crédito da imagem: Photocamera
Com seis pontos, o Flu já está com metade dos pontos do líder Vasco, o único time 100% da competição. Na próxima rodada, o time tricolor enfrenta a Portuguesa, novamente no Engenhão

Náutico bate Botafogo e vence a primeira no Brasileiro

O Náutico venceu em casa o Botafogo por 3 a 2 neste domingo, no estádio dos Aflitos, em confronto válido pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o time alvirrubro chegou à primeira vitória na competição e agora tem quatro pontos no torneio, fora da zona de rebaixamento. Já o time alvinegro, que perdeu a segunda partida seguida, permanece com seis pontos.

Jogando em casa, o Naútico começou com tudo. Logo aos 16 minutos do primeiro tempo, Araújo abriu o placar para o Timbu. Aos 32, Lúcio, ex-Palmeiras e Grêmio, ampliou para o clube pernambucano. O cenário parecia que ia mudar no segundo tempo: Márcio Azevedo diminuiu logo aos dois minutos e E Fábio Ferreira empatou aos 14. Derley, aos 37, porém, interrompeu a reação do rival e garantiu a vitória.

Na próxima rodada, o Náutico recebe o Grêmio, enquanto o Botafogo visita o Internacional.

Lúcio marcou sobre o Botafogo na primeira vitória do Naútico no Brasileiro
Lúcio marcou sobre o Botafogo na primeira vitória do Naútico no Brasileiro
Crédito da imagem: Agência Estado
O jogo
O Náutico começou a partida no ataque. Apoiado pela grande torcida presente aos Aflitos, o time dirigido por Alexandre Gallo tentou impor seu ritmo de jogo, enquanto o Botafogo tentava controlar o ímpeto do adversário e sair com a bola dominada para o ataque. A equipe carioca criou a primeira jogada de perigo aos cinco minutos quando Herrera recebeu em profundidade e tentou encobrir o goleiro Felipe que fez grande defesa.

Aos 17 minutos, o Náutico marcou o primeiro gol. O atacante Araújo recebeu na grande área, se livrou de Lucas e bateu sem chances para o goleiro Milton Raphael. A vantagem animou a equipe da casa que quase marcou o segundo aos 23 minutos em chute forte de Souza que passou muito perto da trave alvinegra. O Botafogo não conseguia ser objetivo, mostrando muita troca de passes no meio campo.

O time carioca só voltou a incomodar aos 25 minutos quando após cobrança de escanteio, Fábio Ferreira cabeceou para boa defesa de Felipe. O Botafogo mostrava nervosismo e pouca objetividade. Herrera, muito isolado, quase não tocava na bola.

Aos 33 minutos, o Náutico ampliou. Rhayner recebeu a bola pela direita, invadiu a área e chutou cruzado, A bola passou por Araújo mas Lúcio vinha acompanhando o lance e mandou para o fundo das redes.

O Botafogo, sem outra alternativa, partiu de forma desesperada para tentar descontar a vantagem da equipe pernambucana. E quase conseguiu anotar o primeiro gol aos 40 minutos quando Maicosuel levantou a bola na área em cobrança de falta e Brinner cabeceou no canto mas o goleiro Felipe salvou com os pés. Aos 44 foi a vez de Herrera encher o pé e obrigar Felipe a praticar outra boa intervenção.

O Botafogo voltou com Elkeson no lugar de Andrezinho e maior disposição ofensiva enquanto o Náutico tentava aproveitar os avanços alvinegros para tentar surpreender a equipe carioca em lançamentos para Araújo.

Aos três minutos, o time de General Severiano marcou o primeiro gol. Lucas penetrou pela lateral direita e cruzou para a entrada fulminante de Márcio Azevedo que tocou sem defesa para Felipe.

O gol animou a equipe carioca que adiantou seu meio campo e aos seis minutos, numa saída de bola errada do Náutico, Elkeson tentou entrar na área e foi derrubado por Márcio Rosário que já tinha sido advertido com o cartão amarelo no primeiro tempo e foi excluído da partidam deixando a equipe pernambucana com dez jogadores. Foi a segunda expulsão de Márcio Rosário neste início de competição.

Gallo trocou o meia Souza pelo zagueiro César Marques e passou a se defender para manter o resultado mas aos 13 minutos o Botafogo chegou ao empate. Elkeson cobrou falta na área e Fábio Ferreira dividiu com César Marques pelo alto. A bola desviou na cabeça de César Marques e entrou no canto esquerdo de Felipe mas o árbitro confirmou o gol para Fábio Ferreira.

A igualdade animou o time carioca que quase desempatou aos 15 em chute forte de Renato que Felipe desviou para escanteio. O goleiro do time pernambucano voltou a salvar sua equipe aos 17 minutos quando Herrera colocou Maicosuel livre na área e o chute do atacante foi defendido pelo goleiro.

O time da casa não conseguia mais se arrumar em campo e apenas tentava resistir à pressão cada vez maior do Botafogo. Araújo e Rhayner quase não recebiam passes e estavam mais preocupados em tentar impedir o avanço dos zagueiros adversários do que em atacar. Só aos 24 minutos é que o Náutico voltou a incomodar a defesa alvinegra e o goleiro Milton Raphael teve que intervir para cortar um cruzamento perigoso de Lúcio.

O Botafogo trocou o volante Jadson pelo meia Cidinho. O lance animou a equipe pernambucana que passou a equilibrar a partida. Aos 32 minutos, o Botafogo também ficou com dez jogadores. Márcio Azevedo atingiu Araújo em disputa de bola e acabou recebendo cartão vermelho.

Aos 37 minutos, o Náutico marcou o terceiro gol. Lúcio mandou pelo alto, Romero cabeceou e Vítor Júnior errou ao tentar recuar de cabeça e deixou a bola nos pés de Derley que passou pelo goleiro Milton Raphael e bateu para o gol vazio.

Depois do gol, o Náutico só se preocupou em administrar a vantagem até o final da partida.

FICHA TÉCNICA
NÁUTICO 3 X 2 BOTAFOGO

Local:
Aflitos, em Recife (PE)
Data: 10 de junho de 2012 (Domingo)
Horário: 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa-PR)
Assistentes: Thiago Brigido (CE) e Pedro Christino (PR)
Cartão Amarelo: Márcio Rosário(Nau); Lucas(Bota)
Cartão Vermelho: Márcio Rosário(Nau); Márcio Azevedo(Bota)

Gols:
NÁUTICO:
Araújo aos 17 e Lúcio aos 33 minutos do primeiro tempo; Derley aos 37 minutos do segundo tempo
BOTAFOGO: Márcio Azevedo aos três minutos e Fábio Ferreira aos 13 minutos do segundo tempo

NÁUTICO: Gideão; Auremir, Marcio Rosário, Ronaldo Alves e Lúcio; Derley, Elicarlos, Martinez e Souza(César Marques); Rhayner(Siloé) e Araújo(Romero)
Técnico: Alexandre Gallo

BOTAFOGO: Milton Raphael; Lucas, Brinner, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Jadson(Cidinho), Renato, Maicosuel(Lucas Zen), Vitor Júnior e Andrezinho(Elkeson); Herrera
Técnico: Oswaldo de Oliveira

No melhor jogo da Euro, empate entre duas seleções fiéis a seu modo de ver futebol

Eu tenho todo o respeito pela história da Itália no futebol. Respeito pelos resultados e pela maneira de jogar. Apenas não sou obrigado a gostar dessa maneira de ver o jogo.

No domingo, a Itália fez um grande jogo contra a Espanha. A seu estilo. Que hoje não é, não, uma retranca. Eu chamo de "retranca" aquela coisa de 11 defendendo, o antifutebol, querer que não haja jogo e que o duelo acabe 0 a 0. A Itália não joga assim. A Itália simplesmente prioriza a defesa para depois pensar no ataque. Isso não é errado. De novo, só não me obriguem a gostar.

Um dia, em Madri, um grande amigo, jornalista francês da Eurosport, comentou comigo. "Vocês, brasileiros, acham que futebol é só atacar. E futebol é atacar e também defender".

Ele tem razão. A escola do Brasil sempre desprezou a arte de defender, nunca tivemos sistemas defensivos consistentemente sólidos em nossas bases e campeonatos e é essa, na minha opinião, a razão do desnivelamento entre o Brasileirão e as ligas europeias.

A Itália, ao contrário do Brasil, pensa primeiro em defender. Primeiro, na organização tática. Primeiro, em evitar que o outro te faça dano. Depois, pensa em como fazer dano. Pensa em soluções para chegar ao gol do outro lado. Sempre foi assim historicamente, é a maneira deles de ver futebol.

Se dá resultado? Não de forma constante. Consideremos o futebol pós-Guerra, somente. E a Itália tem no currículo uma Euro e duas Copas. A Espanha, por exemplo, tem duas Euros e uma Copa. A França, uma de cada. Tirando a Alemanha, a Itália está nivelada às outras "grandes" europeias. Às vezes chega (mais em Copas), às vezes dá papelões (mais em Euros).

Em Gdansk, a Itália foi fiel a seu estilo histórico. E fez bem. Contra uma Espanha sem atacante de ofício, Prandelli colocou oito jogadores compactados entre Buffon e a intermediária, às vezes com 3 e 5, na maioria das vezes com 5 e 3. Entre os zagueiros, De Rossi, que foi o melhor do time. Um volante que já chegou a ser um jogador ofensivo e agora comanda a zaga. Interessante.

A Itália disputou a posse de bola nos primeiros 20 minutos de jogo, depois não conseguiu mais (acabou 60 a 40 para a Espanha). Essa posse da Itália, quando a teve, consistia em ficar com ela no campo defensivo para que a Espanha não a tivesse. E consistia em tentativas de ligações diretas entre Pirlo e os atacantes. Deu certo, e no primeiro tempo a Itália obrigou Casillas a fazer três defesas importantes.

No segundo tempo, a Espanha passou a girar a bola com mais velocidade e a chutar mais a gol, dois recursos para furar a muralha que impedia a fluência de seu jogo nos primeiros 45 minutos. Em menos de 5 minutos, foram duas defesaças de Buffon em chutes de Cesc e Iniesta. Conforme o tempo foi passando, no entanto, a consistência defensiva da Itália foi falando mais alto.

É a hora em que fica mais nítida a necessidade de ter um jogador de referência à frente para a Espanha.

Os espanhóis foram a campo com Busquets e Xabi Alonso na proteção, depois Xavi, Iniesta, Silva e Cesc. É necessário, na continuidade do torneio, ter Torres ou Llorente no time. Quem sai? Possivelmente Cesc ou Silva. Mas poderia ser Xabi Alonso ou Busquets, já que eles não foram eficientes para evitar a exposição do sistema defensivo quando a Itália teve a bola.

Foi por isso que Balotelli teve uma chance clara desperdiçada (esse é um baita maluco). E foi por isso que Pirlo conseguiu habilitar Di Natale para o 1 a 0. A Espanha reagiu rápido e empatou com Cesc, após passe brilhante de Silva. E teve muitas chances de virar depois que Torres e Navas entraram no lugar dos dois protagonistas do gol espanhol - apesar de não terem jogado bem.

Torres perdeu um mano a mano com Buffon, que interpretou o que o atacante faria. Depois errou um passe de morte. E depois preferiu tentar um golaço por cobertura em vez de passar para um livre Jesús Navas. Três chances desperdiçadas por Torres. Um jogador que está sem confiança e, por essa razão, toma as decisões equivocadas em campo. Torres nunca foi grosso, mas anda perdendo gols demais. A única coisa que um atacante não pode fazer na vida.

Mas fica a lição para Del Bosque. É necessário ter um Torres ou um Llorente para que o sistema de passes no meio encontre alguém que finalize.

Essa é a escola espanhola de toda a vida? Não. Na verdade, é mais uma escola do Barcelona que está se espalhando por todo o país, que caiu no gosto dos técnicos de lá, da imprensa, dos torcedores e das crianças - e são elas que viram os atletas do dia de amanhã. A Fúria se transformou em tike-taka de uns 8 anos para cá - um termo cunhado por um narrador de basquete, que virou de futebol e morreu há alguns anos. Não é propriamente uma escola. Mas é o jeito de jogar atual da Espanha, e esse jeito de jogar foi respeitado em Gdansk e o será durante toda a Eurocopa.

Fiéis a seu estilo, Espanha e Itália fizeram um jogão para quem gosta de ver todas as facetas desse esporte chamado futebol. Seguirão fiéis. Creio que a Espanha disputará o título, creio que a Itália ficará pelo caminho.

O dia em que ninguém ligava para a seleção brasileira

Ninguém liga para a seleção, certo?

O capitão da Olimpíada fez falta
O capitão da Olimpíada fez falta
Crédito da imagem: Reuters
Não foi bem isso que vi na tarde deste sábado. Todos em volta de uma TV, daquelas surradas, de tubo (coisa démodé, hein?).

A cada ataque do Brasil um suspiro. Um xingamento. De vez e quando até cabia uma apresentação: “quem é esse Utini (sic) mesmo?”.

Ninguém sabia ao certo porque a amarelinha era vestida por um monte de ‘estranhos’. Porém todos sabiam exatamente quem era aquele baixinho com a camisa que um dia foi do Maradona.

E com ele não tem conversa.

Foi bom ver o time de Mano Menezes repetir um padrão, uma escolha de jogo. Foi importante perceber que é preciso melhor marcação dos volantes. Foi notória a falta que Tiago Silva faz.

E que Neymar pode jogar longe da já manjada faixa esquerda do campo.

Bom mesmo foi ver as pessoas vendo.
Mas, ninguém liga, certo?

Itália acerta na tática e empata grande jogo com a Espanha

Estrear contra os atuais campeões com um esquema nunca testado em jogos soava como uma medida arriscada do técnico da Itália, Cesare Prandelli. Um risco que valeu a pena, já que o 3-5-2 inspirado na Juventus, com seis jogadores da equipe entre os titulares, mostrou-se eficiente para combater a Espanha. Empate no placar, mas taticamente o italiano foi melhor.

Sabendo da intenção do técnico adversário, Vicente del Bosque quis tirar pontos de referência e montou a Espanha sem um homem de área, formando a linha mais avançada de seu 4-3-3 com David Silva, Fàbregas e Iniesta. Um "falso nove" para combater o "falso zagueiro" De Rossi, recuado para compor a defesa italiana com Bonucci e Chiellini.

Se as escalações já davam a entender que seria o melhor duelo tático da competição, em campo o jogo entregou o que prometia. A Itália se defendia com uma linha de cinco homens, com Maggio e Giaccherini voltando para compor, mas também saía para o jogo, com Pirlo e Cassano criando lances de perigo. Em determinado momento, a posse de bola chegou a ficar igualmente repartida.

A Espanha insistiu muito em jogadas pelo meio, algo natural por sua formação, mas raras vezes conseguiu dar profundidade às jogadas. Os esboços de tabela normalmente esbarravam na marcação, com De Rossi mostrando excelência em seu novo papel. A Itália foi mais perigosa quando chegou à frente, e teve grande chance em uma cabeçada de Thiago Motta defendida por Casillas.

Quem esperava uma retranca, possivelmente por não ter visto como jogou a Itália desde a chegada de Prandelli, viu outra coisa. E foram os italianos a sair na frente. Uma redenção pessoal para Di Natale, substituto de Balotelli, que marcou após um precioso passe de Pirlo. O atacante da Udinese, 80 gols nos últimos três campeonatos italianos, havia perdido pênalti contra a Espanha em 2008.

A resposta espanhola não demorou, e a agilidade que faltou em outros momentos apareceu na triangulação entre Iniesta (o melhor do time), David Silva e Fàbregas, que deixou tudo igual.

A Itália sofreu no final com o cansaço e as mudanças de Del Bosque, que usou Jesús Navas para forçar mais o jogo pelos lados e colocou Torres como referência. A vitória espanhola só não veio porque Torres justificou sua ausência do time titular, desperdiçando duas boas oportunidades. A presença de um centroavante característico ajudou a abrir a defesa riva.

Tanto Prandelli quanto Del Bosque terão questões a responder na sequência da competição. Di Natale vira titular ou Balotelli continua ao lado de Cassano? E a Espanha, insiste com o falso centroavante ou passa a usar um homem de referência. O técnico não pode ter convocado três deles por acaso.

Mais tarde - A Irlanda, referência em termos de retranca bem armada, foi um time distante de suas caraterísticas e sucumbiu à Croácia por 3 a 1. É verdade que o jogo foi condicionado pelo gol prematudo de Mandzukic, o sexto mais rápido da história da Eurocopa, mas nem mesmo o empate com St. Ledger mudou o panorama da partida.

Erros incomuns, como a furada de Ward que colocou Jelavic sozinho diante de Given para fazer 2 a 1, custaram muito caro aos homens de Giovanni Trapattoni. O goleiro irlandês, que já tinha demorado a chegar na bola no primeiro gol, ainda levou o azar de ver a bola bater na trave e voltar em sua cabeça no terceiro, também de Mandzukic.

Apesar do prejuízo com um claro pênalti não marcado de Schildenfeld em Keane, já com o placar em 3 a 1 (curiosamente com o árbitro Björn Kuipers, o mesmo do polêmico Barcelona x Milan da última Champions League), a Irlanda não tem como dizer que o resultado foi injusto.

Além da dupla Mandzukic-Jelavic, a Croácia tem uma linha de meias muito interessante, com Perisic, Modric - este, o mais talentoso da equipe - e Rakitic. A defesa, porém, ainda desperta preocupações, sobretudo no jogo aéreo, e deve ser muito mais exigida nos próximos jogos.

Grêmio domina o Corinthians, ganha a terceira seguida e mantém rival sem vitórias

O Grêmio precisou de apenas oito minutos e duas falhas do Corinthians para conquistar a terceira vitória seguida no Campeonato Brasileiro. Neste domingo, o clube gaúcho não teve dificuldades para superar os reservas corintianos por 2 a 0, alcançado a terceira vitória consecutiva na competição.

Os gols gremistas foram marcados por Marco Antonio, aos 21 minutos da primeira etapa, e por André Lima, oito minutos depois, aos 29.

O resultado levou os gremistas a 9 pontos, mantendo a equipe na disputa pelas primeiras colocações na tabela. O Corinthians, ainda priorizando a disputa da Libertadores, soma apenas um ponto, com três derrotas em quatro partidas.
Marco Antônio comemora o primeiro gol do Grêmio contra o Corinthians
Marco Antônio comemora o primeiro gol do Grêmio contra o Corinthians
Crédito da imagem: Divulgação
Na próxima rodada, o Grêmio vai até o Recife para enfrentar o Náutico, às 18h30 de domingo, nos Aflitos; o Corinthians pega a Ponte Preta, no mesmo dia e horário, em Campinas.

Antes, contudo, as duas equipes voltam a campo no meio da semana. O Corinthians pega o Santos na Vila Belmiro pelas semifinais da Libertadores, enquanto o Grêmio recebe o Palmeiras no Olímpico, na disputa por uma vaga na decisão da Copa do Brasil.

O jogo
A partida começou com pouca emoção no estádio Olímpico. Enquanto o Corinthians exibia dificuldade com a falta de entrosamento, o Grêmio não conseguia encaixar jogadas de perigo. André Lima até tentou arrematar de fora da área, mas errou o alvo na primeira tentativa dos gaúchos.

O Corinthians só esboçou alguma ameaça aos 17 minutos, quando Douglas fez fila na defesa gremista e rolou para Fábio Santos, que foi desarmado na hora exata do chute. Porém, o Grêmio soube aproveitar as bobeiras da zaga alvinegra para mexer no placar.

Aos 21, a defesa corintiana afastou em disputa dentro da área, mas a bola sobrou para Marco Antônio emendar um chute forte e baixo. O meia contou ainda com falha de Danilo Fernandes para estufar a rede. Depois do gol, o Corinthians tentou se lançar ao ataque e Willian bateu da meia-direita, sendo defendido por Victor.

Porém, em mais um vacilo da defesa corintiana, o Grêmio ampliou a vantagem, aos 28. Miralles cruzou e a zaga afastou. Mas o argentino teve nova chance para alçar na área, na segunda trave, onde apareceu Souza livre para cruzar na pequena área. André Lima se antecipou à marcação para desviar para o gol.

Pouco depois, o time local quase marcou o terceiro. Miralles recebeu lançamento pela direita, invadiu a área e chutou forte, exigindo defesa de Danilo Fernandes. Antes do apito para o intervalo, Douglas tentou levar o Corinthians ao ataque e assustou o goleiro Victor ao cruzar direto para o gol. Já no último lance do primeiro tempo, Willian girou na área e chutou, em nova intervenção do camisa 1 gremista.

No intervalo, o técnico Vanderlei Luxemburgo colocou Kleber na vaga de Miralles, com o intuito de dar ritmo ao Gladiador. No início da etapa, Werley avançou como um atacante e recebeu passe na cara do gol, mas Danilo Fernandes fez grande defesa. Do outro lado, Willian apareceu com liberdade na área pela direita e chutou, obrigando Victor a salvar o Grêmio.

Para evitar um desgaste antes da semifinal da Copa do Brasil, o Grêmio esfriou o jogo e passou a administrar a posse de bola, avançando apenas na chances mais claras. Foi assim que Kleber chegou nas costas da zaga e caiu em disputa com Antônio Carlos, pedindo pênalti, mas o árbitro considerou a jogada normal.

Em seguida, Luxemburgo tirou Marco Antônio para a entrada de Rondinelly. O Grêmio assumiu uma postura clara de cautela, mas ainda foi ameaçado em cobrança de escanteio de Douglas que carimbou a trave. Apesar de quase ter feito o gol olímpico, o Corinthians não exibiu força suficiente para reagir e esteve perto de levar o terceiro, quando Danilo Fernandes espalmou para o meio da área e deixou a bola limpa para Kleber, mas o Gladiador errou o alvo e desperdiçou chance incrível.

FICHA TÉCNICA:
GRÊMIO 2 X 0 CORINTHIANS

Local:
Estádio Olímpico, em Porto Alegre (RS)
Data: 10 de junho de 2012, domingo
Horário: 17h (de Brasília)
Árbitro: Evandro Rogério Roman (Fifa-PR)
Assistentes: Bruno Boschilia (PR) e Ivan Carlos Bohn (PR)
Cartões amarelos: Fernando e André Lima (Grêmio)
GOLS: GRÊMIO: Marco Antônio, aos 21, e André Lima, aos 28 minutos do primeiro tempo

GRÊMIO: Victor; Gabriel, Vilson, Werley e Pará; Fernando (Gilberto Silva), Souza, Léo Gago e Marco Antônio (Rondinelly); André Lima e Miralles (Kleber)
Técnico: Vanderlei Luxemburgo

CORINTHIANS: Danilo Fernandes; Welder, Antonio Carlos, Wallace e Fábio Santos; Marquinhos, Willian Arão, Ramon (Adilson) e Douglas (Romarinho); Willian e Elton
Técnico: Tite

Com dois belos gols, Vasco vence o Bahia e mantém 100% de aproveitamento

O Vasco venceu sua quarta partida no Campeonato Brasileiro em grande estilo. Com dois belos gols, o time carioca não teve dificuldade para fazer 2 a 1 no Bahia, em Pituaçu, e manter os 100% de aproveitamento na competição. O resultado também devolveu à equipe a liderança do Nacional - perdida no sábado após triunfo do Atlético-MG.

Após quatro rodadas, o Vasco é o único com 12 pontos conquistados no Campeonato Brasileiro - dois mais que o segundo colocado, Atlético-MG. Já o Bahia, que vinha embalado pelo empate conseguido em Minas Gerais diante do agora vice-líder, fica com dois pontos, na 16ª posição.

A vitória deste domingo começou a ser construída logo aos oito minutos de jogo, quando o zagueiro Titi cometeu falta em Diego Souza na entrada da área. Na cobrança, Juninho Pernambucano foi perfeito, acertando o ângulo direito do goleiro Marcelo Lomba, que sequer esboçou reação ao ver a bola entrando em sua meta.

Aos 31 minutos veio segundo, no momento em que o Bahia esboçava uma pressão para reagir. Após cobrança de tiro de meta de Fernando Prass, Diego Souza ajeitou com o peito para Alecsandro, que devolveu. Com campo disponível, o meia acelerou, deixou dois marcadores para trás e tocou, com categoria, por cima de Marcelo Lomba.

Além do desempenho da equipe em campo e a quarta vitória consecutiva, o torcedor vascaíno ainda pôde comemorar o retorno de Dedé ao time. Depois de mais de dois meses afastado, com um edema ósseo na perna esquerda, o zagueiro foi a campo no lugar de Rodolfo, aos 10 minutos da segunda etapa.

Já em campo, Dedé viu o Bahia diminuir o placar final, já nos acréscimos. Aos 49 minutos do segundo tempo, após bate-rebate na área a bola sobrou para o atacante Júnior, que teve tranqulidade para limpar Fernando Prass e bater com força. O gol, no entanto, veio já no último lance de jogo e pouco ajudou os baianos.

Na quinta rodada do Campeonato Brasileiro, defendendo o 100% de aproveitamento, o Vasco volta a campo no próximo domingo, quando vai a São Paulo para encarar o Palmeiras, às 16h. No mesmo dia, também às 16h, o Bahia busca a recuperação novamente em Pituaçu, no duelo nordestino contra o Sport.
Diego Souza marcou o segundo golaço e garantiu a tranquilidade para o Vasco
Diego Souza marcou o segundo golaço e garantiu a tranquilidade para o Vasco
Crédito da imagem: Divulgação
O jogo - Mesmo jogando em Pituaçu, o Vasco começou a partida em cima dos donos da casa e foi recompensado logo aos oito minutos de jogo. Após o zagueiro Titi cometer falta em Diego Souza, na entrada da área, e levar o primeiro cartão amarelo do jogo, Juninho Pernambucano foi para a bola. Milimetricamente, o meio-campista colocou a bola no ângulo, abrindo o placar.

Em desvantagem, o Bahia tentou esboçar a reação. Um minuto após sofrer o gol, Gabriel arriscou chute cruzado, assustando o goleiro Fernando Prass. Pouco depois, aos 15, Lulinha recebeu dentro da área e dividiu com Rodolfo. Após o contato, o jogador do Bahia reclamou de pênalti, mas o árbitro Anderson Daronco mandou seguir.

Aos 21, novamente o Vasco assustou. Alecsandro cabeceou e acertou a trave do goleiro Marcelo Lomba. Um minuto depois, foi a vez de Felipe Bastos quase ampliar. O volante soltou o pé, dentro da área e obrigou o arqueiro do Bahia a fazer um verdadeiro milagre. Dez minutos mais tarde, porém, Lomba nada pôde fazer.

Após cobrança de tiro de meta de Fernando Prass, Diego Souza ajeitou com o peito para a Alecsandro, que devolveu. Com campo disponível, o meia acelerou, deixou dois marcadores para trás e tocou, com categoria, por cima de Marcelo Lomba.

O resultado mantido no placar não agradava o Bahia e também não satisfazia o Vasco. Em busca de mais gols, as equipes passaram a pressionar no segundo tempo e mantiveram a partida em alto nível. Livre de marcação, Diego Souza foi o primeiro a arriscar com um chute forte, mas a bola saiu para fora.

Já aos oito minutos do segundo tempo, Fernando Prass precisou defender dois tiros seguidos para evitar o gol do Bahia. Primeiro, o arqueiro tirou com os pés o chute de Júnior, evitando em seguida a finalização de Gabriel com as mãos.

A pressão imposta pelo Bahia promoveu o retorno do zagueiro Dedé ao Vasco. O jogador, apontado como um dos principais defensores do futebol brasileiro, entrou no lugar de Rodolfo e recuperou o seu posto na equipe após uma delicada lesão que o afastou dos últimos amistosos disputados pela Seleção na Alemanha e nos Estados Unidos.

O retorno do zagueiro apelidado de ‘Mito’ pela torcida não intimidou o Esquadrão, que insistia em buscar o seu primeiro gol no confronto. Após cobrança de escanteio aos 13 minutos, Titi chutou de qualquer jeito e exigiu outra grande intervenção de Fernando Prass.

As chances criadas pelo Bahia deixaram o Vasco satisfeito com o resultado obtido no primeiro tempo e levaram Cristóvão Borges a fechar o time no meio-campo. A equipe passou a dar menos espaços ao seu adversário, mas também buscou menos o ataque.

Com esta postura em campo, o Vasco teve apenas uma única chance concreta de promover qualquer alteração na partida. Substituto de Diego Souza no segundo tempo do confronto, Carlos Alberto conseguiu colocar a bola para dentro da rede aos 37 minutos, mas o bandeira viu o jogador em posição de impedimento e anulou o gol.

O lance não alterou a forma como o Vasco se comportava em campo. Sem qualquer mudança tática, a equipe não conseguiu conter o avanço do Bahia e Júnior tratou de marcar o gol de honra da sua equipe aos 49 minutos. O atleta aproveitou a indecisão no setor defensivo dos cariocas e chutou forte para colocar números finais ao marcador da partida.

FICHA TÉCNICA:
BAHIA 1 x 2 VASCO

Local:
estádio Pituaçu, em Salvador (BA)
Data: 10 de junho de 2012, domingo
Hora: 17h (de Brasília)
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Assistentes: Carlos Berkenbrock e Nadine Camara Santos (ambos de SC)
Cartões Amarelos: Titi, Jones, Fahel, Ciro (Bahia); Fellipe Bastos, Juninho Pernambucano (Vasco)
GOLS:
VASCO:
Juninho Pernambucano, aos sete minutos do primeiro tempo, e Diego Souza, aos 31 minutos do primeiro tempo
BAHIA: Júnior, aos 49 minutos do segundo tempo

BAHIA: Marcelo Lomba; Fabinho, Danny Morais, Titi e Ávine; Fahel (Ciro), Diones, Gabriel e Diego (Magno); Lulinha (Júnior) e Jones
Técnico: Paulo Roberto Falcão

VASCO: Fernando Prass, Allan, Renato Silva, Rodolfo (Dedé) e Felipe (Thiago Feltri); Nilton, Fellipe Bastos, Juninho Pernambucano e Diego Souza (Carlos Alberto); Éder Luis e Alecsandro
Técnico: Cristovão Borges