segunda-feira, 22 de junho de 2015

Após ser anunciado por Eurico, Léo Moura desiste e não vai mais para o Vasco

REPRODUÇÃO ESPN
Léo Moura, do Fort Lauderdale Strikers, não vai mais para o Vasco
Léo Moura, do Fort Lauderdale Strikers, não vai mais para o Vasco
Horas depois de ser anunciado como reforço do Vasco pelo presidente Eurico Miranda, o lateral direito Léo Moura desistiu do negócio e não será mais contratado pelo clube. A decisão do jogador de 35 anos, ídolo do Flamengo e que está no Fort Lauderlade, dos Estados Unidos, irritou os dirigentes cruz-maltinos.
Em rápido contato por telefone com a reportagem do ESPN.com.br, Eurico confirmou a informação. O lateral ainda não tinha assinado contrato, tinha acertado apenas verbalmente com o Vasco um compromisso até o fim de 2016, mas acabou recuando.
Pouco depois, ao canal "Fox Sports", o dirigente vascaíno explicou a situação e criticou a atitude de Léo Moura: "O Vasco não procurou o Léo Moura, foi ele que procurou o Vasco. Quem negociou com ele foi o José Luís Moreira (vice-presidente de futebol), ele aceitou as bases e disse que queria jogar no Vasco. Se o jogador não cumpre aquilo que combinou com as pessoas é outra coisa. Se ele um dia quiser jogar no Vasco, nem de graça. Se teve pressão da tia, da torcida, isso não é problema meu".
Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, em São Januário, Eurico Miranda tinha confirmado as contratações de Léo Moura e do atacante Herrera, além da chegada do técnico Celso Roth.
Logo depois de ficarem sabendo que Léo Moura reforçaria o rival Vasco, diversos torcedores flamenguistas postaram mensagem nas redes sociais xingando o lateral. A repercussão negativa na internet pesou para o jogador voltar atrás. Agora, o destino dele pode ser o Coritiba, que já negociava com o empresário Eduardo Uram.
Léo Moura, de 36 anos, já atuou no Vasco em 2002, depois ficou dez anos no Flamengo, onde criou uma grande identificação com o clube. Ele se despediu do time rubro-negro em março deste ano para atuar no Fort Lauderdale, clube que tem como um dos donos Ronaldo, mas ficou menos de quatro meses por lá.
 
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Eurico confirma Celso Roth e Léo Moura e ignora passado flamenguista do lateral

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21h00




Estados UnidosEUA
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Após anunciar acerto, Léo Moura recua e não jogará pelo Vasco

Após anunciar acerto, Léo Moura recua e não jogará pelo Vasco
Leo Moura volta atrás e não acerta com o Vasco
Repercussão negativa teria sido decisiva e teria feito o lateral se arrepender

Leonardo Moura não vestirá mais a camisa do Vasco. O jogador se arrependeu da decisão com a repercussão negativa que o acerto com o maior rival do Flamengo, clube que jogou por 10 anos, e saiu no início de março.

A assessoria do presidente Eurico Miranda falou com o Esporte Interativo.

“O Leonardo Moura descumpriu a palavra dele. Ele descumpriu um acerto verbal que tinha diretamente com o presidente Eurico Miranda.” disse Roberto Garófalo.

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Eurico, em entrevista a Rádio Tupi se mostrou irritado com a situação e revelou que o contato inicial foi feito por Léo Moura.

“Ele tinha ligado algumas vezes para o Zé (José Luiz Moreira, vice de futebol doVasco), que ficou encarregado de ligar a respeito disso. Combinou com todos os pedidos do Léo Moura. O senhor Léo Moura esteve na casa do Zé para negociar. O Zé Luis passou para mim, ficou assumido o compromisso e hoje eu divulguei o Léo Moura. “O único problema que tem – e que tem deixar bem claro – é que o Vasco não procurou o Léo Moura, foi ele quem procurou o Vasco. Nem de graça vem para o Vasco.” disse o mandatário.

Para finalizar, o presidente descartou a possibilidade do jogador atuar em no clube.

“Estava acertado. Se agora não está acertado, não tem problema algum, mas não será acertado mais em nenhuma hipótese”. finalizou.

Com isso, fica a dúvida do destino de Leonardo Moura.

Léo Moura desiste de ir para o Vasco. "Não honrou a palavra", diz dirigente

Léo Moura, Fort Lauderdale Strikers (Foto: Heitor Esmeriz)Léo Moura não atuará mais pelo Vasco (Foto: Heitor Esmeriz)
Entre o anúncio e o recuo foram menos de quatro horas. Muitas conversas e nenhum acordo. Porém, Léo Moura não será jogador do Vasco. O lateral-direito, atualmente no Fort Lauderdale Strikers, dos Estados Unidos, deve ter mesmo como destino o Coritiba.   
Foi na manhã desta segunda-feira que o presidente Eurico Miranda anunciou a contratação. Em entrevista na qual revelou acordo com o treinador Celso Roth, o atacante Herrera e a intenção de contar com Ronaldinho Gaúcho, disse que o ex-jogador do arquirrival Flamengo estava acertado. Até o fim de 2016, ao "puxar pela memória". Mas tudo deu para trás, 
– Deixe-me esclarecer esse assunto. Em nenhum momento o Vasco procurou Léo Moura. Ele procurou diversas pessoas no Vasco, entre elas o (gerente de futebol) Paulo Angioni, querendo ver se se viabilizava vir para o Vasco. Ele havia ligado algumas vezes para o José Luis Moreira, que ficou encarregado de conversar, e o senhor Léo Moura esteve na casa do Zé Luis. Acertou as bases salariais para vir para o Vasco, em cima do pedido reiterado que ele fez. Como vice de futebol, o Zé Luis passou para mim, e estou habituado a lidar da seguinte maneira: assumido compromisso, compromisso assumido. Hoje (segunda-feira) divulguei Léo Moura – disse Eurico em entrevista à Rádio Tupi.
O presidente cruz-maltino criticou o fato de a decisão de Léo Moura possivelmente ter sido influenciada pela repercussão negativa entre os rubro-negros, irritados com a ida do lateral para o maior rival – a direção do Fort Lauderdale Strikers também ficou surpresa com o anúncio do Vasco. E disse que não liberou o jogador. Para Eurico, que as portas de São Januário estão definitivamente fechadas.
– Agora, a realidade da história. Se ele vai para o Coritiba, para aqui ou para lá... Ele ligou para o Zé Luis para dizer que tinha muito problema, que foi divulgado, que tinha pressão de sei lá quem, mas o único problema é que temos que deixar bem claro que o Vasco não procurou o Léo Moura. Se teve pressão de A, B ou C, isso não é problema meu. Agora, nem de graça ele vem para o Vasco. Não sei tratar as coisas dessa forma. O sujeito faz, pede e assume compromisso, depois diz que tem pressão da tia, da torcida e de sei lá quem. Em nenhuma hipótese ele joga mais no Vasco – finalizou o presidente, que concederá uma entrevista coletiva para explicar o caso.
José Luis Moreira, quem fez a negociação direto com Léo Moura e com o empresário Eduardo Uram, deu mais detalhes. Ao reconhecer não ter assinado contrato com o atleta, o vice-presidente de futebol disse que o acordo estava apalavrado. Para o dirigente, o jogador não honrou o compromisso.
– É ele quem tem de explicar. Teve algum problema e desistiu de vir. No Vasco, a palavra é o bastante. Mas nem todo mundo é assim. Ele não honrou a palavra. Ele procurou o Vasco e se ofereceu. Mas fez isso.
Eduardo Uram não atendeu aos telefonemas da reportagem. Antes do Vasco, o Fluminense apareceu como destino de Léo Moura, e o Coritiba também demonstrou interess

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18h00



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Após ser anunciado por Eurico, Léo Moura desiste e não vai mais para o Vasco

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Léo Moura, do Fort Lauderdale Strikers, não vai mais para o Vasco
Léo Moura, do Fort Lauderdale Strikers, não vai mais para o Vasco
Horas depois de ser anunciado como reforço do Vasco pelo presidente Eurico Miranda, o lateral direito Léo Moura desistiu do negócio e não será mais contratado pelo clube. A decisão do jogador de 35 anos, ídolo do Flamengo e que está no Fort Lauderlade, dos Estados Unidos, irritou os dirigentes cruz-maltinos.
Em rápido contato por telefone com a reportagem do ESPN.com.br, Eurico confirmou a informação. Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, em São Januário, o dirigente também tinha confirmado as contratações de Léo Moura e do atacante Herrera, além da chegada do técnico Celso Roth.
Logo depois de ficarem sabendo que Léo Moura reforçaria o rival Vasco, diversos torcedores flamenguistas postaram mensagem nas redes sociais xingando o lateral. A repercussão negativa na internet pesou para o jogador volotar atrás.
Volte em instantes para mais informações

RACHA NO VERDÃO?

Os torcedores do Palmeiras podem me xingar. Não estou nem aí. Mas eu falo a verdade e isso deve incomodar muita gente da diretoria. Vejam o caso da suposta renovação do meia Valdívia. Estaria marcada uma reunião do pai do jogador, seu procurador, com a direção do clube para tentar validar o vínculo do chileno por mais um período. O problema é que uma das exigência seria a não participação no negócio do executivo de futebol Alexandre Mattos.
Aí fiquei pensando: como assim? O Mattos não é o homem-forte do futebol do clube? Não é o cara que manda prender e soltar dentro do Palmeiras? Então como pode a direção excluí-lo do processo de renovação do principal jogador do time? Esperem um pouco, tem algo errado aí. Se o presidente vai assinar contra a vontade do diretor é porque a opinião do cara não vale de nada. Esse é o ponto! Afinal ele foi contratado porque teoricamente manja de bola. Se não quer o Valdívia lá é porque ele acha que o gringo não serve mais para o time. Simples assim.
Só que a partir do momento em que o Paulo Nobre usa de sua autonomia política para atropelar a decisão do executivo é porque desandou de vez essa sintonia. E não estou nem julgando qual decisão é a mais acertada. Não é isso. Só estou achando esquisita essa relação entre o presidente e a direção de futebol. Ou dá condições para o cara trabalhar ou se assume logo dono do Palmeiras.


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Do que vale a sobrevivência do Brasil na competição? Dunga e a cultura do sofrimento

E o Brasil avançou na Copa América. No fim com zagueiros espalhados em diferentes posições, é verdade, mas com o óbvio objetivo de deter o poderoso ataque venezuelano. É a cultura do sofrimento do técnico Dunga: "Temos condição e equipe para vencer. Mas vamos sofrer em todas as competições", disse ele na véspera do triunfo por 2 a 1.
Duro perceber o conformismo de tantos, discutindo a sobrevivência do time na competição. Passar adianta num torneio do nível técnico da Copa América é mera formalidade. Como deve ser para o time do Brasil em qualquer competição. Ou alguém acharia normal sair na primeira fase, mesmo que fosse uma Copa do Mundo?
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Robinho jogou na vaga de Neymar e foi substituído no segundo tempo pelo zagueiro Marquinhos
Robinho jogou na vaga de Neymar e foi substituído pelo zagueiro Marquinhos: cautela
A sobrevivência do futebol brasileiro é que importa. E ele segue respirando por aparelhos quando se constata a má qualidade do que é apresentado e a falta de ambição por um jogo mais competitivo, de imposição técnica, com repertório. O resultado é o que importa dentro da filosofia vigente. E nada mais.
Um time no qual os dois volantes não finalizaram sequer uma vez nos três jogos. Isso mesmo, Fernandinho e Elias não arremataram contra as metas rivais. É mais um exemplo da forma como Dunga e outros treinadores vêem futebol, como mostramos em outros post tendo Luiz Gustavo como exemplo — clique aqui e leia.
 
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Fernandinho e Elias ainda não chutaram ao gol na Copa América; Mauro compara números
No último campeonato inglês, o jogador do Manchester City desferiu 23 tiros em 33 pelejas marcando três vezes. Na atual temporada, em Libertadores e Série A, o coritiano soma 12 jogos, 11 finalizações e quatro gols. No ano passado, sob o comando de Mano Menezes, Elias chutou 35 em 24 partidas pelo Corinthians.
Não há dúvida que na visão do atual treinador, volantes apenas marcam e protegem as subidas dos laterais. Quando o jogo caminha para o final, a idéia será se proteger contra o adversário, jamais buscar um placar mais amplo que nocauteie o rival. Conceitos que num ou outro  clube poderiam até ser tolerados. Numa seleção pós-7 a 1, não dá.
 
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Para Mauro, classificação do Brasil à próxima fase é mera formalidade; entenda
É a propagação da cultura do sofrimento, tentiva clara de escapar da responsabilidade maior: reconstruir o time brasileiro para que jogue futebol competitivo e de bom nível. Mesmo que isso custe um tropeço aqui ou acolá. Do que valem vitórias em amistosos e números exibidos como troféus se não é possível ver um bom futuro pela frente?

Amarilla e auxiliar que está na Copa América são suspensos no Paraguai após revelação de escutas

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Auxiliar paraguaio Rodney Aquino em jogo da Libertadores deste ano
Auxiliar paraguaio Rodney Aquino em jogo da Libertadores deste ano
A Associação Paraguaia de Futebol (APF) anunciou nesta segunda-feira que o árbitro Carlos Amarilla e o auxiliar Rodney Aquino estão suspensos dos campeonatos locais para que possam se defender das acusações levantadas pela TV argentina Améirca.
Aquino, por sinal, está em ação na Copa América do Chile e foi assistente do árbitro Enrique Cáceres na vitória do Brasil sobre a Venezuela por 2 a 1.
"Dentro do estabelecido no Estatuto da Associação Paraguaia de Futebol, até que sejam sanadas os supostos feitos denunciados pela mídia e, sem que isto seja considerado uma sanção ou pena que afete a dignidade das pessoas que se citam em sequência, a Comissão de Árbitros determinou que os juízes Carlos Amarilla e Rodney Aquino, em princípio, não serão levados em conta para a designação de partidas do Campeonato Clausura", explica o comunicado da APF.
No último domingo, o canal publicou escutas telefônicas feitas pela Justiça do ex-presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), Julio Grondona, que envolvem os dois oficiais na partida de oitavas da Libertadores de 2013 entre Corinthians e Boca Juniors.
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16/5 - 'Amarilla foi encomendado para nos eliminar', Roberto de Andrade, diretor do Corinthians
Carlos Amarilla, árbitro de Corinthians x Boca
Nos áudios, o ex-homem-forte do futebol sul-americano - falecido em 2014 - levanta inúmeras suspeitas de corrupção e favorecimento. "A Comissão de Árbitros da APF dece afastar Amarilla e Aquino dos próximos jogos do campeonato local, o Clausura", está escrito na nota divulgada pela associação paraguaia.
Mais cedo, Carlos Amarilla negou qualquer envolvimento com o caso. "Estou tão surpreso quanto vocês. Eu não favoreci o Boca. Estou muito tranquilo, porque quem não deve não teme", afirmou o paraguaio à rádio AM 970, de Assunção. "Sou o mais interessado em que isso se esclareça. Querem sujar meus 18 anos de carreira."
No áudio em questão, Julio Grondona - presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA) por décadas, - aponta Amarilla como "o maior reforço do Boca". Seu interlocutor é Abel Gnecco, representante da comissão de árbitros argentina, que diz ter trabalhado pela escalação de Amarilla: "Escolhi e tudo saiu ótimo".
"As palavras desses dirigentes corruptos destroem o futebol. Metem a gente nessas coisas sujas dos dirigentes. Estamos fora disso. Todos os árbitros temos erros, mas nunca com má intenção. A mim, ninguém se aproximou, ninguém me ofereceu nada nunca. Todos sabem como sou", respondeu o paraguaio.
 
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Ouça as escutas telefônicas em que Grondona revela interferências em jogos da Libertadores 

Carlinhos: A imensidão de nossa alma

O veterano Biguá pisou o gramado vestido como jogador do Flamengo pela última vez. Não alinharia para a vitória sobre o Botafogo, no ensolarado dia de São Sebastião do Rio de Janeiro no ano da graça de 1954. Estava ali para dar continuidade a uma das mais caras tradições flamengas. Ao se despedir dos dias de luta para subir ao panteão reservado aos puros de alma, Biguá entregaria suas velhas chuteiras a um garoto do time juvenil. Franzino, Luís Carlos da Silva Nunes tomou os calçados de couro curtido em suas mãos e, lado a lado com Biguá, deu uma volta ao redor do gramado, ouvindo o aplauso do Maracanã lotado. E aceitou missão que lhe foi confiada.
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A cada jogo, Carlinhos foi conhecendo um pouco mais do Flamengo. Era a voz da razão flamenga dentro e fora de campo. Havia uma serenidade nas arquibancadas quando Carlinhos jogava. Relação de confiança, como quem entrega o filho aos cuidados de alguém que sabe ser responsável. Carlinhos sabia o que era melhor para o Flamengo, e nós sabíamos disso.
Carlinhos-passou-chuteiras-aposentadoria-Zico_ACRIMA20150622_0023_5No dia em que Carlinhos recebeu as chuteiras de Biguá, distante dali, no subúrbio de Quintino, na casa de número 7 da Rua Lucinda Barbosa, um bebê era embalado por sua mãe, Dona Matilde. Dezessete anos depois, o pequeno Arthur, Arthurzico, estaria no Maracanã para receber as chuteiras de Carlinhos. Basta conhecer um pouco da nossa história para saber que a essência rubro-negra original estava ainda intocada em Valido, e muito de Valido estava em Biguá, e que Biguá passou a Carlinhos, e Carlinhos a Zico, e Zico a todos nós. Oremos: eis a alma rubro-negra em toda a sua imensidão.
Neste momento, eu gostaria apenas de dar um abraço em Júnior. De pedir para Júnior me contar, pela enésima vez, como foi a conversa que teve com Carlinhos, entre chopes, no La Mamma, na chuvosa madrugada de 20 de dezembro de 1991. A conversa que fez Júnior retroceder da decisão de abandonar o futebol, e prosseguir rumo ao pentacampeonato. Porque eu não sei quem eu seria hoje se não houvesse em mim aqueles dias de 1992, aquelas aulas de Flamengo, aquelas lições de rubro-negrismo puro. Devemos aquilo ao Maestro Júnior, e devemos o Maestro Júnior de 1992 a Carlinhos.
Esqueçam os números, a estatística, a exatidão dos dados. É do Evangelho Segundo Carlinhos: o Flamengo só perde para ele mesmo.
Contemplai, irmãos rubro-negros, nestas poucas palavras, a imensidão de nossa alma.
Obrigado, Violino.

Até breve, Carlinhos



E hoje a Nação Rubro-Negra chora! Não pelo péssimo desempenho que vem tendo em campo ou pelas brigas políticas em ano eleitoral. Morreu no dia de hoje, Carlinhos, o Violino. A Gávea perde uma figura emblemática e o céu fica mais elegante, educado e rubro-negro. Uma figura ímpar, de um caráter excepcional e Flamengo ao extremo. Carlinhos jogou pelo Flamengo lá pelo idos dos anos 1950-1960. Considerado por muitos um dos melhores meio de campo da história do futebolbrasileiro, desfilava classe pelos gramados e justamente por isso, ganhou o apelida de Violino.
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Como técnico interino, participou da campanha do título do Campeonato Brasileiro no ano de 1983. Além disso, venceu o Brasileiro de 1987 e 1992, sem contar Supercopa e Campeonato Carioca.
Fala mansa e jeito humilde, fazia da Gávea sua segunda casa. Era comum aos frequentadores doclube, cruzar com Carlinhos na sede, jogando seu baralho e tomando sua cerveja.
Hoje o Mundo Rubro-Negro fica um pouco mais pobre, contudo, conta com reforço de peso no céu a olhar por nós.
Pela paixão rubro negra, Carlinhos estará sempre cuidando de nossos interesses esteja aonde estiver!
Até logo, Violino!

A última nota do Violino: Flamengo perde ex-jogador e técnico Carlinhos

A fala era sempre mansa. Seja nas resenhas do La Mamma, restaurante ali perto da sede do Flamengo na Gávea, onde gostava de se reunir com os amigos para tomar chope e contar bobagem... Seja na Boca Maldita, cantinho no próprio clube onde notáveis se reuniam para discutir passado, presente e futuro. Seja dentro de campo, onde, com seu estilo refinado e clássico de jogar, recebeu o carinhoso apelido de Violino e fez história com a camisa rubro-negra, ao ganhar um Rio-São Paulo (1961) e dois Cariocas (1963-1965). Seja no banco de reservas, onde depois comandou por várias vezes a equipe rubro-negra como treinador, conquistando títulos importantes, como dois Campeonatos Brasileiros (1987-1992), três Cariocas (1991-1999-2000) e uma Mercosul (1999). Luís Carlos Nunes da Silva até se reservava o direito de às vezes ter mau humor. Nada que atrapalhasse sua imagem de boa-praça. E de um dos maiores ídolos da história do Flamengo, que chora a sua morte, aos 77 anos, nesta segunda-feira. O velório acontecerá nesta terça-feira, entre 10h e 14h, na Gávea.
carlinhos violino flamengo gávea (Foto: Globoesporte.com)Carlinhos Violino na Gávea em 2013 (Foto: GloboEsporte.com)










Bastaria dizer que Carlinhos recebeu, quando garoto ainda no clube e iniciando sua carreira profissional, as chuteiras do grande Biguá, um dos maiores laterais-direitos do Flamengo, tricampeão carioca em 1953-54-55 e um dos deuses da raça, que encerrava sua trajetória. Bastaria dizer também que o Violino deu suas chuteiras na despedida dos gramados em 1970 a um menino franzino, lourinho, promessa dos juvenis que se tornaria o maior jogador da história rubro-negra. Sim, Zico recebeu dele a linda homenagem. Mas não ficou só nisso a sua passagem. Carlinhos foi o oitavo que mais vestiu a camisa vermelha e preta (567 partidas). Formou um inesquecível meio-campo com Nelsinho e Gérson. Na decisão carioca de 1963, diante do Fluminense e do maior público do Maracanã em jogos entre clubes (177.020 pessoas. Oficialmente, o total de torcedores chegou a 194.603.), comandou a equipe com sua habilidade e liderança em campo no empate que deu o título.
Pela Seleção, Carlinhos só jogou uma partida. Azar da Seleção. Foi em 1964, num amistoso contra Portugal. E o Violino por pouco não foi bicampeão mundial. Dois anos antes, nos preparativos para a Copa de 1962, o então treinador canarinho, Aymoré Moreira, convocou 41 jogadores para a primeira preparação. Desses, apenas 22 foram ao Chile. Para equilibrar os convocados de Rio e São Paulo, a comissão técnica preferiu levar, como reserva de Zito, Zequinha, do Palmeiras, em vez de Carlinhos.
Há alguns anos Carlinhos sofria com problemas de saúde. A elevação da taxa de ácido úrico causou problemas de cicatrização, obrigou a amputação de um dedo do pé, gerou complicações no sistema circulatório, perda de memória e, além disso, complicações na carótida e a necessidade de colocar pontes de safena. O chope, hábito quase diário do ex-atleta, teve de ser suspenso.

Como jogador, foi um meio-campista clássico, elegante, daí o apelido de "Violino". Defendeu o Flamengo de 1958 a 1969. Como treinador, não perdeu a elegância. Raramente subia a voz para falar com os jogadores  durante suas sete passagens pela Gávea. (Veja a conquista de 1992 no vídeo acima).
Tantas conquistas o fizeram ser homenageado na Gávea, local que frequentava quase diariamente mesmo quando não estava a serviço. Um busto com a imagem de Carlinhos foi construído, em 2011, ao lado de onde se reunia com amigos para jogar carteado. O local ganhou o nome de "Praça Carlinhos".
Carlinhos ao lado do busto na Gávea em 2008 (Foto: Dibulgação/ Flamengo.com.br)Carlinhos ao lado do busto na Gávea em 2011 (Foto: Divulgação/ Flamengo.com.br)