terça-feira, 26 de novembro de 2013

LIGA DOS CAMPEÕES

  • 15h00

    ZEN 1x1 ATL 

  • 17h45

    CEL 0x3 MIL 

  • 17h45

    AJA Ajax2x1Barcelona BAR 

  • 17h45

    STE Steaua Bucareste0x0Schalke 04 SCH 

  • 17h45

    BAS Basel1x0Chelsea CHE 

  • 17h45

    ARS Arsenal2x0Olympique OLY 

  • 17h45

    BVB Borussia Dortmund3x1Napoli NAP 

    1. 17h45

      FCP Porto1x1Áustria Viena VIE 

    Na Copa do Brasil, Flamengo adota estratégia do chutão que é marca registrada do Atlético-PR

    No empate (1 a 1) de quarta-feira em Curitiba, foi elevado o número de bolas rebatidas, chutões como arma defensiva para espanar a pelota para longe. Escrevi sobre isso no blog — clique aqui e leia —, pois a média foi de quase uma bola rebatida por minuto, afastada do jeito que dá, no bumba-meu-boi inclusive. O jogo ficou feio em alguns momentos.
    O Barcelona, para dar um exemplo bem radical, chega a dar míseras quatro rebatidas num jogo, como na vitória recente sobre o Ajax por 4 a 0 na Liga dos Campeões. Na Copa das Confederações, o Espanha rebateu, em média, 14,8 bolas por jogo e o Brasil 26,8. O Japão, líder desse ranking, acumulou média de 37,3 rebatidas por cotejo.
    Mas existe uma importante diferença de comportamento de um dos dois times se observarmos Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Afastar a bola com chutões sem cerimônia é parte da estratégia do Atlético Paranaense, que o Flamengo adota bem mais apenas no mata-mata da Copa do Brasil, onde vai bem. Já no Campeonato Brasileiro, no qual faz modesta campanha, tal recurso é muito menos utilizado pelo time carioca.
    Reprodução TV
    Flamengo tem número médio de rebatidas maior na Copa do Brasil em relação ao Brasileiro
    Flamengo: média de rebatidas maior na Copa do Brasil do que no Brasileiro

    Rebatidas na Copa do Brasil
    Flamengo
    1 x 1 Botafogo - 40
    Botafogo 0 x 4 - 47
    Goiás 1 x 2 - 44
    2 x 1 Goiás - 41
    Atlético-PR 1 x 1 - 49
    Atlético ParanaenseInternacional 1 x 1 - 54
    0 x 0 Internacional - 50
    1 x 0 Grêmio - 37
    Grêmio 0 x 0 - 57
    1 x 1 Flamengo - 40


    Copa do Brasil
    Os que mais rebateram*
    Nacional 53,5
    Luverdense 51,5
    Palmeiras 49,5
    Atlético-PR 43,3
    Grêmio 42,2
    Flamengo - 42,0
    * média, desde as oitavas-de-finais
    Fonte: Footstats

    Com presidente irredutível, tendência é Gílson Kleina deixar Palmeiras

    O presidente Paulo Nobre trabalha com as regras do mercado financeiro. A lógica é ganhar bônus por vitórias e ter salário mais baixo. A insatisfação de Gílson Kleina com a proposta de redução salarial até foi driblada com a tentativa de aumentar um pouco a proposta inicial do Palmeiras. Mas o presidente é irredutível quanto aos valores.
    Para ter ganhos semelhantes aos da temporada passada, não bastaria a Kleina ganhar um título, o Paulistão. Teria de ganhar a Copa do Brasil e colocar o clube na zona de classificação da Libertadores. A parte profissional da diretoria, Omar Feitosa e José Carlos Brunoro, negocia a ampliação desses ganhos. Julgam que o melhor caminho é a permanência do treinador campeão da Série B.
    A conversa longa também gera desgaste. Especialmente porque as notícias da negociação têm vazado, como o Palmeiras não gostaria que estivesse acontecendo.
    Mesmo entre eles, há argumentos favoráveis aos ganhos por resultados. Julga-se que o mercado brasileiro compromete os treinadores com as derrotas. Os salários são altos e a as multas maiores. Perder leva à demissão e à rescisão unilateral do contrato. Ou seja, o técnico ganha mais para perder do que para vencer.
    Não deixa de ser verdade.
    A questão é como mudar essa tendência isoladamente. O Palmeiras pode perder Kleina e não ter técnicos de primeiro escalão no mercado. Jorginho e Caio Júnior são as alternativas do que (talvez) aceitem receber o valor proposto a Gílson Kleina. Técnicos empregados em clubes menores e que levaram seus clubes à parte de cima da tabela já sinalizaram que não aceitariam a pressão do Palmeiras nem sequer pelos R$ 300 mil que Kleina recebeu este ano. Uma coisa é trocar Gílson Kleina por Felipão, por Marcelo Bielsa, por Pep Guardiola.
    Outra é fazer a mudança sem ter um plano B.

    Carol Meligeni Alves aplica 'bicicleta' em São Paulo

    São Paulo (SP) - O primeiro dia no ITF de São Paulo teve vitórias das duas cabeças de chave que entraram em quadra e uma "bicicleta" de Carolina Meligeni Alves diante de Marie Decamps, duplo 6/0. A jovem aguarda a argentina Andrea Benitez ou a brasileira Giovanna Tomita.
    Cabeça de chave 2, Nathalia Rossi passou pela portuguesa Ivone Alvaro com parciais de 6/3 e 6/1 e está na segunda rodada, assim como a taiwanesa Pei-Chi Lee, quarta favorita. Rossi enfrenta a argentina Stephanie Petit, que venceu a brasileira Yasmine Guimarães por duplo 6/2.
    Já a taiwanesa Pei-Chi Lee, quarta favorita, marcou 6/0 e 6/3 diante de Julia Albuquerque e tem pela frente Bárbara Oliveira, algoz de Sophia Chow por 6/4 e 6/3. Flávia Bueno também venceu na estreia, 7/6 (7-5) e 6/2 contra Juliana Cardoso. Ela espera a compatriota Emily Chang ou a chilena Fernanda Brito.

    Navratilova: 'Mais fácil amarem Federer que Serena'

    Londres (Inglaterra) - A tcheca naturalizada norte-americana Martina Navratilova disse em entrevista ao canal britânico BT Sport que ainda há diferença entre homens e mulheres no tênis. Para ela, um homem tem maior chance de conseguir bons patrocínios do que uma mulher.
    "Os homens ainda têm mais oportunidades, mas companhias são comandadas por homens e por isso eles estão mais dispostos a patrocinar atletas masculinos", declarou a campeã de 18 Grand Slam. "Continua sendo difícil aceitarem mulheres fortes, ao passo que os homens são mais facilmente aceitos, não têm seus feitos contestados", complementou.
    "É mais fácil para Roger Federer ser amado por alguém do que para Serena Williams, apenas pelo fato dele ser um cara. Não sei quanto isso tem a ver com a própria Serena ou com o fato de ela ser uma mulher afro-americana", pontuou Navratilova, que acredita que é mais difícil reconhecerem os grandes feitos das mulheres esportistas.
    A ex-número 1 do mundo ainda lembrou que sua volta ao circuito da WTA em 2000 teve muito menos repercussão do que teve o retorno de Michael Jordan à NBA. "Quando Jordan voltou a reação era 'nossa, como ele é incrível', mas quando eu voltei não houve a mesma reação", disparou Navratilova.
    "Hoje em dia dizem que Serena não encontra concorrência no circuito, mas Federer também esteve em situação parecida antes e ninguém ficava lamentando como fazem agora, dizendo que não há tanta competitividade no circuito feminino", finalizou a tcheca naturalizada norte-americana.

    Woznaicki confirma sua participação em Brisbane

    Brisbane (Austrália) - Mais uma top 10 confirmou presença no Premier de Brisbane, que abre a temporada de 2014 no circuito feminino. Ex-número 1 do mundo, a dinamarquesa Caroline Wozniacki garantiu que via disputar o torneio que serve como aquecimento para o Australian Open, o primeiro Grand Slam da temporada.
    Atual número 10 do mundo, ela revelou a novidade depois de discutir o calendário com o namorado, o golfista Rory McEllroy, que joga nesta semana na Austrália e não terá a companhia da Wozniacki. "É muito longe viajar para a Austrália e não quero fazer duas viagens assim em um curto período de tempo", disse a dinamarquesa.
    Wozniacki vai iniciar a sua temporada em Bisbane e depois segue para Sydney, encerrando lá sua preparação para o primeiro Slam do ano. Dona de 23 títulos na carreira, apenas um deles foi conquistado na temporada de 2013 e a dinamarquesa espera que o próximo ano seja mais vitorioso.
    "Os momentos de baixa apenas fazem os de alta serem melhores ainda, você os aprecia mais. Sei que se trabalhar duro, posso vencer um Grand Slam", comentou a dinamarquesa, que não se preocupa muito com as oscilações. Em seu primeiro torneio de 2014, Wozniacki terá a companhia da norte-americana Serena Williams, da russa Maria Sharapova e da bielorrussa Victoria Azarenka.

    Presidente do Coritiba encerra polêmica do suposto 'tapetão': 'O assunto morreu'

    Presidente do Coritiba confirma conversa entre advogados de clubes 'ameaçados', mas garante que não ocorrerá um tapetão
    O presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, esclareceu a polêmica do suposto ‘tapetão' que poderia ocorrer no Campeonato Brasileiro. De acordo com o mandatário, o ‘assunto morreu', e o Coritiba ‘jamais decidiria fora de campo a sua competência'.
    "Essa conversa (sobre a suposta irregularidade da Portuguesa) prosperou entre os advogados, mas nunca chegou ao nível de presidentes, nem do Coritiba, nem do Fluminense, nem do Vasco, ou de qualquer outro time. Advogados de Coritiba, Vasco e Fluminense conversaram entre eles. Esse comentário feito pelos advogados vazou, não sei de que forma, de que haveria um movimento no sentido de entrar com uma ação. Isso nunca aconteceu, os presidentes nunca foram envolvidos nisso", disse Vilson Ribeiro de Andrade, em entrevista ao programa Bate-Bola segunda edição.
    "A CBF já se pronunciou, e ela se pronunciando o assunto morreu, porque na realidade ele nem se iniciou. Se deu vazão a um assunto que, efetivamente, não havia procedência por parte da direção dos clubes", prosseguiu.

    Fluminense nega que faça parte da tentativa de virar a mesa no Brasileirão


    Uma ameaça de virada de mesa parece rondar o Brasileirão. O Fluminense, beneficiado no passado, estaria entre os clubes que buscam a perda de pontos de agremiações, o que alteraria a classificação do Campeonato - clique aqui e leia mais a respeito. O blog entrou em contato com o presidente do atual campeão nacional. Recém-reeleito para mais três anos de Peter Siemsem nega que o time das Laranjeiras esteja envolvido em tal reinvidicação.
    Reprodução
    Peter Siemsen garante que Flu não está envolvido no 'tapetão'
    Siemsen garante que Flu não está envolvido no 'tapetão'


    "Já estava sabendo disso. Esse zum-zum-zum começou há algum tempo e há umas duas semanas eu dei ordens no clube para que o Fluminense não se envolva nisso", assegurou Siemsem, que prefere falar de sua preocupação com a situação do time em campo na luta contra o rebaixamento. "É um momento difícil e estou preocupado depois da derrota de ontem (Santos 1 a 0)". O dirigente afirma que é contra qualquer tipo de mudança na situação do campeonato a partir de recursos no chamado "tapetão".

    Em 1996, os tricolores caíram para a segundona. Após uma virada de mesa, em 1997 voltaram a jogar a divisão de elite, sendo novamente rebaixados. Em 1998 caíram da B para a C. Então o Fluminense venceu a terceira divisão em 1999, mas foi direto para a primeira, sem jogar a Série B em 2000, ano em esteve na A, então chamada Copa João Havelange.

    Outros clubes também foram beneficiados pela enorme confusão criada após o imbróglio que teve como pivô o Gama, do Distrito Federal. Mas o Flumiense é o mais lembrado pelos torcedores rivais. Muitos costumam dizer que o time carioca precisa "pagar a Série B que deve". Siemsem diz não gostar da expressão "virada de mesa" e acredita que o passado do clube não tenha relação com os fatos atuais.

    "O Fluminense errou no passado e depois disso tudo ganhou duas vezes a Série A. Quem administra o futebol brasileiro é que deve trabalhar no sentido de melhorá-lo", disse, em referência à Confederaçao nacional. Sobre a situação de jogadores que eventualmente estejam irregulares, Peter Siemsem faz uma ressalva: "A CBF organiza o campeonato, se ela dá condições de jogo a um atleta, ele teve o nome publicado no BID, ela deu um aval".

    O dublê de Messi

    A lesão de Messi muda a vida de Neymar. No sábado, contra o Granada, o técnico argentino Tata Martino escalou o brasileiro de centroavante. Ou melhor, de falso 9. No mesmo lugar onde Messi costuma confundir as defesas rivais.
    Neymar não é centroavante nem ponta-esquerda. É ponta-de-lança. Pode partir da beirada do campo em direção ao gol, como fazia no Santos, ou da intermediária para tentar o drible antes de invadir a área. Nos dois casos, Neymar é melhor quando vem de trás, com espaço.
    Mas, pela terceira vez, jogou como centroavante, na função que Messi exerce com brilho e que outros técnicos tentam copiar pelo planeta.
    Messi é único. Se fica entre os zagueiros, o zagueiro não sabe se o acompanha. Se vai atrás do argentino, abre espaço na defesa. Se não vai, a marcação fica com o volante, que também fica em dúvida. Se o cabeça-de-área recua um passo para marcar o melhor do mundo, abre espaço para Xavi e Iniesta criarem.
    Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
    Fabregas é quem faz a função de reserva de Messi mais vezes e melhor. Neymar jogou assim três vezes. Levou nota 8 do jornal espanhol Marca contra o Valladolid, quando fez dois gols.
    Contra o Celtic, na Escócia, mereceu nota 7. Teve atuação média, mas causou a expulsão do escocês Brown. Ajudou a decidir a partida. Sábado, recebeu 5,5. Não jogou tão bem.
    O Barcelona costuma reclamar daquilo que apelidou de vírus FIFA. Quem volta das seleções nacionais lesiona-se ou joga mal, cansado pelas longas viagens.
    A atuação discreta de Neymar no sábado pode ter essa razão também. Isso não exclui que se pense sobre a melhor maneira de utilizá-lo. Mano Menezes gostava de tê-lo de centroavante e justificava: "É o melhor finalizador do Brasil e precisa ficar perto do gol!"
    Felipão prefere deixá-lo atrás do centroavante, algumas vezes pelo meio, outras pela ponta esquerda. Nos dois casos, tem liberdade para circular pelo ataque inteiro, para decidir jogos.
    Hoje, esse parece o melhor jeito de utilizar o melhor jogador brasileiro da atualidade.
    Há uma dualidade. Quando Messi não joga, fala-se mais de Neymar. Torna-se a maior atração do Barcelona, mais do que Iniesta, Xavi e Fabregas. Mas quando Messi joga, Neymar pode atuar do jeito que mais gosta. Marca um pouco mais os laterais, mas parte da intermediária para decidir jogos.


    As duas situações mostram que Neymar ainda não é Messi. Ainda não briga para ser o melhor do mundo. Procura-se um novo Messi em seu período de lesão, mas ele não existe. O que existe é Neymar. Seu brilho é intenso. Mas diferente.

    Mais uma volta ao passado da gestão Marin. Clubes de má fé no tribunal em busca de Justiça



    O regulamento do Campeonato Brasileiro não dá margem a dúvida para quem tem a boa fé de entender a regra do jogo. Até 2003, nenhum jogador que tivesse atuado por outro clube no Campeonato Brasileiro poderia se transferir. De 2003 para cá, pode. Um clube pode contratar um jogador de outro clube se ele tiver atuado no máximo seis vezes no Brasileirão.
    E essa regra vale para qualquer jogador inscrito em uma partida que seja do Brasileirão. Se tiver sido inscrito. Se não tiver nem se sentado no banco de reservas depois de o campeonato ter se iniciado, o atleta não pertence ao clube naquele campeonato. Exceto pelo fato de ter contrato assinado.
    A regra é óbvia até para quem joga video-game. Mas para advogado especializado em Direito Esportivo não é. Então, o tapetão está prestes a voltar ao futebol brasileiro na gestão José Maria Marin, como mostra a boa matéria da repórter Camilo Mattoso no espn.com.br
    Qualquer um pode ir à Justiça, desde que saiba ler e tenha boa fé de interpretar o que está escrito. O regulamento é do Campeonato Brasileiro e vale para jogadores que tenham sido inscritos em partidas do Campeonato Brasileiro. Quem avaliza essa interpretação é o diretor do departamento técnico da CBF, Virgílio Elíseo.
    O artigo da discórdia é este aqui:
    Art. 9º - Um atleta poderá ser transferido de um clube para outro durante o
    Campeonato Brasileiro da Série A, desde que tenha atuado em um número máximo de
    seis partidas pelo clube de origem, sendo permitido que cada atleta mude de clube apenas
    uma vez.

    Parágrafo único - Cada clube poderá receber até cinco atletas transferidos de
    outros clubes do Campeonato da Série A; de um mesmo clube da Série A, somente
    poderá receber até três atletas.
    Se não jogou nenhuma, não está em questão, porque não está no campeonato.
    É isso!
    A Portuguesa tem nove jogadores emprestados por outras equipes. Desses, seis chegaram depois de o campeonato começar, mas só três atuaram por outras equipes da Série A: William Arão, Carlos Alberto e Gilberto.
    Cañete, Bergson e Henrique estão fora dessa conta.
    A filigrana jurídica é possível, mas é má fé. Ninguém levantou a hipótese antes de ser ameaçado de rebaixamento. Bastou a água bater no pescoço para Coritiba, Fluminense e Vasco gritarem.
    Criciúma e Portuguesa, coitadinhos, ficam na berlinda.
    A história lembra a disputa entre Vasco e Joinville no Brasileirão de 1986. Naquele ano, os 24 mais bem classificados seriam inscritos na Série A de 1987 -- pela primeira vez haveria Série A. No final da primeira fase, os eliminados estariam automaticamente rebaixados. Classificavam-se sete clubes por grupo e o Joinville superou o Vasco porque ganhou no tribunal um ponto do Sergipe, por um caso de doping. Com o ponto, o VAsco foi eliminado e automaticamente rebaixado.
    Eurico Miranda gritou. Conseguiu liminar na Justiça que impedia seu grupo de prosseguir. Ficou parado por 20 dias. Numa sexta-feira, descobriu-se que a Portuguesa não estava quites com todas as suas obrigações financeiras e... pimba! "A Portuguesa está eliminada!" A imprensa gritou.
    A CBF manteve a Lusa, manteve o Vasco, manteve o Joinville!!! Mudou o regulamento em plena disputa. Em vez de classificarem-se sete por grupo, entraram oito.
    A pobre Portuguesa pode pagar o pato 27 anos depois. Por uma filigrana jurídica. Ou porque quem disputa os campeonatos não quer entender as regras esportivas.
    Não quero um campeonato de advogados. Quero um campeonato de futebol!

    Três cariocas nas duas pontas da tabela



    Chega esta época do ano e lá vêm eles, os matemáticos, a nos entupir a vida com números que pouco significam no surpreendente e movediço mundo do futebol. Prefiro olhar as coisas de outro ângulo, embora igualmente enganoso. Refiro-me ao ângulo que nos permite ver, entender, analisar e definir cada time a partir do que eles vêm jogando, independentemente dos resultados que obtiveram até aqui e dos dois adversários que cada um tem pela frente.
    Como o meu assunto são os times cariocas, excluo aqui o Flamengo de Jayme de Almeida, livre da queda e sem chance de chegar ao G4. Merecidamente, o Flamengo só tem para pensar, neste final de ano, na Copa do Brasil. Já os outros três, há muita bola rolando para cada um deles.
    O Botafogo ainda sonha com a Libertadores, mas se afastou dela rodadas atrás. Depende só de si, é verdade, mas, seguindo a regra de pensar menos nos pontos ganhos e nos próximos adversários do que no que o time vem jogando, qualquer palpite nos encaminhará para o óbvio. O Botafogo é tão irregular, oscila tanto entre boas atuações e atuações medíocres, que fica sendo um desafio para todo mundo, os matemáticos inclusive. Aonde chegará a estrela solitária?
    Vasco e Fluminense são outros casos. Um e outro viajam turbulentamente com as asas do desespero. Ainda não conferi, mas acho que os matemáticos, considerando os números, vêem mais chances de o Fluminense se livrar do pior (apenas um ponto de vantagem sobre o Vasco). Ao aquilatarem a força dos respectivos adversários, é possível que eles cheguem à mesma conclusão. Aparentemente, o Vasco pega uma moleza em casa (Náutico) e uma dureza fora (Atlético Paranaense), e o Fluminense, tanto no Rio (Atlético Mineiro) como em Salvador (Bahia), não vai sofrer menos.
    Já os palpiteiros de plantão, entre os quais me incluo, preferem pensar no que os dois, Vasco e Fluminense, vem jogando. Comecemos por esquecer essa leviandade que estão cometendo ao atribuir a vitória do Vasco sobre o Cruzeiro a uma possível armação. A frase de Júlio Batista me deu impressão diferente da defendida pelos que acreditam em malfeitos no futebol. Pior foi a de Cris, becanca de pouco futebol e nenhum juízo, a pedir que o adversário entregasse o jogo. Mas esse episódio não pode ir por cima de uma verdade: o Vasco vem jogando o melhor que pode e sabe, enquanto o Cruzeiro como todo campeão, acomodou-se em meio as justas comemorações do título. Enfim, tudo normal.
    É nisso que vejo no Vasco uma pitada de possibilidade a mais que o Fluminense. O time ora dirigido por Adilson Batista (jogo com o Corinthians à parte) vem brigando com suas parcas forças para não cair. E o Fluminense, mesmo com sua vitória sobre o São Paulo, vai mal, obrigado. Na derrota para o Santos, um time mal escalado (como não é o do Vasco), desorganizado (como não é o do Vasco) e estranhamente apático (como também não é do Vasco) atuou como quem já começa a pensar em como se sairá em 2014... na série B.
    Claro, palpiteiros são tão falíveis quanto os matemáticos. Já pensaram se, nas duas últimas rodadas, o Fluminense tem atuações como sua torcida ainda não viu este ano? E se, pelo contrário, o Vasco tiver uma recaída? Sem falar que o Coritiba (42 pontos como o Fluminense), o Criciúma (43), a Portuguesa (44) e o Bahia (45) não estão nem aí para esse imbróglio carioca. Daqui pra frente, é cada um por si.

    Destaque da Liga Europa, ex-Fluminense é cotado para defender Áustria



    Red Bull
    Alan defende o Red Bull Salzburg desde 2010
    Alan defende o Red Bull Salzburg desde 2010
    Já são 27 gols em 29 partidas na temporada. A atual fase de Alan, ex-Fluminense, é impressionante na Europa.
    Jogador do Red Bull Salzburg, o atacante brasileiro vive seu melhor momento em território europeu. Além de ser o destaque da equipe no Campeonato Austríaco - onde apesar da derrota neste domingo para o Rapid Viena por 2 a 1, com gol dele, lidera tranquilamente -, Alan é também um dos grandes nomes do time na Liga Europa.
    Na quinta-feira o Red Bull enfrenta o Elfsborg, da Suécia, já classificado para a próxima fase. Vai em busca da manutenção dos 100% de aproveitamento, e conta mais uma vez com os gols de Alan, campeão brasileiro em 2010, para sonhar ainda mais no torneio.
    Perdidos pelo mundo
    A atual temporada é a melhor da sua carreira na Europa?
    Com certeza. Venho de uma grande lesão, que felizmente já foi superada. Agora estou bem e conseguindo mostrar meu futebol.
    Agora você está 100% fisicamente?
    Sim. É meio difícil tudo isso, ficar muito tempo parado, mas o joelho está recuperado.
    Você ficou parado por quanto tempo?
    Um ano e cinco meses.
    Você teve uma lesão de ligamento cruzado. No pior dos cenários, você ficaria parado no máximo oito, nove, dez meses. O que aconteceu?
    No máximo oito meses... Tive muitas complicações na minha lesão, cada um joga a responsabilidade para cima do outro, você sabe como é... Ninguém assume, mas não culpo ninguém. Hoje, depois de tudo que passei, dou mais valor a minha carreira. Houve uma série de fatores que atrapalharam, infecção no ligamento, depois fiz uma artroscopia para limpeza da cartilagem... Hoje estou bem.
    O Red Bull Salzburg está sobrando no Campeonato Austríaco. Acha que o time pode ser campeão sem dificuldades?
    Espero! Nosso time está realmente muito acima dos adversários e temos mostrado isso em campo. Estamos jogando um futebol bonito, nem parece o futebol austríaco!
    O título da Liga Europa seria muita pretensão?
    Bom... Não sei se falar em título é pretensão, mas temos que sonhar. A equipe não deixa a desejar para nenhuma outra. Esperamos chegar o mais longe possível.
    Com a sua boa fase, já apareceram propostas do Brasil?
    Para mim, até agora, nada. Estou concentrado, focado 100% no Red Bull. Não é momento para pensar em retorno, voltei a jogar neste ano. Além do mais, o clube fez muito por mim. Quem sabe no futuro.
    Totalmente adaptado à Áustria?
    Estou aqui há três anos e alguns meses. Inclusive veio aqui em casa uma TV austríaca para fazer uma matéria e brinquei que eu já era meio-austríaco. Pronto! Virou uma confusão, porque aí criaram uma página no Facebook pedindo minha naturalização para defender a Áustria e em três dias foram seis mil curtidas. Maior confusão! Foramc conversar com o presidente da federação, ele disse que seria uma boa, mas aí eu falei que não podia falar sobre isso, que tinha sido uma brincadeira. Até porque só poderia pensar nesse assunto depois de cinco anos morando na Áustria, mas não posso prever o futuro, quem sabe. Se eu falar que não fica ruim também, né?
    Se continuar marcando gols como você está fazendo acho que não fica muito tempo no Red Bull...
    Não sei... Renovei contrato faz pouco tempo, mais longo agora, até 2018. Estou feliz em jogar, e isso é o mais importante.