terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Francês

16h00

LOR Lorient1X1Olympique OLY

Francês

16h00
NAN Nantes1X2Toulouse TOU


Inglês

17h45

SWA Swansea City2X0QPR QPR

Inglês

17h45

MAN Manchester United2X1Stoke City STO

Inglês

17h45

LEI Leicester City1X3Liverpool LIV

Inglês

17h45

BUR Burnley1X1Newcastle United NEW

Copa do Rei

17h00

RMA Real Madrid5X0Cornellà CNL

Copa do Rei

17h00

ALA Alavés0X2Espanyol ESP

Copa do Rei

17h00

ALC Alcoyano1X1Athletic Bilbao ATH

Copa da Itália

15h00

SAS Sassuolo1X0Pescara PES

Copa da Itália

13h00

LAZ Lazio3X0Varese VAR

Polícia para quem precisa: repórter do Lance! agredido por PM. Imagine o que fazem com torcedor



O repórter do Diário Lance! Bruno Cassucci relata que foi agredido e humilhado por policiais militares em Santos, antes da partida entre o time da cidade e o Botafogo, pela penúltima rodada do campeonato brasileiro. Para saber exatamente o que o jornalista tem a dizer sobre tal experiência, clique aqui e leia o texto no qual ele detalha os fatos ocorridos no último domingo.
Desde as grandes manifestações populares de 2013, registradas pelo país durante a Copa das Confederações, ações violentas da PM em diferentes Estados vêm tendo ampla repercussão. As balas de borracha que feriram fotógrafos, repórteres e cidadãos se transformaram em item frequentemente citado no noticiário. E seguem sendo. Em São Paulo elas poderão até ser proibidas — saiba mais clicando aqui.
Há décadas que a polícia militar é responsável policiamento em estádios de futebol no Brasil. E poucos imaginam que seguranças particulares com treinamento específico sejam capazes de fazê-lo. Mas no exterior é assim e aqui há uma grande contradição, com empresas privadas contratadas para tal tarefa em shows ocorridos nos mesmos estádios nos quais são disputados os jogos.
Mesmo se fossem os policiais realmente capacitados para fazer esse trabalho específico, ainda sim seria questionável sua presença nas canchas quando a prioridade deveria ser policiar as ruas. Lá dentro há um espetáculo privado, pelo qual são cobrados ingressos, que gera lucro e tem segurança paga pelo contribuinte e que, sabemos bem, tem muito trabalho diariamente num país tão violento.
Na última peleja na Vila Belmiro cujo boletim financeiro está disponível no site da CBF, o item policiamento aparece com o custo de R$ 15.256,06. Foi em Santos 0 x 1 Cruzeiro. Difícil crer que tal quantia cubra a despesa gerada pelo uso de veículos para o deslocamento de um efetivo policial até o interior do estádio, e especialmente as muitas horas de trabalho que envolvem todos eles numa peleja?
Claro que para trocar a PM por seguranças privados é preciso que empresas especializadas treinem adequadamente seus homens. Não é tarefa fácil, tampouco algo que se resolva rapidamente, mas isso não significa que tal reflexão deva ser jogada no lixo. Faltam PMs nas ruas e muitos deles passam as noites e tardes de futebol dentro de estádios, onde deveriam entrar apenas quando necessário, como ocorre em qualquer local privado em caso de conflto. Contraditório, não?
Mas o episódio ocorrido no domingo com o repórter do Lance! Bruno Cassucci mostra que o problema vai além da discussão sobre o policiamento dentro dos estádios. Ele foi abordado na rua e da forma como aconteceu, fica evidente o despreparo de alguns desses homens que são pagos para proteger a população. Isso, provavelmente, deve deixar constrangidos os bons policiais.
Fizeram o que fizeram com ele mesmo sabendo que o rapaz era, ali, um jornalista a serviço de um jornal de grande circulação. Em resumo, evidentemente haveria repercussão. Mesmo assim o que Bruno relata é uma abordagem intimidadora que alcança o patamar da covardia e do abuso de poder. Fico a imaginar o que acontece quando um torcedor, que dificilmente consegue repassar a muitss pessoas tal constrangimeto, se vê em situação semelhante.
"Polícia" é uma das músicas dos Titãs que integram o terceiro (e até hoje o melhor) disco da banda: Cabeça Dinossauro, de 1986. E 28 anos depois, o futebol pode repetir a pergunta que a letra da música traz: "Polícia para quem precisa". A questão é: o estádio de futebol realmente precisa de polícia? Precisa dessa polícia?
PolíciaTitãs
Dizem que ela existe
Prá ajudar!
Dizem que ela existe
Prá proteger!
Eu sei que ela pode
Te parar!
Eu sei que ela pode
Te prender!...
Polícia!
Para quem precisa
Polícia!
Para quem precisa
De polícia...
Dizem prá você
Obedecer!
Dizem prá você
Responder!
Dizem prá você
Cooperar!
Dizem prá você
Respeitar!...
Polícia!
Para quem precisa
Polícia!
Para quem precisa
De polícia...

Sem meio-campo, Barcelona vive de lampejos e lembra Flamengo do 'pior ataque do mundo' em 1995

Nas palestras que realizou em seu ano "sabático" antes de assumir o Bayern de Munique, Pep Guardiola sempre deixou claro que a maior virtude do Barcelona que criou ou aperfeiçoou e eternizou era o trabalho no meio-campo. Com superioridade numérica, mas principalmente de qualidade técnica e talento com o trio Busquets-Xavi-Iniesta e mais Messi, que recuava como "falso nove" para ajudar na articulação.
A bola circulava entre as intermediárias e só encontrava os lados do campo para espaçar a marcação ou forçar as diagonais dos ponteiros, que recebiam os passes...dos jogadores do meio. Construção bem pensada do jogo.
TRUMEDIA
Com Guardiola na temporada 2010/11, muitas trocas de passe entre as intermediárias pelo centro para construir o jogo.
Com Guardiola na temporada 2010/11, muitas trocas de passe entre as intermediárias pelo centro para construir o jogo.
O Barça que venceu o Valencia por 1 a 0 no Estádio de Mestalla simplesmente virou as costas para esses conceitos. Só restou a posse de bola de 69%, porém infrutífera, sem objetivo.
Porque o técnico Luis Enrique, na ausência de Iniesta em fase final de recuperação de uma lesão na panturrilha, plantou Busquets e Mascherano à frente da zaga e avançou Xavi como único armador. Rakitic iniciou no banco de reservas.
A conseqüência? Time burocrático no meio-campo, dependente dos ofensivos laterais Daniel Alves e Jordi Alba para dar profundidade às manobras de ataque e dos lampejos do trio na frente: Messi e Suárez alternando no meio e pela direita, Neymar à esquerda.
Nem sinal do trabalho associativo e inteligente, das tabelas curtas e do controle dos espaços no campo. Com a bola, acreditem, o Barcelona era aleatório. Sem plano, sem ideias. Vivendo apenas do talento bem vigiado pelo Valencia organizado no 4-1-4-1 e veloz nos contragolpes pelos flancos com Feghouli e Rodrigo que não encontrava em Negredo um finalizador de qualidade.
OLHO TÁTICO
Barcelona com dois volantes fixos liberando os laterais, Xavi e o trio de ataque para tentar superar o 4-1-4-1 do Valencia - sem sucesso.
Barcelona com dois volantes fixos liberando os laterais, Xavi e o trio de ataque para tentar superar o 4-1-4-1 do Valencia - sem sucesso.
Impossível não lembrar de outro time que sofreu ao ficar refém de seu tridente ofensivo: o Flamengo de 1995, com Edmundo, Romário e Sávio. O "pior ataque do mundo", como ironizavam as torcidas rivais.
Sem nenhum tipo de comparação - até pelas épocas diferentes e porque o time rubro-negro lutou para não cair no Brasileiro daquele ano, enquanto o blaugrana segue brigando no topo da tabela do Espanhol. Vale apenas como recordação de uma equipe que se perdeu coletivamente para jogar a serviço de suas estrelas na frente.
O Fla comandado por Edinho, hoje comentarista de TV, e depois Washington Rodrigues, o famoso radialista carioca "Apolinho" alçado à condição de técnico pelo então presidente Kleber Leite, também jogava com dois volantes fixos: Pingo e Márcio Costa ou Marquinhos. Só um armador - Djair, ex-Botafogo e Fluminense, que costumava atuar mais recuado, assim como Xavi.
Para piorar, os laterais não eram boas válvulas de escape: pela direita, quase sempre um zagueiro improvisado - Agnaldo ou Fabiano - e à esquerda Lira, contratado ao Fluminense, mas que pouco produzia. Tudo dependia de um Sávio ainda muito jovem e intimidado com as estrelas, Edmundo que nunca se sentiu à vontade com a camisa do maior rival do Vasco e Romário ainda o melhor do mundo, mas com problemas particulares e tratando a volta ao Brasil como "férias remuneradas". Não podia dar certo.
OLHO TÁTICO
Uma das formações do Flamengo no segundo semestre de 1995: meio-campo marcador e só Djair para acionar os pouco inspirados Edmundo, Romário e Sávio.
Uma das formações do Flamengo no segundo semestre de 1995: meio-campo marcador e só Djair para acionar os pouco inspirados Edmundo, Romário e Sávio.
Assim como é difícil imaginar o Barcelona recuperando protagonismo com repertório tão pobre. Venceu no lance final, gol de Busquets no "abafa". Mas já com Rakitic no lugar de Mathieu, recuando Mascherano para a zaga e voltando a utilizar dois armadores.
Mesmo assim, a inspiração passou longe. Apenas sete finalizações. A rigor, só uma grande defesa de Diego Alves em chute de Suárez no primeiro tempo...e o gol único da partida. O resultado pode ter sido satisfatório, mantendo o time na vice-liderança a dois pontos do Real Madrid, com aproveitamento de 79,5%. Mas a atuação desaponta quem associou o clube catalão ao bom futebol nos últimos anos.
Se o ataque não brilha, resta pouco ao Barcelona. Talvez mais uma temporada de coadjuvante na Espanha e no continente.
TRUMEDIA
Mapa de toques contra o Valencia: forte presença pelas laterais e na zona de atuação do trio de ataque e pouca circulação da bola no meio-campo.
Mapa de toques contra o Valencia: forte presença pelas laterais e na zona de atuação do trio de ataque e pouca circulação da bola no meio-campo.

Por dois anos seguidos, Fluminense e Botafogo saíram do ápice à degola envolvidos em bloqueios financeiros



Que a culpa pelo rebaixamento do Botafogo é do presidente Maurício Assumpção, até o próprio dirigente já assumiu. Mas há uma coincidência nas situações de Botafogo 2014 e Fluminense 2013 que não deve ser esquecida. No ano passado, o Fluminense atrasou salários e desceu a ladeira depois de o presidente Peter Siemsem afirmar que a dívida de imposto de renda do clube custou o bloqueio de todas as contas.
Na época, Siemsem argumentava ter financiado todos os débitos do Flu e ter apenas os últimos R$ 30 milhões para financiar, o que foi negado. A partir daí houve o bloqueio, os atrasos salariais e o Fluminense, campeão brasileiro de 2012, terminou 2013 rebaixado -- salvou-se por causa da lambança da Portuguesa que escalou o meia Héverton quando estava suspenso.
As dívidas do Botafogo são mais profundas. Na gestão Maurício Assumpção, o Botafogo saiu do Ato Trabalhista e teve todo o seu dinheiro bloqueado. Só conseguiu honrar alguns compromissos depois que um grupo de beneméritos se uniu. A situação agravou-se depois do fechamento do Engenhão, em abril do ano passado.
Evidentemente, tanto o bloqueio tricolor quanto o alvinegro tem a ver com administrações irresponsáveis do passado, que rolaram dívidas até ficarem com débitos impagáveis com o governo. Os rebaixamentos têm a ver também com a incapacidade do Flu em 2013 e do Bota em 2014 de solucionarem a situação -- Peter Siemsem conseguiu fazer o Fluminense entrar no Refis o que explica a campanha melhor em 2015.
Os próximos passos são difíceis. Para o Fluminense, por negociar um novo acordo com a Unimed que deve diminuir investimentos da patrocinadora e obrigar a renegociar contratos de jogadores importantes, como Diego Cavalieri, cujo compromisso termina no final deste ano -- a tendência é que renove, mas há chance de saída.
Para o Botafogo é muito mais complicado. A dívida é maior, não há patrocinadores fortes e a segunda divisão já é realidade. O Flu terminou 2013 rebaixado um ano após ser campeão brasileiro. O Botafogo um ano após voltar à Libertadores depois de 18 temporadas. O céu e o inferno ficaram muito próximos para dois dos mais gloriosos clubes do país.