22h15
2 RIV X ANA 0
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
Quinze anos desde que o telefone tocou e era o José Trajano. É apenas a hora de sair de casa
José Trajano me telefonou em novembro de 1999 e mudou minha vida. O convite era para comentar a Copa da África de 2000. "Depois a gente vê como a coisa anda, negão!" Na época, eu assinava com o Lédio Carmona uma coluna sobre futebol internacional no LANCE! O Trajano lia e gostava.
Já tinha feito participações em 1999 no Futebol no Mundo e no Bola da Vez. Comecei a fazer transmissões e depois programas. "Prorrogação", com o Amigão após as rodadas do Brasileirão. O Sportscenter Meio Dia, com a Soninha e o Paulo César Vasconcellos... Linha de Passe com o Milton Leite, depois com o Palomino, com o Paulo Andrade.
Putz! Quanta gente legal. Aprendi com o Plihal, o Cledi, o André Kfouri, Palomino, Renata Netto, João Simões, Mauro Cezar, amigo desde a redação de Placar. Aprendi com quem você conhece do vídeo e com quem me conhece na tela. Aprendi que há uma coisa que distingue a ESPN de todos os outros lugares: o fã de esportes.
Aprendi tanto e até hoje não sou um cara de TV, mas um jornalista de revista que põe conteúdo em todas as mídias.
Se as pessoas ainda acham estranho quando eu digo isto é porque minha cara virou a ESPN.
Minha cara, não.
Minha casa!
Minha cara, não.
Minha casa!
"Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar..." Nem o Renato Russo nem a Cássia Eller são para sempre.
Nem eu na ESPN.
Nem eu na ESPN.
Cobri três finais de Copas do Mundo, nove decisões de Champions League, é hora de ir. A decisão é minha.
Impossível dizer o que será de mim. Possível apenas saber que sigo minha vida de colunista na Folha de S. Paulo aos domingos e segundas-feiras. E que vou sentir uma falta desgraçada de vocês todos.
Darei notícias.
PVC e ESPN: acabou o amor. E canal precisa se mexer rápido
9 de dezembro de 2014 às 18:44
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Perder a Liga dos Campeões e o PVC no mesmo ano. Numa escala de “piores pesadelos”, esse provavelmente estava acima do número 1 para a ESPN Brasil. Entretanto, quando começar 2015,PVC estará em outro lugar assim como a Champions League a partir de setembro. E a ESPN, se ainda não começou a fazer isso, precisa se mexer urgentemente. Entender o que está acontecendo, rápido. E agir.
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De vez em quando, morando no Brasil, a gente perde um pouco a noção do tamanho dessa empresa. Estamos falando de um grupo de canais de televisão que, com uma pequena ajuda do Disney Channel, é responsável por um lucro maior do que todo o resto do grupo Disney somado. Vou repetir: as operações de TV paga do grupo Disney, das quais a ESPN responde pela quase totalidade, foram (números de 2012) 57% do faturamento líquido do grupo Disney. A ESPN é muito maior do que a Globo. A penetração da ESPN nos Estados Unidos é próxima à penetração da Globo no Brasil.
No Brasil, evidente, não é assim. Por uma série de razões. A começar pelas que não passam pelo Brasil. Pra começar, a sede da ESPN na América do Sul é na Argentina. Some-se a isso o fato de que a matriz, apesar de ter ouvido múltiplos pedidos da filial, nunca se dispôs a bancar um briga pelos direitos que tirariam a ESPN Brasil do “underground”, os do Brasileirão. Executivos da ESPN Brasil chegaram a mostrar estudos que indicavam qual seria o investimento necessário, e a enorme probabilidade de que ele retornaria com sobras pouco tempo depois.
Para a matriz, porém, por maior que fosse o número, sempre seria pouco: os mesmos números de 2012 mostram um faturamento de pouco menos de US$ 10 bilhões para a ESPN americana. A Globo, no período, faturou menos de R$ 10 bi, bem menos da metade, portanto.
Sem o bolso da matriz, restava à ESPN concorrer com as armas que tinha. Enquanto ela brigava com ninguém, ou com um Sportv não muito empenhado, era mais fácil. A chegada da Fox, porém, e recentemente do Esporte Interativo (via Turner, dono do Space e TNT, por exemplo), mudaram o jogo. E a ESPN perdeu todos os games (no jargão tenístico) que foram disputados desde então.
A perda da Champions League é traumática, muito traumática. Era, desde sempre, a estrela da programação da ESPN. Era o diferencial, o que fazia as pessoas se sentirem “fãs de esporte”. Por mais torcedores que os campeonatos Inglês e Espanhol atraiam – e lembrando que o Italiano já não é da ESPN -, a “grife” sempre foi a LC. Acontece que essa é daquelas derrotas que depois pode virar vitória. O Esporte Interativo ainda não tem penetração, a Uefa pode se arrepender, daqui a três anos há nova concorrência, não há nada que impeça a ESPN de ganhar de volta os direitos. A saída do PVC, porém, é simbólica de outras maneiras. Se assemelha àquela saída de um jogador que sempre foi identificado com a torcida, que ganhou muitos títulos mas que se decepcionou com o time.
É de se imaginar que PVC deixa a ESPN porque a empresa perdeu eventos importantes, e atraído pela Libertadores. O comentarista, porém, já havia recebido propostas de outros canais antes, e não tinha aceitado. Só PVC sabe de verdade o que mudou e aqui o post em que ele mesmo fala sobre a mudança.
Durante o período em que a Trivela editou a Revista ESPN, tive duas conversas com Paulo Vinícius Coelho. Nas duas, eu estava encrencado com a chefia da TV. Nas duas, ele tomou a iniciativa de me chamar e me ajudar. Em uma, eu ainda acho que estava certo, mas o PVC discordava de mim – e concordava com a chefia. Na outra, eu estava errado, completa e irremediavelmente errado, mas mesmo assim ele, a estrela da companhia, tomou a iniciativa de ajudar a mim, um cara a quem ele não devia nada e que nunca poderia ajudar ele de nenhuma maneira. É assim que a gente conhece a natureza das pessoas.
Não posso dizer que eu seja amigo de Paulo Vinícius Coelho, fora essas duas conversas, tive apenas papos rápidos com ele. Mas acho que, nessas conversas e analisando a figura pública, consegui formar uma imagem do ser humano Paulo Vinícius. Posso estar completamente equivocado no que vou dizer, algumas pessoas que conhecem bem a ESPN acham que eu estou supervalorizando esses sinais, é importante deixar claro que eu estou fora do Brasil há tempos, e que não tenho nenhuma “informação interna”.
Mas o que sempre me pareceu é que dinheiro jamais tiraria PVC da ESPN. “Prestígio”, seja lá o que isso signifique, jamais tiraria PVC da ESPN. PVC só sairia dali por circunstâncias muito especiais. Mesmo assim, em julho deste ano eu tive certeza de que aquele romântico casamento tinha começado a acabar.
No começo da Copa do Mundo, eu não estava no Brasil. Cheguei em São Paulo dias depois da fatídica conversa que Felipão teve com alguns jornalistas, PVC e Juca incluídos. Por isso, quando liguei a televisão na ESPN pela primeira vez depois disso, minha reação foi de completo espanto. Afinal de contas, por que é que uma boa parte da equipe da ESPN estava tratando PVC como se ele fosse um inimigo? O cara estava sendo maltratado. Tinha gente que falava com ele da maneira como nunca falou com Ricardo Teixeira ou Eurico Miranda. Há quem argumente que depois daquela conversa PVC “comprou a versão” de Felipão. Eu, como disse, não estava aí, não tenho como saber. Ainda assim, a reação foi totalmente desproporcional, encharcada de ciumeira profissional. Eu parei de assistir o Bate-Bola pra não ter que ver os caras se pegando.
Minha teoria é de que ali “acabou o amor”, e eu disse isso em julho. Quem me acompanha no Twitter, aliás, viu minha total incompreensão com o que estava acontecendo. PVC é um cara leal até a morte, isso acho que eu posso dizer dele sem medo de errar. Houve na equipe com quem ele trabalhava naquele momento quem não tenha sido leal a ele. Não estou falando, é óbvio, de discordância pura e simples. Estou falando de agressividade desnecessária, mesmo.
Acho que se Felipão não tivesse convidado PVC para aquele papo, a história teria sido outra. Acho que o clima interno não teria azedado. E acho que o PVC passaria por cima da perda de eventos do canal. O clima que se criou na Copa, porém, me parece ter mudado isso tudo.
(Uma observação: algumas pessoas que leram o texto enxergam nele uma crítica principalmente ao Mauro Cezar. Aviso: não é, porque se fosse eu não escreveria. Me dizem que os piores embates foram entre ele e o PVC, mas eu, como disse, não estava no Brasil, não vi nada disso, os embates a que me refiro não envolveram o Mauro, que é um cara que está no topo da minha pirâmide de admiração e gratidão.)
A ESPN é uma das maiores corporações do planeta mas, no Brasil, sempre esteve do lado das causas certas. Sempre apostou na qualidade e na inovação. Sempre deu espaço para o talento – embora também tenha sucumbido de vez em quando à piada fácil, e quase sempre sem graça. A ESPN é importante para o jornalismo esportivo brasileiro de uma maneira muito maior do que sua audiência poderia fazer crer.
Não é que no dia 1/1/2015 tudo vá acabar. Ainda estarão lá muitos dos melhores profissionais da casa – Leonardo Bertozzi, Gustavo Hofman, Gian Oddi, Paulo Andrade, André Kfouri, Mauro Cezar Pereira, Everaldo Marques só pra citar os meus preferidos – não posso elogiar o Ubiratan, ele é meu editor. Ainda estarão lá o Inglês, o Espanhol e a Copa do Brasil. Mas a alma do canal está na balança. É hora para um pouco de, na expressão americana, “soul searching”, um mergulho na alma, um pouco de psicanálise empresarial.
Para o torcedor, tanto faz onde ele vai assistir aos jogos que gosta. Perde-se PVC na Liga, mas ganha-se na Libertadores (sobre isso, é bom ler o excelente texto do excelente Menon). Para o jornalismo esportivo brasileiro, porém, esse “soul searching” é fundamental. A ESPN é o irmão mais forte dos pequenos, mesmo sendo o gigante que é internacionalmente.
Assim é desde o começo, e não há motivo para supor que possa mudar. Que não mude, mesmo, que não prevaleça a visão exclusivamente empresarial que prevalece na ESPN americana, onde é proibido criticar a NFL (sim, eu exagerei, mas é mais ou menos por aí.) A verdade é que corremos o risco de só perceber o quanto a ESPN era importante no dia em que a perdermos para “o outro lado”.
Nobre elogia Mano, mas diz que próximo técnico será escolhido por nova diretoria
Em meio a mudanças no comando do futebol, Paulo Nobre concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira e preferiu não anunciar nenhum nome para a próxima temporada. Alexandre Mattos, diretor do Cruzeiro, comunicou nesta tarde sua saída do time celeste. Ele será, conforme apurou a reportagem, o novo diretor do Palmeiras, ao lado de Cícero Souza, que será o novo gerente, no lugar de Omar Feitosa, desligado junto com Dorival Jr. e José Carlos Brunoro nesta segunda.
Além da cúpula do futebol, o alviverde precisa definir quem será o novo técnico para dirigir a equipe em 2015. O presidente do clube paulista evitou falar em nomes, como é de costume, disse que o novo treinador será escolhido pelo novo departamento, mas elogiou Mano Menezes, que deixou o Corinthians na semana passada.
"Não tenho nenhuma rejeição, pelo contrário. Ele (Mano) é um grande técnico, como há outros nomes no mercado", disse.
"O departamento será formado e vai decidir quem será o novo técnico do Palmeiras", completou.
Desde a sua reeleição, Nobre tem dito que formará para 2015 uma equipe competitiva, diferente do que aconteceu nos últimos dois anos. Além de trocar pessoas, o dirigente disse que vai mudar alguns processos dentro do clube.
"Fazendo avaliação geral, houve erros e acertos. Tem de ter calma. Avaliar o que teve de acerto e o que teve de erro. Tem de trocar processos, não só pessoas. Não vou ficar elencando erro a erro. A avaliação interna está sendo feita. Mas vamos mudar o nosso modus operandi", explicou.
A situação do jogadores em fim de contrato será resolvida também pelo novo departamento, segundo o presidente. Além do diretor e do gerente, haverá um outro dirigente estatutário cuidando do futebol na próxima temporada.
Candidato da situação diz que três reforços estão apalavrados com o Corinthians
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Candidato da situação nas eleições presidenciais de fevereiro e favorito à sucessão de Mário Gobbi, Roberto de Andrade confirmou o acerto do Corinthians com três jogadores para a próxima temporada. Existe acordo verbal com Edilson, Cristian e Leandro. Malcom, porém, pode deixar o clube.
Edilson foi dispensado do Botafogo na mesma leva de Emerson e, sem clube, mantinha o condicionamento físico no centro de treinamento do Corinthians. O lateral de 28 anos deve ser reforço do time, provavelmente comandado por Tite ou Oswaldo de Oliveira, assim como o volante Cristian, de 31 anos, sem clube desde que teve o contrato com o Fenerbahçe encerrado.
Completa a lista de reforços já engatilhados o atacante Leandro, que fez um bom Campeonato Brasileiro pela Chapecoense. O jogador de 23 anos, autor de dez gols no Nacional com suas chuteiras verdes, terá os direitos econômicos adquiridos com a ajuda de investidores.
"São jogadores que estão apalavrados", disse Roberto de Andrade, em entrevista à rádio Transamérica.
Ele participa também das negociações para o retorno de Tite. O acordo com o gaúcho está caminhando.
Na apresentação do elenco, em 5 de janeiro, o novo técnico da equipe pode não encontrar Malcom. O atacante de 17 anos, que subiu aos profissionais neste ano e conseguiu rapidamente seu espaço, tem apenas 30% de seus direitos econômicos ligados ao Corinthians.
O Dínamo de Kiev deve apresentar uma proposta de 12 milhões de euros (cerca de R$ 38,7 milhões), dos quais o clube do Parque São Jorge ficaria com cerca de R$ 11,6 milhões.
A oferta ainda crescera porque envolverá outro garoto da base - Matheus Pereira, de 16 anos, com pequena parcela dos direitos ligada ao Corinthians - e porque surgiu a concorrência do Olympique de Marselha.
Conheça os clubes europeus que mantém os jogadores no elenco por mais tempo
A manutenção do elenco de uma temporada para outra é, quase sempre, uma das receitas para campanhas vitoriosas no futebol. Não é uma regra, afinal, o esporte não é uma ciência, já que possui diversas variáveis impossíveis de medir. No entanto, cada vez mais os números ajudam a explicar o esporte bretão e seus resultados.
Nesta semana, o CIES Football Observatory divulgou um inédito estudo sobre a relação entre tempo de permanência dos jogadores no clube e idade de recrutamento ou contratação, dividindo o primeiro item pelo segundo. A partir daí, surgiu o índice chamado de ASAR (Average stay / Average age at recruitment).
O levantamento, que considerou apenas as cinco grandes ligas europeias (Premier League, Bundesliga, La Liga, Serie A e Ligue 1), mostrou que os campeões nacionais têm ASAR alto, o que indica idade baixa na chegada dos atletas e longa permanência com a mesma camisa. Ou seja, estabilidade e boa visão de mercado.
CIES
Além disso, como qualquer pesquisa, traz curiosidade. O Everton é o time inglês com maior longevidade dos jogadores no elenco (4,89 temporadas em média), a Real Sociedad lidera na Espanha (5,87), o Montpellier na França (4,19), o Borussia Dortmund na Alemanha (4,9) e a Juventus na Itália (4,72). Na ponta oposta surgem Queens Park Rangers (1,94), Córdoba (1,49), Bastia (1,85), Colônia (2,51) e Cesena (1,81).
Quem, na média, mais aposta em novos por ligas são Liverpool (22,63 anos em média), Real Sociedad (22,08), Nice (22,4), Bayer Leverkusen (22,42) e Empoli (23,31). Do outro lado da tabela estão Queens Park Rangers (26,96), Levante (26,75), Caen (26,19), Augsburg (25,63) e Verona (28,01).
Por fim, no ranking de ASAR, os clubes com performance abaixo da expectativa são Sevilla (0.074), Genoa (0.078) e Valencia (0.099). Todos com boas temporadas na prática.
Pedido de 'fatia' em novo patrocínio emperra renovação de Unimed com Fluminense
Antes tida como encaminhada, a definição da permanência da Unimed no Fluminense esbarra na entrada de um novo patrocinador máster na camisa tricolor. O presidente da empresa, Celso Barros, não abre mão de uma fatia dos cerca de R$ 18 milhões que o clube estima receber em caso de acordo para o espaço mais nobre do uniforme em 2015 e enfrenta resistência nas discussões com Peter Siemsen.
A meta é selar de vez o assunto em no máximo uma semana.
A demora para confirmar a manutenção da parceria foi um dos fatores que pesou na saída do lateral esquerdo Carlinhos para o São Paulo. Outros nomes ainda podem deixar as Laranjeiras neste fim de ano, dentre eles, Diego Cavalieri, Gum e Diguinho.
Em caso de acordo, os investimentos da Unimed não devem passar de R$ 20 milhões no ano que vem. A cooperativa de saúde enfrenta uma crise financeira.
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