sábado, 28 de março de 2015

Amistosos

23h30


MEX México1X0Equador EQU



Copa do Nordeste

18h30




CEA Ceará2X1Salgueiro SAG

Paulista

18h30




CPV Capivariano1X0Rio Claro RCL

Paulista

18h30

MOG Mogi Mirim2X0Marília MAC




Paulista

16h00


ITU Ituano0X0Portuguesa POR

Amistosos

17h30




ESA El Salvador0X2Argentina ARG

MLS

17h00




MON Impact Montreal2X2Orlando City ORL

Amistosos

16h45




GAN Gana1X2Senegal SEN

Eliminatórias da Eurocopa

16h45



HOL Holanda1X1Turquia TUR

Eliminatórias da Eurocopa

16h45



BEL Bélgica5X0Chipre CHP

Eliminatórias da Eurocopa

16h45



BUL Bulgária2X2Itália ITA

Eliminatórias da Eurocopa

16h45


AND Andorra0X3Bósnia-Herzegóvina BOS


Paulista

16h00



SBE São Bernardo1X0Botafogo-SP BOT

Copa do Nordeste

16h00




BAH Bahia1X0Campinense-PB CMP

Amistosos

16h00



MAR Marrocos0X1Uruguai URU

Carioca

16h00


BON Bonsucesso0X2Flamengo FLA

Carioca

15h30



MAD Madureira1X0Macaé MAC

Eliminatórias da Eurocopa

14h00


CRO Croácia5X1Noruega NOR

Eliminatórias da Eurocopa

14h00


AZE Azerbaijão2X0Malta MLT

Eliminatórias da Eurocopa

14h00


TCH Rep. Tcheca1X1Letônia LAT

Eliminatórias da Eurocopa

14h00


ISR Israel0X3País de Gales GAL

Eliminatórias da Eurocopa

12h00



CAZ Cazaquistão0X3Islândia ISL

Argentina bate Carol Alves e tenta mais um título

São José do Rio Preto (SP) - A argentina Nadia Podoroska buscará neste sábado seu segundo título no Circuito Feminino Future de Tênis 2015. Em São José do Rio Preto, a cabeça de chave 3 garantiu sua vaga na final ao bater a paulista Carolina Meligeni Alves nesta sexta-feira, com parciais de 6/4 e 6/3. Às 10h, Podoroska decide o torneio contra a polonesa Katarzyna Kawa, no Clube Monte Líbano, com entrada gratuita ao público.

Promessa de 18 anos, Podoroska foi campeã em São José dos Campos, há duas semanas. A argentina, que está em busca de seu sétimo troféu em simples, reverteu o placar de 4/0 a favor de Carol no primeiro set. “Estava pecando na definição dos pontos, mas sabia que era questão de ter mais atenção nisso. Ela também começou muito sólida, teve méritos. Fiquei tranquila e aproveitei as chances para virar”, disse a finalista.

A polonesa Katarzyna Kawa impediu uma final entre compatriotas ao superar a argentina Victoria Bosio por duplo 6/3. A tenista de 22 anos tenta seu segundo título em simples. “Eu me sinto ótima, é meu melhor resultado em 2015. Foi um jogo duro, tinha muita sombra na quadra e estava difícil para enxergar a bola”, afirmou Kawa.

As duas finalistas estiveram frente a frente nas quartas de final em Ribeirão Preto, na última semana, e a argentina levou a melhor na ocasião, por 6/2 e 7/6 (7-5). “É muito legal chegar a outra final, não há melhor maneira de começar melhor a temporada”, comemorou Podoroska. “Ela não tem medo de vencer, mas acho que posso batê-la”, finalizou Kawa.

Podoroska teve a chance de conquistar o título de duplas nesta sexta, ao lado da compatriota Guadalupe Perez Rojas, mas a parceria perdeu para as também argentinas Ana Monllau e Constanza Vega. As campeãs triunfaram com parciais de 3/6, 6/3 e 11-9 no match-tiebreak. “Salvamos match-points na segunda rodada e hoje”, lembrou Vega. “Poderia ter ido para qualquer lado, mas felizmente veio para o nosso”, completou.

O Circuito Feminino Future de Tênis é apresentado pelo Itaú, através da Lei de Incentivo ao Esporte/Ministério do Esporte/Governo Federal e tem o apoio dos Correios.  A realização é do Instituto Esperança do Amanhã. O site oficial é o www.circuitotenisfeminino.com.

Evolução da seleção brasileira vale mais que a virada sobre França - o perigo é a ilusão!

Uma virada sobre a França no estádio da derrota na final da Copa do Mundo em 1998 não pode ser desprezada. Mesmo em amistoso, é resultado que vai para a história. Não contraria, porém, a lógica de que em partidas que não valem três pontos, o desempenho é mais importante que o placar.
A boa notícia é que a seleção brasileira de Dunga mostrou evolução no Stade de France, principalmente no segundo tempo. Quando a organização e a posse de bola ganharam mobilidade e rapidez.
Na primeira etapa, controle com bola rolando. 58% de posse e seis finalizações a três - três a dois no alvo. Mas cometeu cinco faltas e cedeu o mesmo número de escanteios. O suficiente para Varane abrir o placar e a defesa brasileira sofrer nas jogadas aéreas em bolas paradas.
Porque a França, no mesmo 4-1-4-1 da Copa, penou sem Pogba no meio-campo e perdeu fluência nas ações ofensivas. Variação só quando Valbuena e Griezmann trocavam de lado ou o atacante do Atlético de Madri se juntava a Benzema. Pouco.
O Brasil, porém, não se impôs como poderia. Também pela imobilidade nas duas linhas de quatro, que deixavam espaços entre as linhas para os franceses. Willian e Oscar abertos, Neymar mais avançado e partindo do lado esquerdo.
REPRODUÇÃO TV GLOBO
Flagrante do 4-4-2 brasileiro bem postado, mas deixando espaços entre os setores para os jogadores franceses.
Flagrante do 4-4-2 brasileiro bem postado, mas deixando espaços entre os setores para os jogadores franceses.
Só Firmino se movimentava e atacava os espaços entre as linhas que o volante Schneiderlin tentava fechar. Quando Oscar infiltrou em diagonal, Firmino acertou o passe e o meia do Chelsea empatou.
No segundo tempo, mais movimentação e participação coletiva. Elias e Luiz Gustavo avançaram como meio-campistas, Willian e Oscar saíram dos flancos para o centro, procurando Firmino e Neymar. Elias para Willian, deste para o camisa dez e craque. 43º em 61 jogos. Quinto maior artilheiro da seleção brasileira, aos 23 anos. Fenômeno.
A senha para a seleção francesa colocar intensidade e voltar a  aproveitar as brechas entre as linhas que o Brasil de Dunga continuou cedendo e fez Jefferson trabalhar um pouco mais. A compactação dos setores é algo a ser aprimorado. Já a marcação adiantada surtiu efeito, com várias bolas roubadas no campo de ataque.
ANDRÉ ROCHA
Seleção brasileira com duas linhas de quatro e posse de bola que ganhou mobilidade e rapidez no segundo tempo para superar o 4-1-4-1 francês.
Seleção brasileira com duas linhas de quatro e posse de bola que ganhou mobilidade e rapidez no segundo tempo para superar o 4-1-4-1 francês.
Tudo se resolveu com o gol de Luiz Gustavo em cobrança de escanteio de Willian. O troco no jogo aéreo que consagrou Zidane há quase 17 anos. Dunga só mudou peças a partir dos 37 minutos, depois que Didier Deschamps já havia feito três substituições. Interessante para melhorar o entrosamento, mas também uma chance perdida de testar e observar, em tese o objetivo dos amistosos.
Para Dunga é como se valessem três pontos. Nitidamente a proposta das mudanças foi fechar o time e ganhar tempo para administrar os 3 a 1. Foco total no resultado para melhorar os números e "calar os críticos", obsessão do treinador que beneficia também o discurso oportunista de dirigentes e formadores de opinião que capitalizam com o ufanismo.
Eis o perigo: a ilusão das sete vitórias consecutivas no país em que se costuma olhar apenas o resultado. A seleção ainda tem muito a progredir. Natural pelo pouco tempo de trabalho. Na Copa América, vale mais seguir aprimorando o novo estilo. Mas a seleção de Dunga, Marin e Del Nero vai atrás do título, custe o que custar.
A meta: com a taça, varrer os 7 a 1 para debaixo do tapete o mais rápido possível, reforçar o discurso do "apagão" e recuperar a imagem de vencedor. Cômodo e conveniente para muitos, mas será positivo para o futebol brasileiro?
Por ora, vale bem mais a boa atuação em Saint-Denis.

Abaixo a ditadura do Sócio Torcedor. Turma do Cappuccino talvez o prefira no shopping

Torcedor é a pessoa que torce, apóia em competições esportivas. Um incondicional admirador! Ninguém precisa ser sócio para ser torcedor. A criança que descobre a paixão por um clube não depende de carteirinha. O sentimento vale milhões de vezes mais do que um pedaço de plástico com nome, RG e foto 3 por 4.

Quem torce e deseja ver seu time de perto fica cada vez mais distante disso. O que já foi simples, para muitos está se transformando em sonho: acompanhar de fato os jogadores, lá no estádio, gritar por eles, torcer por eles, vibrar com eles. Criaram uma barreira entre o torcedor e sua velha paixão.

Tal parede só pode ser derrubada mediante pagamentos mensais ao clube. Como se apenas o dinheiro pudesse provar que o sujeito é mesmo torcedor daquele time. Como se fosse para a maioria uma moleza desembolsar a taxa mensal. Isso num país cuja renda média domiciliar per capita é de R$ 1.052,00.

Leia mais: Ingleses protestam contra preços abusivos no futebol

É caro. Tanto os R$ 39,90 cobrados pelo Flamengo e que dão "descontos na compra de ingressos" como os R$ 70 mensais do Palmeiras, que permitem acesso direto ao setor menos "nobre" na arena do presidente Paulo. A maioria não pode pagar por isso. E alguns podem e não querem por não serem muitos dos programas bem elaborados.



622 8dde2066 5f6c 3937 92f9 e76231cce7c7
Mauro questiona a ditadura do sócio-torcedor: 'Estão fazendo futebol para a classe-média'
Futebol é prioritariamente paixão. Mas mesmo observando sob a perspectiva do negócio, como fazem tantos "especialistas" que se multiplicam por aí, é evidente que não há demanda. O Palmeiras comemorou efusivamente a quebra da barreira dos 100 mil "Sócios Avanti". Mas o que isso de fato representa? Só 1% dos apaixonados pelo Palestra, segundo pesquisas.

Os dos R$ 69,90 mensais no plano palmeirense têm direito a ingressos para todos os jogos no novo estádio. Mas há uma restrição: cabem menos de 9 mil pessoas no setor destinado a quem paga tal quantia e quer ir sem desembolsar mais dinheiro. É obvio que pouquíssimos podem aproveitar tal benefício. E as pessoas falam como se todos pudessem pagar esse valor e não faltar a jogo algum sem um centavo a mais.

No estádio do Corinthians, explica o companheiro Rodrigo Vessoni do Diário Lance!, há sete setores. Dois mais acessíveis, um intermediário e quatro caros. Isso explica a enorme dificuldade do Fiel Torcedor que deseja comprar ingresso mais barato e, por exemplo, associados ao programa pagando R$ 200 por um jogo da Libertadores. Imagine a situação do corintiano não sócio. A massacrante maioria!

Eduardo Tironi definiu bem. Num avião há muito mais lugares na classe econômica. Motivo? Em geral as pessoas só podem pagar por aquele tíquete, o mais acessível. Há uma parcela reduzida destinada à executiva e outra, ainda menor, chamada de primeira classe, que é caríssima. As companhias distribuem os assentos nas aeronaves de acordo com a demanda. No estádio de futebol tal lógica é quase ignorada.

GILVAN DE SOUZA/FLA IMAGEM
Eduardo da Silva na partida contra o Bangu, no Maracanã: cadeiras vazias ao fundo
Eduardo da Silva na partida contra o Bangu, no Maracanã: cadeiras vazias ao fundo
Se o Palmeiras tem aproximadamente 1% de sua torcida associada, o que dizer de São Paulo, Flamengo, Corinthians, Inter, Atlético, Cruzeiro, etc? Esses tem pontos percentuais ainda menores na proporcão entre os que aderiram aos programas e os fanáticos pelos clubes. Quase nada diante do gigantismo de suas torcidas. E a explicação, na maioria das vezes, é econômica: o cidadão não tem essa grana disponível, sobrando, para dar religiosamente ao clube.

Seria sensacional se os preços dos ingressos fossem acessíveis e proporcionais à demanda, à procura. Com os programas de sócio torcedor proporcionando aqueles que podem e querem contribuir, vantagens sobre os que pagam os ingressos avulsos, entre outros benefícios. Eles se tornariam atraentes e não haveria segregação.

Mas não é o que acontece no Brasil. Os bilhetes foram encarecidos, criaram a dificuldade para vender a solução: o programa sócio torcedor, evidentemente. Quem não se associa, que se vire, que não compareça ao jogo, veja pela televisão ou vá dormir. Na cabeça de alguns, talvez a expressão seja "que se dane" mesmo.

GAZETA PRESS
Leandro Damião marcou no empate do Cruzeiro: Mineirão quase deserto
Leandro Damião marcou no empate do Cruzeiro: Mineirão quase deserto
Na final da Copa do Brasil de 2014 um grande momento do futebol mineiro, Atlético e Cruzeiro decidindo em dois jogos, que levaram a Independência e Mineirão 70% dos torcedores que os estádios comportariam. O óbvio motivo, ingressos a preços proibitivos. E o clube da massa foi campeão longe da maior parte dela, que tanto ajudou contra Corinthians e Flamengo nas épicas viradas de 4 a 1.

A ditadura do sócio torcedor cria outro obstáculo para o amante do futebol que, independentemente de ser o seu time ou não em campo, se dispõe a sair de casa para ver boas partidas. Fiz isso minha vida toda e cheguei a frequentar geral e arquibancada do Maracanã quatro vezes na mesma semana vendo Vasco, Fluminense, Flamengo e Botafogo em jogos de campeonatos carioca e brasileiro. Quem pode fazer isso hoje?

A defesa do atual modelo é feita pelos que só vêem o estilo de vida classe média. Pelos que acham R$ 70 mensais mixaria. Pelos que esquecem de onde vieram ao melhorarem de vida. Vamos observar quem está embaixo nessa pirâmide? Que ama seu time e quer ir ao futebol. Afinal, há espaços sobrando (e como!) nas arquibancadas encadeiradas.

Estamos diante de uma ditadura. A ditadura do sócio torcedor. E a resposta é espontânea. O exageradamente badalado Palmeiras x São Paulo não levou mais do que 57% do número de torcedores que o Allianz Parque comporta. O Mineirão recebeu 10% da capacidade em Cruzeiro x Mamoré. E o Maracanã 8% em Flamengo x Bangu. Mesmo o Corinthians com suas belas médias não costuma lotar Itaquera.

Como escreveu o fã de esportes Ricardo Lima Camilo, "os programas de Sócio Torcedor não podem ser vistos apenas como facilitador para compra de ingressos. Falta criatividade aos dirigentes". E isso acontece apesar da parceria com a Ambev, que dá descontos em compras no supermercado, por exemplo.

Eu me incomodo ao ver tantas cadeiras vazias repetidas vezes em consecutivos jogos de futebol em nosso país. Reflexo, sim, de campeonatos pouco atraentes, mas também de uma política de preços de ingressos restritiva e elitista. Eles só estão de olho no "torcedor capuccinno". Que talvez prefira saborear sua bebida no shopping center.



PS: não sou contra os programas de sócios torcedores, mas contrário à idéia de que a pessoa precisa pagar obrigatoriamente R$ 100, R$ 200 para ver UM jogo de seu time, caso não concorde em se associar. Ou não possa pagar o "dízimo" mensal.



622 eb147ffe 726a 3341 82e0 9518f1b1ed16
Mauro: o povo sempre sustentou futebol

Rio de Janeiro será o único representante brasileiro no Campeonato Mundial de Clubes

Acabou o sonho de Osasco e Sesi serem convidados para o Campeonato Mundial de Clubes que acontece entre os dias 6 e 10 de maio em Zurique, na Suíça. O time de Bernardinho conquistou a vaga no Campeonato Sul-Americano.
Nessa semana a FIVB divulgou que o Mirador, da República Dominicana seria a segunda convidada. O primeiro time que recebeu convite foi o Dínamo Krasnodar da Rússia que conta com as brasileiras Fernanda Garay e Fabíola. O time dominicano é dirigido pelo brasileiro Marcos Kwiek, que confirmou a vaga nas suas redes sociais.
Além dos times russo e dominicano, já estão confirmados no evento: Hisamitsu Springs, campeão asiático e o Volero Zurich, anfitrião do torneio. A FIVB já definiu que o Campeonato Mundial masculino será apenas em outubro em Belo Horizonte.
Apesar de ter perdido o Campeonato Sul-Americano para o UPCN da Argentina, o Cruzeiro foi confirmado pela FIVB e será o representante brasileiro na competição.

Adequação de estatuto à responsabilidade fiscal causa racha no Fla; presidente do Deliberativo renuncia

REPRODUÇÃO
Trecho da carta de renúncia de Delair Dumbrosck do Conselho Deliberativo do Flamengo
Trecho da carta de renúncia de Delair Dumbrosck do Conselho Deliberativo do Flamengo
Em ano de eleição, o Flamengo ganhou nesta sexta-feira mais uma crise política. Um confronto de ideias sobre a votação de uma emenda ao estatuto do clube chamada "Lei de Responsabilidade Fiscal Rubro-Negra" causou a renúncia do presidente do Conselho Deliberativo do clube, Delair Dumbrosck.
Há alguns meses, os presidentes dos outros poderes do clube (diretor, administração, fiscal, assembleia geral e de grandes beneméritos) protocolaram um pedido para que fosse votada a "Lei de Responsabilidade Fiscal Rubro-Negra", um pacote de medidas elaborado na proposta de novo estatuto do grupo "Conte Comigo, Flamengo", ligado à situação, para adequar o clube à medida provisória de responsabilidade fiscal assinada pela presidente Dilma Rousseff na última semana.
Delair retardou o processo e perdeu o prazo para incluir a medida em votação. Em contrapartida, os outros presidentes, incluído Bandeira de Mello, se utilizaram do artigo 79 do estatuto do clube e convocaram a votação da emenda também para o dia 7 de abril, à revelia de Delair. Irritado, ele renunciou em carta entregue aos conselheiros nesta sexta-feira. Na primeira convocação, Delair indicara apenas a votação do Substitutivo para o estatuto do clube, alegando que o texto novo era de consenso geral, o que não ocorreu.
GAZETA PRESS
Delair Dumbrosck, ex-presidente do Flamengo
Delair Dumbrosck, ex-presidente do Flamengo
"Os motivos são vários. Sou cardiopata, tenho três safenas, já infartei duas vezes e não posso me aborrecer. Os caras vão e atravessam uma emenda, tiraram não se de onde que eu seria candidato (a presidente) e entenderam que essa aprovação da emenda estatutária seria benéfica. Não sou candidato a mais nada, fiz tudo pelo Flamengo. Convoco a reunião e eles vão, se juntam e me mandam umas convocação para votar a mesma coisa. Está errado. Bandeira deveria deixar a questão do Deliberativo e cuidar para que o Flamengo tenha um bom time no Brasileiro e não fique abaixo do décimo lugar", disparou Delair Dumbrosck.
Presidente do Flamengo em 2009, em substituição ao licenciado Márcio Braga, Delair apoiou a Chapa Azul, de Eduardo Bandeira de Mello, na última eleição do clube, em 2012. Em seguida foi eleito à presidência do Conselho Deliberativo e, por diversos desentendimentos, tornou-se oposição. Seu substituto na presidência do Conselho Deliberativo será Rodrigo Dunshee de Abranches.
Tentativa de salvar Capitão Léo é negada
Outro ponto polêmico no relacionamento entre Delair Dumbrosck e os diversos presidentes de poderes do Flamengo recentemente se deveu a uma possível tentativa de salvação de Leonardo Ribeiro, o Capitão Léo, de uma exclusão do quadro social rubro-negro.
Nos termos atuais, Capitão Léo seria expulso em caso de confirmação de mais uma punição, a segunda em menos de um ano. Ele foi condenado por agressão a um sócio e depois por ofensas ao vice-presidente de marketing, Luiz Eduardo Baptista, o Bap. As penas foram suspensas até novo julgamento. No primeiro caso, em meados de março, Capitão Léo teve a pena confirmada. Caso a suspensão por ofensas a Bap também seja corroborada, ele estaria fora do clube.
No entanto, por convocação de Delair Dumbrosck, o Conselho Deliberativo votaria o Substitutivo do estatuto dois dias antes do novo julgamento de Capitão Léo. Caso o o texto fosse aprovado, Leonardo Ribeiro não mais seria expulso, mas, sim, considerado inelegível para qualquer cargo no Flamengo por quatro anos. Delair nega a tentativa de favorecimento a Capitão Léo.
"Não muda nada. Só iria votar um item de responsabilidade fiscal. Não tem nada a ver com o Capitão Léo", completou Dumbrosck.
Durante a gestão de Bandeira, um dos pontos mais discutidos foi a mudança de estatuto do clube, de 1992, para moldá-lo à administração profissional, com respeito ao orçamento e sanções a quem comprometesse o patrimônio rubro-negro.
Foram quatro propostas apresentadas. A Pedra Rubi, de Capitão Léo e do grupo Fla-Tradição; a Fênix, também com apoio da Fla-Tradição, de oposição à gestão atual; a Conte Comigo, Flamengo, que tem apoio da atual diretoria; e a Acima de Tudo Rubro-Negro, dos conselheiros Lysias Itapicurú e Haroldo Couto. Em vez de votação no Conselho Deliberativo, Delair Dumbrosck propôs a formação de uma Comissão Especial, com representantes de cada projeto.
Contrariados, os integrantes do grupo "Conte Comigo, Flamengo" se retiraram da Comissão Especial. A redação do texto do Substitutivo, no entanto, não se tornou pública para análise antes da votação, inicialmente para o fim de dezembro de 2014. Em fevereiro, nova reunião foi marcada no clube para análise do Substitutivo. Em clima tenso, com bate-boca, nada foi definido. Diante da pressão, um texto foi apresentado e, de acordo com integrantes da situação, vários trechos do Pedra Rubi, de Capitão Léo, foram colocados no Substitutivo