Quem viu o Boca Juniors de Carlos Bianchi, Riquelme, Guillermo Barros Schelotto e Palermo, em 2000, sabe que aquele foi o mais completo time das seis conquistas da Libertadores. O equipazo quebrou o recorde de 39 partidas invictas do Racing, que durava desde 1966, chegou a 40 partidas sem derrota, conquistou o bicampeonato Argentino (Apertura 98, Clausura 99) e ganhou a Libertadores depois de 22 anos.

Mas nos números os melhores Bocas campeões da Libertadores são outros. O de 2001, também de Riquelme e Guillermo Barros Schelotto, mas com Barihjo no lugar de Palermo (Gaitán e Giménez jogaram a final contra o Cruz Azul) tinha 8 vitórias e três empates e uma derrota antes de disputar a final, campanha idêntia à do Boca Juniors de Julio Cesar Falcioni, o atual.
Em 1977, o time também tinha 27 pontos, mas com um jogo a menos. O de 1978 é o último campeão invicto. Mas na comparação com os quatro títulos deste século, os quatro que tornaram o Boca temido como é hoje, as melhores campanhas são as de 2001 e 2012.

Hoje, o Corinthians chega com vantagem de jogar em casa o segundo jogo, pode ser o primeiro campeão invicto desde o Boca Juniors de 1978, tem melhor ataque, melhor defesa, mas menos pontos.
O Corinthians marcou 26, com 7 vitórias e 5 empates. O Boca tem 27, com 8 vitórias, 3 empates e uma derrota.

Veja abaixo o time base e a campanha do Boca nas seis conquistas.

1977 - 8 vitórias, 4 empates e 1 derrota (7v, 3e, 0d, 27 pts, antes da final) - Gatti, Pernía, Tesare, Mouzo e Tarantini; Benítez, Suñé e Zanabria; Mastrangelo, Veglio e Felman. Técnico: Juan Carlos Lorenzo

1978 - 4 vítórias, 2 empates, 0 derrota - Gatti, Pernía, Sá, Mouzo e Bordón; Benítez, Suñé e Zanabria; Mastrangelo, Salinas e Perrotti. Técnico: Juan Carlos Lorenzo

2000 - 7 vitórias, 4 empates, 3 derrotas (7v, 2e, 3d, 23 pts antes da final) - Córdoba, Ibarra, Bermúdez, Samuel a Arruabarrena; Traverso, Battaglia, Basualdo e Riquelme; Guillermo Barros Schelotto e Palermo. Técnico: Carlos Bianchi

2001 - 9 vitórias, 3 empates, 2 derrotas (8v, 3e, 1d, 27 pts antes da final) - Córdoba, Ibarra, Bermúdez, Matellán e Clemente Rodriguez; Serna, Battaglia, Traverso e Riquelme; Guillermo Barros Schelotto e Barihjo. Técnico: Carlos Bianchi

2003 - 10 vitórias, 2 empates, 2 derrotas (8v, 2e, 2d, 26 pts antes da final) - Abondanzieri, Ibarra, Schiavi, Burdisso e Clemente Rodriguez; Villarreal, Cagna, Cascini e Battaglia; Tévez e Delgado. Técnico: Carlos Bianchi

2007 - 8 vitórias, 2 empates, 4 derrotas (6v, 2e, 4d, 20 pts antes da final) - Caranta, Ibarra, Cata Díaz, Morel Rodriguez e Clemente Rodrigues; Ledesma, Banega, Neri Cardozo e Riquelme; Palacio e Palermo. Técnico: Miguel Angel Russo

2012 - 8 vitórias, 3 empates, 1 derrota (27 pts antes da final, igual a 2001) - Orión, Roncaglia, Schiavi, Caruzzo e Clemente Rodriguez; Ledesma, Somoza, Ervitti e Riquelme; Mouche e Santiago Silva. Técnico: Julio Falcioni