sexta-feira, 27 de abril de 2012

Português

16h15 Braga 1x2 Olhanense

Argentino - Clausura


15h15 Estudiantes 0x2 Vélez Sarsfield
20h15 Lanús 3x1 Racing Club

Francês


14h00 Toulouse 0x1 Montpellier
16h00 Lorient 2x1 Olympique

São Paulo critica ministro que liberou Oscar por dar entrevista antes de julgar

Guilherme Caputo Bastos, ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho) não tinha condições de decidir sobre a liminar em habeas corpus pedida por Oscar, segundo integrantes da direção são-paulina e membros do estafe do presidente Juvenal Juvêncio.
Em conversas informais, os são-paulinos classificam Bastos como impedido de se envolver no caso por ter dado uma entrevista três dias antes de anunciar decisão favorável ao jogador. Na opinião dos tricolores, o ministro deveria ter se mantido em silêncio.
Bastos deu entrevista ao blog Dupla Explosiva, ligado ao grupo Zero Hora, do Rio Grande do Sul. Afirmou que o caso deveria ser julgado rapidamente e que o jogador tem o direito constitucional de trabalhar, mas que deve explicações a seu empregador, o São Paulo, segundo o TST paulista.
“Não havia impedimento do ministro pelo simples fato de que na entrevista ele não fez juízo de valor. Só externou a preocupação do TST em resolver logo o caso”, disse ao blog André Ribeiro, um dos advogados de Oscar.
Para Ribeiro,  a decisão é um marco no caso. “Até então, o Oscar talvez fosse o único jogador do mundo impedido de jogar. A decisão é um novo parâmetro nessa discussão toda. Oscar tem o direito de trabalhar onde quer enquanto o caso não chega ao fim na Justiça. Se no final o São Paulo for vitorioso, ele terá o direito de receber a indenização”, disse o advogado do atleta.

Após 4 anos parada, Lais Souza volta 'adulta' à seleção de ginástica e pode ir aos Jogos

Lais Souza voltou a vestir um agasalho da seleção fora do país. Postou até foto em uma rede social, diretamente de Osijek, na Croácia, onde neste fim de semana disputa uma etapa da Copa do Mundo.
A última vez que a ginasta competiu no exterior representando o Brasil foi na Olimpíada de Pequim, em 2008.

Isto é Lais Souza

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Zé Carlos Barretta/Folhapress
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Lais Souza posa para a Folha em hotel de São Paulo Leia mais
Há duas semanas, o cenário era outro. Lais caminhava pelos corredores de um hotel, em São Paulo, vestindo shorts e blusinha. Sem patrocinadores estampados na roupa, apenas as cicatrizes lembravam os tempos de atleta. A grande mudança nestes anos, segundo ela mesma, são o corpo e a cabeça de mulher.
"É um 'bem-vinda à vida adulta', sabe?", resume, aos 23 anos e duas Olimpíadas.
A ginasta paulista voltou à seleção como convidada. O pedido junto à Confederação Brasileira de Ginástica foi feito pelo clube Pinheiros, que, por contrato, a bancou nestes quatro anos fora das competições.
Ela voltou a treinar há apenas dois meses, mas nutre a expectativa de convencer os técnicos de que pode ir à Olimpíada.
"Estou satisfeita e feliz. O que ela pode fazer é muito mais do que gente que está na seleção. A Lais muda um pouco o cenário e a disputa interna fica maior", explica a coordenadora da seleção feminina, Georgette Vidor.
"Não vou desistir até o último dia", afirma Lais. O Brasil vai levar cinco meninas à Londres.
Para Georgette, na Croácia ela precisa provar que consegue competir no solo, salto e paralelas, além de manter o ritmo de treinamento e emagrecer.
A balança, aliás, também mensurou o crescimento de Lais nestes quatro anos afastada das competições.

Zé Carlos Barretta/Folhapress
Lais Souza, 23, voltou a competir em São Bernardo do Campo, há duas semanas
Lais Souza, 23, voltou a competir em São Bernardo do Campo, há duas semanas

"Eu era bem magrelinha antes, mudei. Estou mais velha, cabeça muda, tudo muda".
Em 2008, ela acredita que tinha quatro quilos e quatro centímetros a menos. Hoje -com 1,57 cm e 50 kg (chegou a 56 kg), diz sentir-se bem.
"Virei uma pessoa normal. Não me sinto mal. Quando vou para barzinho com os amigos, eu me sinto magra. Mas no meio das meninas, todas magrinhas, quero perder aqui, ali. Collant engorda", brinca.
Desde Atenas-2004, foram sete cirurgias, sete pinos e uma placa no joelho direito. Os dois tornozelos e o quadril também já foram operados.
"Treino desde os seis, desde os 12 com a seleção permanente. Agora está tudo ao contrário do que era antes. Moro sozinha, tenho meu carro, tranquei a faculdade [Educação Física] e namoro [André, 27, estudante de fisioterapia]. Ou seja, tudo o que não fazia lá [na seleção]".
Considerada a maior revelação da ginástica brasileira quando o técnico ucraniano Oleg Ostapenko chegou ao país, chamada de sucessora de Daiane dos Santos, a menina de Ribeirão Preto não rendeu o esperado em Pequim-2008.
Na volta, pensou em parar. Parou por quatro anos. À época, tatuou homenagem à irmã caçula, Luiza, 4, na nuca. Nem sabe se pode exibir a tatuagem em competição. Ainda não sabe também se vai conseguir repetir os movimentos que fazia. Mesmo assim, voltou.
"Faltava passar por tudo isso aí para engatilhar uma vida mais normal. Agora é segurar na 'rabiolinha' e seguir as meninas. Quero que me ajudem a competir com chance de ir a Londres", conclui.

Zé Carlos Barretta/Folhapress
Após competir em Atenas-2004 e Pequim-2008, Lais volta à seleção com esperança de ir à Londres-2012
Após competir em Atenas-2004 e Pequim-2008, Lais volta à seleção com esperança de ir à Londres-2012

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Jornal decreta saída de Kaká, e diário catalão dá 'lição de moral' no Real

 Na semana em que completou 30 anos, Kaká voltou a entrar em campo pelo Real Madrid após três partidas. Logo na semifinal da Liga dos Campeões, poderia ser o “presente” perfeito. Mas não foi. O brasileiro entrou durante o jogo contra o Bayern de Munique, em que o Real foi eliminado nos pênaltis (veja os gols), não teve boa atuação e ainda teve sua cobrança defendida pelo goleiro Neuer. O presente ficou mais para pesadelo.
Dias ruins em Madri que podem estar agora contados. Segundo o jornal “Marca”, esta pode ter sido uma das últimas partidas do brasileiro pelo time merengue. O diário afirma que o jogo desta quarta “sentenciou definitivamente” a saída do meia do time, principalmente após vaias terem sido escutadas em direção a ele durante o jogo. O jornal afirma que a “partida nefasta” de Kaká ficou com o erro na disputa de pênaltis.
Kaká assinou com Real em junho de 2009, sendo contratado do Milan por cerca de € 70 milhões (R$ 173,8 milhões). Em janeiro, o Paris Saint Germain já havia demonstrado interesse no jogador, mas a negociação não caminhou. O clube francês continua interessado, assim como o Milan, onde Kaká foi eleito o melhor jogador do mundo Fifa, em 2007.
“O enésimo fracasso do modelo de Madrid de Florentino Pérez”
kaka Real Madrid X Bayern munique (Foto: AFP)Se o Real ainda tem o Espanhol, parece que Kaká
não tem mais o Real, segundo o Marca (Foto: AFP)
Enquanto um jornal espanhol dá como certa a saída de Kaká, outro diário, da Catalunha, aproveita para tirar um “sarro” dos rivais. Com o título acima, a matéria destaca que, mesmo gastando € 973,3 milhões (R$ 2,4 bilhões) em contratações nos últimos anos, a última final de Liga dos Campeões que o Real disputou foi em 2002, quando bateu o Bayer Leverkusen na final.
O jornal lembra os nomes de Ronaldo “Fenômeno”, Cristiano Ronaldo, David Beckham, Owen, Robinho, Robben, Sneijder, Huntelaar, Kaká, Benzema, Di Maria, Özil e “muitos outros”, desde 15 de maio de 2002, num total de 62 jogadores.
O diário catalão destaca que, nestes anos, o Barcelona foi campeão da Liga dos Campeões em três ocasiões (2005/2006; 2008/2009; e 2010/2011), “impondo um modelo eficaz com títulos, espetáculos e com uma filosofia que fez com que o mundo inteiro se apaixonasse”. A matéria diz que foi o Barcelona que contagiou a Espanha para a seleção vencer a Eurocopa de 2008 e a Copa do Mundo de 2010.
"O futebol não é formado por milhões de euros. No futebol nem sempre se ganham os mais bonitos, nem os mais midiáticos, nem os mais caros. Talvez consiga algum título, como a última Copa do Rey. O Bayern demonstrou que realmente é a ‘bestia negra’ do Real, que, segundo Mourinho, era uma invenção para tentar assustar os madridistas".

Guardiola anuncia saída do Barça e afirma: 'Não é uma situação fácil'

pep guardiola barcelona coletiva (Foto: Agência Reuters)Guardiola de cabeça baixa durante a coletiva
(Foto: Agência Reuters)
A eliminação da Liga dos Campeões da Europa para o Chelsea, terça-feira, foi o prenúncio do fim da era Guardiola no Barcelona. Nesta sexta-feira, o comandante do time culé anunciou em entrevista coletiva que vai deixar o clube após o fim da temporada. Ele afirmou que já havia comunicado à diretoria que deixaria o cargo, mas que preferiu não informar ao elenco da equipe catalã. O auxiliar Tito Vilanova será o novo técnico de Lionel Messi, Xavi & cia.
- Não é uma situação fácil pra mim. Lamento a incerteza que gerei por conta disso. É um erro que assumo. Mas a exigência como treinador é muito grande. Por isso renovava de ano em ano. Quatro anos é uma eternidade como treinador do Barça. No início de dezembro, comuniquei ao presidente e ao Zubizarreta que minha etapa aqui estava acabando. Mas eu não podia dizer isso aos jogadores, pois o treinador é um dos pilares no vestiário... Desgasta tudo, e tem me desgastado. Esta é a principal razão para a minha saída- disse o treinador.
O presidente do Barcelona, Sandro Rossell, aproveitou para acabar com as especulações e anunciou Vilanova como o novo treinador. Tudo sob os olhares de alguns jogadores do elenco, entre eles Iniesta, Puyol, Xavi, Fabregas, Piqué, Busquets e Valdes.
- A decisão do Pep foi uma das mais difíceis que tive que aceitar. Por mim, continuaria. Mas é uma decisão pessoal. Eu nunca havia visto uma reação como a de terça no Camp Nou. Isto é o espírito culé. Esperamos continuar administrando da melhor maneira possível. O próximo técnico do Barça será Tito Vilanova. Tito é uma pessoa já do clube e vai diretamente ao encontro do nosso projeto - anunciou Rossell.
Através do facebook, Messi se disse muito triste pela saída de Pep e explicou os motivos de não ter comparecido ao adeus público do treinador. O argentino não estava presente justamente por estar comovido demais.
- Quero agradecer de todo o coração a Pep o muito que deu à minha carreira profissional e pessoal. Devido a essa emotividade que sinto, preferi não estar presente na coletiva de Pep, longe da imprensa, principalmente porque sei que eles buscarão os rostos tristes dos jogadores, e isso é algo que decidi não mostrar – escreveu Messi.
Guardiola aproveitou o encontro com os jornalistas para agradecer publicamente o esforço do elenco nas últimas temporadas.
- Quero agradecer aos jogadores, pelo privilégio de trabalhar com eles. É um prazer ter trabalhado com eles. Eu estou indo embora para poder me recuperar. Vou embora com a sensação de dever cumprido, de ter feito o melhor possível. É um grande clube, com muita força. Obrigado a todos, por tudo - encerrou o treinador.
pep guardiola sandro rosell barcelona coletiva (Foto: Agência Getty Images)Guardiola recebe um abraço carinhoso do presidente Sandro Rossell (Foto: Agência Getty Images)
O treinador negou qualquer tipo de contato com outros clubes europeus, mais precisamente sobre o Chelsea.
- Não me reuni com o Chelsea, seria uma falta de respeito com esse clube. Agora, nesse momento, eu quero descansar e descansar. Não pensei nisso (em quando voltará a trabalhar no futebol) - afirmou o treinador.
tito vilanova barcelona coletiva (Foto: Agência Reuters)Tito Vilanova é o novo técnico do Barça
(Foto: Agência Reuters)
O atual treinador do Barcelona também aproveitou para elogiar o seu substituto, Tito Vilanova.
- Acho que o clube fez bem em acertar com o Tito. ele tem toda a minha admiração, me ajudou muito. Os jogadores sabem como ele é. Não precisarão de tempo para se adaptar muito. Ele não terá que mudar muita coisa. Ele poderá dar aos jogadores agora o que eu sinto que não posso mais dar - disse o comandante.
Um dia após o empate com os Blues, resultado que decretou a desclassificação da Champions em pleno Camp Nou, Rosell chegou a fazer uma proposta sem limite de valor, uma verdadeira espécie de ‘cheque em branco’, para a renovação de contrato. O técnico, entretanto, pediu mais uns dias para pensar e preferiu, então, dar ponto final à sua trajetória no clube espanhol, não permanecendo para a próxima temporada.
O diretor de futebol Zubizarreta explicou como foi a decisão por Vilanova.
- Esta é uma coletiva de imprensa que eu nunca queria dar. Quando o Pep nos disse que não queria continuar, não queríamos acreditar. Pensamos que Pep foi bom o suficiente e agora sabemos qual o melhor caminho a seguir. E eu disse a Pep que a melhor opção seria Tito. E a partir daí já trabalhamos. Ele representa jogo, ideia, preparação. Ele tem compromisso, trabalho, personalidade. Assim é Tito. Ele é diferente de Pep, isso é claro, mas trabalhamos com esta ideia, com este perfil. Sempre vemos quem está por perto para trabalhar. E quem temos aqui? Tito. Foi fácil a escolha - falou Zubizarreta.
zubizarreta sandro rosel guardiola barcelona coletiva (Foto: Agência Getty Images)Obsrevado por Rossel, Guardiola é abraçado por Zubizarreta (Foto: Agência Getty Images)
Guardiola, no entanto, ainda tem a chance de conquistar mais dois títulos à frente da equipe espanhola. O Barça ainda luta com o Real pela Liga Espanhola e duelará com o Athletic Bilbao na final da Copa do Rei.
- Eu queria fazer o melhor que um treinador poderia fazer. Normalmente, os treinadores do Barça não duram. Meu caso foi uma rara exceção. Não me toca falar do meu legado. Vou com a sensação de dever cumprido. Estou feliz com o que fiz. Minha família não influenciou em nada. Minha companheira já sabia que tipo de trabalho eu tinha quando era jogador, e meus filhos são muito pequenos ainda. É uma decisão que tem o apoio dela, mas é minha.
Após encerrar vitoriosa carreira como meio-campista em 2007, Joseph Guardiola foi contratado pelo Barcelona para, inicialmente, comandar o time B. Já na temporada 2008/09, porém, Pep já estava à frente do quadro principal do Barça.
pique iniesta valdes barcelona coletiva (Foto: Agência Getty Images)Piqué, Iniesta e Valdés na coletiva de despedida de
Guardiola (Foto: Agência Getty Images)
Desde que assumiu o comando técnico culé, Guardiola colecionou conquistas e reconhecimento nacionais e internacionais. Além dos inúmeros títulos (mundiais de clubes da Fifa em 2009/11, Liga dos Campeões da UEFA em 2009/11, Supercopa Europeia em 2009/11, tri espanhol em 2009/10/11 e Copa do Rei em 2009), o treinador foi decantado como responsável pelo futebol de sonhos exibido pelo Barcelona, considerado pela imprensa internacional o melhor time do planeta.
Zubizarreta garantiu que Tito sofrerá mesma pressão que Guardiola sofria, mas, sempre, com total apoio do clube.
- Pressão para Tito? No Barcelona sempre há pressão. Buscaremos a cumplicidade de todos os laços para que nos ajudem. Ele terá o mesmo apoio que Pep tinha, O compromisso é exatamente o mesmo. Tem que ter a força e o caráter para fazer este trabalho. Ele tem valor, força, caráter e personalidade. Estaremos aqui para ajudá-lo.

Fernandinha chega à seleção com fama de guerreira e cheia de vontade

Fernandinha vôlei feminino (Foto: Alexandre Arruda/CBV)Fernandinha ganha uma chance na seleção de
vôlei (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
Em 2009, o cheque para uma viagem com os pais estava acabando de ser preenchido quando o celular tocou. Do outro lado da linha, José Roberto Guimarães queria saber a disponibilidade de Fernandinha para passar um período em Saquarema treinando com a seleção brasileira. A pergunta a fez ir da animação de quem estava fechando as férias ao desespero. Sabia que não poderia aceitar o convite, por precisar de um tempo para se recuperar de um problema na coluna. Mas se ver forçada a dizer não a deixou arrasada. Desligou o telefone, pediu licença e foi chorar no banheiro. Desde então, não esperava ter uma nova chance. Mas ela chegou três anos depois, exatamente quando a levantadora já não tinha mais esperança.
Nesta semana, Fernandinha se juntou às outras 17 jogadoras que estão em fase de preparação para o Pré-Olímpico e o Grand Prix. Após quatro anos e meio fora do país, defendendo clubes da Itália e do Azerbaijão, chegou para brigar por uma das duas vagas na posição, juntamente com Fabíola e Dani Lins. Por isso mesmo, tinha dúvidas de como seria recebida pela equipe.
- Achei que fosse me sentir fora do grupo, mas estou em casa. Fui muito bem recebida por todas. A minha expectativa é a mais alta possível. Foi uma coisa que esperei por tanto tempo e nem pensava que pudesse mais acontecer. Espero poder ajudar com minha energia e vôlei. Minha chegada aumenta o nível de competitividade. Se puder buscar esse lugar na seleção vai ser excelente - disse.
A firmeza nas palavras não deixa dúvida de que ela vai dar trabalho. Zé Roberto sabe disso. Diz que Fernandinha pode ganhar uma chance por ser guerreira, ter experiência internacional, liderança e personalidade forte.
- Ela é uma levantadora precisa, tem jogo veloz e veio para brigar. E acho que vai ser um briga boa. A carga de Fabíola e Dani foi muito forte para substituir jogadoras longevas como Fernanda e Fofão. A responsabilidade ainda ficou maior por estarem num time campeão olímpico. Sei que tenho que dar tempo a elas para que se sintam mais em casa no âmbito internacional. Mas estão se dedicando e evoluindo - elogia o técnico.
Fernandinha, Fabíola e Dani vôlei feminino (Foto: Alexandre Arruda/CBV)Fernandinha, Fabíola e Dani Lins, as levantadoras da seleção brasileira (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
Fernandinha também. Desde segunda-feira, trabalha para tentar entender como cada companheira gosta da bola. Afinal, já foi assim um dia. Na adolescência, queria mesmo era marcar pontos. Jogou como atacante até os 18 anos, quando Wadson Lima, então técnico da seleção infanto-juvenil, sugeriu que mudasse de posição. A reação ela não esquece. Ficou muito brava, passou por um período de adaptação bem difícil, mas vingou. Ter 1,73m era um problema. Ao menos no Brasil. No exterior, ela encontrou espaço, agradou. A tal da personalidade forte? Não atrapalhou. Ao contrário. Para Fernandinha, isso é fundamental para quem tem que administrar muitas cabeças em quadra.
- Vamos ver se vou conseguir me encaixar na seleção. O que me tira do sério é o ego feminino, isso nunca pode estar à frente o objetivo maior, da equipe. Quando fui para fora do país, não pensei que pudesse dar tão certo. Só que quando eu coloco uma coisa na cabeça, vou fundo. Nem assinava as TVs nacionais para não pensar em voltar. No Brasil tem essa coisa de ser baixa, de não poder jogar. A Lo Bianco (levantadora da seleção italiana) é mais baixa do que eu, mas eles sempre adoraram o jogo veloz dela.Lá fora, fui valorizada e ganhei reconhecimento como nunca tive aqui. Mas acredito que estarei de volta.

A presença de mais uma concorrente nos treinos é vista com bons olhos por Fabíola. Eleita a MVP da final da Superliga, a levantadora do Osasco teve só três dias de descanso. Não queria perder o condicionamento físico e estava animada para dar início ao novo trabalho.

- O Zé deixou claro que a posição de levantadora está aberta. Cabe a cada uma conquistar seu espaço. Fernandinha e uma grande levantadora e vem para somar. A disputa é sadia e é um desafio para mim e para a Dani. Se a gente já trabalhava, agora isso vai ser triplicado (risos). Eu acho bom, isso nos faz crescer. O fato de ter sido a melhor jogadora da final da Superliga não me dá a titularidade na quadra. Tenho que trabalhar e estou muito dedicada e animada - garantiu Fabíola.

Mesa-tenista para fugir de bronca da mãe, 'falsa japonesa' Lígia Silva vai à 3ª Olimpíada

Ela não tem olhos puxados como a maioria dos mesa-tenistas. Ela também não entrou no esporte por influência familiar desde cedo. Mesmo assim, Lígia Silva hoje já tem o tênis de mesa no sangue, se inspira na cultura dos orientais e vai disputar em Londres a terceira Olimpíada da carreira.

Nesta sexta-feira, na série especial de reportagens olímpicas que o ESPN.com.br está publicando diariamente, a personagem é um amazonense da capital Manaus, de 31 anos, que atualmente vive na cidade de Santos, onde treina duro para os Jogos e ainda trabalha como professora de educação física ajudando crianças carentes. Mesmo em um esporte dominado pelos chineses no qual o Brasil tem poucas chances de medalhas olímpicas, Lígia já teve suas conquistas na vida.

Lígia Silva vem de família simples, tem sete irmãos e começou a jogar tênis de mesa de uma maneira pra lá de curiosa. Ela queria mesmo era fazer natação, esporte que mais gostava como criança, mas acabou com a bolinha e a raquete nas mãos para escapar de uma bronca da mãe.

"Comecei com 12 para 13 anos, foi totalmente por acaso. Eu gostava muito de natação e fui me matricular na Vila Olímpica de Manaus, mas a única vaga aberta era para tênis de mesa. Eu tinha que chegar em casa com a carteirinha de alguma modalidade, senão o couro ia comer com minha mãe. Eu era muito danada, e minha mãe queria que eu fizesse algum esporte. Então, teve que ser o tênis de mesa mesmo. Quando cheguei em cada com a carteirinha, minha mãe disse: 'Ufa, estou livre'", contou, aos risos, Lígia Silva, em entrevista ao ESPN.com.br.

Lígia Silva vai disputar em Londres a terceira Olimpíada da carreira
Lígia Silva vai disputar em Londres a terceira Olimpíada da carreira
Crédito da imagem: Divulgação
Os primeiros passos não foram fáceis. Lígia ficou um bom tempo treinando sozinha até aprender os movimentos básicos. "Eu treinava em frente ao espelho, sem bolinha mesmo, só para pegar os movimentos, a coordenação motora", explicou. Depois, quando foi de fato para a mesa, percorreu o caminho da maioria dos esportistas até atingir o alto nível. Virou federada, passou pelas categorias de base, foi campeã de torneios escolares, regionais e estaduais.

Aos 17 anos, buscando competições maiores, melhorar o desempenho e já sonhando com Jogos Pan-Americanos e Olímpicos, Lígia Silva foi convidada por dirigentes da seleção brasileira e se mudou para a cidade de Santos, no litoral Sul de São Paulo, onde mora até hoje. Lá, também teve conquistas em diversas competições e lidera o ranking nacional desde 1999.

O primeiro Pan da amazonense foi em 1999, em Wnnipeg, quando ela ainda tinha 18 anos. Depois, Lígia Silva também disputou as Olimpíadas de Sidney, em 2000, e de Atenas, em 2004. Não foi a Pequim-2008 pois não recebeu indicação técnica da CBTM (Confederação Brasileira de Tênis de Mesa), mas garantiu vaga em Londres-2012 ao vencer a seletiva olímpica realizada em março deste ano no Rio de Janeiro.

Em um esporte que exige concentração, frieza e calma, Lígia Silva explica que adquiriu essas características se espelhando nos orientais, mestres do tênis de mesa. Convivendo há anos com japoneses, chineses ou descendentes e se dizendo fã de Hugo Hoyama, dono de dez medalhas de ouros em Pan-Americanos, Ligia até se diz uma japonesa atualmente.

"Me sinto uma falsa japonesa, no sentido positivo. A gente aprende a cultura deles, o jeito deles, e minha educação nesse tempo todo vem muito deles. Eles são muito calmos, certinhos e concentrados", afirmou.

Lígia treina cinco vezes por semana cerca de quatro horas por dia e conta que está recebendo apoio total da confederação na preparação para a Olimpíada de Londres. Mas a vida da mesa-tenista brasileira não se resume aos treinamentos. Formada em educação física em uma universidade de Santos em 2004, ela trabalha diariamente na Prefeitura da cidade dando aula para crianças carentes.

"Abracei este trabalho porque não me atrapalha em nada e ainda posso servir de espelho para as crianças. Eles pensam: 'A Lígia veio do nada, cresceu e é um ser humano igual à gente'.  Acho que é importante eu fazer esse papel, ajudar a quem precisa. Acho que os ídolos no Brasil hoje são muito ausentes", disse Lígia.

Informado de liberação no cinema e por SMS, Oscar comemora: 'Nem acreditei'

Depois de mais de um mês impedido de jogar, Oscar conseguiu uma liminar na justiça e finalmente poderá voltar a campo pelo Internacional. O mais curioso, porém, é que a informação acabou pegando até o meia de surpresa. O jogador ficou sabendo da notícia durante uma sessão de cinema, por uma mensagem em seu celular, enviada pelo assessor Carlos Meimberg Neto.

Oscar não conseguiu esconder a felicidade. Acompanhado da mulher e de um grupo de amigos, o meia já se colocou à disposição para voltar já no domingo e voltar a ajudar o Inter o meias rápido possível. “Eu nem acreditei quando recebi a mensagem. Era o que eu mais queria, poder voltar a jogar futebol e ajudar o Inter nesses jogos decisivos. Estou muito feliz mesmo”, disse ao jornal Zero Hora.

“Ainda não sei se vou poder jogar o Gre-Nal. Acho que só vou ficar sabendo amanhã (nesta sexta), mas claro que quero jogar”, completou. A participação de Oscar no clássico decisivo do segundo turno do Campeonato Gaúcho depende da aparição do nome do jogador no Boletim Informativo Diário da CBF neste sexta.

Porém, ainda há outra complicação legal que pode tirar Oscar do Gre-Nal. Caso o meia faça um novo contrato com o Inter para aparecer no BID, ficará de fora. Tudo porque o prazo de inscrições para o Campeonato Gaúcho já está encerrado.

Oscar conseguiu liminar nesta quinta-feira e vai poder voltar a defender o Inter
Oscar conseguiu liminar nesta quinta-feira e vai poder voltar a defender o Inter
Crédito da imagem: Divulgação
Entenda o caso – Oscar entrou na Justiça contra o São Paulo no final de 2009 alegando salários atrasados e que foi forçado a assinar um contrato com o clube ainda quando tinha 16 anos e era menor de idade. No meio do ano seguinte, o meia conseguiu ganho de causa, se desvinculou do time do Morumbi e acertou com o Internacional.

Desde então, o São Paulo vem tentando na Justiça reverter a decisão. A vitória definitiva paulista viria apenas no dia 21 de março deste ano. Uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho esclareceu um julgamento do mês de fevereiro, decidiu reestabelecer o vínculo do atleta com o clube do Morumbi e o impediu de atuar pelo Internacional.

Oscar não entra em campo desde então, mas decidiu não se apresentar ao São Paulo e seguiu treinando no Internacional. Os dois clubes até tentaram entrar em um acordo financeiro, mas as cifras oferecidas pelos colorados não agradam e fizeram os dirigentes tricolores darem um ultimato ao jogador, exigindo a volta em até 90 dias.

O jogador já deixou claro que não quer voltar ao São Paulo, mas o clube paulista insiste em uma conversa particular com o meia. A liminar desta quarta-feira libera a participação de Oscar por qualquer clube enquanto o caso não for definitivamente julgado pelo Tribunal do Trabalho. A data desta decisão final já foi prometida para o mês de maio.

Guardiola admite erro por incerteza, diz ter perdido energia e que pensava em sair desde dezembro

Foram quatro anos intensos, desgastantes e vitoriosos. Josep Guardiola deixou ainda mais sua marca dentro do Barcelona, e o anúncio de sua saída, nesta sexta-feira, acontece depois de muito amadurecimento. Segundo o treinador, ele já tinha avisado o presidente do Barça, Sandro Rosell, e o diretor-esportivo, Andoni Zubizarreta, desde dezembro de 2011 de que seu ciclo estava no final.

“No começo de dezembro comuniquei ao presidente e a Zubi que o final de minha equipe estava próximo. Mas não podia dizer aos jogadores, porque o técnico é um dos pilares do vestiário”, falou o técnico na entrevista coletiva. Ele admitiu ter errado ao criar muita expectativa quanto ao seu futuro.

"Gostaria antes de tudo de falar que não é uma situação fácil para mim. Lamento profundamente a incerteza que gerei sobre minha continuidade, foi um erro. Sempre quis, desde o primeiro dia, contratos curtos, como jogador e como técnico. Têm que fazer as coisas muito curtas, quatro anos é uma eternidade como técnico do Barcelona", analisou Guardiola.
Rosell abraça Guardiola depois de confirmar a saída do treinador
Rosell abraça Guardiola depois de confirmar a saída do treinador
Crédito da imagem: EFE
Agora, o treinador afirmou que pretende reconquistar a energia que perdeu nos últimos anos.

“Perdi energia. Quero me afastar, ver tudo com calma... Porque acredito que foi prejudicial. Se ficasse, poderia ter causado danos. Corria perigo de oscilar, por isso decidi ir”, explicou. "Agora é descanso, tenho interesse em fazer outras coisas. A vida me levará, veremos".

A cornetada do Marca em Kaká e seu futuro longe do Real Madrid

Pouco após a eliminação do Real Madrid na Liga dos Campeões, o Diario Marca publica homérica cornetada sobre Kaká. A nota do jornal atribui à má atuação do brasileiro, que jogou cerca de 15 minutos do segundo tempo e mais a prorrogação contra o Bayern, sua provável saída do clube no próximo verão europeu.

Para falar de Kaká, o Marca usa termos como "sensação de impotência", "desespero do público", "partida nefasta" e "lentidão desesperadora".

Não faz sentido. Não foi a atuação de Kaká contra o Bayern, tampouco o pênalti desperdiçado (de maneira bem menos bizarra que Sergio Ramos, diga-se), a decretar a mais que provável saída de Kaká do Real Madrid.



Ao contrário do manifesto apaixonado do Marca, o respeitado Diario El Pais vem publicando há mais de um ano informações sobre a falta de confiança de José Mourinho em relação a Kaká.

Os últimos três importantíssimos jogos do Real, dois contra o Bayern e um contra o Barcelona, comprovaram a tese do El Pais. Na hora decisiva, provavelmente por questões físicas, Mourinho não confiou em Kaká. Nas duas primeiras partidas, o brasileiro não jogou nem um minuto. Na terceira, entrou faltando cerca de 15 minutos para o fim do segundo tempo.

Tivesse feito 15 minutos excepcionais e decidido a classificação à final da Liga Kaká poderia ter alterado o que parece ser um final melancólico no Real? Pode ser. Mas atribuir a esses minutos com o Bayern o fator decisivo para sua saída não parece fazer sentido.

"Resta a Kaká jogar as quatro partidas que faltam na Liga e esperar o verão", diz o Marca, para o qual o futuro do brasileiro será "bem longe do Bernabéu", "em Londres ou Paris".

Mas Kaká, se quiser, tem ainda várias opções, não apenas em Londres ou Paris. As muitas oportunidades possíveis apesar de seus constantes problemas físicos, aliás, são fruto de sua absoluta dedicação e profissionalismo, é bom que se diga.

Quais seriam essas opções? Dê uma olhada e avalie qual seria a melhor para Kaká:

1) Inglaterra
Chelsea, Manchester City, Arsenal e até o Tottenham estariam interessados no jogador, segundo a imprensa europeia. A Inglaterra seria um destino que permitiria a Kaká continuar jogando em um campeonato de ponta e recebendo um salário polpudo sem perder a visibilidade necessária para quem pretende jogar a Copa de 2014 no Brasil.

2) Itália
Berlusconi, dono do Milan, já cogitou o retorno de Kaká. A volta lhe permitiria continuar no futebol de ponta, em um clube gigante com um bom time, e seguir "perto" da seleção. Há ainda, nesse caso, a vantagem do crédito com a torcida, que o adora: os italianos seriam mais pacientes que os ingleses se Kaká demorar a engrenar. A desvantagem? Dinheiro. Hoje, o Milan pagaria menos que ingleses, franceses, norte-americanos ou árabes.

3) França
Não é novidade para ninguém o interesse do novo-rico PSG em Kaká. Seu técnico, Carlo Ancelotti, gosta do brasileiro. Dinheiro não falta ao clube. A visibilidade em relação à seleção é menor que na Inglaterra ou Itália, mas não é desprezível, sobretudo com o PSG na próxima Champions League. Trata-se, porém, de um projeto novo e cuja viabilidade ainda não está tão clara.

4) Times ricos
Jogar nos Estados Unidos, nos Emirados Árabes, na Arábia Saudita ou até mesmo na Rússia (no Anzhi?) seria uma opção que deixaria de lado maiores pretensões esportivas (incluindo aí a disputa da Copa do Mundo) para ganhar dinheiro. Kaká tem apenas 30 anos, e não parece ter chegado a hora de fazer essa opção. A não ser que lhe fosse imposta por sua condição física...

5) Brasil
Se manifestasse o desejo de voltar ao futebol brasileiro, certamente não faltariam times interessados em Kaká (o São Paulo, aliás, já manifestou esse interesse). Mas faltaria, muito provavelmente, dinheiro para lhe garantir uma remuneração como a que teria na Europa ou nos “times ricos” citados acima. A favor, a possível aproximação de uma vaga na seleção para a Copa de 2014.

E aí? Qual seria o melhor destino para Kaká, caso ele confirme sua saída do Real no meio do ano?

O julgamento de Kaká

mais jogar em alto nível. Kaká acabou.

Li, ouvi e refleti sobre cada uma das afirmações após a eliminação do Real Madrid diante do Bayern, com direito à pífia atuação do brasileiro, que começou na reserva e perdeu um dos pênaltis na disputa final.

Vamos aos fatos. O Kaká atual não tem a mesma desenvoltura física, marca do seu futebol. Está tentando reaprender a jogar, se reinventando, obrigado pelos problemas médicos que teve (alguns mal explicados até hoje, por sinal).

O Kaká atual demora mais do que o normal para entrar no ritmo de uma partida. Portanto: não pode ser um reserva. Até ele entrar na pilha da partida, tchau. Isso ficou evidente contra o Bayern. Nos jogos em que começou jogando em 2012, contra adversários mais fracos, é verdade, jogou bem – se encaixando aos poucos ao ritmo dos jogos.

Para continuar na reserva do Real Madrid (e hoje o Real Madrid tem titulares excelentes no meio e no ataque), é melhor (para todo mundo) sair.

E sair significa: baixar de nível e aceitar um clube menor da Europa, voltar ao seu Milan ou retornar ao Brasil. Sim, ao Brasil.

Aqui, num futebol nivelado por baixo tecnicamente, Kaká provavelmente ainda faria diferença. Diferença suficiente para garantir vaga numa seleção brasileira em formação, que não consegue encontrar uma cabeça pensante.

Esse é o Kaká atual e as perspectivas para a reta final de sua carreira.

Mas existe o Kaká de sempre. E o Kaká de sempre exige outra discussão. O Kaká de sempre desperta mais ódio que amor. Ele não tem exatamente carisma. Nunca foi um ídolo nacional (nem ídolo total do time de origem, o São Paulo, ele é), é visto com desconfiança, antipatia – menos pelo povo, e mais pela crítica, pelos jornalistas, pela imprensa.

Talvez por conta da ligação com a religião. Talvez por não ter conquistado uma Copa pela seleção.

Kaká tem alguns pontos a seu favor, pontos que podem fazer alguma diferença nestes últimos capítulos de sua carreira em alto nível. Ele é sério, dedicado, profissional (avesso a baladas), quer vencer, treina, se empenha, justifica seu salário, não se deixa seduzir pelo ‘estrelismo’.

Eu queria um cara desses, mesmo sem o repertório de antigamente, no meu time. Acho que Mano Menezes, em princípio, também pensa assim. E você?

Guardiola, 13 títulos em quatro anos, anuncia saída do Barcelona

homem que comandou o time que para muitos se tornou a principal referência de bom futebol praticado nos tempos atuais preferiu encerrar a relação com a equipe que montou. Nesta sexta-feira, Pep Guardiola confirmou que deixa o Barcelona ao término da temporada, onde ainda tenta ganhar a Copa do Rei para fechar os quatro anos de clube de forma vitoriosa.

Amparado por Busquets, Piqué, Pedro, Fábregas, Xavi, Valdés, Iniesta e Puyol, que estavam na primeira fila da sala de imprensa, Guardiola deixou o presidente Sandro Rosell fazer o comunicado oficial: “Anuncio que Josep Guardiola não seguirá como técnico do Barça na próxima temporada.”

Ao lado de Rosell - que anunciou também que o auxiliar Tito Vilanova será o novo técnico a partir da próxima temporada - e do diretor-esportivo Andoni Zubizarreta, Guardiola, que ficará até o dia 30 de junho deste ano no Barça, afirmou que a energia não era mais a mesma.

"Sinceramente, acredito que a pessoa que assumirá terá a capacidade para ir bem. Não que eu não tenha, mas as exigências foram altas, tem que ter energia para contagiar os jogadores. Tenho que recuperar isso. Saio para me recuperar. Tenho que recuperar a paixão do primeiro ano. O culpado? O tempo", afirmou o treinador durante a entrevista coletiva.

Guardiola chegou para a temporada 2008-09, e logo começou a mudar a cara do time deixado por Frank Rijkaard. Preferiu não contar com nomes como Ronaldinho, Deco e Eto'o, trouxe Daniel Alves e Piqué e promoveu os garotos Busquets e Pedro. De cara, levou a Copa do Rei, o Campeonato Espanhol e a Copa dos Campeões da Europa.
Guardiola diz que perdeu energia nos últimos tempos e por isso deixou o Barça
Guardiola diz que perdeu energia nos últimos tempos e por isso deixou o Barça
Crédito da imagem: Reuters
O ano de 2009, aliás, marcou o recorde de seis troféus conquistados: Liga Espanhola, Copa do Rei, Champions, Supercopa da Espanha, Supercopa Européia e Mundial de Clubes, o que levou Guardiola a se tornar o primeiro técnico da história a conquistar tal feito.

Depois, o título da Espanha na Copa do Mundo consolidou o Barcelona como o principal time do mundo. Puyol, Piqué, Busquets, Iniesta, Xavi e Pedro se mostraram fundamentais para colocar o estilo do Barça na seleção. Villa e Fábregas seriam contratados depois, e o futebol da Fúria, que finalmente levou uma Copa, se confundia com o da equipe comandada por Pep.

Depois do esquema de Rijkaard consolidar um 4-3-3 com um brilhante Ronaldinho, Guardiola conseguiu colocar em prática o 'tiki-taka', modelo que foca a posse de bola e a marcação sob pressão, muitas vezes atuando sem zagueiros ou com laterais que mais parecem pontas, para não falar de volantes sem o perfil de cabeça-de-área. O sucesso tático, somado à grande fase da geração espanhola e do três vezes melhor do mundo Lionel Messi, fizeram o clube ser o mais temido pelos adversários.
Piqué, Valdés, Busquets e Pedro estavam na entrevista da saída de Guardiola
Piqué, Fábregas, Busquets e Pedro estavam na entrevista da saída de Guardiola
Crédito da imagem: Reprodução - Barça TV
Na atual temporada, porém, os dois principais títulos ficaram distantes. A Champions League já foi, com a derrota para o Chelsea nas semifinais, e o Campeonato Espanhol está praticamente perdido para o Real que abriu sete pontos de vantagem a quatro rodadas do fim. Não que a temporada tenha passado em branco - o Barça garantiu as duas Supercopas, o Mundial de Clubes e ainda tem a final da tradicional Copa do Rei. Mas, para os padrões da era Guardiola, o próprio treinador deve ter acusado o desgaste ao decidir pela saída.

Guardiola no Barcelona - Quatro temporadas: 2008-09, 09-10, 10-11, 11-12:
- 3 vezes campeão espanhol: 2008-09, 09-10, 10-11
- 3 vezes campeão da Supercopa da Espanha: 2009, 10, 11
- 2 vezes campeão da Champions League: 2008-09, 10-11
- 2 vezes campeão da Supercopa Européia: 2009, 11
- 2 vezes campeão do Mundial de Clubes da Fifa: 2009, 11
- 1 vez campeão da Copa do Rei: 2008-09

*Pode ainda levar mais uma Copa do Rei, já que a final está marcada para 25 de maio, contra o Athletic Bilbao, em Madri.

Raonic despacha Murray e vai à semi inédita na Espanha

Ainda não será no ATP 500 de Barcelona que o britânico Andy Murray conquistará o primeiro título no saibro na carreira. Nesta sexta-feira, o segundo favorito caiu nas quartas de final: 6-4 e 7-6 (3) para o canadense Milos Raonic.

Em sua primeira semifinal no torneio espanhol, o número 25 do mundo enfrentará um anfitrião: David Ferrer ou Feliciano López, que estão jogando neste momento.

Raonic debutou em Barcelona ano passado e caiu nas oitavas, diante do croata Ivan Dodig

Wozniacki volta a perder para Kerber. Agora, em Stuttgart

Há duas semanas, uma derrota para Angelique Kerber, na final, adiou o sonho de Caroline Wozniacki de faturar o tri em Copenhagen. Pois, nesta quinta-feira, a alemã voltou a derrotar a rival. Atual vice-campeã, a dinamarquesa foi eliminada pela anfitriã por por 6-1 e 6-2, em apenas 1h03m.

Nas quartas de final, Kerber encara a tcheca Petra Kvitova, que passou fácil pela italiana Francesca Schiavone, por duplo 6-2

Guardiola deixa o comando do Barcelona

Após quatro anos, 13 títulos e um futebol que encantou o planeta, Pep Guardiola anunciou nesta sexta-feira que vai deixar o comando do Barcelona. O treinador não aceitou o cheque em branco oferecido pelo clube catalão e justificou a sua decisão dizendo estar cansado e sem energia para continuar no comando do time.
- Quatro anos são uma eternidade e desgastam muito. No fim de dezembro, comuniquei que o final da minha etapa estava muito perto, mas não pude dizer aos jogadores. Tinha decidido o meu adeus há tempos. Lamento profundamente ter perdido a energia necessária para continuar - afirmou Guardiola.
Durante a coletiva, o presidente do clube, Sandro Rosell, anunciou imediatamente o substituto do treinador. Será Tito Villanova, assistente técnico de Guardiola. Ele começa a trabalhar no novo cargo assim que terminar a temporada.
Guardiola ainda pode se despedir com mais um título. No dia 25 de maio, o Barcelona enfrenta o Athletic Bilbao na decisão da Copa do Rey. Seria o 14º do time que conquistou quase tudo o que disputou nos últimos quatro anos

Barrichello, um veterano paulista perdido no Anhembi


Rubinho e Hélio Castroneves se abraçam na coletiva de imprensa
Foto: Marcos Alves / O Globo
Rubinho e Hélio Castroneves se abraçam na coletiva de imprensa Marcos Alves / O Globo
SÃO PAULO — Rubens Barrichello ainda está perdido na Fórmula-Indy. Além das dificuldades para se adequar a uma nova categoria, o piloto paulista se perdeu nesta quinta-feira, em São Paulo, quando tentava chegar à área do circuito do Anhembi, para encontro dos pilotos brasileiros com os jornalistas. Foi o último. Ele admitiu que achava que a adaptação seria mais rápida e reclamou do volante, sem direção hidráulica.
— Depois de pegar esse trânsito, será um prazer andar a 300km/h na Marginal Tietê, a reta mais veloz dos circuitos de rua. Estou ansioso e sei que será a melhor coisa do mundo descer por ela sem radar — declarou Rubinho, que não conhece o traçado misto de São Paulo, onde disputará a quarta etapa da temporada, no domingo — Foi um barato me perder. Estava acostumado a chegar ao Autódromo de Interlagos. Ali, me virava.

Reconhecimento a pé

Nesta sexta-feira, ele fará o reconhecimento da pista, a pé. Entrará no carro apenas no sábado para os treinos livres. A prova acontece no domingo, com largada às 12h30m
Após 19 anos na F-1, sendo o piloto que mais correu na categoria, Rubinho afirmou ter subestimado sua transição para a Indy. Como nesse ano a categoria estreou novo carro, pensou que teria mais facilidade para se adaptar. Agora, os modelos da Indy são V6 Turbo, com três opções de motor, mas os volantes permaneceram duros.
— Devo admitir que achei que seria um pouco mais fácil. A minha grande dificuldade é o volante, que é pesado. Não adianta fazer musculação e ficar mais forte. O problema é a sensibilidade. O Tony Kanaan é o Incrível Hulk e já quebrou o pulso. Quando se passa sobre uma zebra, ninguém consegue segurá-lo porque ele pula da sua mão — explicou Rubinho, que após a última corrida, em Long Beach, postou foto no Twitter mostrando o cotovelo sangrando, por causa do apoio dentro do carro.
Ele pediu um volante maior para a equipe, a KV, a mesma de Kanaan, mas só o receberá para as 500 Milhas de Indianápolis, próxima etapa, no dia 27 de maio, sua estreia em ovais.
— Estou como uma esponja, absorvendo todas as informações possíveis. Dario Franchitti me falou que a grande diferença dos ovais é que não vou sentir a desaceleração. Terei a asa nula, algo que nunca aconteceu comigo — disse o piloto.
Após três etapas, Rubinho é o nono colocado, com 59 pontos. Foi 17º e penúltimo colocado em St. Petersburg, oitavo no Alabama e nono em Long Beach. O melhor brasileiro na tabela de classificação até agora é Hélio Castroneves, em segundo lugar, com 106 pontos, atrás de Will Power, líder com 127 pontos


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Férias na Gávea? Piada vai!

  • Felipe e Love tristes com a eliminação na Libertadores
    A torcida rubro-negra não cansa de me xingar pelas críticas que faço ao Flamengo. Mas juro que não é nada pessoal. Só fico muitas vezes indignado com a várzea como o clube gere seu departamento de futebol. É irritante! Principalmente pelos desmandos e incompetência da diretoria. É uma coleção tão grande de bobagens que fatalmente estouraria no departamento de futebol. Sem sacanagem, pensem com a razão. Esqueçam a emoção flamenguistas. Como pode um elenco que tem folha salarial girando em torno de R$ 7 milhões, cheio de caras considerados craques, ser eliminado do Estadual e da Libertadores com antecedência? Tenho ou não razão pra meter o pé e chutar o balde?
    É um baita absurdo! O pior é que além de não jogar nada, de “prêmio”, os caras vão ficar cerca de um mês de férias. É brincadeira??? Quer dizer, vão dar só aquela treinadinha vaselina. Me engana que eu gosto. Jogo mesmo, que é bom, só na abertura do Brasileirão no dia 20 de maio contra o Sport Recife. Dá pra acreditar?
    Pra completar todo esse clima de ‘festa’, a Patrícia ainda pretende contratar o Adriano. Só rindo mesmo! Aí é melhor fazer uma balada dentro da Gávea de uma vez. Pelo menos pra poder falar que ninguém saiu do clube. Ah, e não vou nem falar o óbvio que sem os salários em dias as coisas não funcionam. Isso em qualquer lugar do mundo. O Assis até acionou o Flamengo na justiça por uma dívida milionária com o irmão Ronaldinho.
    Por isso sou um defensor da teoria de que o Flamengo precisa terceirizar seu departamento de futebol. Nenhum cartola que passou ali nas últimas décadas demonstrou competência para tocar a potência que é esse time. Por sinal, o Mengão merecia ter líderes compatíveis com a grandeza e riqueza de história do clube. Que trabalhe com profissionalismo e seriedade. Aí ninguém segura!
    Vale dizer que desse balaio de gato excluo o Vágner Love, que apesar de curtir uma baladinha, tem sido responsável e extremamente útil para a equipe

    Oscar liberado para o Inter

    O ministro Guilherme Caputo Bastos,  do Tribunal Superior do Trabalho, acaba de conceder liminar em habeas corpus liberando o jogador Oscar para jogar no clube que escolher.
    Em sua decisão, o ministro cita a escravidão e o direito do trabalhador em não trabalhar onde não quiser.
    Uma decisão que mantém a tradição da Justiça do Trabalho brasileira.
    Assim, Oscar não só poderá enfrentar o Grêmio no domingo como enfrentará também o Fluminense pela Libertadores no segundo jogo, no Engenhão, caso o Inter consiga liberá-lo na CBF e na Conmebol, é claro.

    A nota no sítio do TST:

    TST concede HC ao jogador Oscar, que poderá trabalhar onde desejar


    26/4/2012 – O ministro do Tribunal Superior do Trabalho Guilherme Caputo Bastos acaba de conceder habeas corpus em favor do jogador de futebol Oscar dos Santos Emboaba Júnior, o Oscar. Com a decisão, o atleta poderá trabalhar em qualquer lugar que pretenda.
    “(…) a obrigatoriedade da prestação de serviços a determinado empregador nos remete aos tempos de escravidão e servidão, épocas incompatíveis com a existência do Direito do Trabalho, nas quais não havia a subordinação jurídica daquele que trabalhava, mas sim a sua sujeição pessoal. Ora, a liberdade, em suas várias dimensões, é elemento indispensável ao Direito do Trabalho, bem como a ‘a existência do trabalho livre (isto é, juridicamente livre) é pressuposto histórico-material do surgimento do trabalho subordinado (e via de consequência, da relação empregatícia)’ “, apontou o ministro Caputo Basto, citando o colega de TST, ministro Maurício Godinho.
    Oscar, atualmente treina no Sport Club Internacional, de Porto Alegre (RS), clube com o qual tem contrato. Mas, por determinação da Justiça do Trabalho no estado de São Paulo, ele foi inscrito na Confederação Brasileira de Futebol como jogador do São Paulo Futebol Clube.
    O Ministro Caputo Bastos ainda alertou que, qualquer que seja a decisão na ação entre Oscar e o São Paulo, ela “jamais poderá impor ao trabalhador o dever de empregar sua mão de obra a empregador ou em local que não deseje, sob pena de grave ofensa aos princípios da liberdade e da dignidade da pessoa humana e da autonomia da vontade, em torno dos quais é construído todo o ordenamento jurídico pátrio”.
    Oscar já havia ajuizado ação cautelar no TST para que fosse liberado para julgar pelo Internacional. No entanto, o relator do pedido, ministro Renato de Lacerda Paiva, ficou impossibilitado de julgar em razão de um recurso pendente no Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região (TRT-SP). No processo
    O ministro relator do habeas corpus  ainda alertou que a decisão judicial “que determina o restabelecimento obrigatório do vínculo desportivo com o SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE, em contrariedade à vontade do trabalhador, cerceia o seu direito fundamental de exercício da profissão.” Assim, Caputo Bastos concedeu liminar em habeas corpus para autorizar Oscar a exercer livremente a sua profissão, participando de jogos e treinamentos em qualquer localidade e para qualquer empregador, “conforme sua livre escolha.”