quarta-feira, 27 de julho de 2011

Brasileirão Série A


19h30 Botafogo 2x1 Avaí
19h30 Grêmio 1x1 América-MG
19h30 Atlético-MG 1x0 Fluminense
19h30 Atlético-GO 2x0 Cruzeiro
21h50 Santos 4x5 Flamengo
21h50 Figueirense 0x1 Palmeiras
21h50 Coritiba 3x4 São Paulo

Amistosos


13h15  2 Internacional 2x2 Milan 0
15h45 Bayern de Munique 0x2 Barcelona

Filha de Teixeira leva apreensão à temida 1ª aparição pública como executiva de 2014

O início da programação de eventos da Copa de 2014 nesta semana no Rio de Janeiro, que terá como desfecho o sorteio de grupos das eliminatórias no sábado, marcou a primeira aparição pública de Joana Havelange como executiva do Mundial brasileiro. Até então protegida de exposições, a filha de Ricardo Teixeira venceu a relutância em assumir uma posição de relações públicas da organização ao comandar evento na terça-feira em que apresentou detalhes da festa programada para o final de semana, que será levada a todo o mundo. Na ocasião, alternou instantes de postura confiante com apreensão.
  • Bruno Freitas/UOL
    Executiva Joana Havelange durante a apresentação dos detalhes da festa do sorteio da Copa 2014
Apesar do semblante que sugeria alguma tensão e economia de sorridos, Joana conduziu bem a apresentação dos detalhes da festa do sorteio, inclusive liderando uma visita guiada para imprensa nacional e internacional através da estrutura montada na Marina na Glória. No passeio, fez explicações em português e em inglês sobre o protocolo do evento. No fim, concedeu breves entrevistas para rádios.
Assim como Ricardo Teixeira, a diretora-executiva do COL (Comitê Organizador Local) nunca mostrou predisposição para estar nas primeiras filas, para aparecer como porta-voz da Copa. Pelo contrário, manifestava corriqueiramente às pessoas próximas desejo de evitar tal papel. Além disso, Joana acabou estrategicamente em plano secundário desde sua designação para o cargo porque entendia-se que a neta de Havelange também poderia virar alvo de contestações dirigidas ao pai. No ano passado, ela esteve quase como uma figurante em evento na África do Sul que apresentou a logomarca do Mundial.
Durante a coletiva de imprensa na terça, a estreante Joana deu uma leve derrapada ao ser confrontada com uma situação inédita, a contestação da imprensa. A executiva titubeou ao responder sobre a cifra de R$ 30 milhões destinada à empresa responsável pela organização da festa do sorteio das eliminatórias, pediu para a pergunta ser repetida. Em seguida, a filha de Teixeira ainda ofereceu um pequeno testemunho a respeito de sua entrega pessoal à ideia da Copa no país.
“Estamos há mais de um ano com todo o planejamento. Começamos as construções há dois meses. Estamos trabalhando até de madrugada, praticamente morando na Marina (da Glória)”, afirmou.
Desde cedo, Joana convive no mundo da cartolagem. A  filha de Ricardo Teixeira foi na infância e adolescência muito ligada a João Havelange, então presidente da Fifa. A futura executiva da Copa no Brasil viajou diversas vezes para a Suíça para acompanhar o avô e testemunhou de perto uma série de situações de caráter administrativo. Há quem diga que ela inclusive entende mais de futebol do que o pai.
Dentro do grupo de organização da Copa, a princípio, Joana era conhecida mais como uma espécie de garota de recados do pai. Mas aos poucos conseguiu ganhar uma certa autonomia na função de diretora-executiva, principalmente através da mediação de eventos fechados com as cidades sedes do Mundial.
Em ocasiões anteriores na organização da Copa de 2014, Joana teria se mostrado descuidada em relação à maquiagem e a apresentação visual. No entanto, na última terça, no evento de boas-vindas para o sorteio das eliminatórias, a executiva assumiu o papel de anfitriã em condições impecáveis.
Na estreia como relações públicas da organização, também admitiu carregar parte da responsabilidade na primeira exposição internacional do Brasil no calendário de eventos para 2014.
“Esperamos fazer um grande evento. Acho que o Brasil terá muito orgulho da gente. Vamos mostrar ao resto do mundo que o Brasil está preparado para receber este evento. Temos a oportunidade de mostrar um país organizado, que faz grandes eventos, que somos modernos, tecnológicos”, disse.

Joana Havelange concede entrevista em apresentação de evento da Copa 2014 no Rio
Joana Havelange concede entrevista em apresentação de evento da Copa 2014 no Rio

Uma volta em Interlagos no caminhão da Fórmula Truck

Dentro do cockpit de Felipe Giaffone (macacão amarelo) ou de Débora Rodrigues (vermelho), ambos da RM Competições/Volkswagen, confira como é acelerar no circuito paulistano.

Telê Santana, 80 anos


Gosto de efemérides, mas sem fanatismo. Não sou obcecado por números, de nenhuma natureza, principalmente quando usados como verdades definitivas. Há datas, porém, que merecem registro, como a de hoje. Em 26 de julho de 1931, nascia Telê Santana da Silva, cidadão de Itabirito e do mundo. 80 anos de um Mestre do futebol que se foi em abril de 2006.
Telê foi um dos personagens mais marcantes que conheci em três décadas e tanto de profissão. (Se alguém me chamar de veterano, eu brigo…) Acompanhei a fase madura da carreira dele, no período que vai do Palmeiras do fim dos anos 1970 ao São Paulo vencedor de tudo do começo da década de 1990. Nesse meio-tempo, claro, houve o trabalho com a seleção, nos Mundiais de 82 e de 86. Impossível esquecer dele.
Telê tinha cara fechada – e muitas vezes ficava mesmo sisudo. Quando se invocava com um repórter, desviava o olhar, mas não deixava de responder às perguntas que lhe fossem feitas pelo interlocutor desafeto. Resposta breve, mas respondia. Não era curto e grosso. Era gentil a sua maneira. Com a perspectiva que só o tempo concede, a rabugice de Telê hoje soa suave.
Mas Telê era também divertido. Sabia contar histórias e piadas como poucos. Misturado a outras miudezas, guardava um papelzinho no bolso traseiro da calça em que anotava anedotas novas que considerava boas. Fui testemunha de seu talento em conversas de concentração em hotel ou em papo furado depois de treinos. Para ‘amolecer’ Telê, antes de uma entrevista mais brava, nada melhor do que fazê-lo reviver episódios passados de sua carreira. Descontraía.
Telê era afável com quem gostava, mas leal. Nunca passou notícia exclusiva, para beneficiar este ou aquele repórter ou veículo de comunicação. Não mentia, embora mineiramente deixasse pistas no ar. Nem era difícil acertar suas decisões. Bastava observar o que fazia nos treinos, os jogadores que utilizava. Batata! Na cara de todos estava o time que escalaria. Salvo engano, ele não recorria a treinos secretos e outras artimanhas.
Telê era prático. Não havia sofisticação em seus métodos e mesmo assim foi profundo conhecedor dos mistérios do esporte. Ele ensaiava jogadas à exaustão, repetia lances, ensinava os atletas até a bater na bola da maneira mais correta. Transformava profissionais medianos em peças eficientes nas equipes que comandava. O segredo do sucesso dele estava nisso – era um Mestre. E escalava quem mais se empenhasse nos treinamentos. Jogador indolente ou metido a esperto dançava miudinho nas mãos do professor.
A derrota para a Itália, na Copa de 1982, marcou a carreira de Telê. Mas marcou aqui, para alguns oportunistas de plantão, que durante anos o chamaram de pé-frio. Indelicadeza, injustiça e estupidez andam juntas no futebol. O reconhecimento de Telê veio, para o mundo, veio na noite daquele 5 de julho mesmo, na sala de entrevistas do Sarriá. Jornalistas internacionais aplaudiram o técnico brasileiro e um deles resumiu o sentimento geral. “Senhor Santana, obrigado pelo futebol de sua seleção.”
Nós colocamos Telê no devido lugar só depois de colecionar taças no São Paulo. Ainda bem que conseguimos consertar essa injustiça. Por isso, ainda hoje dizemos: “Obrigado, mestre Telê.” Um personagem que faz falta ao Futebol.

Naming rights da futura casa corintiana: Fielzão ou Isenção?

Nada contra, ao contrário. Mas os números do futuro estádio do Corinthians lembram a hora da xepa.

O primeiro tijolinho indicou R$ 400 milhões, sem dinheiro público, para 48 mil fiéis. Depois, subiu para R$ 1 bilhão, e 65 mil lugares, sob o argumento de que receberia o pontapé inicial da Copa-2014, com uma pequena ajuda total do meu, do seu, do nosso rico dinheirinho.

Põe, tira, deixa ficar: R$ 820 milhões para uma arena com 48 mil cadeiras, e não se fala mais nisso. Até a página dois, já que serão investidos mais R$ 70 milhões em 17 mil assentos removíveis, pois o governo estadual exige a abertura da festa.

Graças ao pulo do gato, a conta está em R$ 890 milhões, sem contar os R$ 30 milhões para retirar os dutos – R$ 920 milhões correspondem ao preço da nova Arena do Grêmio e do Beira-Rio reformado, somados.

Vale a pena ler de novo, já que a Copa é deles e a conta é nossa: tudo começou com R$ 400 milhões, sem dinheiro público. Resta definir ainda o naming rights da casa corintiana: Fielzão ou Isenção?

Mudando de gavião para pica-pau... “Toda unanimidade é burra”, dizia o genial Nelson Rodrigues. Mais do que nunca, a frase pode ser aplicada à campanha #foraricardoteixeira. Um movimento absurdo contra um dos raríssimos cartolas que se preocupam com o futuro das pobres empreiteiras nacionais.

É incapaz de negar-lhes as mãos, bem mais calejadas do que as dos folgados operários que se encontram a serviço da construção de ‘elefantes brancos’, também conhecidos como estádios de futebol, produtos de uma fertil imaginação da mamãe Fifa – ou Mafifa, dependendo do filho bastardo.

Não dê bola aos inomináveis apelos da hashtag #foraricardoteixeira. Prestigie, com sabedoria, #cagueimontão.
                                                             #####
Dr. Hollywood. E o soberano São Paulo informa o script de mais um capítulo da emocionante novela ‘Luís Fabiano, o retorno’: o atacante vai fazer uma plástica para acelerar o processo de cicatrização da cirurgia na perna direita. Após a realização da nova operação, o Tricolor promete anunciar o final feliz, a data da reestreia do jogador, contratado em março por módicos R$ 20 milhões.

Sugismundo Freud. O rico pega o carro e sai; o pobre sai e é atropelado.

Pica-Pau. Campo ruim, loteria, maldição... Nunca o esporte bretão nacional utilizou tanto algumas muletas para tentar justificar a incompetência nos pênaltis. Sucumbiram na cal: os manos do Mano (Copa América), as meninas da seleção (Copa da Alemanha), os atletas soldados (Mundial Militar), os garotos sub-17 (Mundial) e o Internacional (Audi Cup). A coleção de bicudas tem uma simples explicação para o ‘professor’ Palermo Baggio: ninguém se preocupa em treinar, pelo menos uma vez por semana, fundamentos básicos. É muito mais importante o Twitter, o Facebook...

‘Twitface’. Era o que faltava: o presidente do Santos, Luís Álvaro Ribeiro, sonha com um encontro com a presidenta Dilma Rousseff. Motivo: pedir o patrocínio de uma estatal para manter Neymar na Vila. Fala sério!

Grito de campeão... Após 11 rodadas e muitos cálculos, o site ‘Chance de Gol’ deposita 84,2% de probabilidades de o Corinthians faturar o Brasileirão. Depois, aparecem Cruzeiro (6,5%), São Paulo (3,5%), Vasco (1%), Coritiba (1%), Palmeiras (0,9%), Flamengo (0,8%), Santos (0,5%), Grêmio (0,5%), Fluminense (0,4%), Internacional (0,3%) e Botafogo (0,2%).

... e de SOS. Os números do site para um mergulho na bacia das almas, a segundona, indicam o América/MG como o mais cotado, com 97%. Os outros candidatos à guilhotina: Avaí (86,9%), Furacão (71,1%), Bahia (45,2%), Atlético/GO (42,3%), Galo (37,6%), Figueirense (11,1%) e Ceará (5,2%).

É brincadeira! O STJD vai julgar os rubro-negros Thiago Neves e Ronaldinho por forçarem o terceiro amarelo. Já Kleber, o periquito gladiador, sentará no banco dos réus por falta de fair play. Se condenados, poderão pegar até 10 jogos de gancho. Os engravatados de colarinho branco não têm mesmo que fazer.

Gilete press.
De Ancelmo Gois, no ‘Globo’: “Um carioca que alugou por temporada sua casa de vereaneio num tradicional condomínio no Recreio para um grupo de famosos jogadores de futebol quase caiu para trás ao checar o imóvel após recebê-lo de volta. Havia pelos cômodos um mar de calcinhas, DVDs pornô, fantasias e objetos eróticos. Sem falar em móveis destruídos e manchados por bebida. O advogado da turma saliente prometeu bancar a reforma.” E vai rolar a festa...

Tititi d’Aline. O hermano Lionel Messi chapelou fácil o brasileiro Neymar em popularidade no Twitter. Ao longo da Copa América, o argentino foi citado 20.736 vezes, contra 7.626 do garoto de ouro santista.

Você sabia que... o aeroporto Santos Dumont deverá ficar fechado por quatro horas (das 14h às 18h) em razão do sorteio das eliminatórias da Copa na Marina da Glória – caos à vista?

Bola de ouro. Telê Santana. Que saudade do mestre!

Bola de latão. Sorteio da Copa. Festa: 1h40. Preço do minuto: R$ 300 mil.

Bola de lixo. Joseph Blatter. O presidente da casa mamãe Fifa é só alegria: por onde passa, vaias.

Bola sete. “Não sei explicar direito o que aconteceu. Perdi a cabeça. Quero me encontrar com o Elivélton e me desculpar pela burrada” (do goleiro Gustavo, ex-Sport, sobre a voadora no vascaíno – o garoto merece apoio).

Dúvida pertinente. A presidenta Dilma Rousseff nomeou o rei Pelé ou o empresário Edson Arantes do Nascimento embaixador da Copa no Brasil ?

Covardia na Taça BH

A redação da ESPN, no Rio, parou para ver a covarde agressão do goleiro Gustavo ao volante Elivélton. Estávamos conversando, preparando a participação carioca no Bate Bola 2ª edição, quando todos pararam para entender o que acontecia em Itabira (MG).

Todos se olharam e ninguém entendeu o motivo para tanta violência. Uma discussão entre jogadores que culminou com uma voadora do goleiro no volante vascaíno.

O primeiro comentário foi seguido de revolta e repulsa pelo ato covarde que estava sob os nossos atentos olhares.

Sempre entendi que esporte é para buscar desafios, testar os limites do corpo, traçar objetivos e alcançar marcas, mas sempre dentro do respeito ao ser humano, ao próximo e, em muitos casos, colegas de profissão.

Defendo a exclusão do goleiro Gustavo do futebol. Ele deu uma demonstração clara de que não está apto a disputar o esporte. Por mais que o jogador seja jovem, este episódio não pode ser tratado como um ato isolado ou como “coisa de garoto”.

O afastamento imediato do jogador, por parte da diretoria do Sport, foi um claro sinal que não vai ter aquela famosa passada de mão na cabeça. É uma forma de ensinar e educar o rapaz, mas não dá para deixá-lo no futebol.

O volante Elivélton perdoou o agressor, mas considera que ele não deve mais jogar futebol. A diretoria do Sport vai dar apoio psicológico e jurídico ao atleta.

A exemplar punição servirá de demonstração dos Tribunais que campo de futebol é lugar para prática do esporte.



Clique no player e assista ao vídeo!

"Casa Turuna, Imperador. O senhor não vai entender nunca"

Santuário de fé, festa, palco dos nossos rituais, lugar onde reinventamos a vida, nossa cultura e arte. E a fantasia que ajuda a esquecer das mazelas da vida. Já falamos disso tudo por aqui ao tratar do Maracanã que vai embora em cada picaretada dos picaretas e se esvai nas cinzas cada dia mais nebulosas. Por mais que seja difícil, tento entender como sempre o contraditório, o diferente, os argumentos de quem, salvo os envolvidos com as tenebrosas transações, acha que a modernidade se descortinará num palco iluminado, de almofadas, para almofadas. Mas continuam sem me explicar onde o povo e a gente humilde que andava por ali vai ficar. Onde estão contemplados nesse projeto de Maracanã da Fifa a gente humilde, que sempre foi o sal daquela terra. Já sei onde serão os 110 camarotes novos, mas os lugares com preço popular, bem, estes, ainda aguardo explicação. Mas tento entender o diferente.

Meu alento definitivo para tentar entender os que acham normal tudo isso demolido entre licitações não feitas e números que gritam em nossas caras veio de uma cena antológica. Corriam os últimos capítulos de “Anos Rebeldes”, recentemente reprisados, uma das melhores produções da tv brasileira, e que além do mais tinha trilha sonora monumental. Heloísa, vivida magistralmente por Cláudia Abreu, presenteava o embaixador suíço seqüestrado por ela e seu grupo com uma coroa nos momentos que precediam a libertação. Tinham desenvolvido algum laço de amizade, algozes e vítima nos dias de cativeiro, nessa lógica sem lógica tão brasileira. Heloísa admirava a sensibilidade do embaixador, por ela batizado de “Imperador”. Mas sabia que não era possível para um gringo entender nossa complexidade, o mais profundo de nossa alma, por mais que ele quisesse. Entender o sonho, a fantasia, a festa mesmo quando o pão é pouco, pra tudo se acabar na quarta-feira..
.
É aí que Heloísa cunha uma das maiores frases da teledramaturgia brasileira. Entrega a coroa que simboliza a fantasia, o sonho de carnaval, o mais profundo de nossa alma, aquele sonho de papel capaz de transformar qualquer um em “um rei no meio dessa gente tão modesta” ou o “dono desta festa”, como no samba insulano. E dá a dica da casa onde se compram as fantasias, a senha onde todos os sonhos viram realidade por alguns dias: “Casa Turuna, Imperador. O senhor não vai entender nunca”.
É assim. Quem não viveu, quem não é afeito as coisas de sua gente, não vai entender nunca. Casa Turuna, imperador. Ou Maracanã, se preferir. Onde uma tarde de domingo decide quem é rei, onde todos eram iguais, onde todo mundo viveu um abraço com um desconhecido que nada tinha a ver com sua história e vida, onde todo mundo se sentiu Imperador por algum momento. Gari e empresário juntos no mesmo grito de gol e abraço.

Mas como disse Heloísa, quem não é do pedaço não vai entender nunca, que bobagem seguir falando em sonho, fantasia, fé, gente. Vale a “modernidade”. (Como se também não fosse sujo o argumento de que alguém não quer conforto para todos, geraldinos, desdentados. (Só não mostram onde eles estarão no novo projeto, repetirei sempre).

Se é assim, deixemos mesmo o subjetivo de lado, o sonho e a fantasia. Agora já não falamos mais disso. Agora falamos das relações promíscuas entre um governador e um empreiteiro, que toca as obras dessa modernidade gozando de fórum privilegiado para suas concorrências (ou ausências delas), que bate o martelo sobre a condenação da cobertura do estádio e por isso avisa que a obra ficou mais cara. Agora estamos falando do objetivo, do real. Se alguns não podem mesmo, tal como o Imperador, entender a nossa Casa Turuna de cada dia, ao menos deveriam se chocar e escandalizar com as notícias que se avolumam nos jornais a cada dia.

Que pode bem ser contemplada por uma outra frase de antologia do tal seriado. Trinta anos depois, a história do Brasil tendo voado, exílios, mortes, sofrimento, Maria Lúcia, vivida por uma linda Malu Mader, dá conta ao antigo e eterno amor que volta do exílio do que aconteceu com cada um. E fala dos arautos da modernidade daqueles tempos, dos escroques de antes, do que aconteceu com cada um. E então sai a outra frase antológica, que bem poderia ter sido dita por mim ou por você, pensando nos escroques que cercam nossas vidas e nossas histórias, no trabalho, na rua: “De todos os sacanas que conheço, não conheço nenhum que esteja mal”.

A mais pura verdade. Rindo um pouco, concluo que talvez essa seja uma das grandes razões para que nos apeguemos a coisas que transcendem a razão, seja a fé ou o que o valha. Afinal, é duro conviver com essa dura realidade. Algo mais forte, alguma justiça deve aguardar essas figuras! E a graça de tudo é que o jogo continua, a luta segue e os dados ainda estão rolando. Amanhã, uma turma combativa, a Frente Nacional dos Torcedores, tem audiência com o Ministério Público sobre o estupro do Maracanã. A mobilização pode mostrar a esta turma que só pensa nos lucros que nossa Casa Turuna tem que ser respeitada. No blog do Mauro já saiu o convite, mas segue para quem quiser.

DATA: 28 DE JULHO (QUINTA-FEIRA)
HORÁRIO: 14HS – até – 18HS
LOCAL: AUDITÓRIO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
ENDEREÇO: AVENIDA NILO PEÇANHA, 31, CENTRO DO RIO DE JANEIRO