quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Copa Sul-Americana

21h50 São Paulo 1x3 Ponte Preta

Copa do Brasil

21h50 Atlético-PR 1x1 Flamengo

A vitória do Flamengo em Curitiba com Jayme de zagueiro. Depois, só na Copa Sul-Americana



Jayme ainda era um jovem zagueiro do Flamengo, com 21 anos recém-completados, quando o Flamengo venceu o Atlético Paranaense pela última vez em Curitiba num jogo por qualquer torneio nacional. Aconteceu no dia 21 de abril de 1974, com gols de Zico e Paulinho para o Flamengo -- Sicupira marcou para o Furacão. Jayme atuou na partida inteira sob o comando de Joubert.
O histórico tabu contra clubes do Paraná diminuiu neste ano, já com Jayme de Almeida como treinador. Entre 1998 e 2013, o Flamengo não venceu o Coritiba fora de casa. Ganhou por 2 x 0 neste ano, gols de André Santos e Wallace. Quebrou tabu de quinze anos.
A escrita contra o Atlético é maior, exceto por uma partida de Copa Sul-Americana em 2011, vencida por 1 x 0, gol de Ronaldinho Gaúcho. Do jogo disputado por Jayme de Almeida em 1974 até hoje, são 18 jogos entre Atlético Paranaense e Flamengo em Curitiba, com 12 vitórias do rubro-negro do Paraná e seis empates.
Em junho, o Flamengo enfrentou o Atlético como visitante, em Joinville. Com Jorginho como técnico do Fla e Ricardo Drubscky no Furacão, empate por 2 x 2. O Atlético tinha sete titulares atuais, o Flamengo apenas quatro. Os gols foram de Éderson duas vezes para o Furacão, Marcelo Moreno e Renato Abreu para o Fla.
Abaixo, a ficha técnica da última vitória do Flamengo sobre o Atlético Paranaense em Curitiba por torneios nacionais. Jayme é o mesmo que você conhece, hoje sentado no banco de reservas.

21/abril/1974
ATLÉTICO-PR 1 x FLAMENGO 2
Local: Belfort Duarte (Curitiba); Juiz: José Favilli Neto; Renda: Cr$ 87 303,00; Público: 9 632; Gols: Zico 22 e Paulinho 39 do 1o; Sicupira 25 do 2o
ATLÉTICO-PR: Altevir, Júlio, Almeida, Geraldo e Ladinho; Didi Duarte e Caio; Nílton, Taquito (Sérgio Galocha), Sicupira e Didi Pedalada (Nílson). Técnico: Waldemar Carabina
FLAMENGO: Cantarelli, Aloísio (Rondinelli), Jayme, Luís Carlos e Rodrigues Neto; Geraldo e Liminha; Paulinho, Zico, Dario (Doval) e Arílson. Técnico: Joubert

Eliminatórias da Copa do Mundo - Repescagem



04h00 Nova Zelândia 2x4 México
21h00 Uruguai 0x0 Jordânia

Wozniacki se junta a estrelas no WTA de Brisbane

Brisbane (Austrália) - O Premier de Brisbane terá mais uma jogadora que já ocupou a liderança do ranking da WTA. Caroline Wozniacki confirmou sua participação no evento que começa dia 29 de dezembro e é preparatório para o Australian Open.
A atual campeã Serena Williams tentará defender o título e o torneio também contará com a bielorrussa Victoria Azarenka e com a russa Maria Sharapova. A única participação anterior de Wozniacki foi em 2012, quando ela perdeu na primeira rodada para Ksenia Pervak.
Wozniacki revelou sua participação em Dubai, onde acompanha o namorado golfista Rory McIlroy. Ao ser questionada se iria ao torneio que o norte-irlandês disputará na Austrália nesta semana, a dinamarquesa alegou que não quer fazer duas viagens para o país em pouco tempo.
"A Austrália é muito longe. Vou jogar Brisbane e Sydney antes do Australian Open, então não quero fazer duas viagens para lá nesse período curto", disse a dinamarquesa. O evento de Brisbane será o primeiro de Wozniacki sob a orientação do treinador sueco Thomas Hogstedt. Piort Wozniacki, seu pai, garantiu que ficará afastado dos treinamentos e jogos da filha desta vez.

Três anos em um: Brasil de Felipão não deveria, mas já está pronto para a Copa

Luiz Felipe Scolari reestreou na seleção brasileira em 6 de fevereiro. Derrota em Wembley para a Inglaterra por 2 a 1. Rascunho com Paulinho e Ramires como volantes, Oscar perdido à direita, Ronaldinho letárgico na ligação e perdendo pênalti, Neymar intimidado e Luis Fabiano sumido na frente.
Apesar da base e de algumas ideias, o legado de Mano Menezes não era um porto seguro. Até porque a ordem da CBF de José Maria Marín era mudar radicalmente.
Olho Tático
Na reestreia, um rascunho de time com Ronaldinho letárgico, Oscar perdido à direita e Neymar ainda intimidado.
Na reestreia, um rascunho de time com Ronaldinho letárgico, Oscar perdido à direita e Neymar ainda intimidado.
Felipão tentou iniciar a reformulação recuperando Ronaldinho Gaúcho. Sem sucesso. Até o início da preparação para a Copa das Confederações, cinco partidas. Uma derrota, três empates. Uma única vitória: 4 a 0 sobre a Bolívia e contando apenas com jogadores atuando no Brasil.
Ideia de time? Apenas um esboço, do primeiro tempo nos 2 a 2 contra a Itália. Duas linhas de quatro, Neymar circulando com liberdade atrás de Fred. Scolari guardou esta informação. Na lista para a primeira competição oficial, a ausência de Kaká e Ronaldinho deixava claro: o técnico apostava na Joia santista que rumava para Barcelona como protagonista.
Olho Tático
A primeira ideia de time de Scolari: duas linhas de quatro, Neymar com liberdade para se aproximar de Fred.
A primeira ideia de time de Scolari nos 2 a 2 contra a Itália: duas linhas de quatro, Neymar com liberdade para se aproximar de Fred.
No amistoso contra a Inglaterra no Maracanã, a confirmação: o então camisa onze ganhou a dez. Do craque do time. Ainda tímido, não desequilibrou sequer nos 3 a 0 sobre a França em Porto Alegre. Valeu como o primeiro triunfo sobre uma grande seleção para recuperar a confiança.
Na Copa das Confederações, a definição da estratégia, da tática e do espírito. Em todos os jogos, eletricidade na execução do hino nacional, emendado com uma pressão sufocante no campo adversário para conseguir um gol rápido. Ao detectar a dificuldade para criar espaços trabalhando a bola e propondo o jogo, como pedia Mano, Felipão apostou em um estilo vertical e contundente.
Objetivo: abrir o placar e, sem retranca adversária e em comunhão com a torcida, jogar mais tranquilo para acelerar a transição ofensiva e buscar mais gols.
Taticamente, a base se solidificou num 4-2-3-1 com Luiz Gustavo mais plantado auxiliando Thiago Silva e David Luiz e liberando os laterais Daniel Alves e Marcelo. Também Paulinho, que se aproximava do quarteto ofensivo: Hulk e Neymar pelos lados, Oscar no centro e Fred na frente. Time que procura os flancos e abusa das ligações diretas dos zagueiros acionando os laterais avançados ou os ponteiros.
Olho Tático
A base campeã da Copa das Confederações: 4-2-3-1 com execução vertical e intensa, Neymar desequlibrando.
A base campeã da Copa das Confederações: 4-2-3-1 com execução vertical e intensa, Neymar desequlibrando.
As variações: de novo as duas linhas de quatro com Oscar e Hulk pelos lados e Neymar solto na ligação. Com a entrada de Hernanes, um 4-3-3/4-1-4-1 com Luiz Gustavo fixo, Paulinho e Hernanes alinhados, Hulk e Neymar nas pontas e Fred centralizado.
Olho Tático
A variação para o 4-3-3/4-1-4-1 com Hernanes na vaga de Oscar, alinhado a Paulinho e à frente de Luiz Gustavo.
A variação para o 4-3-3/4-1-4-1 com Hernanes na vaga de Oscar, alinhado a Paulinho e à frente de Luiz Gustavo.
Resultado: cinco vitórias, 14 gols marcados, apenas três sofridos. Cereja do bolo: atuação que tangenciou a perfeição nos 3 a 0 sobre a Espanha campeã mundial e bi da Europa no Maracanã. Sofrimento só na semifinal diante do Uruguai, que reforçou a única ressalva a esta seleção: se o rival souber se fechar e o gol não sair cedo, há sofrimento. Mas a vitória suada por 2 a 1 reforçou o grupo.
Base definida, Felipão e Parreira sintonizados, bom ambiente entre jogadores e comissão técnica, proposta de jogo assimilada, confiança readquirida com o título, Neymar afirmado como protagonista e craque do torneio.
A derrota para a Suíça pode ser descartada, com a grande maioria voltando de férias na temporada europeia. Na sequência, seis vitórias. Vinte gols marcados e apenas dois sofridos. Mais que isso, a oportunidade de fazer testes e acelerar ainda mais a definição do grupo.
Felipão resgatou Maicon, Ramires e agora Robinho, autor do gol da vitória sobre o Chile por 2 a 1 em Toronto. Lucas Leiva também voltou a ser chamado. O Moura perdeu espaço. Maxwell se afirmou como opção para a lateral-esquerda.
E surge mais uma possibilidade: ataque com Robinho e Neymar soltos, sem referência, promovendo intensa movimentação. Ideia do final da "Era Mano" e uma opção viável se Fred não se recuperar fisicamente e Jô seguir sem comprometer, mas com baixa produtividade como pivô e artilheiro.
Olho Tático
Com Robinho, a possibilidade de um ataque leve, sem referência na frente.
Com Robinho, a possibilidade de um ataque leve, sem referência na frente.
20 de novembro. 287 dias depois, Luiz Felipe Scolari pode olhar ao redor e pensar: "Está tudo pronto!" Mas também questionar: "Já?" Se Robinho convenceu e ganhou a vaga na frente, basicamente falta definir o terceiro goleiro (Victor ou Cavalieri?) e a quarta opção para a zaga (Marquinhos, Dedé, Rever ou Henrique?). Pequenos detalhes.
Mowa
O técnico Felipão durante o confronto entre Brasil e Honduras
Felipão aproveitou base de Mano Menezes e formou grupo em um ano.
O que fazer até junho de 2014? Uma boa sugestão é fingir que há dúvidas e esconder as muitas certezas para evitar uma possível acomodação. "Virar o fio" é tudo que a seleção brasileira não precisa.
Acima de tudo, refutar o favoritismo que a cada partida parece maior. Espanha, Alemanha, Itália e Holanda estão no mesmo nível. Argentina e Portugal contam com Messi e Cristiano Ronaldo. Aparente equilíbrio no cenário mundial.
A Copa das Confederações, porém, mostrou que o contexto pode favorecer muito os donos da casa. A combinação calor e umidade + catarse no hino e força da torcida + intensidade e confiança + talento de Neymar para desequilibrar é muito difícil de ser superada. Fora o carisma do treinador que parece ter nascido para comandar seleções, em especial a brasileira.

Na prática, construiu o trabalho de três anos em um. José Maria Marín mirou na lua quando decidiu recomeçar quase do zero há um ano e meio da Copa. Mas acertou no alvo.
É inegável: o Brasil é o grande candidato ao título. Hoje, só uma zebra ou performances estupendas dos gênios Messi e Cristiano Ronaldo, disparados os melhores do planeta, podem fazer frente ao anfitrião.
A má notícia é que o Mundial não começa em janeiro.

Há 30 anos, o Flamengo x Atlético-PR mais importante da História - até a bola rolar na quarta-feira

O Globo - Acervo
Gol de Zico no Maracanã, o primeiro da semifinal contra o Atlético-PR no Brasileiro de 1983.
Gol de Zico no Maracanã, o primeiro da semifinal contra o Atlético-PR no Brasileiro de 1983.
Flamengo e Atlético Paranaense começam na quarta-feira a decidir a Copa do Brasil. É o mais importante confronto entre os times, pois vale título nacional. Taça, volta olímpica.
Porque há três décadas um duelo "mata-mata" entre os rubro-negros do Rio de Janeiro e do Paraná também definiu vaga na Taça Libertadores. Em 1983, fizeram uma das semifinais do Campeonato Brasileiro - ou Taça de Ouro, um dos muitos nomes em tempos de torneios inchados de clubes e fases. Na época, disputavam o torneio continental apenas o campeão e o vice do único campeonato nacional da temporada. Portanto, a vaga na decisão significava classificação automática.
No dia 12 de maio, noite de quarta-feira, 109.819 torcedores pagaram ingressos para ver o Flamengo de Zico envolver com relativa facilidade um adversário com defesa lenta e meio-campo frágil. Mas que contava com o melhor goleiro disparado da competição: Roberto Costa, que ganharia a Bola de Ouro da Revista Placar e se transferiria para o Vasco no ano seguinte - para faturar outra Bola de Ouro.
O time de Carlos Alberto Torres tinha a base campeã da Libertadores dois anos antes: Raul, Leandro, Marinho, Mozer, Júnior, Adílio e Zico estavam em campo. Baltazar, o "Artilheiro de Deus" fora contratado ao Palmeiras para a vaga de Nunes, emprestado ao Botafogo. Sem Tita, negociado com o Grêmio para usar a tão sonhada camisa dez, e os lesionados Andrade e Lico, o treinador firmou Vítor como volante e promoveu os jovens Elder e Julio César pelos lados.
O mesmo 4-5-1 com múltiplas variações dos tempos de Carpegiani. A ideia era liberar os laterais Leandro e Junior para o apoio simultaneamente e soltar de vez Zico e Adílio. A solução concentrava jogadas pela esquerda, já que Julio César era mais agudo que Elder, mais volante que meia ou ponteiro. Com isso, Leandro descia pelo corredor aberto e Junior apoiava por dentro, quase como armador.
Mas contra a equipe paranaense, armado no 4-3-3 típico da época e que eliminara o forte São Paulo nas quartas-de-final, o Fla teve dificuldades no início para conter Capitão, ponteira direita veloz que buscava a linha de fundo, mas sabia entrar em diagonal. Junior começou mais preso. Depois o time encontrou a solução habitual: Mozer abria para fazer a cobertura e Vítor recuava para fechar o meio.
Problema defensivo resolvido, Junior virou mais um meiocampista. Aquele Flamengo era um time à frente do seu tempo pela capacidade de criar superioridade entre as intermediárias. Contra o volante Detti e os meias Peu - aquele mesmo, emprestado pelo Fla ao CAP, que não contou com Assis, suspenso - e Nivaldo, no mínimo cinco rubro-negros trocavam passes com facilidade.
Olho Tático
Flamengo com superioridade no meio e toque envolvente liderado por Zico; Atlético precisou do goleiro Roberto para não sair do Maracanã eliminado.
Flamengo com superioridade no meio e toque envolvente liderado por Zico; Atlético precisou do goleiro Roberto para não sair do Maracanã eliminado.
Quando Junior apareceu na direita para cruzar, a zaga cortou mal, Julio César ajeitou e Zico testou no canto de Roberto. Como centroavante. Demorou, mas Baltazar, típico camisa nove finalizador, de área, havia entendido que o atacante naquele Flamengo não podia ficar fixo. Assim como Nunes, tinha que abrir espaços para os que chegavam de trás.

Mas como perdia gols! Baltazar e todo o time. Até Marinho, que recebeu de Zico e desperdiçou à frente de Roberto. Leandro, Zico e Julio César também fizeram o goleiro trabalhar. Até nova troca de passes com o time atacando em bloco, Baltazar atraindo os zagueiros Flávio Mendes e Jair Gonçalves e o Galinho servindo Vítor. Chute cruzado do camisa seis e 2 a 0 no placar.
Substituição protocolar de Torres: Robertinho por Baltazar. O ponta-direita, contratado ao Fluminense, abria espaços de vez para as infiltrações de Zico e Adílio. Também arriscava dribles, como o que provocou o pênalti do lateral Sergio Moura. 16º  e penúltimo gol do craque, capitão e camisa dez que só não foi o melhor em campo porque Roberto evitou a eliminação do desmanchado time paranaense no Maracanã. Um goleiraço para os padrões da época.
O triunfo empolgou o técnico, lateral e capitão do tri mundial do Brasil em 1970 mas estreante na função: "Jogamos um futebol de campeão!". Carlos Alberto que pedira seriedade no dia anterior após o triunfo nas quartas-de-final sobre o rival Vasco para fugir do "oba-oba" que costuma invadir a Gávea e complicar o Flamengo. Até hoje.
De fato, a vantagem era difícil de reverter, mesmo para o time de melhor campanha nas fases anteriores. Devolver os três gols garantiria a classificação para a final inédita do Atlético. Apesar da missão complicada, o Couto Pereira recebeu naquele domingo, dia 15 de maio, o maior público de sua história: 65.491 pagantes, 67.391 presentes. Também o maior do futebol paranaense. Recorde mantido até hoje.
O Flamengo teve Raul de volta após contusão na vaga de Cantarele e Figueiredo substituiu Mozar, expulso no final do jogo no Maracanã. Hélio Alves contou com o retorno de Assis no lugar de Peu. Promessa de muitas jogadas pela direita com Capitão e o lateral Sotter procurando Washington e Assis, a dupla que iniciaria ainda naquele ano uma dupla histórica no Fluminense tri carioca e campeão brasileiro de 1984 - o lendário "Casal 20".
Mas, surpreendentemente, foram os rubro-negros do Rio de Janeiro que partiram para cima. Carlos Alberto Torres sabia que seu time sofria quando era obrigado a jogar nos contragolpes. Mesmo com a pressão do estádio lotado, o time carioca colocou a bola no chão e teve oportunidades cristalinas para resolver a semifinal. As melhores com Baltazar e Adílio. A equipe girava e trocava passes. Só Júnior não descia, preocupado com Capitão.
Cauteloso principalmente por não contar com a cobertura de Mozer. Marinho trocou de lado para Figueiredo ocupar o lado direito da zaga. Mas contra Assis e Washington era perigoso abandonar o centro da área. Um dilema defensivo que cobrou seu preço.
Duas jogadas pela direita com Capitão às costas de Junior, duas falhas da zaga e de Raul, dois gols de Washington. Raul se redimiu evitando o terceiro, que decretaria a eliminação do Fla, em nova incursão do ponta direita, desta vez em diagonal. Defesaça! Tudo no primeiro tempo.
Olho Tático
No Couto Pereira, Atlético-PR forte na frente com Assis se juntando a Washington e Capitão infiltrando às costas de Junior em um Flamengo ousado.
No Couto Pereira, Atlético-PR forte na frente com Assis se juntando a Washington e Capitão infiltrando às costas de Junior em um Flamengo ousado.
Promessa de sufoco insuportável na segunda etapa. O time paranaense, porém, sentiu o esforço da correria dos 45 minutos iniciais e pouco ameaçou após o intervalo. Aquele Fla histórico desgastava o rival ficando com a bola, obrigando a correr atrás de longas trocas de passes, mesmo em gramados de péssimo estado.
Se houvesse naquele período os levantamentos estatísticos de hoje, certamente aquele Flamengo ficaria marcado por uma média de posse de bola superior a 60%.
Apito final, Flamengo na decisão contra o Santos de Serginho Chulapa, artilheiro daquela edição com 22 gols. Derrota por 2 a 1 no Morumbi e grande exibição nos 3 a 0 no Maracanã que valeram a taça. Melhor atuação da carreira de Adílio e a despedida de Zico, que estava de partida para a Udinese. Bicampeonato nacional, terceiro título em quatro anos. A sexta conquista importante, incluindo o Estadual, a Libertadores e o Intercontinental de 1981. Outros tempos.

Lembrança que durou 30 anos sempre que se falava em Flamengo x Atlético-PR. Até a bola começar a rolar na Vila Capanema valendo a Copa do Brasil.

Prévia: Flamengo se defende com linhas de quatro; Furacão é intenso e rápido no ataque

O nosso Mauro Cezar Pereira vem dissecando Flamengo e Atlético-PR, finalistas da Copa do Brasil, em seu blog: vídeo, números, mapas de calor...Um belo trabalho com todos os recursos possíveis e auxílio luxuoso de Footstats e TruMedia. Veja mais AQUI.
Por isso o Olho Tático, na prévia da decisão, humildemente se limita a um recorte que considera importante: o contexto da primeira partida. Afinal, desde 2009, os vencedores, todos sem sofrer gols em casa, levaram a taça - Corinthians, Santos, Vasco e Palmeiras.
O Flamengo, visitante na Vila Capanema, cresceu sob o comando do ex-interino Jayme de Almeida com a transformação de jogadores como Hernane e Paulinho. Também pela evolução do sistema defensivo, ao menos no torneio nacional. Em quatro partidas, sofreu apenas três gols. Compensados pelos nove marcados.
Uma boa referência para o jogo no Paraná é o desempenho nos 2 a 1 sobre o Goiás no Serra Dourada. A equipe rubro-negra desarmou 16 vezes contra 14 do time esmeraldino. Na contramão do futebol dito moderno, Jayme resgatou Amaral, típico volante marcador que só aos poucos vai evoluindo nos passes. Compensa, porém, com seriedade, boa colocação e muito dinamismo no combate.
Além da entrega, vale destacar a organização em duas linhas de quatro: na defesa, Léo Moura, Chicão, Wallace e André Santos. À frente, Luiz Antonio fecha o lado direito, Amaral e Elias combatem no centro e Paulinho volta pela esquerda. Hernane fica na frente com Carlos Eduardo, mas ajuda na recomposição, dando primeiro combate ao volante adversário e deixando o camisa vinte mais solto.
Montagem ESPN Piero
Flagrante do Flamengo iniciando o combate com Carlos Eduardo e Hernane na frente e uma linha de quatro no meio.
Flagrante do Flamengo iniciando o combate com Carlos Eduardo e Hernane na frente e uma linha de quatro no meio.
O time fecha bem as linhas de passe, compacta a marcação pelos lados e obriga o oponente a rodar a bola, virar de um lado para o outro. Até forçar o erro de passe ou desarmar.
A dificuldade do rubro-negro carioca é encaixar os contragolpes. A única saída é com Paulinho, já que Hernane e Carlos Eduardo não são atacantes rápidos. Se o ponta esquerda que se multiplica em campo cansa ou é bem marcado, a equipe perde transição ofensiva e cede espaços ao adversário.
Já o Furacão, como Mauro Cezar já mostrou, é um time que faz ligações rápidas da defesa para o ataque, sem maiores preocupações com a posse de bola. No 4-3-1-2, a equipe de Vagner Mancini costuma acionar diretamente, muitas vezes com os zagueiros Manoel e Luiz Alberto, a dupla de atacantes normalmente formada por Marcelo e Ederson.

Em tempos de 4-2-3-1, que é uma das variações de Mancini, atacar com dois avantes que abrem e infiltram em diagonal tem criado problemas para os rivais.
No primeiro gol dos 3 a 0 sobre o São Paulo, outras características do Atlético chamam a atenção: pressão sobre o homem da bola, quando Ganso é desarmado na intermediária. Depois intensidade e rapidez no contragolpe, com Ederson aparecendo pela esquerda e, com outros dois companheiros na área, Marcelo recebendo pela direita e marcando em bela conclusão.
TV Globo / Montagem ESPN Piero
Flagrante da rápida transição ofensiva do Furacão com Ederson centrando e três companheiros na área - inclusive Marcelo, que vai marcar o gol.
Flagrante da rápida transição ofensiva do Furacão com Ederson centrando e três companheiros na área - inclusive Marcelo, que vai marcar o gol.
Nas inversões rápidas de lado também foi às redes contra Palmeiras e Grêmio. O time vai precisar de Marcelo à direita e Ederson ou Everton pela esquerda para buscar a linha de fundo, já que a tendência é que os laterais, ainda indefinidos com a suspensão de Leo e o possível retorno de Pedro Botelho, não ataquem constantemente. Juninho deve ser deslocado para o lado direito para marcar Paulinho.
Psicologicamente, a dúvida é se a pífia atuação na goleada sofrida para o Botafogo pelo Brasileiro será encarada como natural, pelo foco na possibilidade de título e classificação para a Libertadores , aumentará a concentração da equipe ou abalará a confiança de um time que vem se impondo na confiança e no vigor físico. Sem contar o pé direito calibrado e a experiência de Paulo Baier, ausência sentida no Maracanã.

Disputa sem favoritos. Na partida e no confronto. Mas os primeiros noventa minutos pedem atenção.
Olho Tático
As prováveis formações: Flamengo completo no 4-4-1-1 e forte pela esquerda; Atlético-PR com mudanças, mas no mesmo 4-3-1-2 intenso e veloz.
As prováveis formações: Flamengo completo no 4-4-1-1 e forte pela esquerda; Atlético-PR com mudanças, mas no mesmo 4-3-1-2 intenso e veloz.

Tropa de Felipão fecha temporada com 13 vitórias e três vagas em jogo para a Copa

A tropa do ‘sargento' Felipão encerrou a temporada com um belo saldo: em 19 jogos, 13 vitórias, quatro empates e duas derrotas. Marcou 49 gols e tomou 15. De quebra, o grito de campeão da Copa das Confederações.
Mais: o grupo está praticamente fechado. Há somente três vagas em jogo: terceiro goleiro, quarto defensor e o reserva de Fred ‘Slater'.
Diego Cavalieri e Victor voam atrás de uma boquinha sob a trave, com mais chance para o jogador do Fluminense. Já o ex-corintiano Marquinhos, do PSG, é o favorito para a zaga, na corrida contra Dedé, Henrique e Réver.
Na frente, a briga envolve Robinho, Jô, Willian e até Lucas, que voltou a jogar bem no PSG - inexplicavelmente, o polivalente Diego Tardelli é carta fora do baralho.
Robinho ficou um bico de chuteira à frente dos concorrentes após o triunfo sobre o Chile, por 2 a 1, em Toronto.
Ele entrou no segundo tempo e marcou o gol da vitória, a sexta seguida da amarelinha desbotada e a 10ª sobre os chilenos neste século, em 12 partidas (houve dois empates).
Como vem acontecendo na maioria dos jogos, o time brasileiro acuou o adversário nos primeiros minutos. E a blitz surtiu efeito: aos 13, a defesa chilena saiu caçando borboleta, Oscar roubou a bola e lançou para o incrível Hulk conferir.
Pouco a pouco, o ritmo da amarelinha desbotada foi diminuindo e o Chile passou a ter mais posse de bola, pois o treinador Jorge Sampaoli modificou a equipe, trocando o 3-5-2 pelo 4-4-2, com Valdivia em campo.
No segundo tempo, depois de os soldados de Felipão perderam a chance de matar a partida com Oscar, os chilenos empataram com Vargas. O gol do atacante do Grêmio acordou os brasileiros, principalmente Neymar, até então apenas discreto.
O moleque passou a distribuir dribles, chapéus e passes precisos. Aos 33 minutos, Neymar arrancou pelo meio e abriu para Maicon na direita. O lateral cruzou na medida para Robinho completar de cabeça. Daí em diante, o time só não chegou a um placar mais dilatado porque abusou do preciosismo.
                                                         ###########
Eu sou você amanhã. E o Corinthians faz escola! A exemplo do ‘professor' Tite, Claudinei Oliveira também terminará o Brasileirão como interino no Peixe, nos jogos contra Fluminense, Furacão e Goiás. Ele já foi comunicado pela cartolagem que não continuará no cargo. Em 37 jogos até agora, acumulou 14 vitórias, 12 empates e 11 derrotas.
Negócio da China. O invejável currículo do argentino Clemente Rodriguez é uma das poderosas armas do soberano São Paulo para colocá-lo no mercado das chuteiras furadas. Desde que aterrissou no Morumbi como solução infalível para a lateral, ele disputou três jogos - perdeu dois e empatou um. Gosta de levar cartões e ganha apenas R$ 200 mil por mês. Uma mixaria para um jovem de 32 anos.
Sugismundo Freud. Só tem sucesso quem é lento na promessa e rápido no desempenho.
Muy amigo. Romarinho, o incrível 'matador' de apenas um gol no Brasileirão, deixou muitos companheiros numa tremenda saia justa. Ao se defender das críticas de que trocou as chuteiras pelas baladas, sempre muito bem regadas a tubaína batizada, o atacante correu para o abraço: na época em que o Corinthians era o rei da cocada, ganhando jogos e títulos, todo mundo saía. Não havia coroinha na parada.
Dona Fifi. Furacão 50,5% x 49,5% Flamengo: placar de possibilidades de título na Copa do Brasil, segundo a matemática do ‘Chance de Gol'.
PAC. O ‘Plano de Aceleração da Copa-14' informa ao nobre e sempre esfolado contribuinte: o governo reservou uma pensão para abrigar os policiais que cuidarão da segurança dos engomadinhos de colarinho branco durante o sorteio dos grupos do Mundial, em dezembro. Eles ficarão em um resort próximo à Costa do Sauípe, local da grande festa da mamãe Fifa. Mais precisamente no Grand Palladium Imbassaí. Só a hospedagem custará R$ 150 mil. A Copa é deles, a conta é nossa.
LeBron/Beckham S.A. A fera LeBron James, o rei da cesta, e o ex-jogador David Beckham, o imperador da publicidade, negociam uma sociedade para montar um time de futebol na Flórida. LeBron confirmou à ESPN que já rolaram os primeiros papos sobre o projeto. O time disputaria a MLS, principal liga dos EUA. Desde 2001 a região não tem um representante no campeonato. O astro do Miami é acionista do Liverpool. Beckham começou a sonhar com a formação de um time após pendurar as chuteiras. Preço da brincadeira: US$ 25 milhões.
Gilete press. De Mônica Bergamo, na 'Folha': "O prato em homenagem a Neymar no restaurante Paris 6 terá arroz, feijão, ovo frito, farofa de bacon e carne. Custará cerca de R$ 40. Cinco meses após a abertura da primeira unidade carioca, na Barra, Isaac Azar [empresário que trocou bitoca com o corintiano Emerson] já procura um ponto na zona sul para outra filial na cidade." Olha o PF aí, gente!
Tititi d'Aline. E os alemães, hein? Deram uma lição de soberba na preparação para o jogo contra a Inglaterra. Eles saíram do hotel e pegaram o mais velho metrô do planeta para treinar em Wembley. Os fãs aproveitaram para tirar fotos e pedir autógrafo. O caminho de volta também foi de metrô. No amistoso, encaçaparam os ingleses - 1 a 0, gol de Mertesacker.
Você sabia que... Robinho não marcava um gol pela amarelinha desbotada desde a derrota para a Alemanha, em agosto de 2012?
Bola de ouro. Cristiano Ronaldo. O gajo simplesmente destruiu a Suécia na repescagem da Copa. Quatro gols em 180 minutos, 66 em 55 jogos na temporada. Carimbou o passaporte para o terceiro Mundial. Um marrento amado pelos portugueses. Um cracaço. Até Ibrahimovic, astro sueco, aplaudiu a espetacular jornada de Cristiano Ronaldo.
Bola de latão. Inglaterra. Um final de ano glorioso: duas cacetadas numa semana em Wembley. Apanhou do Chile (2 a 0) e da Alemanha (1 a 0).
Bola de lixo. CBF. O Circo Brasileiro de Futebol segue empurrando com a barriga as reivindicações do Bom Senso, movimento dos jogadores para reformular a folhinha do esporte bretão. O prazo para uma nova rodada de negociações já terminou. Novo protesto vem aí.
Bola sete. "A equipe inglesa vai ficar em um hotel fedido, com vista para a maior favela do Brasil, e ainda por cima tem um esgoto a céu aberto passando em frente" (do jornal ‘Daily Mail', sobre o hotel Royal Tulip, em São Conrado, que deve abrigar a seleção - chororô da rainha?).
Dúvida pertinente. Quem pode roubar o trono de rei da bola de Cristiano Ronaldo na eleição da mamãe Fifa?

A vitória do dia não foi uma vitória. E nem valeu vaga na Copa



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Torcedores de Gibraltar fazem a festa durante a primeira partida da seleção do território
Torcedores de Gibraltar fazem a festa durante a primeira partida da seleção do território
Enquanto seleções maiores corriam para garantir as últimas vagas para a Copa do Mundo, uma nova história começava a ser escrita no estádio do Algarve, em Portugal. A seleção de Gibraltar, em sua primeira partida após a filiação à Uefa, conseguiu segurar um empate por 0 a 0 com a Eslováquia.
Formado quase inteiramente por atletas amadores, o time de Gibraltar lutou bravamente contra uma seleção que disputou a última Copa do Mundo. Um dos poucos jogadores com experiência profissional era o zagueiro Danny Higginbotham, de 34 anos, revelado pelo Manchester United e que hoje atua pelo Chester, da quinta divisão inglesa. A maioria atua por times locais.
O estádio em que a partida foi disputada comporta cerca de 30 mil pessoas, aproximadamente a população de Gibraltar, um território britânico localizado no sul da Espanha. A posse de Gibraltar ainda é discutida, o que causou oposição da Espanha à tentativa de filiação à Uefa. Não bastou para impedir a entidade de reconhecer o território como seu 54º membro, fazendo apenas a ressalva de que Gibraltar e Espanha não poderão se enfrentar em competições.
Gibraltar continuará jogando no Algarve nas eliminatórias da Euro 2016, já que o único estádio situado no território comporta apenas 2 mil torcedores e não atende aos padrões da Uefa para competições oficiais.
Cerca de 500 torcedores fizeram a viagem até Portugal, carregando bandeiras de Gibraltar - e algumas do Reino Unido. Higginbotham foi o destaque da partida, mas o capitão Roy Chipolina e o goleiro Jordan Perez também tiveram atuações de destaque.
No primeiro tempo, Daniel Duarte salvou uma bola em cima da linha. Gibraltar se defendeu com firmeza, raramente passando da linha de meio-campo, e manteve a postura ao longo da segunda parte. Em um dos poucos ataques, Al Greene teve a chance de marcar, mas desperdiçou. No final, a Eslováquia acertou uma bola no travessão.
Quando o árbitro encerrou a partida, os jogadores festejaram em campo com o técnico Allen Bula como se tivessem conquistado um título. Estrear com um empate superou as expectativas, já que muitos esperam que Gibraltar seja apenas mais um saco de pancada dos torneios da Uefa, como Andorra e San Marino.
Ainda vamos descobrir se será assim. Mas o empate que valeu como uma vitória será eternamente lembrado em Gibraltar como o ponto de partida de uma seleção que lutou por anos pelo simples direito de ser reconhecida.

Grécia segura Romênia e garante vaga para a Copa do Mundo

Veja os lances da partida
A Grécia garantiu uma das últimas vagas para a Copa do Mundo no Brasil, na tarde desta terça-feira. Com a vantagem do placar de 3 a 1 no jogo em casa, a seleção grega não teve dificuldades para enfrentar a Romênia na Arena Nacional, em Bucareste. Com um empate em 1 a 1, a equipe comandada pelo português Fernando Santos carimbou sua quarta participação seguida em competições internacionais importantes no futebol.
As últimas vagas restantes para europeus estão sendo definidas em jogos desta tarde, nos confrontos entre França x Ucrânia e Suécia e Portugal. Croácia também estará no Brasil em 2014. Com isso, fica faltando apenas a confirmação de México e Uruguai, que golearam seus adversários nas partidas de ida e fazem a volta nesta quarta-feira.
O jogo
A Grécia entrou em campo nesta terça-feira com vantagem de poder perder por até um gol de diferença, por causa do resultado conquistado na semana passada. A Romênia, no entanto, ofereceu pouco perigo para a seleção de Mitroglou, que marcou logo aos 22 minutos do primeiro tempo e deixou a vaga para o Mundial ainda mais perto. O atacante recebeu belo passe, invadiu a área e tocou na saída do goleiro Tatarusanu para balançar as redes.
Na segunda etapa, os gregos deram um susto nos seus torcedores. Aos 9 minutos, Maxim recebeu um passe na área, Torosidis tentou afastar, mas desviou contra a própria meta, marcando contra. O que poderia ser a reação da Romênia, no entanto, não aconteceu. Com o empate, e com folga, a seleção grega carimbou sua passagem para o Brasil.
Em boa fase, o artilheiro do Olympiakos, Mitroglou, que já tinha feitos dois contra os romenos no duelo de ida, chegou a marca de 23 gols nas últimas 21 partidas.
Apesar das estatísticas, que apontavam que dos 32 jogos disputados até hoje, o país do leste europeu havia conquistado 17 vitórias, contra oito dos helênicos, a equipe conseguiu segurar o empate e conquistar a vaga na repescagem. 

Algumas afirmações e perguntas sobre a Seleção Brasileira

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Robinho lamenta oportunidade desperdiçada no jogo contra o Chile
Ele está de volta?
- O Brasil teve um jogo duro contra o Chile e venceu. Mostrou variação tática, saindo do 4-2-3-1 e indo para o 4-3-3 durante a partida, algo que Felipão já vinha fazendo. Começou bem demais, marcando pressão e criando seu gol a partir daí. Além disso, abusou da velocidade dos seus homens de ataque;

- Teve pela frente uma seleção muito bem treinada por Jorge Sampaoli, que também mudou o time taticamente durante o jogo. Chile que teve mais posse de bola (57,8%), mas não conseguiu fazer Júlio César trabalhar. Foram quatro finalizações chilenas na partida apenas, sendo uma certa, contra 17 do Brasil (oito certas);

- Sobre Júlio César: acho que David Luiz encobriu o goleiro brasileiro na hora da finalização de Vargas, mas o quanto a falta de ritmo de jogo o atrapalhou? O chute foi bem colocado, mas não foi forte, e Júlio ficou completamente parado. Preocupa a situação do arqueiro reserva do reserva do Queens Park Rangers. Precisa sair do clube e jogar regularmente no primeiro semestre de 2014;

- Hulk, cada vez mais, mostra que merece um lugar na Seleção Brasileira. Apesar de ainda ser muito criticado por tanta gente... Hulk tem, tranquilamente, o chute mais forte do futebol brasileiro;

- Teoricamente, graças às duas últimas atuações de cada, Willian e Robinho disputam um lugar entre os 23 convocados, imaginando que Fred e Jô estão "garantidos". Os dois foram muito bem, principalmente o jogador do Milan. Mostrou disposição, ajudou tecnicamente e taticamente, marcou um gol de cabeça e quase marcou um golaço nos minutos finais. Willian ou Robinho? Ou os dois? Ou nenhum? Lucas ainda tem chance?

- A cada dia Neymar se torna um jogador melhor. Chama a responsabilidade, dá dribles desconcertantes e joga com a cabeça erguida. Contra o Chile conseguiu jogar, também, porque diferentemente dos hondurenhos os chilenos se preocuparam mais em jogar futebol ao invés de caçar um ou outro adversário. Só que a vida em uma Copa do Mundo não é feita apenas de flores...

- Detalhe tático: no 4-2-3-1, sem a bola, o Brasil permite que Neymar se posicione como um segundo atacante, com menos responsabilidade de marcar, o que aumenta a pressão tática sobre Hulk;

- O Brasil venceu 12 dos últimos 13 jogos. Está em constante evolução tática e a cada jogo melhora o entrosamento, dentro e fora de campo, entre seus jogadores. É um Brasil que deve chegar em 2014 como principal favorito ao título do Mundial.

Croácia espanta zebra Islândia e retorna à Copa do Mundo

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Mandzukic fez gol, foi expulso e protagonizou a classificação croata
Mandzukic fez gol, foi expulso e protagonizou a classificação croata
A Croácia é o 28º país garantido na Copa do Mundo de 2014. Na noite desta terça-feira, a equipe espantou a zebra Islândia e garantiu o retorno ao principal torneio de seleções do planeta após a ausência na África do Sul, em 2010. Contando com o apoio do torcedor no Estádio Maksimir, em Zagreb, a seleção da famosa camiseta quadriculada derrotou os islandeses por 2 a 0 e assegurou passagem ao Brasil.
Depois de empatar sem gols na partida de ida, disputada na última sexta-feira, a Croácia se impôs dentro de casa e superou o fato de atuar mais de um tempo com um jogador a menos - a estrela Mario Mandzukic, do Bayern de Munique, acabou expulso aos 38min de jogo. Os gols do próprio Manduzkic e do veterano Dario Srna, do Shakhtar Donetsk, garantiram um lugar na Copa.
Uma das mais talentosas ex-repúblicas iugoslavas, a Croácia participará pela quarta vez de uma Copa do Mundo. Na primeira chance, em 1998, o país se tornou a sensação do mundial e caiu apenas na semifinal para a anfitriã França, que se tornaria campeã mundial naquele ano.
Já em 2002, no Japão e na Coreia do Sul, e no ano de 2006, na Alemanha, o país caiu ainda na primeira fase - em solo alemão, estreou com derrota por 1 a 0 para o Brasil na fase de grupos.
O jogo
Acostumada a jogos de tamanha responsabilidade, a seleção croata, assim como no jogo fora de casa, controlou a Islândia desde os primeiros minutos. A equipe dos balcãs se posicionou no campo adversário, adiantou a marcação e conseguiu abrir o placar com menos de meia-hora de partida. Aos 28min, o centroavante Mario Mandzukic, do Bayern de Munique, aproveitou cruzamento de Ivan Rakitic e teve o trabalho de apenas completar para as redes.
O gol do atacante do atual campeão europeu bastava para tornar Mandzukic uma figura histórica no futebol do país. Entretanto, em um período de apenas 11 minutos, a euforia do camisa 17 se tornou angústia. O centroavante cometeu falta dura na lateral, e o árbitro holandês Bjorn Kuipers aplicou o cartão vermelho imediatamente. Tensão nas arquibancadas do Estádio Maksimir para a segunda etapa.
A vantagem numérica dos islandeses, entretanto, alterou pouco o panorama da partida na etapa complementar. Mesmo com 10 homens, a Croácia seguiu dominando a partida e praticamente carimbou a vaga ao Mundial. O jovem Mateo Kovacic, da Internazionale, recebeu pela esquerda, driblou três jogadores e apenas rolou para Dario Srna. O experiente ala completou a linda jogada com uma firme finalização.
Uma situação já complicada se tornou desesperadora para os islandeses. Com um atleta a mais em campo desde a parte final do primeiro tempo, o time visitante, enfim, se lançou o ataque nos minutos finais. A pressão, entretanto, acabou minada pelo sistema defensivo croata, que segurou a vantagem e carimbou novamente o passaporte do país do Leste Europeu para mais uma Copa.

Com ajuda de estádio místico, Argélia elimina seleção de pior IDH da história e se garante na Copa

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Torcedores da Arg´leia fazem graça para a câmera durante jogo
Argélia sofreu, mas bateu Burkina Faso com um gol chorado e se garantiu na Copa do Mundo pela 2ª vez consecutiva
Não foi fácil, mas a Argélia estará pela segunda vez consecutiva em uma Copa do Mundo. A seleção argelina recebeu Burkina Faso nesta terça-feira em um clima de tensão, mas conseguiu reverter a desvantagem que trazia do jogo de ida, venceu por 1 a 0 e carimbou o passaporte para estar no Brasil em 2014. O gol salvador foi marcado por Madjid Bougherra, logo aos 9 minutos do segundo tempo.

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A partida acabou marcada pela tensão pré-jogo. A Argélia não escondeu a irritação pela arbitragem no jogo de ida, vencido por 3 a 2 por Burkina Faso com um pênalti mal marcado já no fim do jogo. Os burquinenses até cogitaram não levar torcedores para Blida, cidade que recebeu o duelo. No fim, cerca de 50 pessoas receberam ingressos da federação.
Dentro de campo, o jogo não primou muito pela parte técnica. Até o gol saiu em um lance bastante estranho. Após cobrança de falta dentro da área, a bola sobrou para Bougherra, que tentou chutar, mas foi abafado pelo goleiro. A bola ia rolando para dentro do gol até que o zagueiro Bakari Kone tentou dar um chutão, mas acertou a testa de Bougherra, e a bola acabou entrando.
Nada mal para um estádio que é considerado místico para a Argélia. O jogo de hoje foi o 20º da seleção argelina no Mustapha Tchaker desde 2009. E, pela 20ª vez, a equipe sai de campo sem ser derrotada.
Classificada, a Argélia disputará a Copa do Mundo pela quarta vez. Nas três anteriores (1982, 1986 e 2010), foi eliminada ainda na fase de grupos. Já Burkina Faso perde a chance de disputar o Mundial pela primeira vez. O país tem o quinto pior IDH do mundo, com 0.343 nos índices da ONU à frente apenas de Níger, República Democrática do Congo, Moçambique e Chade. Assim, o pior IDH da história de uma Copa segue sendo o de Camarões, em 1982: 0.373.

Gana perde do Egito no Cairo, mas aproveita vantagem do jogo de ida e se classifica à Copa

Veja os melhores momentos da partida
Gana é a vigésima quinta seleção classificada à Copa do Mundo-2014. Após golear o Egito por 6 a 1 no jogo de ida da terceira e última fase das Eliminatórias Africanas, o time de Michael Essien e cia. foi derrotado por 2 a 1 nesta terça-feira, no Cairo, mas obteve a classificação com um placar agregado de 7 a 3. Zaki, aos 25 minutos de jogo, e Gedo, já aos 38 da etapa final, colocaram os donos da casa em vantagem, e Kevin-Prince Boateng diminuiu na marca de 44.
O resultado representou a eliminação da melhor seleção da fase anterior das Eliminatórias da CAF, com seis vitórias em seis partidas no grupo G. Gana, por sua vez, tivera cinco vitórias e uma derrota na chave D. Será a terceira participação dos "Estrelas Negas" na histórias das Copas do Mundo, após eliminações nas oitavas de final das edições de 2006 e 2010. O Egito, por sua vez, participou em 1934 e 1990, mas não vem conseguindo se classificar nos últimos anos a despeito de ótimos desempenhos na Copa Africana de Nações.
Em Egito x Gana, jogadores tiveram que aguentar laser verde no rosto e até sinalizador em campo
Nigéria, Costa do Marfim e Camarões são as demais seleções africanas com passaporte carimbado para vir ao Brasil em 2014. A última vaga será do continente será definida entre Argélia e Burkina Faso, que se enfrentam ainda nesta terça, na cidade de Blida. Tendo vencido o jogo de ida em casa (3 a 2), Burkina Faso precisa de um empate para avançar. Para a Argélia, basta vencer pelo placar mínimo, contanto que sofra menos de dois gols. Um novo 3 a 2 leva a decisão para a prorrogação, e vitórias argelinas por 4 a 3, 5 a 4 e assim por diante classificam Burkina Faso.
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Gana x Egito
Gana é a vigésima quinta seleção classificada à Copa do Mundo-2014

Com gol de Mertersacker, Alemanha vence, e Inglaterra perde a segunda seguida em Wembley

Veja os lances da partida
No início da noite desta terça-feira, Inglaterra e Alemanha se enfrentaram no estádio Wembley, em Londres. E, em uma partida com poucas emoções, os alemães, de uniforme verde, derrotaram os ingleses por 1 a 0. O único gol do jogo foi marcado pelo zagueiro Mertersacker.

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Esta é a segunda derrota consecutiva da Inglaterra e, de novo, em Wembley. Na última sexta-feira, os comandados do técnico Roy Hodgson foram superados pelo Chile, por 2 a 0.
Já Alemanha contabiliza sete triunfos de invencibilidade, com cinco vitórias e dois empates, sendo um deles, contra a Itália, na semana passada. A equipe tricampeã mundial não sofre uma derrota desde o dia 2 de junho. Na ocasião, os comandados do técnico Joachim Low perderam para os Estados Unidos, por 4 a 2.

Além disso, a Alemanha fez campanha impecável nas Eliminatórias Europeias para a Copa de 2014. Os alemães encerram na liderança do Grupo C, com 10 triunfos, um empate e nenhum resultado negativo.

Os ingleses também tiveram bom desempenho nas Eliminatórias. O English Team classificou como primeiro do Grupo H, com 22 pontos, seis vitórias e quatro empates.

O primeiro tempo começou com as duas seleções pouco inspiradas, e quase nenhuma oportunidade de gol. A Inglaterra tinha a posse de bola e controlava a partida. Os ingleses chegaram a ter 60% do total da posse, mas esbarraram bom sistema defensivo alemão.
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Gotze disputa com Walker durante amistoso entre Inglaterra e Alemanha
Gotze (esq) disputa bola com Walker em amistoso
Com dificuldades para superar a marcação adversária, a Inglaterra tentou jogadas de bolas aéreas, com cruzamentos de Steven Gerrard. Aos 20, Rooney desviou de cabeça, mas a bola foi por cima do gol de Weidenfeller.

A partir da metade da etapa inicial, a Alemanha resolveu sair do campo defensivo, melhorou na partida e impôs sua superioridade técnica. Aos 38, os visitantes quase abriram o placar. O zagueiro Mertesacker cabeceou e Hart fez grande defesa, espalmando para a linha de fundo.

O gol dos alemães saíram no minuto seguinte. Em mais uma bola alçada na área por Kross, Mertersacker, de novo, subiu mais alto que o defensor adversário e cabeceou, sem chances para o goleiro inglês.

A Inglaterra respondeu aos 43 e quase empatou. Gerrard arriscou de longe, a bola tirou tinta da trave do gol defendido por Weidenfeller.

O confronto reiniciou mais equilibrado. As duas equipes criaram boas oportunidades logo no início da etapa complementar. Aos quatro, Kruse recebeu sozinho dentro da área e chutou, para ótima defesa de Hart.

O English Team quase empatou aos 12 minutos. Townsend arriscou de longe, a bola tocou na trave do arqueiro alemão, e saiu para a linha de fundo.

O jogo ficou mais movimentado e bastante disputado. Contudo, a Alemanha levava mais perigo. Aos 20, Mario Gotze finalizou cruzado, mas Hart fez defesa segura. Três minutos depois, Sam recebeu na entrada da área e chutou forte, mas a bola saiu por cima do gol inglês.

O confronto perdeu a intensidade. A Alemanha valorizava a posse, trocando passes na intermediária. A Inglaterra, com as bolas nos pés, se mandava no ataque, mas não conseguia levar perigo. As únicas chances surgiam em escanteios.

Com herói improvável, França se salva contra a Ucrânia e vai à Copa do Mundo

Sakho e Benzema foram os nomes da França na vitória contra a Ucrânia; assista aos gols!
Uma noite heroica em Paris. Empurrado por uma inflamada torcida, a França sofreu bastante, mas conseguiu transformar toda a apreensão em comemoração. Os franceses fizeram o que precisavam, bateram a Ucrânia por 3 a 0 e estão mais uma vez na Copa do Mundo.
A França era a grande favorita para o duelo, mas acabou ficando em apuros depois de perder a partida de ida por 2 a 0 na Ucrânia, na última sexta-feira. Até por isso, os minutos finais da partida foram de bastante emoção. Os ucranianos tentaram como puderam, mas não conseguiram fura o bloqueio azul para fazer o gol que seria o salvador.
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Sakho marcou um gol e participou do último na vitória francesa
Sakho marcou um gol e participou do último na vitória 
Em uma seleção que pode ter Ribéry como o melhor jogador do mundo, o herói foi mais que improvável. Reserva da equipe, Sakho ganhou a vaga na equipe por conta da expulsão de Koscielny no jogo de ida e brilhou como nunca. O zagueiro do Liverpool marcou o primeiro gol do triunfo e ainda foi peça fundamental no que acabou sendo o gol decisivo, marcado contra pelo ucraniano Husyev. Benzema foi o outro que foi às redes nesta terça-feira.
O jogo francês acabou mais uma vez marcado um pouco pelas polêmicas de arbitragem. Mas desta vez com erros para os dois lados. Sakho abriu o placar logo aos 22 minutos do primeiro tempo, aproveitando rebote do goleiro Pyatov, que havia feito uma ótima defesa em chute à queima roupa de Benzema. Logo em seguida, porém, o juiz começou a se complicar.
Aos 30 minutos, o erro foi contra a seleção francesa. Ribery fez um ótimo passe dentro da área e achou Benzema. Com calma, o atacante do Real Madrid tirou do goleiro e mandou a bola para as redes, mas a jogada foi anulado por conta de um impedimento mal marcado.
A França, porém, acabou compensada em seguida. Após confusão dentro da área, a bola de novo sobrou nos pés de Benzema. Ele estava em posição de impedimento, mas o lance não foi anulado pela arbitragem. Melhor para o atacante, que mais uma vez empurrou a bola para as redes.
A Ucrânia quase conseguiu diminuir a desvantagem no último lance, mas Debuchy salvou em cima da linha, e o jogo acabou mudando de cara logo no início da etapa final. Aos 2 minutos, Khacheridi fez falta em Ribéry, tomou o segundo amarelo e acabou expulso.
Com um a mais, os franceses foram para a pressão completa. Depois de muito tentar, o gol finalmente saiu aos 27 minutos. Ribery chutou cruzado, e a bola ia sobrando limpa para Sakho apenas empurrar para as redes. No desespero para evitar o lance, Husyev tentou o desvio, mas acabou marcando contra. Festa em Paris, que durou até o apito final com os jogadores apenas segurando a vantagem em campo.

A classificação francesa deixa a Copa do Mundo de 2014 muito perto de ter todos os campeões mundiais classificados. O último a jogar pela vaga é o Uruguai, que já abriu uma vantagem enorme ao vencer fora de casa a Jordânia por 5 a 0 no jogo de ida.
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Jogadores da França comemoram o terceiro gol contra a Ucrânia
Jogadores da França comemoram o terceiro gol contra a Ucrânia