Reuters
Gol de Robben serviu para sacramentar de vez a festa do Bayern contra o Barcelona
Gol de Robben serviu para sacramentar de vez a festa do Bayern.
Diante de um Barcelona sem Messi e mentalmente entregue, o Bayern de Munique cumpriu o "protocolo" no Camp Nou. Inclusive deu-se ao luxo de poupar Dante, gripado e pendurado.

Mas não deixou de ser intenso, organizado e vistoso. Sem a bola, Robben e Ribéry repetiram a disciplina impressionante voltando com os laterais Daniel Alves e Adriano e formando uma sólida linha de quatro com Martínez e Schweinsteiger à frente da defesa.

Com Song, substituto do lesionado Busquets, mais preso e próximo a Bartra e Piqué, Muller pôde se transformar em um atacante se juntando a Mandzukic. Nas ações ofensivas e também na pressão no campo rival desde o início do jogo. Em alguns momentos, oito bávaros avançavam para tentar desarmar o mais próximo possível da meta do oponente.

O golaço de Robben em sua jogada característica cortando para dentro e finalizando foi apenas a confirmação do que se lia no jogo. Vilanova trocou Xavi e Iniesta por Sánchez e Thiago Alcântara. Sem seus três principais craques e motivação para uma mínima reação, o Barcelona se mostrou uma equipe abaixo do comum.

O gol contra de Piqué e mais um na jogada aérea de Muller em ações bem trabalhadas pela esquerda ratificaram a enorme superioridade do Bayern. Sem precisar da vitória também na posse de bola. Terminou com 42%, mas colocou o outrora melhor time do mundo na roda com autoridade.

Olho Tático
Com Robben e Ribéry voltando com Adriano e Daniel Alves, o Bayern de Munique encaixotou um Barcelona fragilizado sem Messi.
Com Robben e Ribéry voltando com Adriano e Daniel Alves, o Bayern de Munique encaixotou um Barcelona fragilizado sem Messi.

O triunfo agregado de 7 a 0 é fantástico e histórico. Mas junto aos reveses nas decisões continentais de 2010 e da última temporada para Internazionale e Chelsea criam a obrigação de título para este fantástico Bayern de Heynckes.

A campanha é credencial inegável. Nove vitórias, um empate, duas derrotas. 29 gols a favor (melhor ataque), dez sofridos – um a menos que o Dortmund. Nos duelos mais parelhos, em tese, contra Juventus e Barcelona, nada menos que onze gols marcados e nenhum sofrido.

A pressão para consagrar a temporada perfeita, porém, deve ser bem administrada. Se virar obsessão, pode se tornar obstáculo maior que o Borussia na inédita final alemã em Wembley.

[ATENÇÃO! Problema de inserir comentários resolvido. O blog volta a responder os questionamentos dos leitores. Participe!]