Paulo Autuori chegou ao São Paulo na quinta-feira, dia 11 de julho, estreou no domingo dia 14 com derrota para o Vitória e colecionou mais dois resultados negativos, contra Corinthians e Cruzeiro. Desde a passagem de Osvaldo Brandão pelo Morumbi, em 1964, três derrotas nos três primeiros jogos não faziam parte do cardápio de um treinador são-paulino.
Naquele ano, Brandão estreou perdendo da Portuguesa por 3 x 1 e continuou com derrotas para o Botafogo e o Bangu, ambas por 2 x 0. A direção são-paulina mudou o comando antes do quarto jogo.
As três derrotas nas três primeiras partidas representam apenas mais uma das sequências de números inéditos na história. Cinco derrotas seguidas no Morumbi -- é a primeira vez. Sete derrotas consecutivas em qualquer palco -- nunca antes havia acontecido. Dez partidas sem vencer -- a última série assim foi em 1986.
As estatísticas e curiosidades são como a febre alta. Acusam a doença que está dentro do organismo. É provável que a sequência de decisões equivocadas, os sete treinadores em quatro anos, com perfis diferentes, o fracasso em fazer o CT da base, em Cotia, rechear o elenco em mais de 80%, tudo isso causou desgaste.
É provável que falte alguém mais para dar apoio a Paulo Autuori na administração das pessoas que habitam o vestiário. Que ajude a fazer com que todos andem na mesma direção, a do sucesso. Foi assim entre 2005 e 2008, no fim da gestão Marcelo Portugal Gouvêa e no primeiro mandato de Juvenal Juvêncio. Precisa voltar a ser, antes que o barco que navega em direção ao fracasso ganhe velocidade incontrolável.