segunda-feira, 9 de abril de 2012

Argentino - Clausura

19h10 Racing Club 1x1 San Lorenzo

Português

16h15 Sporting 1x0 Benfica

Espanhol

16h00 Málaga 3x0 Racing Santander

Cearense

16h00 Tiradentes-CE 3x2 Crateús

Inglês


11h00 Everton 4x0 Sunderland
11h00 Newcastle United 2x0 Bolton
11h00 Tottenham 1x2 Norwich
13h30 Aston Villa 1x1 Stoke City
16h00 Fulham 1x1 Chelsea

Diretoria do Flamengo já admite saída de Ronaldinho e conta com Juan para confortar torcida

Nos bastidores, dirigentes do Flamengo já falam com naturalidade sobre a possível saída de Ronaldinho Gaúcho. Na opinião de cartolas do clube, é melhor o atacante deixar a Gávea do que continuar apresentando o rendimento atual.
Conforme revelou o UOL Esporte, Ronaldinho já manisfestou internamente interesse em rescindir seu contrato, após os recentes atos hostis da torcida. A ideia do clube, porém, é conseguir lucrar com uma eventual negociação para o exterior.
O impacto negativo do fracasso da passagem do R10 pela Gávea seria reduzido com o retorno de Juan ao clube. Em conversas informais, dirigentes rubro-negros afirmam ter certeza de que o jogador da Roma irá voltar ao Fla. E que sua contratação faria a torcida esquecer a decepção com Ronaldinho.

Meninos do Brasil

O diretor de seleções da CBF, Andrés Sanches, é taxativo, quando questionado sobre a pressão que ele mesmo parece exercer sobre Mano Menezes: "Se o Mano sair, eu saio junto!"

Ao mesmo tempo em que questiona os resultados obtidos pela seleção, Andrés garante que trabalha como muro de proteção. "É claro que eu o estou protegendo, só não vê quem não quer."
O ponto positivo de ter um diretor de seleções é esse. A cada declaração, fala-se mais de Andrés Sanchez do que do técnico e de seus resultados.
O ponto negativo é que Andrés está bem no meio do fogo da política, depois da renúncia de Ricardo Teixeira. Até prova em contrário, Marin, Marco Polo Del Nero e Andrés Sanchez respeitarão um o espaço do outro até o início do processo eleitoral, perto da Copa do Mundo.
Como aqui já se escreveu, se Marin mexer com Andrés, este agita os clubes para criar a liga. E se Andrés tentar criar a liga agora, Marin interfere no departamento de seleções.
Há quem pense que a situação pode ficar mais quente antes. Que alguém poderá pegar em armas antes do processo eleitoral. É por isso que, a cada dia, aparecem mais boatos sobre quem seriam os favoritos de Marco Polo e José Maria Marin para o cargo de técnico da seleção, em caso de troca: Muricy ou Felipão?
Calma!
A seleção já tem problemas demais, a dois anos da Copa, para se mexer em mais um vespeiro, para discutir quando e quem substituirá Mano Menezes.
A seleção tem outro problema-extra nos últimos meses, a dificuldade de se fazer um diagnóstico preciso da crise do futebol brasileiro. Depois do Barcelona 4 x 0 Santos, então, tudo ficou meio misturado. A qualidade dos clubes, a renovação de jogadores, a seleção que perdeu a Copa América... Onde está nosso drama?
Há um problema fundamental e inevitável, poucas vezes diagnosticado: o excesso de juventude. Neymar, Ganso, Lucas e Leandro Damião são a solução e, ao mesmo tempo, o dilema. Nunca houve um ataque tão jovem. Nunca na história da seleção tantos garotos tiveram tanta importância, nem em tão larga escala como hoje. O confuso diagnóstico de muita gente é que falta talento ao Brasil de hoje. Não é verdade. Falta maturidade.
Também não é verdade que o Brasil tenha perdido seu estilo. O que falta mesmo à seleção é seguir o histórico conselho de Nelson Rodrigues: "Envelheçam!"
Mas daqui até a Copa há apenas dois anos e uma Olimpíada no meio. Ela pode ser decisiva.
Se Neymar, Ganso e Damião conquistarem o ouro, ou fizerem campanha irrepreensível - chegar à final e ficar com a prata em jogo sem reparos - Mano vai até a Copa e muita gente verá nos garotos jogadores maduros, prontos para ficarem com o caneco. Seremos os melhores do mundo de novo, mesmo sem sermos. Caso contrário, estará montado o cenário para Marin e Marco Polo agirem. Troca de técnico, de diretor, de tudo!
A política anda perigosamente perto da seleção. As análises precipitadas só reforçam isso.
Parreira disse que não há outra hipótese, a não ser o Brasil ganhar o Mundial de 2014. Se a política ficar ainda mais próxima, não há hipótese de vencer. A não ser que Deus seja mesmo brasileiro.

Palmeiras parece o “Sandoval Quaresma

Em fim de Semana Santa, o Palmeiras me fez lembrar de Sandoval Quaresma, personagem da Escolinha do Professor Raimundo interpretado por Brandão Filho. Lembra dele? Era um que respondia perfeitamente às perguntas mais difíceis. “Opa! Tá na ponta da língua.” Na hora de tirar o 10, ele embaralhava tudo, se enroscava e só saía bobagem. “Estava indo tão bem”, lamentava…
Pois com o Palestra acontece algo semelhante. Até duas semanas atrás, mantinha invencibilidade invejável, estava na liderança do Paulista e parecia um time muito mais sólido e sem os traumas do ano passado. Até que sofreu a primeira derrota –2 a1, de virada, para o Corinthians. Daí em diante, acumulou outras duas,1 a0 para o Mirassol e3 a1 para o Guarani, na tarde deste domingo, em Campinas.
A turma de Felipão mostrou falhas que atrapalharam a vida em 2011, sobretudo em bolas aéreas. Os adversários descobriram, de novo, que basta lançar bolas na área palmeirense que sai coisa bem. E saiu, para o Guarani: os três gols tiveram como origem, meio ou fim esse tipo de jogada. E com Deola ainda boas defesas.
O Palmeiras teve, de quebra, o azar de perder Wesley logo no começo (lesão no joelho). E, justiça lhe seja feita, também criou jogadas de gol – e Juliano, do Guarani, foi muito bem em vários lances. Mas, por ironia, o gol palestrino  (Barcos) saiu de pênalti mandrake marcado pelo árbitro numa boa encenação de Daniel Carvalho.
Com o resultado, o Palmeiras caiu para quinto lugar e, por enquanto, tem o próprio Guarani como adversário na fase de mata-mata. Ok que não é um drama, conforme diz Felipão. Mas esses tropeços na reta final da etapa de classificação incomodam, tiram do time a vantagem de jogar em casa e recolocam a maldita pulga atrás da orelha do torcedor.
É a síndrome de Sandoval Quaresma… Estava indo tão bem…

RJ foi experiente na Superliga feminina. Na masculina, só deu Lorena


Será que os cariocas vão conseguir parar Lorena no terceiro e decisivo jogo da semifinal?
Será que os cariocas vão conseguir parar Lorena no terceiro e decisivo jogo da semifinal?
Crédito da imagem: CBV

A balança do confronto entre Rio de Janeiro e Vôlei Futuro na semifinal da superliga masculina pendeu para os paulistas dessa vez. Muito em função das belas atuações de Lorena e Ricardinho. Quem conhece Lorena sabe que quando é desafiado vira o que virou nesse domingo.
Tornou-se tão endiabrado que quase ninguém conseguiu segurá-lo no bloqueio, especialmente depois da discussão com Théo. E a tônica desse confronto é essa: os cariocas têm que arrumar um jeito de parar Lorena no ataque. Agora, a situação se inverte porque o Vôlei Futuro vai decidir a vaga na final diante da sua torcida.
Mas para vencer sabe que precisa minimizar os erros. A entrada de Bob no lugar do Dentinho deu, não só um novo ânimo para os paulistas, mas uma nova opção de jogo à favor dos visitantes no terceiro confronto. E Ricardinho soube utilizar bem suas armas no ataque e “colocou” Lorena no jogo na hora certa.
Do lado carioca, o central Lucão foi o melhor. Os ponteiros ficaram devendo, principalmente quando Dante cansou e Lipe teve queda no rendimento da recepção. A vantagem agora é paulista, mas a série está aberta e os cariocas podem surpreender.
Na outra semi, o Cruzeiro mostrou sua força diante do Minas. O Cruzeiro tem um ataque forte com Wallace e isso fez a diferença. Já o Minas chegou numa honrosa semifinal, já que pesou a falta de experiência de alguns dos seus jogadores em partidas decisivas.
Na superliga feminina, Osasco e Rio de Janeiro na decisão pela oitava vez consecutiva. Está ficando chato. Tudo porque faltou ao Vôlei Futuro mais pegada no terceiro jogo da semi.
Não dá para querer um resultado melhor com um time que apenas Fernanda Garay funcionou mais ou menos. Diferente do Rio que teve seus méritos para chegar em mais uma final. Se recuperou psicologicamente da derrota no segundo jogo e se impôs no terceiro.

VÍDEO: Futebol, sensacional até sem gols. Qual seu 0 a 0 inesquecível?

O futebol é um esporte diferente, o melhor de todos. Uma das razões é a valorização do ponto, do gol. Não é fácil marcar, não é simples colocar a bola entre as traves num campo que pode ter entre até 10 mil metros quadrados. Daí o valor que tem o gol, por isso ele provoca comemorações de jogadores e torcedores muito maiores do que em outras modalidades onde a pontuação é mais alta, frequente e... banal.

Real Madrid e Valencia fizeram neste domingo um desses 0 a 0 sensacionais. Muitas chances para ambas as equipes, bolas nas traves e emoção até o fim. No caso específico, o cotejo empolgou mais uma torcida envolvida na disputa do título espanhol, a do Barcelona, que curtiu o resultado e ficaria ainda mais feliz se os merengues fossem derrotados. A disputa pelo titulo está muito mais aberta depois dessa ótima peleja.

Um jogão, mesmo sem gol, que não é apenas um detalhe, como já foi dito um dia. Mas mesmo sem ele, o futebol pode ser sensacional. Se você ainda duvida, veja o vídeo abaixo com os melhores momentos de Real Madrid x Valencia e diga qual o seu 0 a 0 inesquecível.


Clique no player e veja os melhores momentos do jogão de domingo

Crônica de um 0 a 0 eletrizante

O Real Madrid x Valencia deste domingo poderá ser citado como exemplo de que um jogo de futebol não depende de muitos gols para ser emocionante. O duelo do Santiago Bernabéu, pela tensão que carregava dos dois lados, foi um dos melhores momentos da temporada que se aproxima do final.

O elenco de José Mourinho tinha a oportunidade de entrar para a história do clube como o primeiro a marcar pelo menos um gol em 42 partidas oficiais consecutivas. Então, como se fosse uma maldição, ficou outra vez nos 41. Como já havia acontecido entre 1951 e 1952 e entre 1988 e 1989 - este último com um time inesquecível que alcançaria o pentacampeonato espanhol em 1990.

Antes do Valencia, 15 times haviam visitado o Bernabéu na liga. Só dois haviam conseguido tirar pontos: o Barcelona, que venceu, e o Málaga, que empatou. Onze deles levaram pelo menos quatro gols.

O Valencia, por sua vez, tinha somado apenas um ponto nas últimas três rodadas, jogando fora a boa vantagem que havia construído na terceira colocação. No empate por 1 a 1 com o Levante, uma semana atrás, os torcedores protestaram contra o técnico Unai Emery. A goleada sobre o AZ, pela Liga Europa, devolveu um pouco da confiança.

Mourinho escalou o ataque dos 101 gols na temporada - Cristiano Ronaldo (49), Benzema (28) e Higuaín (24) - e se deparou com um Valencia que, no papel, parecia ultradefensivo. Jonas foi sacrificado para a escalação de mais um meio-campista, Tino Costa, enquanto Soldado, com problemas físicos, começou no banco. Na lateral-direita foi escalado o zagueiro Ricardo Costa.

Tinha tudo para se desenhar como um duelo de ataque contra defesa, daqueles em que a resistência do visitante acaba caindo diante da pressão. Havia sido assim em outubro, quando o Betis conseguiu levar o 0 a 0 até o intervalo, mas acabou caindo por 4 a 1.

Desta vez, no entanto, foi diferente. O Valencia não apenas se defendeu com competência, como foi constantemente perigoso nos contragolpes. A bola na trave de Cristiano Ronaldo foi respondida por uma de Ricardo Costa, em uma cabeçada que pegou toda a defesa batida, pedindo um impedimento que não existia.

No intervalo, Mourinho colocou Di María no lugar de Higuaín, sabendo que a velocidade do ex-benfiquista seria importante. Di María entrou bem, mas o segundo tempo se transformou em um recital do goleiro Guaita, que fez pelo menos três defesas brilhantes para mostrar como o Valencia está bem servido de goleiros. Emery se dá ao luxo de promover um revezamento, com Guaita jogando no campeonato e Diego Alves nas copas.

O Valencia também teve suas chances de arrancar a vitória. O travessão impediu o gol de Tino Costa, e Casillas impediu que o bom lateral Jordi Alba marcasse.

Foi um empate sem gols, mas as emoções sobraram em um jogo que não baixou de intensidade ao longo dos 90 minutos. Bom não apenas para o torcedor neutro, mas também para o do Barcelona, que viu sua desvantagem cair para 4 pontos, depois de chegar a ser de dez.

Restando sete rodadas, incluindo um confronto direto muito aguardado no Camp Nou dentro de duas semanas, a liga está muito aberta, e o lado psicológico terá muita influência no que vem pela frente. Na disputa por título, por Champions, por Europa League e por permanência na primeira divisão.

Sobre a Liga que ressuscita, o Foo Fighters e eventos em São Paulo

Bola e música. Além de dar nome ao programa do amigo Rodrigo Rodrigues, as duas coisas estão muito presentes na minha vida. Mais a bola do que a música. Mas essa balança foi se equilibrando ao longo dos anos e hoje não saberia dizer se prefiro um bom jogo ou um bom show.

Uma diferença fundamental é que futebol tem toda semana, quase todo dia. E eu gosto de ver jogos daqui, da Inglaterra, Espanha, onde for. O jogo me encanta. Com música, é diferente. Por mais que haja um pequeno número de gêneros que eu abomine, são poucas as bandas que me fazem gastar dinheiro e tempo para ir a um show, baixar um CD completo, decorar as letras.

Nesse fim de semana, a música falou muito mais alto do que o futebol para mim.

Antes, a bola. Não vi o jogo do Barcelona, vi o empate do Real Madrid. Não vou me alongar muito sobre a discussão do futebol na Espanha. Eles são campeões da Europa e do mundo com times formados por jogadores que atuam na liga espanhola, têm os dois melhores times do planeta (disparado), outros tantos de grande qualidade, estão disseminando nas bases o futebol que todo mundo sonha em ver no Brasil... mas ainda se insiste que o campeonato é uma porcaria, etc, etc, etc. Não vou me alongar nesse post, falo mais disso durante a semana, porque acho que vale a pena.

Mas, enfim. Quem acompanha futebol, sabe que o Valencia tem um time bom. Bem montado por um ótimo técnico (injustiçado pelas bandas dos laranjais valencianos), com jogadores de qualidade e capazes de encarar o Real de frente. Foi o que aconteceu. Claro que o Real Madrid esteve mais perto do gol, mas não seria absurdo se tivesse perdido o duelo.

A volta de Di María é fundamental nessa reta final, é um jogador tático, com poder de finalização, de drible e de criar chances. Kaká, creio, ocupará mais o espaço de Ozil nos jogos grandes - deveria ter entrado antes contra o Valencia.

O fato é que, por mais normal que o resultado seja, o Real Madrid empata pela terceira vez. E a diferença, que era de 10, agora é de 4 pontos. Eu dava a liga como morta. Obviamente, ela não está. Estava e não está mais. Isso se chama ressurreição.

Há quem diga que ela nunca esteve morta. Eu discordo. O andar da carruagem mostrava um Barcelona instável, alternando grandes jogos com atuações médias e excesso de Messi-dependência. E o Real Madrid ganhando de todo mundo com sobras. Por jogo apresentado e chances de gol, era para ter ganhado do Málaga. Do Villarreal. E do Valencia. Não ganhou de nenhum dos três.

O Barcelona vem de 9 vitórias seguidas e vai ter que ganhar os últimos 7 jogos para ser campeão (não seria um milagre e, sim, um feito). Se não vencer o duelo direto com o Real Madrid, no Camp Nou, esquece. Se vencer o duelo direto, mas tropeçar alguma vez, terá de torcer por dois outros tropeços do Real. Ou seja, percebam que o Barcelona, caso não ganhe seus sete jogos, terá de contar com que o Real Madrid não ganhe três de sete. Muito difícil que isso aconteça.

A tabela do Real é mais complicada. Terá de ir ao Calderón no meio da semana e a Bilbao a três rodadas do fim. Mas o Barcelona tem um elenco mais curto, e a parte física pode fazer diferença na reta final. De todas as maneiras, a disputa está reaberta e todas as rodadas terão "finais" para os gigantes. A liga, como dizem lá, está "al rojo vivo".

Chega de bola, vamos à música.

Todos temos bandas preferidas, né? As minhas, são quatro, e não necessariamente nessa ordem. Beatles, ACDC, Metallica e Foo Fighters. Então foi um momento especial para mim ter uma dessas bandas tocando pela primeira vez em minha cidade nesse fim de semana.

Primeiro, a corneta soa. Precisamos aprender a fazer eventos. São Paulo cresce, o Brasil cresce, as coisas começam a acontecer por aqui, mas parece que não acompanhamos a necessidade de evoluir na organização de eventos.

Com todos os elogios que merece o Lollapalooza (toda uma instituição!), não dá para termos uma hora de fila para comprar as fichas no caixa. Depois uma hora de fila para pegar algo nos bares/lanchonetes. E mais uma hora de fila para ir ao banheiro. Não dá para ser montada uma estrutura com duas torres enormes e tendas na frente do palco principal. Visibilidade comprometida, terreno em declínio, ideal para qualquer coisa, menos shows. Telões que mais pareciam TVs de 29 polegadas e não permitiam o bom acompanhamento dos shows à distância. Tudo isso precisa melhorar.

Aí, fora do festival, aquele abandono de sempre com o qual temos de conviver os que moramos em São Paulo. A prefeitura de São Paulo é uma instituição nula. Não serve para nada. E deu mais um show de incompetência em um evento programado há mais de quatro meses. Não havia engenharia de trânsito, transporte público, bolsões de estacionamento, organização para táxis, iluminação, segurança. Nada. 70 mil pessoas saíram ao mesmo tempo do mesmo local e... nada. Uma vergonha total.

São Paulo adora se gabar por ser a "locomotiva do Brasil". Havia milhares de pessoas de outros Estados no Jockey sábado, era possível ouvir sotaques de gente de todos os lugares do país. Não devem ter ficado muito impressionados com São Paulo, não.

Bom, guardo a corneta no bolso para dedicar algumas palavras ao show do Foo Fighters.

Em 13 de janeiro de 2001, 11 anos atrás, eu fui ao Rock in Rio para assistir ao REM. No mesmo dia, tocaria o Foo Fighters. Eu conhecia as principais músicas, gostava delas, mas a ideia era ver a banda que fecharia aquele dia. Fui pra ver o REM. Vi Foo Fighters. No dia seguinte, comprei três CDs em algum shopping do Rio. Os três CDs que a banda tinha lançado até então.

Foram 13 músicas, êxtase total. Na época, o Napster era dos meus melhores amigos. E meu IPod toca até hoje três ou quatro músicas daquele show específico. Nada como a Internet para eternizar momentos eternos de nossas vidas.



Morei cinco anos na Europa, onde bandas tocam em todas as esquinas, e não fui a nenhum show do Foo Fighters. Passei o domingo "à la Mourinho" me perguntando: "por que? por que? por que?". Sei lá por quê. Mas não fui.

Muitas vezes na vida a gente se encanta com alguma coisa - um show, um restaurante, uma praia, um lugar - e, quando tenta repetir o momento, se decepciona. As coisas nunca são iguais. E são raras as coisas tão boas, mas tão boas, que ficam em nossas memórias e corações para sempre.

Eu estava com um certo medo, confesso. Receio talvez seja a melhor palavra. 11 anos depois, voltaria a ver o Foo Fighters. E se não fosse tão bom? E se, aos 32, meu pique e meu estado de espírito fossem muito distintos dos meus 21 anos de idade? E se eles não tocassem a música X ou a Y?

É. Não foi tão bom.

Foi melhor.

A mulher da minha vida, que eu tinha deixado alguns metros para trás no meio da multidão de 2001 (nunca me perdoei), ficou o tempo inteiro ao meu lado em 2012. Amigos do coração também estavam comigo. E putz, eles não me decepcionaram. Nada me decepcionou. 26 músicas. 26 músicas que eu gosto e conheço. O dobro de 2001 para um coração que pedia o dobro, mas ficaria igualmente feliz com o triplo, com o quádruplo. Na verdade, acho que eu poderia ver seis, sete horas de show sem reclamar. Talvez esse show pudesse tocar em loop constante em minha vida.

Alguém tuitou a seguinte frase, sei lá com qual intenção: "Quem disser que essa noite viu o show da sua vida vai estar contando mais sobre a sua vida do que sobre o show de hoje". Espero, ao corroborar tal frase, estar contando aos leitores coisas boas sobre mim.

Como não consigo parar de pensar e repassar os detalhes do evento de sábado, assisti a um DVD que comprei e não havia tirado da caixa. Back and Forth. A criação da banda e toda sua história. A história de uma banda que gira em torno de um cara que foi baterista de uma outra tal banda que simplesmente revolucionou o mundo 20 anos atrás. Para quem gosta, fica a recomendação.

Vida longa ao rock and roll. Vida longa a David Grohl. Vida longa aos Foo Fighters.




Clique aqui para ver o set list do show do Rock in Rio em 2001. Aqui para ver o set list do show de São Paulo, sábado. E aqui para assistir, no You Tube, o show completo.

'Papai' Joel respira tranquilo na UTI do urubu; Verdão 'salva' Paulistinha

Papai’ Joel respira bem mais tranquilo no trono do Flamengo, depois de esmagar o Vasco chororô com um belo gol de pênalti na bacia das almas.

Já não se fala mais em sua demissão 24 horas por dia no ninho do urubu - o tititi agora gira em torno de apenas 23h59min.

O treinador ganhou ótima sobrevida até quinta, quando o time decidirá seu futuro na Libertadores.

Necessita somente de um pequeno milagre: derrotar o Lanús, líder do grupo 2, e rezar por um empate entre Emelec e Olímpia.

O muy amigo Renato Gaúcho está só na torcida por uma chinelada... argentina, equatoriana ou paraguaia. A galera confia 99,99% no sucesso do técnico: ‘Joel, você está mais para seu Barriga do que para treinador’.

No Paulistinha, em mais uma espetacular e sorumbática rodada, destaque para o poderoso Verdão: levou um baile do Guarani, com direito a olé, no salão de festas do Brinco de Ouro, e garantiu um pouco de emoção à última rodada.

O time de Felipão contabiliza duas das três derrotas dos grandes para a festa do interior – em uma semana, apanhou de Mirassol e Bugre.

O Corinthians também merece aplausos, já que conseguiu mais uma retumbante goleada, a sétima por 1 a 0. Que poderia ser ainda maior se o apito amigo enxergasse um pênalti do Paulista...

Já o Santos de Neymar & Cia. tomou uma virada do ‘Boca Juniors’ de São Caetano. O prejuízo seria bem menor se o bandeirinha deixasse o jogo correr em paz e não anulasse um gol de Ganso.

E como o Paulistinha é uma autêntica dádiva dos deuses, o soberano São Paulo igualou um recorde de 10 anos ao bater o Mogi: 10 vitórias consecutivas (oito pelo estadual e duas pela Copa do Brasil). De quebra, 13 partidas sem perder.

Não há o que contestar: pintou no Morumbi o grande campeão da pré-temporada de 19 jogos, onde tudo é absolutamente igual a nada.

Às outras caramboladas dos estaduais moribundos:

1) Carioquinha: há coisas que só acontecem no Botafogo – time bate o Friburguense, carimba vaga na semifinal da Taça Rio com antecedência e sai de campo sob efusivas vaias de 4.452 testemunhas (2.824 pagantes); Fluminense supera Madureira e fica numa nice: só depende da boa vontade dos coirmãos;

2) Mineirinho: Galo bica duas vezes a Raposa, se acomoda e cai da espora na Arena do Jacaré, permitindo o empate e as gozações dos coirmãos;

3) Baianinho: genérico dá muito trabalho, mas original Bahêa consegue sair do sufoco quando o acarajé já começava a queimar;

4) Gauchinho: surpreendentemente, Saci colorado e imortal Grêmio voltam a vencer, mesmo com times desfigurados e sem bombacha.
                                                                        ########
Pica-Pau. O fantasma do Barcelona continua atazanando a cabeça do Santos. A folhinha já mudou de ano, mas o baile de Messi & Cia. ainda deixa o presidente Luís Álvaro Ribeiro atordoado. Tanto que ele não tem dúvidas: se a final do Mundial de Clubes fosse hoje, o Peixe teria ótimas chances de colocar o time espanhol na roda, coisa de 10% contra 90%.

Sugismundo Freud. As pessoas fazem coisas horríveis por dinheiro, inclusive trabalhar.

Pica-Pau. A sogra de Kaká, Rosângela Lyra, pensa em editar um CD com os melhores momentos do genro nos últimos jogos do Real Madrid e mandá-lo ao Mano dos manos. Ela acha que assim o ‘professor’ se curvará novamente ao talento do meia e não ficará mais com lero-lero para justificar sua ausência da próxima lista de convocados.

Twitface. Palmeiras de Felipão: amor eterno amor?

Gilete press. De Ricardo Perrone, no ‘Uol’: “Mudou radicalmente o discurso de dirigentes do Flamengo sobre Ronaldinho em conversas informais. A partir do acerto verbal com Adriano, o gaúcho passou a ser descrito como acomodado e desinteressado. Os elogios agora são todos para Adriano. Ronaldinho virou exemplo negativo (...) Mas, aos olhos de conselheiros críticos da iminente contratação de Adriano, só a diretoria enxerga diferenças entre Imperador e R-10. A aposta é em novo fracasso retumbante.” E põe retumbante nisso.

Tiro curto. Sua senhoria está se superando no apito: bordoadas à vontade, pênalti não marcado, gol anulado erradamente... Só falta mandar o trem partir no suco da mamona.

Tititi d’Aline. Balotelli merece 10, com louvor. A nota foi dada pela exigente ‘professora’ Jeniffer Thompson, que desafiou o italiano para um tira-teima no edredom após curtir alguns gols com Rooney. Ao ‘The Sun’, ela revelou que a brincadeira com Balotelli sempre passou de cinco horas. Ininterruptas.

Você sabia que... Messi, a ‘Pulga’ argentina, está a sete gols do recorde do alemão Muller, do Bayern de Munique, que marcou 67 numa única temporada europeia (1972/73)?

Bola de ouro. Thomaz Bellucci. Finalmente conseguiu dar uma raquetada de alegria à torcida. Carregou o Brasil nas costas contra a Colômbia, pela Davis.

Bola de latão. Mídia caolha. Com o Cristo Redentor no coração, deixou o Maracanãzinho resmungando contra a ousadia do Vôlei Futuro em bater o RJX, do amigo de todas as horas Eike Batista.

Bola de lixo. Roberto Dinamite. Rasgou os maiores elogios ao árbitro Wagner dos Santos Rosa – de ladrão para baixo. Lembrou inesquecíveis momentos do capitão gancho Eu-rico Miranda.

Bola sete. “Nosso time não é imbatível” (do rei Leão, após a 10ª vitória do soberano São Paulo – o Corinthians que o diga!).

Dúvida pertinente. Ronaldinho Gaúcho sairá do Flamengo pela porta da frente ou da sacristia?