quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Copa Sul-Americana

20h15 Liverpool-URU 1x0 Envigado Fútbol Club

Santos aceita proposta, Ganso assina contrato hoje e é novo reforço do São Paulo

Relembre a trajetória de Ganso no Santos!
Depois de quase um mês de negociações, a novela sobre a contratação de Paulo Henrique Ganso finalmente teve fim nesta quinta-feira: o meia é o novo reforço do São Paulo. A transferência ficou definida após uma reunião entre dirigentes do Santos, do São Paulo e empresários da DIS, na capital paulista. Depois disso, o jogador voltou para a Baixada Santista para assinar a rescisão com o ex-clube e o novo contrato com o São Paulo.

Para contar com Ganso, o São Paulo vai pagar à vista ao Santos o valor de R$ 23,914 milhões, referentes aos 45% dos direitos do jogador. A informação foi publicada primeiramente nesta quinta pela manhã pelo blog do jornalista Milton Neves. O time paulistano também concordou com outra exigência da cúpula alvinegra, que terá direito a 5% do dinheiro em uma possível futura venda do meia. Já a DIS não receberá nada pela negociação atual, mas acertará com o São Paulo uma forma de lucro.

Sobre a exigência feita pelos santistas para a DIS, a empresa não cedeu aos pedidos dos dirigentes do clube. Para liberar Ganso, o Santos queria que o investidor perdoasse pelo menos metade da dívida contraída por não ter feito o repasse de 25% da venda do meia Wesley, hoje no Palmeiras, para o Werder Bremen (Alemanha), em 2010. A situação segue inalterada e será resolvida na Justiça, mesmo assim, o Santos liberou Ganso para assinar com o São Paulo.

Novela acaba após um mês de negociação, entenda

Primeira proposta - O São Paulo fez a primeira proposta oficial por Paulo Henrique Ganso há um mês, oferecendo um valor estimado em R$ 10,7 milhões pelos 45% dos direitos do jogador pertencentes ao Santos. O presidente Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro rejeitou imediatamente a negociação e reforçou que só venderia o meia se fosse pelo preço da multa rescisória que caberia ao clube (R$ 23,8 milhões, que representam 45% dos R$ 53 milhões, que é o valor total dela) .

Segunda proposta - Ainda assim, as conversas entre os dois times continuaram, e o São Paulo decidiu aumentar a oferta para cerca de R$ 12,6 milhões, valor ainda bem abaixo do pedido pelo Santos e que também foi rejeitado prontamente. 

Desencontros entre Ganso e Santos - Enquanto isso, em meio à negociação, Ganso e a diretoria santista se desencontraram em declarações polêmicas de ambos os lados. O jogador chegou a dizer que "seria uma honra" jogar no São Paulo, e o elogio dele desagradou os dirigentes do clube alvinegro – o site do time chegou a divulgar uma nota oficial lamentando a postura de Ganso ao dar essas declarações. 
Agência Estado
Moedas no gramado da Vila Belmiro atiradas contra Ganso
Moedas no gramado da Vila Belmiro atiradas contra Ganso

Protestos de torcedores - A torcida santista também não poupou o camisa 10 das críticas e chegou a fazer protestos chamando o meia de "mercenário". O primeiro deles aconteceu no clássico contra o Palmeiras no Pacaembu, quando os torcedores cantaram para Ganso: "Não é mole não, ô Paulo Henrique mais respeito com o Peixão". Depois, na partida contra o Bahia na Vila Belmiro, moedas foram atiradas no campo para o meia, naquele que acabou sendo o último ato do meia com a camisa do clube que o promoveu ao futebol. 

Grêmio entra na disputa - Na última semana, o Grêmio entrou na briga. Os gaúchos chegaram a procurar investidores para conseguirem o alcançar o valor pedido pelo Santos, mas acabaram desistindo do negócio depois que o próprio Ganso disse ao técnico Vanderlei Luxemburgo que preferia jogar em São Paulo. 

Proposta de renovação - Em meio a todo esse imbróglio, o Santos fez uma reunião com Ganso e ofereceu uma nova proposta de renovação (incluindo um aumento salarial), que o jogador também rejeitou de imediato – segundo o ESPN.com.br apurou com representantes da DIS [dono dos outros 55% do jogador], o meia já não estaria mais interessado em ficar no clube e, por isso, não aceitou estender seu vínculo.

Fim da novela - O ultimato para que a situação se resolvesse foi dado nesta semana, já que o prazo de inscrição do Campeonato Brasileiro termina nesta sexta-feira. Desta forma, o São Paulo decidiu finalmente atender as exigências santistas e oferecer exatamente os R$ 23,8 milhões pedidos pelo time alvinegro para contratar Paulo Henrique Ganso. 

Os dois clubes, então, até chegaram a um acordo em termos financeiros, mas o problema para confirmar a transferência passou a ser um entrave entre Santos e DIS – o time da Vila Belmiro queria que o grupo empresarial perdoasse metade da dívida de R$ 8 milhões, referentes ao repasse de 25% da venda do meia Wesley (hoje no Palmeiras) ao Werder Bremen, em 2010. A questão se encerrou apenas nesta quinta-feira, em uma reunião entre Santos, DIS, São Paulo e Ganso, que finalmente selou o negócio entres os clubes paulistas.

Ganso encerra passagem pelo Santos com 162 jogos, cinco títulos e 36 gols
Getty
Ganso segue sem futuro indefinido
Ganso conquistou cinco títulos com o Santos

Ao todo, Ganso fez 162 jogos e 36 gols com a camisa do Santos. A primeira partida pelo profissional foi pelo Cammpeonato Paulista de 2008 e ele seguiu aparecendo em algumas poucas partidas no Brasileiro, mas foi ser notado mesmo no Paulistão de 2009. Na competição, ajudou o Santos a eliminar o Palmeiras nas semifinais e chegar à decisão contra o Corinthians, saindo com o vice-campeonato.

Seguiu com boas atuações no Brasileiro, mas foi em 2010, sob comando de Dorival Jr., que brilhou a ponto de ficar na lista reserva na convocação da Copa do Mundo de 2010, ano em que ganhou Paulista e Copa do Brasil num time de ataque envolvente ao lado de Neymar, Robinho e André.

Após o Mundial, foi colocado como um dos pilares da renovação da seleção feita por Mano Menezes, inclusive com boa atuação no primeiro jogo do novo treinador, quando vestiu a camisa 10. Depois, rompeu o ligamento do joelho esquerdo em agosto, exatamente no Estádio Olímpico diante do Grêmio, e voltou apenas em 2011. No período lesionado, um novo contrato já se demonstrava difícil, e até se especulou um interesse do Corinthians no jogador.

O novo ano começou mais uma vez com título paulista, mas o jogador saiu lesionado na decisão e perdeu boa parte da Libertadores da América. Voltou apenas no segundo jogo da final contra o Peñarol, onde ainda participou do lance do primeiro gol da vitória que deu a taça continental ao Santos.

No final do ano, Ganso viu o colega de time e amigo Neymar ser valorizado pelo clube com um contrato até 2014, encerrando as especulações de que o atacante iria para Real Madrid ou Barcelona. Mas a renovação de Ganso nunca saiu. A queda de braço entre DIS, que tem 55% dos direitos do atleta, Santos e jogador fez com que a relação esfriasse e, a partir deste ano, novamente campeão estadual e convivendo com lesões, a diretoria passou a admitir a saída do atleta. Pela seleção, teve participação discreta na medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres.

Relembre grandes momentos de Ganso no Santos

Liga Europa

14h00 Young Boys 3x5 Liverpool
14h00 Udinese 1x1 Anzhi Makhachkala
14h00 Hapoel Tel Aviv 0x3 Atlético de Madri
14h00 Viktoria Plzen 3x1 Acadêmica
14h00 Limassol 0x0 Borussia Mgladbach
14h00 Fenerbahce 2x2 Olympique
14h00 Marítimo 0x0 Newcastle United
14h00 Bordeaux 4x0 Club Brugge
14h00 Stuttgart 2x2 Steaua Bucareste
14h00 Copenhague 2x1 Molde
14h00 Dnipro 2x0 PSV
14h00 Napoli 4x0 AIK
16h05 Genk 3x0 Videoton
16h05 Sporting 0x0 Basel
16h05 Internazionale 2x2 Rubin Kazan
16h05 Partizan Belgrado 0x0 Neftchi
16h05 Lyon 2x1 Sparta Praga
16h05 Athletic Bilbao 1x1 Hapoel Kiryat Shmona
16h05 Maribor 3x0 Panathinaikos
16h05 Tottenham 0x0 Lazio
16h05 Rapid Viena 1x2 Rosenborg
16h05 Bayer Leverkusen 0x0 Metalist
16h05 Levante 1x0 Helsingborgs
16h05 Twente 2x2 Hannover 96

Seleção vence a Argentina no fim, mas Mano sofre pressão implacável


A vitória da seleção brasileira sobre a Argentina por 2 a 1, no estádio Serra Dourada, pelo Superclássico das Américas, salvou o fim de noite de Mano Menezes nesta quarta-feira. O gol de pênalti marcado por Neymar, já nos acréscimos, evitou vaias sem precedentes ao treinador desde que ele assumiu o comando verde e amarelo. Até porque, antes disso, os mais de 37 mil torcedores o tinham chamado de burro, dado adeus ao treinador e pedido o retorno de Luiz Felipe Scolari, técnico do pentacampeonato.
O clima começou a ficar ruim para o comandante da Seleção quando ele sacou Luis Fabiano para a entrada de Leandro Damião. Mas até aí eram apenas vaias. Quando resolveu trocar Lucas por Wellington Nem, a reação das arquibancadas foi completamente diferente à de apoio no início da partida. Definitivamente, a sombra de Felipão, demitido do Palmeiras, entrou em ação.
Neymar, Brasil x Argentina (Foto: Mowa Press)Neymar comemora o gol marcado diante da Argentina nesta quarta-feir (Foto: Mowa Press)
Durante a tarde desta quarta-feira, em evento no Palácio das Esmeraldas, o presidente da CBF, José Maria Marin, anunciou que Goiânia receberá a Seleção na preparação para a Copa das Confederações. E lá foi questionado sobre o fato de Scolari, campeão do mundo em 2002, estar no mercado. A resposta foi evasiva: "Minha preocupação é a CBF. E o treinador da seleção brasileira é o Mano Menezes".
Se as vaias dos paulistas na vitória sobre a África do Sul, no Morumbi, tinham sido de certa forma esquecidas por conta da goleada sobre a China, por 8 a 0, no Recife, a forte pressão em Goiânia deve mexer mais com a comissão técnica e também com os jogadores, que não tiveram uma boa atuação, à exceção de Paulinho, autor do gol, e de Neymar, sempre perigoso com suas jogadas individuais.
A partida de volta do Superclássico das Américas será no próximo dia 3 de outubro, em Resistencia, na Argentina, e o Brasil joga por um empate para ficar com a taça. Como não há vantagem por gol marcado na casa do adversário, os hermanos têm de vencer por dois ou mais gols de diferença. Triunfo por apenas um levará a decisão para os pênaltis.
Premonição goiana
Neymar e Paulinho gol Brasil (Foto: AP)Neymar e Paulinho comemoram o primeiro gol 
da seleção brasileira em Goiânia (Foto: AP)
É verdade que a goleada de 8 a 0 sobre a China já tinha ajudado a Seleção a esquecer um pouco das vaias recebidas em São Paulo, no triunfo por 1 a 0 sobre a África do Sul. Mas o hino cantado à capela pela torcida goiana nesta noite (o sistema de som parou de tocá-lo na metade) deu uma injeção de ânimo no grupo. Emocionante.
Com a bola rolando, o time de Mano Menezes mostrou que estava cheio de vontade. Ora com Lucas, ora com Neymar, o Brasil tentava chegar pelas pontas do campo, já que o meio estava totalmente congestionado pelos três volantes escalados por Alejandro Sabella do outro lado. Melhor, a Seleção não conseguia finalizar.
A superioridade brasileira era tão expressiva que até os 19 minutos a posse de bola verde e amarela era de 72%. Mas no futebol o que conta é bola na rede. E a Argentina foi mais eficiente. Clemente Rodriguez cruzou da esquerda, e o corintiano Martinez dominou e chutou forte, deixando o goleiro Jefferson sem reação.
Xodó da torcida goiana, Luis Fabiano, que teve seu nome gritado várias vezes, tentou responder no minuto seguinte, mas chutou muito longe. Muito mesmo. Em desvantagem, o Brasil contou com o apoio incondicional da torcida para manter a calma, seguir com boa posse de bola e buscar o empate.
Igualdade que veio de maneira premonitória. Aos 25, Lucas sofreu falta na direita. Quando Neymar se preparava para a cobrança, a torcida começou a gritar "gol, gol, gol, gol". Deu certo! O craque santista cruzou para área, e o corintiano Paulinho, impedido, desviou de cabeça: 1 a 1.
Paulinho e Barcos, Brasil x Argentina (Foto: Agência EFE)Autor do gol de empate da Seleção, Paulinho disputa a bola com Barcos (Foto: Agência EFE)
"Adeus, Mano" e "Volta, Felipão", os hits da torcida
Para o segundo tempo, não houve alteração de nenhum dos lados. O jogo também continuou igual: a Argentina bem cautelosa, esperando um erro adversário para encaixar um contra-ataque, e o Brasil, sem conseguir fazer o jogo coletivo fluir, apostando nas jogadas individuais e nos lançamentos de longa distância.
Com Lucas aberto do lado direito e Neymar do lado esquerdo, o Brasil começou a abrir mais espaços depois dos dez minutos. Mas ainda faltava alguém para arrematar. Ou então para ajudar na armação e surpreender os hermanos. Foi então que Mano Menezes decidiu sacar Jadson, aos 17, e colocar Thiago Neves.
O meia do Fluminense tentou acelerar a partida, dar mais velocidades às jogadas, só que a Argentina estava fechada demais. Luis Fabiano, por exemplo, quase não viu a bola chegar ao ataque. Na tentativa de dar sangue novo também nesse aspecto, Mano colocou Leandro Damião na vaga do Fabuloso. Ouviu algumas vaias.
Conforme os minutos se passavam, a torcida, antes empolgada, passou a ficar mais quieta no Serra Dourada. Natural, já que o jogo ficou bem morno. Só que aos 29 minutos, quando Mano sacou Lucas para a entrada Wellington Nem, ela acordou. E de mau humor. Gritou "burro", pediu por Felipão e acrescentou um "Adeus, Mano".
Neymar gol Brasil x Argentina (Foto: AP)Neymar comemora mais um gol pela seleção brasileira (Foto: AP)
E mesmo após as reclamações dos torcedores, a partida continou morna. Só esquentou mesmo aos 39, quando Neymar se estranhou com Braña ao tentar cobrar uma falta com rapidez. E o que parecia um drama para o Brasil se transformou em alegria nos acréscimos. Désabato chegou atrasado no lance e derrubou Leandro Damião na área. Pênalti para a Seleção. Neymar cobrou e garantiu o triunfo brasileiro.
BRASIL 2 X 1 ARGENTINA
Jefferson, Lucas Marques, Dedé, Réver e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Jadson (Thiago Neves); Lucas (Wellington Nem), Neymar e Luís Fabiano (Leandro Damião).Ustari, Lisandro López (Vergini), Sebá Dominguez e Desábato; Peruzzi; Braña, Maxi, Guiñazu e Clemente Rodriguez; Barcos (Funes Mori) e Martinez (Somoza).
Técnico: Mano MenezesTécnico: Alejandro Sabella
Gols: Martinez, aos 19 minutos do primeiro tempo, Paulinho, aos 25 minutos do primeiro tempo; Neymar, aos 48 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Paulinho e Neymar (Brasil)
Árbitro: Carlos Amarilla (Paraguai)
Local: Serra Dourada, em Goiânia (GO)
Público total: 37.871
Renda: R$ 2.700.670

NO FIM, BRASIL BATE A ARGENTINA DE VIRADA


Brasil vence a Argentina de virada no primeiro jogo do Superclássico das Américas. Já nos acréscimos, Neymar, de pênalti, garantiu o 2 a 1 para a equipe de Mano Menezes.  No entanto, a vitória sofrida não evitou que os torcedores de Goiânia criticassem a equipe verde-amarela. Nos protestos, houve pedido para a volta de Felipão e coro de ‘Mano burro’. Os outros dois gols da partida foram marcados por corintianos: Martinez abriu o placar para os hermanos e Paulinho empatou.

No primeiro tempo não houve muitas oportunidades e o jogo foi bastante truncado. Na única vez que os argentinos chegaram á frente, fizeram o gol. Clemente Rodríguez recebeu na esquerda e encontrou "Burrito" Martínez, que concluiu para o fundo das redes do goleiro Jefferson.

Já no segundo tempo, a equipe brasileira, sem objetividade alguma, também não assustou muito. Em outro lance isolado, conseguiu o empate: Neymar cobrou falta e Paulinho, em posição irregular, subiu para deixar tudo igual.

Os times voltam a se encontrar no dia 3 de outubro, em Resistencia (ARG). Os brasileiros levam a taça com um empate.


BRASIL 2 x 1 ARGENTINA
Data - Hora: 19/09/12 (22h - de Brasília)
Local: Serra Dourada, em Goiânia (GO)
Árbitro: Carlos Amarilla (PAR)
Assistentes: Rodney Aquino (PAR) e Carlos Caceres (PAR)
Cartão Amarelo: Paulinho, Neymar (BRA)
Cartão Vermelho: -
Gols: Martínez, 19´/1ºT (0-1); Paulinho, 26´/1ºT (1-1); Neymar, 48´/2ºT (2-1)

BRASIL: Jefferson; Lucas Marques, Dedé, Réver e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Jadson (Thiago Neves, 16´/2ºT); Lucas (Wellington Nem, 30´/2ºT), Neymar e Luis Fabiano (Leandro Damião, 22´/2ºT). Técnico: Mano Menezes.

ARGENTINA: Ustari; Peruzzi, Desábato, Lisandro Lopez (Vergini, 28´/2ºT), Domínguez e Clemente Rodríguez, Guiñazu, Max Rodríguez e Braña; Barcos (Funes Mori, 30´/2ºT) e Martínez (Somaza, 41´/2º). Técnico: Alejandro Sabella.

Neymar marca no fim e Brasil bate a Argentina

Neymar comemora gol que garantiu a vitória contra a Argentina / Divulgação/Mowa PressNeymar comemora gol que garantiu a vitória contra a ArgentinaDivulgação/Mowa Press

Com um gol de pênalti de Neymar no último minuto, a seleção brasileira venceu a Argentina por 2 a 1 nesta quarta-feira, no Superclássico das Américas. A vitória sofrida não evitou que os torcedores de Goiânia criticassem a equipe verde-amarela. Nos protestos, houve pedido para a volta de Felipão e coro de ‘Mano burro’. Os outros dois gols da partida foram marcados por corintianos: Martinez abriu o placar para os hermanos e Paulinho empatou.

Os times voltam a se encontrar no dia 3 de outubro, em Resistencia (ARG). Os brasileiros levam a taça com um empate.

A Argentina composta por jogadores do futebol local com os reforços de Martínez (Corinthians), Guiñazú (Internacional) e Barcos (Palmeiras) não engraxa os sapatos do time principal. Sem a mesma qualidade, o técnico Alejandro Sabella encontrou apenas uma alternativa: apostar no defensivo 5-3-2, sem nenhum homem de criação.

O futebol é impreciso e às vezes beneficia quem dele judia. Na única vez que se aventurou na frente, os hermanos tramaram bonito. Clemente Rodríguez recebeu na esquerda e encontrou "Burrito" Martínez, que arrematou para gol diante da inércia do goleiro Jefferson.

O Brasil, dono da bola, mas sem objetividade alguma, também não assustou muito. Em outro lance isolado, conseguiu o empate: Neymar cobrou falta e Paulinho, em posição irregular, subiu para deixar tudo igual.

Nada de mais relevante aconteceu durante a péssima primeira etapa. O jogo foi cheio de contato físico e pouco futebol. Quem deixou de ver o clássico, como o atacante Fred, que foi ao cinema, não perdeu nada.

Não seria exagero afirmar que o segundo tempo foi tão ruim ou pior do que a primeira etapa. O festival de erros de passes, falhas de posicionamento e cruzamentos errados foram, aos poucos, desanimando o torcedor goiano.

No Brasil, Lucas e Neymar, os mais habilidosos, seguiram afastados, sendo assim, pouquíssimas jogadas de efeito foram criadas. As alterações de Mano também não surtiram efeito. Thiago Neves por Jadson, Leandro Damião por Luis Fabiano e Wellington Nem por Lucas foram o mesmo que trocar seis por meia dúzia.

Na Argentina, só os chutões funcionaram. O lema da equipe é "bola para o mato porque o jogo é de campeonato". Jefferson foi apenas um espectador durante a segunda etapa.

O presente estava por chegar. Desábato agarrou Damião. Neymar cobrou pênalti e aliviou o lado de Mano Menezes, que escutou gritos de "Felipão, Felipão" aos 32 minutos da segunda etapa.

BRASIL 2 x 1 ARGENTINA

Data - Hora: 19/09/12 (22h - de Brasília)
Local: Serra Dourada, em Goiânia (GO)
Árbitro: Carlos Amarilla (PAR)
Assistentes: Rodney Aquino (PAR) e Carlos Caceres (PAR)
Cartão Amarelo: Paulinho, Neymar (BRA)
Cartão Vermelho: -
Gols: Martínez, 19'/1ºT (0-1); Paulinho, 26'/1ºT (1-1); Neymar, 48'/2ºT (2-1)

BRASIL: Jefferson; Lucas Marques, Dedé, Réver e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Jadson (Thiago Neves, 16'/2ºT); Lucas (Wellington Nem, 30'/2ºT), Neymar e Luis Fabiano (Leandro Damião, 22'/2ºT). Técnico: Mano Menezes.

ARGENTINA: Ustari; Peruzzi, Desábato, Lisandro Lopez (Vergini, 28'/2ºT), Domínguez e Clemente Rodríguez, Guiñazu, Max Rodríguez e Braña; Barcos (Funes Mori, 30'/2ºT) e Martínez (Somaza, 41'/2º). Técnico: Alejandro Sabella.

Pênalti no fim dá vitória ao Brasil sobre a Argentina e ameniza revolta da torcida com Mano

m pênalti já nos acréscimos, convertido por Neymar, deu a vitória ao Brasil por 2 a 1 sobre a Argentina, na noite desta quarta-feira, no estádio Serra Dourada, em Goiânia. O placar favorável amenizou o clima de revolta sobre o técnico Mano Menezes, mais uma vez hostilizado pela torcida, que pediu sua saída e gritou o nome de Luiz Felipe Scolari para o seu lugar.

Com o resultado, a seleção brasileira leva vantagem para a decisão do Superclássico das Américas, que terá o segundo confronto no dia 3 de outubro, na cidade de Resistencia, casa dos rivais. Ainda assim, o ambiente de Mano volta a ficar conturbado, sendo que é a segunda vez em três jogos no país, desde o último dia 7, que ele é hostilizado pela torcida.

Na noite desta quarta, o clima de festa tomou conta do Serra Dourada até os 30 minutos do segundo tempo, quando a partida já estava empatada em 1 a 1, com gols dos corintianos Martínez e Paulinho. Mano, então, decidiu sacar Lucas, o melhor em campo pelo Brasil, e colocar Wellington Nem. Bastou para a torcida se revoltar e começar os gritos em tom de revolta, que já tinham sido iniciados por uma parte das arquibancadas, mas não haviam ganhado eco aos 23, quando Luis Fabiano, apagado, deu lugar a Leandro Damião.

O jogo

Até os cinco minutos de partida, as duas principais jogadas foram de Lucas, uma com um chapéu, e outra com uma arrancada em que deixou três marcadores para trás, mas errou na hora do passe Luis Fabiano. Bastou para o são-paulino ter o seu nome cantado pela torcida.

Passava um pouco dos dez minutos quando Luis Fabiano pegou na bola pela primeira vez, ao recuar para recebê-la no campo de defesa. Sofreu falta. A partir daí a Argentina equilibrou a ocupação do meio de campo, e o jogo ficou igual, bastante truncado no meio.

Aos 19, a Argentina chegou pela primeira vez com perigo ao ataque e marcou. Após ótima troca de passes do ataque, Guiñazu, na esquerda, tocou para o meio da área e achou Martínez livre. O atacante corintiano bateu forte, sem chances para Jéfferson. O estádio imediatamente começou a gritar Brasil, em sinal de apoio. Aos 20, após cruzamento da direita, Luis Fabiano pegou de primeira, concluindo pela primeira vez a gol, mas isolou a bola.
Aos 26, Neymar cobrou falta da intermediária direita do ataque levantando a bola na área. Em posição duvidosa, Paulinho subiu sem marcação, escorou de cabeça e empatou para o Brasil, fazendo a torcida explodir no Serra Dourada.

Aos 29, Lucas arrancou do campo de defesa, mais uma vez levou vantagem na velocidade e criou o contra-ataque da seleção. A bola acabou nos pés de de Neymar, na esquerda, que mais uma vez chamou seu marcador para o drible, mas não teve sucesso e viu a sua tentativa de cruzamento acabar em escanteio, sem sucesso.

Sumido no jogo, o palmeirense Barcos deu o ar da graça neste mesmo lance. Após se enrolar com Paulinho, o qual marcava, viu o corintiano irritar-se com ele e até ensaiar um empurrão, que acabou não acontecendo.

Luis Fabiano teve nova chance aos 37, quando recebeu passe já dentro da área pela direita e não pensou duas vezes. Chutou forte, mas a bola explodiu na zaga argentina e foi para escanteio, que acabou sem perigo. Ainda antes do final do primeiro tempo, a Argentina ainda alçou duas bolas na área do Brasil em cobranças de falta, mas a defesa levou a melhor.

As duas seleções voltaram sem alterações para a etapa final. E foi a Argentina que teve a primeira boa chance, aos quatro minutos, em cobrança de falta ao lado da meia lua que Maxi Rodríguez cobrou mal, na barreira, e Neymar afastou com um chutão. Aos sete, Paulinho tentou dar a resposta com um chute da intermediária, mas Guiñazu se jogou na bola e interceptou.

Lucas continuava sendo um inferno para Clemente Rodríguez. Aos 11, ele ganhou de novo na velocidade pela direita e com um drible desconcertante tirou o lateral e um companheiro que tentou, em vão, ajudar. A torcida delirou, e o lance acabou em escanteio. Após a cobrança, o próprio Lucas emendou de esquerda, mas pegou mal na bola.

Aos 15, outra boa chance do Brasil. Lucas recebeu pela direita, tirou do marcador e achou Jádson em ótima posição, de frente para o gol, mas o são-paulino arrematou por cima da meta de Ustari. Aos 17, Mano tirou o camisa 10 e colocou Thiago Neves em seu lugar.

A Argentina chegou bem ao ataque de novo aos 20, pela esquerda, com Guiñazu, que bateu cruzado em cima da zaga brasileira. Aos 23, Luis Fabiano, que puco apareceu em seu retorno à seleção, foi substituído por Leandro Damião. Ouve um princípio de vaia, mas que não virou um coro geral.

Aos 25, Paulinho recebeu sozinho dentro da área, dominou e mandou para a rede. O estádio foi à loucura, mas um dos bandeirinhas já assinalava empedimento do volante corintiano antes mesmo de ele concluir. Não valeu.

A última tentativa de Mano Menezes reservou a entrada de Wellington Nem no lugar de Lucas. A partir daí, a torcida perdeu a paciência e começou a pegar no pé, com gritos de “Adeus Mano” e “burro”.

Os protestos seguiram com os pedidos para a volta de Luiz Felipe Scolari ao comando da seleção. No fim, os brasileiros buscaram o abafa derradeiro e alcançaram a virada aos 48 minutos do segundo tempo, com gol de Neymar, convertendo pênalti sobre Leandro Damião.