segunda-feira, 8 de abril de 2013

Argentino

20h15 Arsenal Sarandí 1x0 Estudiantes

Espanhol

17h00 Sevilla 2x1 Athletic Bilbao

Português

16h00 Porto 3x1 Braga

Inglês

16h00 Manchester United 1x2 Manchester City

Italiano

15h45 Roma 1x1 Lazio

Inquieto, Bernardinho leva a melhor sobre o sereno Luizomar na decisão


 Enquanto as meninas de Osasco e Rio de Janeiro se enfrentavam na final da Superliga feminina de vôlei, outro duelo se travava à beira da quadra do ginásio do Ibirapuera. O contraste entre a inquietude esbravejante do técnico Bernardo Rezende e a tranquilidade observadora de Luizomar de Moura foi um show à parte neste domingo. Dois estilos opostos, mas, cada um a seu jeito, bastante eficientes. Melhor para o agitado Bernardinho, que liderou o Rio de Janeiro numa virada incrível para chegar ao título.
Desde o início, os técnicos “dançavam” em ritmos diferentes. Bernardinho preferia ficar parado, mas não quieto. Com a mão no queixo, conversava pelo rádio e vociferava instruções para as meninas do Rio de Janeiro durante o primeiro set. Luizomar, por sua vez, passeava de um lado ao outro e só explodia a cada bela cortada de Fernanda Garay, a cada ponto de Jaqueline. Assim, com orientações serenas, porém firmes, o técnico liderou o Osasco ao triunfo no set inicial (25 a 22).
À medida que o segundo set passava, as características dos treinadores ficavam mais evidentes. Cada vez mais calmo, vendo o Osasco vencer novamente (dessa vez por 25 a 19), Luizomar apoiava as mãos na cintura, ou as unia atrás das costas. Para que usá-las, se apenas suas instruções já bastavam? Enquanto isso, a inquietude crescia em Bernardinho, que desistira de ficar parado e caminhava em frente ao banco de reservas, tendo de escutar provocações diretas da torcida do Osasco.
Bernardinho vôlei Rio de Janeiro (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Bernardinho: tensão do início ao fim da decisão no Ibirapuera  (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
No entanto, os papéis se inverteram no meio da decisão. O Rio reagiu e amansou a fera Bernardinho nos dois sets seguintes. Ele quase não esbravejou na vitória do terceiro set por 25 a 20, muito menos no período seguinte, vencido com sobras (25 a 15). Luizomar, não perdeu a tranquilidade, mas passou a falar cada vez mais com suas jogadoras.
Era chegada a hora da decisão. Já não havia mais contraste entre calmo e agitado. Os nervos à flor da pele falavam mais alto. A cada ponto, os dois treinadores explodiam, ou em comemoração, ou em lamentos. Mais acostumadas a jogar sob o comando de um técnico inquieto, as meninas do Rio de Janeiro não fraquejaram, levaram o set decisivo (15 a 9) e o título. Só aí o esbravejante Bernardinho pôde relaxar e festejar mais uma conquista.
Luizomar vôlei Osasco (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Luizomar: da tranquilidade à decepção na final da Superliga (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Morta nesta segunda, Margaret Thatcher usou tragédia para moldar futebol inglês à sua imagem


O futebol inglês na 'mão de ferro' de Margaret Thatcher
O futebol inglês na 'mão de ferro' de Margaret Thatcher

Morreu nesta segunda-feira, aos 87 anos, a ex-ministra britânica Margaret Thatcher, vítima de um derrame. Primeira mulher a alcançar o mais alto posto político da Inglaterra, a “Dama de Ferro”, como ficou conhecida, teve papel fundamental na construção do futebol inglês como é conhecido atualmente. 

Um dos ícones da política neoliberal, Thatcher teve a mesma “mão de ferro” utilizada na economia, no futebol. Assim como fragilizou os sindicatos, enfraqueceu as “firms”. Contra os trabalhadores, se valeu de impostos e privatizações; já para atacar os hooligans criou uma mentira.

No último dia 12 de setembro, o atual primeiro-ministro britânico, David Cameron, se desculpou com as famílias das 96 pessoas mortas na tragédia no Estádio de Hillsborough, em abril de 1989, na partida entre Liverpool e Nottingham Forest. Durante 23 anos, o Reino Unido culpou “inocentes”.

Em uma “manipulação grosseira”, como o próprio Cameron definiu, os torcedores do Liverpool foram responsabilizados pela tragédia, com base no Relatório Taylor, chefiado e aprovado por Thatcher. Ali, a primeira ministra decidia por um ponto final na violência, que, de fato, por anos imperou no futebol inglês – mas não naquele 15 de abril de 1989.

Imediatamente após a tragédia, o governo britânico constituiu uma comissão, chefiada por Peter Taylor, para investigar o ocorrido dentro do estádio e sugerir providências para o fim do hooliganismo. No entanto, o jogo já estava decidido antes do apito inicial - fato comprovado pela informação de que 164 relatórios produzidos por policiais, 116 foram alterados.

Segundo Cameron revelou ao Parlamento em 2012, houve omissão de informações proposital, para que “comentários desfavoráveis sobre a atuação das autoridades” não vazassem. O objetivo da comissão era responsabilizar a torcida do Liverpool, para que a via para um “novo futebol” fosse pavimentada. 

O pacote de transformações, que incluía reformas profundas na estrutura dos estádios, na abertura para o marketing e consumo no futebol, e as formas de financiamento dos clubes, já era planejado, mas ainda não tinha encontrado espaço para ser posto em prática. Hillsborough veio, então, em momento estratégico.
Getty
Por 23 anos, torcedores do Liverpool foram responsabilizados por tragédia em Hillsborough
Durante 23 anos, torcedores do Liverpool foram responsabilizados
por tragédia em Hillsborough; relatórios sofreram manipulação 
Em janeiro de 1990, menos de um ano após a tragédia, a comissão de Lorde Taylor apresentou seu relatório final. Nele, a capacidade de público deveria ser reduzida, todos os torcedores deveriam ficar sentados nos estádios, e os clubes se tornariam responsáveis pelos atos de seus fãs nas arquibancadas.

No entanto, os clubes não tinham estrutura para atender às novas exigências com a mesma rapidez com que as investigações de Hillsborough avançaram. Muito menos as torcidas. Assim, abriu-se caminho para o capital estrangeiro, que financiou arenas e colocou milionários no comando de muitas equipes.

Ao mesmo tempo em que expurgaram os hooligans e sua paixão pela violência dos estádios, as mudanças propostas pelo Relatório Taylor impuseram uma série de restrições para os torcedores mais pobres, que já não tinham condições de acompanhar a alta no preço dos ingressos – visto que o desemprego e a pobreza na Inglaterra cresceram com Thatcher.
Nas mãos da “Dama de Ferro”, o objetivo do futebol não deveria mais ser superlotar os estádios, como em Hillsborough, e tornar os clubes dependentes da venda de ingressos. O “novo torcedor”, confortável e seguro na arena, deve consumir mais do que sua entrada, aproveitar cada possibilidade de um jogo.
Para consolidar o projeto de Thatcher no futebol, em 1992, nasceu a Premier League, transformando o Campeonato Inglês em um modelo para Europa, seja no que tange à publicidade, patrocínio, jogadores ou mesmo na comercialização dos direitos de transmissão na televisão.
Nesta segunda-feira, antes do clássico de Manchester, entre United e City, um minuto de silêncio deve ser respeitado em homenagem à morte de Thatcher. Um silêncio que tem se tornado normal em arquibancadas lotadas, na liga que tem a maior média de público do futebol mundial e estádios com taxa de ocupação quase máxima em quase todos os seus jogos. Não por acaso.
Margaret Thatcher transformou o futebol inglês.

Sessão de terapia e colo de mãe restauram campeã Natália

Um dos destaques do Rio de Janeiro na conquista do título da Superliga sobre o favorito Osasco, de virada, por 3 sets a 2, ontem pela manhã, Natália lançou mão de terapia e colo da mãe, Lucimar, para recuperar a confiança.
"Há quatro jogos, minha filha me ligou para contar que precisava de ajuda psicológica", diz Lucimar. "Ela estava abatida, não conseguia jogar. A cabeça falava uma coisa, só que seu corpo fazia outra."
Moradora de Santa Catarina, Lucimar, que conversa com a filha diariamente por telefone, se referia aos efeitos psicológicos de duas cirurgias na canela para a retirada de um tumor benigno.
As cirurgias foram bem-sucedidas, mas a ponteira de 1,84 m e 80 kg perdeu uma temporada e, ao retornar à quadra, suas performances foram alvo de críticas, e ela passou a ter dúvidas.
"Eu parava e ficava me perguntando se conseguiria voltar a ser a Natália de sempre.", relembra a jogadora.
A mãe agiu prontamente. "Ela fez seis, sete sessões com uma psicóloga, recomendei que lesse 'O Poder do Subconsciente', de Joseph Murphy, e também falei para ela orar. A cabeça manda no corpo", contou Lucimar.
Divulgação
Natália comemora ponto na vitória do Rio de Janeiro sobre o Osasco
Natália comemora ponto na vitória do Rio de Janeiro sobre o Osasco
"Hoje [domingo] eu tive a certeza de que minha filha está curada", comemorou.
O esforço pela superação não passou despercebido.
"Deixei que [a Natália] fizesse o último ponto. Ela merecia", disse a levantadora Fofão, que aos 43 anos é outro exemplo de superação.
Quem dá a fórmula da vitória do Rio sobre o Osasco, quase uma réplica da seleção feminina brasileira, é Fabi.
"Você viu que na cerimônia de encerramento só uma de nossas atletas foi eleita a melhor da Superliga em seu fundamento. O que ganhou esse jogo foi o grupo", diz.

O 9 de Felipão


Pato não entrou bem contra a Bolívia. Se aproveitasse a chance que recebeu no intervalo do amistoso, Felipão poderia esquentar a cabeça pensando mais em como mudar seu conceito de ataque, do que sobre como aproveitar Ronaldinho Gaúcho no meio de campo ou Jean na lateral direita.
Felipão gosta de time com centroavante. Tirando o Grêmio campeão brasileiro de 1996, com Paulo Nunes na frente e Zé Alcino abrindo espaço pelos lados, é difícil lembrar momentos em que o técnico optou por ataques móveis. Mesmo aquele Grêmio só escolheu essa formação porque perdeu Jardel, vendido.
A diferença daquela época é que as principais seleções do planeta indicam a tendência de escalar um homem a mais nas ações no meio do jogo, sem fixar um camisa 9. A Espanha tem Fàbregas, a Argentina, Gonzalo Higuaín, a Itália joga com Balotelli. Em abril, pelas lesões de Mario Gomez e Miroslav Klose, a Alemanha deixou de ser a única grande seleção com um ponto de referência dentro da área. Jogou com o meia Gotze nessa função.
Quando fez sua última convocação, Felipão sabia que Pato poderia ser um híbrido. Não é um centroavante tradicional, como Fred ou Leandro Damião, à espera da bola dentro da área por praticamente toda a partida (veja ilustração do primeiro gol contra a Bolívia).
Ter Pato como atacante mais avançado também não significa a renúncia completa ao centroavante, porque o avante do Corinthians sabe exercer a função, sem se fixar na marca do pênalti. Roda, circula, procura as tabelas.
Só que, para Pato fazer sucesso com Felipão, precisa cumprir o velho lema do treinador, segundo o qual jogador bom é jogador com fome. Pato não mastiga.
Para Felipão abrir mão do centroavantão, tipo Jardel, Fred, Leandro Damião, também é preciso que os jogos contra seleções fortes na Copa das Confederações mostrem que isso se tornou uma necessidade. Uma tendência criada pela dificuldade em controlar o meio de campo desperdiçando um homem só para disputar com zagueiros.
Felipão não fala, mas pensa que o acerto nos últimos jogos de Mano Menezes se deveu menos à escolha de Neymar como último atacante do que à fragilidade de adversários como Japão, México, Iraque e Colômbia. Contra França, Inglaterra, Itália, Espanha e Uruguai, na Copa das Confederações, a exigência será diferente. Para Felipão, em jogos assim é mais difícil fazer o pequenino Neymar brigar contra zagueiros gigantes.
Só o tempo vai responder se o estilo Felipão é ainda adequado à obrigação de ganhar a Copa de 2014. Se seu velho jeito de jogar, com volante marcador e centroavante rompedor, ainda tem espaço no futebol mundial. Se Felipão foi escolhido pela dupla Marin-Del Nero para a Copa do Mundo, só há agora um jeito de dar certo: permitir que Felipão seja Felipão.
BOM VALOR
Leandro fez gol no sábado pela seleção e no domingo pelo Palmeiras. O absurdo do calendário faz lembrar Juninho Paulista atuando em dois jogos no mesmo dia, em 1994, pelo São Paulo. No sábado, Leandro se tornou o primeiro jogador do Palmeiras a marcar pela seleção desde Alex, em 2000.
DESCOBERTAS
Telê Santana dizia que todo jogo tem uma descoberta a ser feita. Essas rodadas sem jogos empolgantes tiram o olhar de quem pode ser útil. O volante Carlos Alberto, do Mogi Mirim, o meia Bady, do São Bernardo, o lateral Daniel, do Botafogo. Quem precisa de jogador tem coisa a tirar dos Estaduais

Unilever tem reação incrível, dá o troco no Sollys/Nestlé e conquista octa de virada



Jogadores da Unilever celebram o título da Superliga feminina de 2013
Jogadores da Unilever celebram o título da Superliga feminina de 2013
Clássico é clássico e vice-versa. A ‘máxima’ é do futebol, mas, neste domingo, ela se encaixa perfeitamente também no vôlei. O maior clássico da modalidade, entre Sollys/Nestlé e Unilever, que definiria o campeão da Superliga 2012/2013 foi imprevisível e terminou como ninguém que via o começo do jogo no ginásio do Ibirapuera esperava. Reagindo de forma incrível, o Rio de Janeiro venceu o Osasco de virada por 3 sets a 2 e garantiu o octacampeonato sobre o maior rival.

Divulgação - Sollys
Ginásio do Ibirapuera estava lotado para a grande decisão
Ginásio do Ibirapuera estava lotado para a grande decisão
O resultado é o ‘troco’ da Unilever ao Sollys/Nestlé, que conquistou o título da Superliga no ano passado vencendo as cariocas em pleno Maracanãzinho por 3 sets a 0. Desta vez, quem jogava ‘em casa’, era o time de Osasco, que tinha mais torcida no ginásio e até chegou a dar mostras de que fecharia o jogo com o mesmo placar da última edição. Abrindo 2 sets a 0 no início, o Sollys viu a Unilever reagir comandada principalmente por Natália, ‘cria’ do próprio Osasco, e virar a partida, conquistando o título no tié-break.

O Rio de Janeiro agora tem oito título da Superliga e é o maior campeão do torneio, enquanto o Osasco vem logo atrás com cinco conquistas, sendo a última delas em 2012.

O jogo – A estratégia do técnico Bernardinho era evitar o ‘atropelamento’ e tentar prolongar o jogo, mas neste domingo, o Sollys não deu chances para as rivais cariocas. Desde o início do primeiro set sacando muito forte, a equipe de Osasco logo saiu na frente no placar e, desde então, manteve sempre uma vantagem de dois ou três pontos no marcador. Sheilla, sempre decisiva, era a responsável por comandar o ataque do time paulista, sempre muito potente e difícil de defender.

Divulgação - Sollys
Jogadores do Unilever celebram ponto durante a final
Jogadores do Unilever celebram ponto durante a final
Só que desta vez, o diferencial do Sollys/Nestlé não foi apenas a força ofensiva. Mais do que isso, o time também defendeu muito bem e chegou inteiro no bloqueio, anulando as principais jogadas da Unilever, que também não estava conseguindo passar o saque do Osasco e, assim, não esboçava reação no set. A diferença chegou a ser de seis pontos, quando o Sollys fez 16 a 10 e foi justamente aí que o Rio de Janeiro começou a acordar.

Com Fofão no saque, o time carioca conseguiu atrapalhar a recepção adversária e, assim, defendeu melhor. Os ataques de Sarah Pavan passaram a cair e o jogo voltou ao equilíbrio que é comum a esse clássico. Mas não demorou muito para a equipe de Osasco voltar a ficar à frente no placar contando com a força de Fê Garay no ataque e com as incríveis defesas de Camila Brait no fundo de quadra. Assim, a primeira parcial acabou em 25 a 22 para as paulistas.

No segundo set, a história foi a mesma. O Sollys forçando muito o saque, e o Rio de Janeiro sem conseguir converter seus ataques, dando chances para acontecer o tal ‘atropelamento’ de que Bernardinho tanto falou durante a semana. O bloqueio de Adenízia parou Sarah Pavan e a jovem Gabi que, quando optavam pela largada, viam Camila Brait recuperar as bolas e manter o Osasco vivo na jogada. Assim, novamente o Sollys/Nestlé abriu vantagem e foi apenas administrando os pontos até o fim.

O bloqueio de Juciely, que tem grande recurso nesse fundamento, não funcionava e, com Jaqueline, Garay e Sheilla inspiradas, o Osasco até nem teve tanto trabalho para fechar a segunda parcial em 25 a 18.
Divulgação - Sollys
Execução do hino nacional com as duas equipes perfiladas
Execução do hino nacional com as duas equipes perfiladas
No terceiro set, o Rio de Janeiro passou a render mais e chegou a ficar na frente no placar, abrindo dois pontos no início. E, usando a mesma tática do saque forçado que havia dado certo para o Sollys até então, a equipe de Bernardinho mostrou que ainda queria jogo e chegou ao segundo tempo técnico com uma vantagem de quatro pontos e obrigando o técnico Luizomar a mexer no time – ele fez a inversão do cinco um e colocou Karine e Ivna, tirando Fabíola e Sheilla. Gabi também entrou no lugar de Fê Garay, mas as mudanças não foram suficientes para reverter o placar, e a Unilever fechou a terceira parcial em 25 a 20.

O quarto set ainda era o do ‘tudo ou nada’ para o Rio de Janeiro, que precisava da vitória para não dar adeus ao título da Superliga mais uma vez. E, por isso, o time de Bernardinho entrou em quadra disposto a ser fatal. Sarah Pavan voltou a ser decisiva, Natália mostrou sua força e Fofão, sempre muito experiente, distribuía bem as jogadas e dava um trabalho enorme quando ia para o saque. Do lado do Osasco, um apagão, que refletiu no placar atípico: 13 a 3 para as cariocas.

No final, o Sollys/Nestlé até esboçou alguma reação com Gabi de novo no lugar de Garay, mas não chegou nem a encostar nas adversárias e viu o jogo se encaminhas para o tié-break: 25 a 16 para o Rio de Janeiro.

No set mais curto, a Unilever manteve o ritmo forte, com Natália comandando o time para a vitória. Enquanto isso, o Sollys/Nestlé parava no bloqueio das cariocas e não conseguia mais virar as bolas do início do jogo. Assim, a equipe do técnico Bernardinho se aproveitou do 'mau momento' das adversárias para fechar a última parcial e 16 a 9 e comemorar o octacampeonato da Superliga

Falta de controle emocional pesou na final da Superliga feminina

Uma final eletrizante repleta de belíssimas defesas e emocionantes rallys. Uma história com dois capítulos bem diferentes. Osasco dominou as ações nos sets iniciais demonstrando mais segurança que as adversárias. O Rio de Janeiro, por outro lado, soube suportar o momento adverso.
Quando as coisas mudaram à favor do Rio de Janeiro no terceiro set, o que se viu foi Osasco se perdendo a cada erro e a confiança, em alta nos sets anteriores, foi trocando de lado a cada defesa, a cada contra-ataque finalizado em ponto.
Mas o que fez uma história se inverter tão bruscamente? As partidas entre mulheres historicamente são mais emocionais. E desta vez não foi diferente. Os números ilustram bem essa mudança de comportamento.
Osasco deu 29 pontos em erros para o Rio, mais de um set. A maioria do terceiro set em diante. É quase o dobro dos 16 das cariocas. As 88 defesas do Rio durante todo o jogo ajudaram a dar ainda mais confiança para as comandadas de Bernardinho em cada acerto.
Das várias campeãs olímpicas em quadra, várias ficaram devendo, mas prefiro destacar Sarah Pavan, Fabí, Natália e a jovem Gabi, que substituiu muito bem a norte-americana Logan Tom e foi um dos pilares de sustentação da equipe.

Periquito com a macaca, 'bando de loucos' e rei Leão baiano roubam a cena

Em meio a tantas e absolutamente indiferentes emoções, há que se destacar pelo menos três na rodada das chuteiras furadas do fim de semana.

Primeira: o periquito está mesmo com a macaca. Depois de deixar o Tigre sem bengala na Libertadores, voou bonito mais uma vez e implodiu a Ponte.

Na raça e na dedicação, derrubou o invicto primata (16 jogos) da insossa árvore do Paulistinha, a pré-temporada da FPF com ingresso pago.

Novo xodó dos palmeirenses, Leandro saiu de campo como herói. Após marcar um gol pela amarelinha desbotada, sábado, em Santa Cruz de la Sierra, não fez beicinho de ‘craque cansado’, entrou como titular e meteu a segunda e mortal bala na Macaca. Com a vitória, o Palmeiras carimbou vaga nas quartas de final.

Segunda: na casa alugada do Pacaembu, o Corinthians também confirmou a classificação, com duas chicotadas no São Bernardo.

Mesmo sem vários titulares, o time dominou o adversário e até se deu ao luxo de perder um pênalti (Guerrero).

Nas arquibancadas, 21.302 fiéis. Uma goleada do ‘bando de loucos’ na soma das testemunhas dos quatro jogos dos grandes no Carioquinha.

O quarteto atraiu 8.605 torcedores, assim distribuídos: 929 no duelo Flamengo 1 x 1Duque de Caxias; 2.947 no embate Fluminense 2 x 0 Resende, 2.884 no confronto Botafogo 3 x 0 Olaria e 1.845 na partida Vasco 2 x 1 Friburguense.

Terceira: na inauguração da Fonte Nova, o rei Leão simplesmente devorou o Bahêa e confirmou a freguesia: oito jogos sem perder do coirmão no estádio de Salvador, reconstruído para a festa da mamãe Fifa.

Renato Cajá, Maxi Biancucchi, Michel, Vander e Escudero não só enlouqueceram a torcida do Vitória como também derrubaram o ‘professor’ Jorginho no Bahêa. O Rubro-negro manteve 100% de aproveitamento na segunda fase do Baianinho. Já o Tricolor de Aço virou papelão.
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Pitacos da rodada 1. Frango do goleiro Rafael Santos abre as portas para misto do soberano São Paulo, com um a mais, detonar o Botafogo e disparar na liderança do Paulistinha – quatro pontos a mais que a Ponte e um jogo a menos; na base do banho-maria, líder Botafogo liquida Olaria, com show de Vitinho, e chega ao sexto triunfo consecutivo no Carioquinha; Fluminense, uma histórica vitória sobre o Resende: Rhayner desencanta após mais de dois anos sem marcar, ponta na chave B, vaga nas semifinais bem encaminhada e pontapé no coirmão Flamengo para fora do campeonato; salve, salve: já eliminado, Vasco bate Friburguense e fatura a primeira na Taça Rio, sob protestos da galera.

Pitacos da rodada 2. Mesmo sem Ronaldinho, Réver, Bernard e Tardelli, Galo bom de bico deixa Boa Esporte de quatro, com Guilherme, Luan e Jô infernizando o adversário, e conquista a 13ª vitória seguida; Raposa engole fácil o Coelho e segue invicta na ponta do Mineirinho; imortal Grêmio quebra Cerâmica com martelada de Fernando e garante vaga nas quartas do Gauchinho; Saci colorado erra o pulo, sucumbe diante do Veranópolis e leva chumbo após 12 jogos sem derrota.

Sugismundo Freud. Sem talento não há promessa que dê jeito.

Porta da esperança. A caravela de São Januário tem prazo de validade para continuar com Paulo Autuori no comando. A cartolagem prometeu colocar a casa em ordem, financeiramente, até junho, e Autuori já avisou que paciência tem limite. Não dá para cobrar nada de quem não recebe nem tíquete pãozinho com manteiga. Ou seja: se calor fosse dinheiro, vascaínos seriam urso polar.

Dona Fifi. Dinamite ‘euricou’? Flamengo: salve o Jorge?

Gilete press. Do blog do Menon, no ‘Uol’: “Neymar é a nova Geni do futebol brasileiro. Não se torce para ele acertar, evoluir, decidir. Todas as energias são para que erre, estacione, falhe na hora agá. Não adianta, será assim mesmo que Neymar nos dê a Copa-14. E, se não ganhar, aqueles que adoram os Jorges Henriques da vida, dirão, sofregamente: 'Eu não falei?' É a aposta na mediocridade.” Há controvérsia?

Só pra contrariar. Felipão deve estar de brincadeira ao levar a sério o amistoso com a Bolívia para definir algumas posições, como o improvisado Jean na lateral direita e Leandro Damião no ataque.

Tititi d’Aline. Ivete Sangalo e Cláudia Leite soltaram a voz na festa da Fonte Nova. A primeira cantou o hino do Bahia, e a loira, o do Vitória. Balanço final no estádio de R$ 591 milhões: Ivete 5 x 1 Cláudia.

Você sabia que... o meia Felipe, do Fluminense, aplicou parte da poupança numa rede de supermercados?

Bola de ouro. Unilever/Rio. Depois de tomar duas cortadas do Sollys/Nestlé/Osasco, o time carioca virou o jogo e ganhou a Superliga feminina de vôlei no tie break, com direito a ‘lek lek’ de Bernardinho.

Bola de latão. Flamengo/Vasco. Difícil saber quem está pior. E, muito mais, quem poderá sobreviver no Brasileirão se não reforçar o time. Decentemente.

Bola de lixo. PM/Rio. Lidera ranking da extorsão policial no país, segundo pesquisa encomendada pelo Ministério da Justiça e ONU. Do total de pessoas achacadas, 30,2% são do estado. Que venha a Olímpiada!

Bola de sete. “O futebol brasileiro precisa de um choque. Tem muita coisa que não queremos mais ver: falta de transparência, calendários ruins, brigas de torcidas… E se o Marin não consegue fazer isso… Tem de trocar. A CBF precisa se modernizar” (do fofo Ronaldo, no ‘Globo’: aleluia, irmão).

Dúvida pertinente. O que os patrocinadores da amarelinha desbotada acham da ligação do carismático Zé da Medalha com a ditadura?

Copa Kaiser - Zona Norte

Etapa 1
Grupo N-4
Inocoop - Jd. Brasil 4 x 1 Rio Verde - Vila Iório
Grupo N-1
GTX - Casa Verde 1 x 0 Existente - Jaçanã
Jaçanã FS 2 x 1 Botafogo - Jaçanã
Grupo N-4
Benfica - Vila Maria 0 x 0 Mocidade Cabuçu - Jd. Elisa Maria
Grupo N-2
Apache - Vila Maria 1 x 1 Lausanne Paulista
Inter Biricutico - Jd. São Luiz 1 x 0 Bem Bolado - Santana
Grupo N-3
Líderes Madeiras - Brás 0 x 1 Vasco - Vila Galvão

Copa Kaiser - Zona Leste

Etapa 1
L-12
Colorado - Cid. Castro Alves 2 x 0 Botafogo FC - Vila Talarico
L-3
Santa Cruz - Jardim Sinhá 0 x 0 Família - Vila Miami
L-9
EC Canindé - Jardim Marilu 0 x 1 Madrid FC - Mooca
L-5
Meninos Unidos do Laranjeiras 3 x 2 Vila Rica
L-9
Só Alegria 0 x 2 Cruz Credo - Vila Formosa
L-11
EC Verona - Cid. Tiradentes 3 x 1 Lazio FC - Tatuapé
L-6
Sambreja Boll - Vila Cardoso Franco 3 x 2 Da Rocha - Itaim Paulista
L-10
Paulista FC - Itaim Paulista 1 x 0 Meninos da Vila - Jd. Elba
L-7
Panela FC - Cohab T. Vilela 2 x 4 Fumaça Futebol e Farra - Jd. Marília
L-1
Jardim Verônia - E. Matarazzo 0 x 2 Garotinho - Jd. Nove de Julho
L-8
Tricolor Tradefer - Jd. Penha 0 x 1 Associação Portuguesa - P. Rasa
L-5
Adega FC - AE Carvalho 1 x 1 X do Morro - AE Carvalho
L-3
Sete de Setembro - Vila Progresso 0 x 3 Leões Unidos - Inácio Monteiro
L-8
EC Vila Nova 0 x 3 União Gleba do Pêssego
L-6
Canarinho FC - São Mateus 1 x 2 8 de maio - Guaianases
L-11
SDX - Cidade Tiradentes 1 x 0 Piratininga - 3ª Divisão
L-10
Mec-Maranhão - Cid. Tiradentes 1 x 1 Kemel Kizomba - Cid. Kemel
L-4
Fumaça - Cid. Tiradentes 1 x 1 Portuguesa FC - Cohab T. Vilela
L-2
1° de maio FC - Tatuapé 4 x 0 Juventude FC - Vila Prudente
L-12
Novo Sapopemba 0 x 2 Carrão - Vila Carrão
L-7
América - V. Iolanda II 2 x 2 AE Juventude - São Mateus
L-4
Coroado - Guaianases 1 x 0 Tornado
L-1
XI Primos - Vila Carioca 1 x 2 Caldeirão - Vila Nhocuné
L-2
Santa Cruz - Jd. Pedro José Nunes 1 x 2 Primavera - Jd. Fanganiello

Copa Kaiser - Zona Oeste

Etapa 1
Grupo O-2
Jardim Regina - Pirituba 0 x 0 Alvorada - Jaraguá
Grupo O-1
Clube Favela - Rio Pequeno 2 x 2 Boca Júnior - Pirituba
Grupo O-4
Associação São Marcos - Pirituba 1 x 2 Caju - Jaguaré
Praça - Pirituba 1 x 0 Amigos - Residencial Sol Nascente
Grupo O-3
Estrela - Rio Pequeno 2 x 3 Associação Iguape - Jd. Iracema
Grupo O-1
Catumbi - San Remo 2 x 1 Família 100 Valor - Jd. Panamericano
Grupo O-2
100 Juízo - Jd. Esperança 1 x 1 João Paulo - Jd. Maracanã
Grupo O-3
Vila Nova Paquetá - Pirituba 0 x 2 Parque Maria Domitila

Copa Kaiser - Zona Sul

Etapa 1
Grupo S-1
Bafômetro - Heliópolis 2 x 1 Chácara do Conde
Grupo S-3
Pioneer - Vila Guacuri 8 x 2 Renegados - Cidade Júlia
Grupo S-2
ABC - Pedreira 0 x 3 Parque São Paulo
Grupo S-4
Ponte Preta - Jd. Leme 3 x 0 América - P.N. Santo Amaro
Grupo S-1
Castelo - Santo Amaro 0 x 1 Botafogo da Favela - Jd. Irene
Grupo S-3
Milianos - Jardim Rosana 2 x 0 Califórnia - Jd. Alvorada