sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Fracês

Ajaccio  0x0  Saint-etiene

Espanhol

18h00 Osasuna 1x0 Rayo Vallecano

Italiano

17h45 Catania 1x3 Milan

Alemão

17h30 Fortuna Düsseldorf 4x0 Eintracht Frankfurt

São Paulo a dois passos de título inédito


A torcida do São Paulo passou o ano a olhar o time meio de lado. Afinal, aguentou gozação dos rivais, porque o Santos conquistou o tri paulista, o Palmeiras faturou a Copa do Brasil, o Corinthians levantou a Libertadores e o Tricolor… nada. Essa angústia está a dois jogos de acabar: afinal, veio a classificação, na noite de quarta-feira, para a decisão da Sul-Americana, contra adversário a ser conhecido nesta quinta-feira (Millonarios ou Tigre/ARG).
A vaga foi confirmada no empate por 0 a 0 com a Universidad Catolica, num Morumbi lotado. Faltou gol, mas não faltaram oportunidades. Assim como havia ocorrido no primeiro duelo, em Santiago (1 a 1), o São Paulo criou diversas oportunidades para vencer, e com folga. Teve facilidade para chegar à área do rival, assim como foi fácil desperdiçar as chances.
Impressionante como a turma de Ney Franco desperdiçou ocasiões para massacrar os chilenos! Sem contar que, outra vez, o goleiro Toselli pegou muito! Foi o destaque da partida, ao lado de Lucas, que já limpa o armário no clube e se prepara para a aventura no Paris Saint-Germain. O rapaz novamente foi o motorzinho da equipe. Gostei também de Jadson, substituído por Ganso na metade do segundo tempo.
Ney Franco colocou força máxima e o São Paulo deu conta do recado. Ah, carece de mais pontaria, é verdade. O meio-campo às vezes vacila, assim como a defesa vez ou outra dá sustos. Não é um time perfeito. Mas se ajustou aos poucos, desde a chegada do treinador, e não é nenhum disparate pensar em título inédito e vaga direta para a Libertadores.

Corinthians lamenta morte de Joelmir Beting: 'Só tinha um defeito. Não torcia para nós'

A quinta-feira começou com uma triste notícia ao ser anunciada a morte de Joelmir Beting, que não resisitiu às complicações de um Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico sofrido no domingo, que tornou seu quadro "irreversível". Torcedor fanático do Palmeiras, o jornalista recebeu uma homenagem do Corinthians, que lamentou o ocorrido com uma nota em seu site oficial, lembrando da rivalidade entre os dois times.

“Jornalista econômico de primeiríssimo time, Joelmir foi um dos pioneiros da arte de traduzir números em palavras certeiras ao falar de economia. Apaixonado por futebol e jornalismo, Joelmir só tinha um defeito. Não torcia para o Corinthians. Vá em paz”, diz o comunicado do clube de Parque São Jorge.

Joelmir Beting chegou a trabalhar na imprensa esportiva, mas passou a maior parte da carreira com economia, pela qual se tornou referência no país. Ele morreu às 0h55 (de Brasília) aos 75 anos.

A era Felipão em 25 jogos e 59 convocados. Experiência conta na seleção?

s imagens de Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira juntos, estampadas durante boa parte da edição do Sportscenter de quarta-feira, têm certa força. Ver dois campeões mundiais juntos e ser contra a decisão da CBF de mudar o comando da seleção parece sacrilégio. Mas as ponderações são obrigatórias. Felipão foi campeão da Copa do Brasil, mas deixou o Palmeiras à beira do rebaixamento -- responsabilidade compartilhada com a diretoria, é certo. E Parreira, depois de fracassar com a seleção na Copa do Mundo da Alemanha, em 2006. E de fracassar com a África do Sul em 2010.

É certo escolher os dois?
Experiência é importante, carisma também, duas virtudes inegáveis a Felipão.
Mas experiência... O que é experiência para trabalhar na seleção brasileira.

Felipão tem 25 partidas como técnico da seleção brasileira. Mano Menezes dirigiu-a 33 vezes.

É claro que a experiência de Felipão é maior. Ganhou uma Copa e sabe o que foi necessário para chegar a essa façanha. Antes, precisou ser campeão da Libertadores duas vezes, uma pelo Grêmio, outra pelo Palmeiras, campeão gaúcho, brasileiro, três vezes da Copa do Brasil.

Dos cinco treinadores campeões mundiais, nem Vicente Feola, nem Aymoré Moreira -- e nem Zagallo, embora seu caso seja menos evidente -- tinham currículo tão extenso.

Nem Parreira, embora fosse campeão brasileiro pelo Fluminense em 1984, vice pelo Bragantino em 1991, houvesse dirigido Kuwait e Emirados Árabes em Copas do Mundo. 
Aymoré não tinha nenhum título antes da Copa de 62. Feola tinha dois Paulistas pelo São Paulo, em 1948 e 1949.

Experiência conta, é claro, e é por isso que Felipão está de volta, junto com Parreira. 
Experiência é um farol que ilumina para trás, escreveu Pedro Nava. No caso da CBF, experiência é um escudo repleto de dirigentes atrás.
Se fosse tão fundamental ter conhecimento de seleção, Zagallo não seria campeão em 70 nem Felipão em 2002. 

Uma coisa conta mais do que a experiência. Imagem!
A imagem de Felipão ainda dá confiança de que o trabalho será bem sucedido.
Deve ser o fio do bigode.

ABAIXO TODOS OS 59 CONVOCADOS POR FELIPÃO PARA SEUS 25 JOGOS ENTRE 2001 E 2002
RESUMO - 25 JOGOS, 18 VITÓRIAS, 1 EMPATE, 6 DERROTAS

GOLEIROS
Marcos (Palmeiras), Dida (Corinthians/Milan), Júlio César (Flamengo), Rogério Ceni (São Paulo)

LATERAIS
Cafu (Roma), Belletti (São Paulo), Roberto Carlos (Real Madrid), Júnior (Parma), Serginho (Milan), Roger (Grêmio), Alessandro (Atlético Paranaense), Paulo César (Fluminense), Kléber (Corinthians)

ZAGUEIROS
Lúcio (Internacional), Antônio Carlos (Roma), Roque Júnior (Milan), Cris (Cruzeiro), Luisão (Cruzeiro), Juan (Bayer Leverkusen), Edmílson (Lyon), Émerson Carvalho (São Paulo), Ânderson Polga (Grêmio), Daniel (São Caetano)

MEIO-DE-CAMPO
Mauro Silva (Deportivo La Coruña), Fábio Rochemback (Internacional/Barcelona), Émerson (Roma), Juninho Paulista (Vasco/Flamengo), Alex (Palmeiras/Cruzeiro), Rivaldo (Barcelona), Eduardo Costa (Grêmio/Bordeaux), Fernando (Juventude), Juninho Pernambucano (Vasco), Tinga (Grêmio), Vampeta (Corinthians), Leonardo (Milan), Ronaldinho Gaúcho (Paris Saint-Germain), Zé Roberto (Bayer Leverkusen), Gilberto Silva (Atlético Mineiro), Kléberson (Atlético Paranaense), Kaká (São Paulo), Esquerdinha (Santos), Djalminha (La Coruña), Ricardinho (Corinthians)

ATACANTES
Romário (Vasco), Euller (Vasco), Ewerthon (Borussia Dortmund), Geovanni (Cruzeiro/Barcelona), Élber (Bayern), Jardel (Porto), Denílson (Betis), Guilherme (Atlético Mineiro), Edílson (Cruzeiro), Marcelinho Paraíba (Grêmio), Ronaldo (Internazionale), França (São Paulo), Luizão (Corinthians), Washington (Ponte Preta), Marques (Atlético MIneiro), Alex Mineiro (Atlético Paranaense)





Fofo Ronaldo, a medida certa no trono para dinamitar Zé da Medalha/Del Nero?

Depois de um ridículo corporativismo entrar em campo e chutar para escanteio a possibilidade de o espanhol Guardiola comandar o voo sem rumo da amarelinha desbotada, uma nova bola já começou a quicar no esporte bretão nacional.

De simples buxixo nos subterrâneos do Circo Brasileiro de Futebol, vai ganhando corpo a ideia de o fofo Ronaldo candidatar-se ao trono ocupado pelo carismático Zé da Medalha. 

A eleição acontecerá em abril de 2014, antes da grande festa da mamãe Fifa na ‘Suíça sul-americana’.

O rei da cartolagem, o suíço Joseph Blatter, já aderiu à proposta. Tem certeza de que o Fenômeno, com ou sem medida certa, daria conta do recado.

Seria um gol de placa para o futebol nacional, uma jogada de mestre, pois o fofo Ronaldo tem trânsito livre até em sinal vermelho. No lugar da multa, um autógrafo.

Certamente não encontraria rejeição no Palácio do Planalto, como acontece hoje com José Maria Marin e Marco Polo Del Nero.

A presidenta Dilma Rousseff não quer nem saber de abrir as portas para a dupla dinâmica. Prefere vê-los a quilômetros de distância.

O Fenômeno poderia seguir os passos de Michel Platini, hoje o todo-poderoso da Uefa e com olhos de lince na direção do trono da Fifa. 

Mas como sempre há o outro lado da moeda: é possível que o corintiano Andrés Sanchez, ex-diretor de seleções, convença Ronaldo a sair como vice em sua chapa contra o amigo de fé Del Nero. Por enquanto, o Fenômeno está na moita.
                                                                     ##########
Isto é Felipão 1. O primeiro dia a gente nunca esquece. Que o digam os bancários! O pessoal do Banco do Brasil ficou feliz da vida quando Felipão afirmou que, se jogador não quer pressão, deve trabalhar no BB, sentar no escritório e não fazer nada. O presidente da associação dos funcionários do banco, Antonio Sérgio Riede, agradeceu os elogios: a pressão é tanta no BB que nenhum gerente que contribua para rebaixar o nível de uma agência ganha como prêmio uma agência maior – depois de afundar os periquitos em revista, Felipão foi guindado à amarelinha desbotada.

Isto é Felipão 2. A turma do BB disse ainda esperar que as grandes conquistas do vôlei brasileiro, patrocinado pelo banco há mais de 20 anos, inspirem o trabalho de Felipão no comando da equipe. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro também aplaudiu o pontapé inicial do treinador: espera que ele não esteja tão desatualizado sobre futebol quanto está sobre as relações de trabalho nos bancos. Depois dos protestos, Felipão telefonou ao presidente do BB e se retratou. Garantiu ser cliente do banco há mais de 30 anos e que não houve intenção de ofender a classe. 

Isto é Felipão 3. O gajo Cristiano Ronaldo é melhor do que o hermano Messi, favorito disparado a ganhar pelo quarto ano seguido a Bola de Ouro da Fifa.

Mico. A competência do Circo Brasileiro de Futebol é exemplar. Apenas o ‘professor’ Felipão faltou ao workshop da mamãe Fifa para discutir a Copa das Confederações. De nada adiantou o rei da cocada queimada, José Maria Marin, colocar um jatinho à disposição. Quando aterrissou em São Paulo, o encontro com cartolas e treinadores das outras seleções já havia terminado. 

Twitface. Felipão e Parreira em ação: blá-blá-blá, nhenhenhém, lesco-lesco... Brasil, ame-o ou deixe-o.

Pica-Pau. Ainda há esperança: corre nas redes sociais uma campanha para mudar o nome do tatu-bola, mascote da Copa de 2014. A meta é atingir um milhão de compartilhamentos no Facebook. Tem até imagem do pobre tatu-bola pedindo ajuda porque ‘Fuleco é sacanagem’. E como! 

Sugismundo Freud. Crítica dura sem bom argumento não resolve nada.

Convite à bordoada. O salvo-conduto dado pela federação do Rio aos brucutus no próximo Carioquinha caiu como uma pena de 500 quilos no colo da mamãe Fifa. A genial ideia de trocar a suspensão do terceiro cartão amarelo por uma milionária multa de R$ 500 pode trazer graves consequências aos cartolas da Cidade Maravilhosa dos morros uivantes. A dona da bola prefere a suspensão automática, pois teme festival de pontapés, como na Libertadores. 

Dona Fifi. A fase dos periquitos em revista está demais. O clube divulgou que os jogadores dispensados seriam anunciados às 19h20, mas o site oficial caiu antes e depois do horário estabelecido. Chama a Val!

Gilete press. Do pequeno grande Tostão, na ‘Folha’: “Guardiola foi um sonho. É lamentável a prepotência e o corporativismo dos técnicos brasileiros, antigos e novos, em relação aos estrangeiros, mesmo sendo Guardiola. Querem manter os empregos, o prestígio e ainda ficar próximos da CBF.” No queixo!

Tititi d’Aline. Jogadores do futebol americano descobriram novo doping. Eles estão usando o Viagra para aumentar o rendimento. No hora do agarra agarra...

Você sabia que... São Paulo x Universidad Católica rendeu 20 pontos no ibope global da grande Pauliceia entregue ao bangue-bangue?

‘Bola de ouro’. Marco Polo Del Nero. Estupenda a participação do primeiro-ministro das chuteiras furadas na apresentação de Felipão e Parreira: entrou mudo e saiu calado. 

Bola de latão. São Paulo. Não está justificando o incrível apoio da torcida nas arquibancadas do Morumbi. Time precisa jogar uma bolinha bem mais afinada. 

Bola de lixo. Carlos ‘Rolando Lero’ Nuzman. Deu cano no debate do Senado sobre mandato dos cartolas. Alegou estar viajando, mas não mandou nenhum representante do COB (caixinha, obrigado Brasil).

Bola sete. “Trazer Pep Guardiola não é para qualquer um. E Marin não quer ser grandioso assim. É arcaico” (de José Luiz Portela, no ‘Lance’ – no alvo).

Dúvida pertinente. Palmeiras dispensa 18 jogadores: Tirone vai apagar a luz?

VÍDEO: Neve cobre o Bayern em Munique, mas é o futebol brasileiro que entra numa fria

Aqui em Munique, frio, temperatura sempre em torno de zero grau e neve. Muita neve. E assim será nesta sexta-feira, com o termômetro descendo ainda mais até o sábado do grande duelo entre Bayern Munique e Borussia Dortmund. O jogo obviamente será quente, mesmo com a previsão de -2 graus a -7 graus para o dia do cotejo. Os alemães estão acostumados com esse clima, como acostumados estão os brasileiros aos velhos conceitos que envolvem o nosso futebol.

Isso mesmo, velhos conceitos. Enquanto a Espanha domina a Europa e o Mundo com títulos nos últimos três grandes torneios que disputou, a Alemanha tenta se aproximar com receita que tem pontos em comum. Volantes que sabem jogar, meias hábeis e jovens talentos que reúnem técnica apurada e velocidade. Embora tradicionalmente a "fábrica" de talentos brasileira tenha uma "linha de produção" mais fértil, despejando gente talentosa em belas quantidades, isso já mudou muito.

Não podemos permitir que a tradição nos impeça de notar a estagnação. O esporte evolui física, técnica e taticamente. Novas ideias, conceitos renovadores, avanços em todos os campos são fundamentais num meio tão competitivo. E o Brasil parou no tempo. Mano Menezes não era exatamente um vanguardista no comando da seleção cebeefiana, mas capitaneou uma necessária renovação e vinha forçando ainda mais um jogo de bola no pé, técnico, hábil. 

Com ele, o time "canarinho" tentava encontrar um caminho diferente daquele que se transformou em opção predileta de técnicos do país. Um jogo baseado em contra-ataque, velocidade, bola parada. Não são poucos os times brasileiros que fizeram sucesso nos últimos anos apoiados nesses conceitos. Com diferenças aqui ou ali, Muricy Ramalho e Luiz Felipe Scolari são dois autênticos representantes de tal escola. Vitoriosos treinadores, mas que não inovam.

Eles sequer tentam algo diferente do sistema com volantes ferozes protegendo até três zagueiros, jogadores velozes para puxar o contragolpe e um centroavante que pode ser grandalhão, trombador mesmo. Posse de bola, marcação pressão no campo inimigo, troca de passes, pelota no chão, menos chutões, menor dependência das faltas e escanteios... Essa receita não é a de Felipão, que volta à seleção após colecionar insucessos que nem a conquista da Copa do Brasil apagou.

Com todo respeito aos que pensam diferente, não concordo com o pragmatismo como fio condutor do trabalho de um técnico que comanda uma seleção que lhe disponibiliza bons jogadores para convocar. Se aquele que dirige a Bolívia, o Tarquijistão ou a Irlanda do Norte apela para armas um tanto quanto ortodoxas, é compreensível. Mas o treinador que pode chamar atletas nascidos em países como Brasil e Argentina deveria ter uma missão mais ampla.

O desafio de quem dirige uma seleção como a brasileira pode e deve ser o de montar boas equipes. Não basta colocar em campo um time duro, engessado, dependente de cruzamentos na área adversária. Mesmo que essa velha e obsoleta receita dê resultado momentâneo. Os conceitos aplicados por Felipão em 2002 o conduziram ao sucesso. Mas foi há longos 10 anos. Muita coisa mudou, menos sua forma de armar as equipes que dirige. Nem mesmo o período no exterior ampliou seu repertório.

E com Carlos Alberto (sim, é Carlos Alberto) Parreira de volta à seleção a CBF oficializa sua opção pelo que ficou para trás. A opção por conceitos superados que caracterizaram os mais recentes trabalhos de um profissional outrora vencedor e que na última Copa do Mundo entrou para a história como o primeiro técnico de um país anfitrião eliminado na primeira fase. O fraco trabalho de Parreira à frente dos sul-africanos o levou a decidir pela aposentadoria agora abortada.

Muitos avaliarão o trabalho de Scolari em função apenas de vitórias e derrotas. Não pretendo seguir esse caminho. Ele venceu a Copa do Brasil, um mata-mata como será na fase decisiva o Mundial de 2014. Mas não proporcionou uma boa equipe ao Palmeiras. O futebol anda de braços dados com o imponderável, a ponto de um time campeão ser rebaixado meses depois. Mas não foi por acaso. Formada por ele e com vários jogadores que pediu e aprovou o alviverde fez tudo para cair. E caiu.

E mesmo que ganhe o hexa a passagem do treinador pela CBF poderá ser questionada. De que adiantará mais uma estrela na camisa amarela se o time responsável por ela nada de novo apresentar? Terá valido a pena? Já não temos grandes meias e atacantes de primeira linha nascidos no Brasil. Jovens como Neymar, Oscar, Lucas tentam mudar isso, mas é fato que os boleiros "Made in Brazil" são, em sua maioria, coadjuvantes no cenário internacional.

Reflexo do futebol pobre que se tolera no país em troca de taças que escondem o problema maior, cortinas-de-fumaça como a do Palmeiras campeão que se viu rebaixado quando ela dissipou. Espero estar errado e em algum tempo escrever um texto totalmente diferente desse que vai chegando ao final. Que Felipão surpreenda, dê sequência aquilo que Mano tentava fazer e aprimore, avance, inove, arrisque, ouse!

Assim, poderá prestar serviço mais importante do que uma eventual conquista de Copa com um Marcos Assunção mais jovem a cruzar a bola após faltas cavadas por um Valdívia tupinquim. Faz frio e neva na Alemanha, que não ganhou, ainda, títulos com a atual geração. Mas após o anúncio feito pela CBF, sinto que é o futebol brasileiro que está entrando numa gelada. Mesmo que, pela parceria do futebol com o impoderável, os cebeefianos ganhem a sexta Copa.

Vencer em 2014 é importante, mas não o bastante.

Gramado do CT coberto pela neve em Munique. Frio. Mas é a seleção da CBF que entra numa gelada

Apresentação de Felipão tem brincadeiras, gafe de Marin e 'paz' à primeira vista


De volta à seleção brasileira após dez anos, Luiz Felipe Scolari demonstrou bom humor e um discurso ameno em sua apresentação, nesta quinta-feira, no hotel Windsor Barra, no Rio de Janeiro. O treinador respondeu a questionamentos sobre problemas e polêmicas na CBF, rebateu críticas sobre o seu trabalho nos últimos anos, explicou a parceira que terá com o coordenador Carlos Alberto Parreira e falou sobre a pressão que sofrerá para conquistar o hexacampeonato mundial em 2014. Pelo menos à primeira vista, o clima de paz deu o tom na entrevista coletiva inicial, sem qualquer indício da acidez que invariavelmente acompanha Felipão.

A apresentação de Scolari durou 1 hora e 10 minutos, e ele esteve ao seu lado na mesa José Maria Marin, presidente da CBF, o coordenador Carlos Alberto Parreira, Marco Polo Del Nero, vice da CBF e presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), e Rubens Lopes, presidente da Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), além do assessor de imprensa Rodrigo Paiva.

Depois do discurso de abertura do presidente Marin, que justificou não ter escolhido Guardiola, Tite, Muricy Ramalho, Abel Braga e Vanderlei Luxemburgo e rasgou elogios a Luiz Felipe Scolari, o novo técnico da seleção teve a palavra falou da satisfação de retornar à equipe nacional e da "obrigação" de ganhar a Copa em casa.

Na primeira pergunta mais polêmica de um jornalista, sobre um pedido de Marin de ver as listas de convocados 48 horas antes da divulgação, Felipão foi "light" e se saiu bem.

"Vamos fazer a escolha dos convocados 15, 17 dias antes dos jogos, porque precisamos mandar essa lista aos clubes. Por isso, é normal que o nosso presidente saiba não dois dias antes, mas até 15 dias antes", disse o treinador.
Getty
Del Nero, Felipão, Parreira, Marin e Rubens Lopes durante a apresentação nesta quinta no Rio
Del Nero, Felipão, Parreira, Marin e Rubens Lopes durante a apresentação nesta quinta no Rio
Depois, a questão foi sobre como ele iria lidar com as polêmicas envolvendo a CBF, como a saída de Ricardo Teixeira no início deste ano e o depoimento prestado por Marco Polo Del Nero à Polícia Federal na última segunda. "Quanto à CBF, não vai ter interferência nenhuma. A não ser que o presidente e o Marco (Polo) falem que quererm esse ou aquele nome de jogador, e nunca houve esse tipo de inteferência. Não posso falar de quem saiu, de quem fez isso ou aquilo, minha situação é só no futebol. Cheguei ontem (quarta-feira) a São Paulo e defini minha situação, não tenho nada a ver com o que acontece extra campo", afirmou Scolari, sem qualquer exaltação em sua voz.

Outra curiosidade dos jornalistas era sobre como funcionará o trabalho conjunto entre Felipão e Parreira. Tanto o treinador como o coordenador mostraram afinidade nas explicações, garantindo que existirá sempre um diálogo entre os dois, mas deixando claro que a palavra final será de Scolari.

"Fiquei muito feliz quando o presidente me disse que convidou o Parreira. Eu disse 'muito obrigado' por poder ter o Parreira ao meu lado. O Parreira vai emitir opinião, vai sugerir nomes. Vou estar mais no campo, mas é assim que vamos trabalhar. Pelas equipes que nós formamos, muitas vezes temos algumas diferenças de posicionamento, de treinamento, mas vamos dicutir e adaptar isso. Acho que os dois estilos vão se fundir", explicou Felipão.

"Tudo é uma questão de adaptação, estamos aqui para colaborar, trocar ideias e até conceitos diferentes. Mas a decisão final sempre caberá ao treinador, que é a figura principal da comissão técnica", concordou Parreira.

Sem respostas atravessadas, irritação ou qualquer outra situação mais desconfortável nesta terça, sobrou espaço até para brincadeiras em uma sala lotada com cerca de 100 profissionais de imprensa no Rio de Janeiro.

"Vejo que o Parreira está mais bonito, mais elegante, eu que não consegui fazer plástica ainda"; "o pessoal diz que não, mas eu era bom quando jogava, há discordâncias, mas eu era bom"; "a cara do Felipão? É essa, mais ou menos. Se você me perguntar para minha esposa, ela vai dizer que é razoável, outros vão dizer que é feia". O bom humor de Felipão arrancou risadas dos presentes.

Aos 64 anos, Luiz Felipe Scolari é ainda mais maduro e experiente do que era quando foi pentacampeão mundial em 2002, na Copa da Coreia do Sul de do Japão. À primeira vista, Felipão demonstrou uma postura mais calma, resta saber se um novo "caso Romário" ou algum outro contratempo poderá tirar novamente o treinador do sério durante a trajetória para o tão sonhado hexa.

Gafe de Marin - O presidente da CBF, José Maria Marin, rasgou elogios a Luiz Felipe Scolari e a Carlos Alberto Parreira durante a apresentação dos dois membros principais da nova comissão técnica da CBF. Em uma de sua respostas, no entanto, o dirigente fez confusão, acabou errando o nome do coordenador técnico, campeão do mundo com o Brasil em 1994, e cometeu uma gafe, chamando ele de "Antônio Carlos".

"Pelo prestígio internacional do Antônio Carlos Parreira, do Carlos Alberto Parreira, e do Felipe...", disse Marin, que em outro momento da coletiva aidna soltou um "Carlos Albertos Parreiras".

Palmeiras anuncia lista de dispensados: Obina e mais quatro estão fora da temporada 2013



Daniel Carvalho e Obina durante treino do Palmeiras; atacantes não ficam para 2013
Daniel Carvalho e Obina durante treino do Palmeiras; atacantes não ficam para 2013
O Palmeiras anunciou na noite desta quinta-feira, por meio de seu site oficial, uma lista de cinco jogadores que não terão seus vínculos renovados com o clube ao fim de 2012. O lateral-esquerdo Leandro, o volante João Vitor, o meia Daniel Carvalho e os atacantes Betinho e Obina estão fora dos planos.

De acordo com a nota, outros 11 atletas ainda seguem com contrato com o clube, mas estão disponíveis para negociação: os goleiros Pegorari e Carlos, os laterais Fabinho Capixaba, Luís Felipe e Gerley, os zagueiros Leandro Amaro e Wellington, o volante Tinga, o meia Patrik e os atacantes Daniel Lovinho e Tadeu.


Dos cinco atletas que não continuarão, somente o caso de Betinho já havia se tornado público. Obina e Leandro chegaram ao longo da temporada e não conseguiram repetir as atuações que tiveram outrora pela equipe alviverde. Daniel Carvalho, por sua vez, já tinha gerado insatisfação na diretoria e o fim de sua passagem era anunciado. 

João Vitor foi outro que teve uma passagem turbulenta no Palestra Itália. O atleta se envolveu em uma briga com torcedores, em 2011, em frente à loja oficial do clube. Ultimamente, o jogador estava contundido e não participou do final da campanha que decretou o rebaixamento dos paulistas. 

Segundo informações do repórter da Rádio Estadão ESPN Eduardo de Meneses, mais três atletas deverão deixar o clube. Thiago Heleno, que tem contrato até o final deste ano, é um deles. O paraguaio Román, que está por empréstimo, voltará ao River Plate, mas não deverá seguir na equipe argentina. 

Já o lateral direito Artur tem sua permanência dificultada por conta da quantia financeira que o São Caetano pede pelo jogador, que está emprestado ao Palmeiras. Os três atletas têm contrato apenas até dezembro.

O Palmeiras é o 18º colocado do Campeonato Brasileiro, com 34 pontos, e já está rebaixado à Série B. Com o anúncio desta quinta-feira, o clube deu sequência à reformulação do elenco para 2013, quando, além da segunda divisão nacional, também disputará a Copa Libertadores. Antes, a equipe havia contratado o lateral direito Ayrton, ex-Coritiba. O volante Augusto Recife e o goleiro Fernando Prass interessam e podem ser os próximos reforços a chegarem.

Em encontro, Jorge Rodrigues descarta aliança com Patricia e promete Kaká para a camisa 10 do Flamengo


Jorge Rodrigues, ao centro, prometeu contratarr Kaká para ser o camisa 10
Jorge Rodrigues, ao centro, prometeu contratar Kaká 


Durante um encontro da Chapa Rosa realizado na noite desta quinta-feira, em uma churrascaria na Zona Norte do Rio de Janeiro, o candidato à presidência do Flamengo Jorge Rodrigues sonhou alto. Ao abordar seus planos para a presidência, Rodrigues prometeu um nome de peso para a camisa 10 em 2013: Kaká. Segundo ele, os contatos já foram iniciados na busca pela contratação do meia do Real Madrid.

"Minha carta na manga é algo que vou dar ao sócio. Um grande craque para a camisa 10. Vou revelar: o nome dele é Kaká. Já estou trabalhando por isso. Vou atrás dele para dar esse presente para o torcedor", disse Jorge Rodrigues.

Após a aliança entre Ronaldo Gomlevsky, da Chapa Branca, com Eduardo Bandeira de Mello, da Chapa Azul, muito se especulou sobre uma união entre Jorge Rodrigues e a atual presidente Patricia Amorim, da Chapa Amarelo Ouro. A proposta foi descartada por Rodrigues. Para ele, não há mais chance devido à falta de tempo para composição das chapas.

"Não há possibilidade. O tempo disso passou. Quem poderia vir ao nosso encontro, já veio", afirmou Rodrigues.

Nos bastidores, no entanto, parte dos integrantes da chapa de Patricia Amorim tenta convencê-la a desistir do pleito e compor uma aliança em busca da vitória nestes últimos dias. O resultado das últimas pesquisas, que colocam a Chapa Azul na liderança, é um dos motivos para a ideia. A eleição rubro-negra ocorre no dia 3 de dezembro.