segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Brasilerão Série C

21h00



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'Receio' da Série B tirou Gareca do Palmeiras, admite presidente


'O Palmeiras não vai cair porque a torcida está apoiando muito', diz Nobre 
O mesmo presidente Paulo Nobre que há cerca de dois meses contratou o argentino Ricardo Gareca para comandar o Palmeiras veio a público para afirmar que demitiu o treinador, nesta segunda-feira, por "receio" de não ter tempo de livrar o time da Série B do Campeonato Brasileiro adiante
"Não é o ideal a troca de técnico no decorrer de uma competição, foge à nossa filosofia de trabalho. Porém, chegamos à conclusão de que os resultados não acontecendo, faltando evolução, a troca era melhor ser feita agora do que adiante. Ficamos com receio. Essa diretoria pode errar por ação, mas não vai errar por omissão", disse Nobre, no Academia de Futebol do Palmeiras.
Segundo ele, se pudesse fazer um trabalho a longo prazo, Gareca "com certeza" faria um grande trabalho. O cartola negou ter demitido o argentino por pressão.
"Rebaixamento é um fato que hoje tem que trabalhar no dia a dia. Mas afirmo que o Palmeiras não vai cair e falo porque a torcida está apoiando muito", completou o dirigente.
Neste momento, o Palmeiras está fora da zona de rebaixamento do Brasileirão, mas com a esma pontuação do primeiro time no grupo dos quatro piores da competição, o Criciúma, ambos com 17 pontos. Os paulistas levam vantagem no número de vitórias.
Nobre não confirmou se Dorival Júnior está mesmo próximo de ser contratado. Segundo o jornalista Paulo Vinícius Coelho, dos canais ESPN, Dorival já procura voo para desembarcar em São Paulo e assumir o cargo. Alberto Valentim segue como interino neste período e já comandou a atividade desta segunda com o elenco.
"Imagino um treinador sério, trabalhador, que se identifique com o clube", comentou o presidente palmeirense a respeito do futuro comandante.

Após demissão, Gareca pede desculpas à torcida e diz que ficaria até o fim

  • Terceiro Tempo
    Técnico agradeceu a oportunidade de defender o Palmeiras
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Após o término da reunião que selou sua saída do Palmeiras, Ricardo Gareca deixou, de carro, a Academia de Futebol. Apesar de revelar frustração e vontade de ter continuado no cargo, o argentino disse, ao sair, que não guarda mágoas da diretoria alviverde.
"Uma situação difícil, um técnico estrangeiro no Brasil. É complicado. Não tive os resultados esperados. Queria ter ficado aqui e tirar o time desta situação ruim. O clube teve respeito comigo e entendo a decisão, não estou decepcionado com a diretoria. A decepção é com os resultados ruins", disse o ex-técnico alviverde.
Gareca aproveitou e agradeceu pela passagem no clube brasileiro, fazendo um pedido de desculpas à torcida, que o apoiou mesmo com os maus resultados.
"O Palmeiras é um clube magnífico. Peço desculpa ao torcedor. Só tenho a agradecer ao clube pela oportunidade".
Enquanto não anuncia um novo técnico, o Palmeiras terá o comando do interino Alberto Valentim. O nome mais forte na diretoria para substituir Gareca é o de Dorival Júnior, atualmente sem clube.
A demissão do argentino vai de encontro ao discurso propalado pela diretoria alviverde até pouco tempo atrás.
A cada derrota, os dirigentes destacavam que Gareca não era o culpado, enfatizando a necessidade da manutenção da filosofia de trabalho para que o time se ajustasse. Mas o posicionamento dos diretores não resistiu a seguidos tropeços da equipe.  
Indagado no sábado à noite sobre a possibilidade de cair (pouco após a derrota contra o Inter), Gareca informou que não tinha intenção de largar o trabalho. Ele havia destacado o apoio da diretoria.
"É um momento difícil e duro, mas estou convencido do meu trabalho e o que eu posso dar. A diretoria confia em nós, e eu seguirei até as últimas consequências. Eu creio no plantel e quero devolver a confiança que a diretoria me deu quando me contratou. Não quero sair dessa maneira", afirmou Gareca ao site oficial do Palmeiras, no sábado.
"Não quero sair desta maneira. Dirigir um time no Brasil e ainda o Palmeiras é o melhor que já passou em minha carreira. Quero seguir, não quero deixar o Palmeiras nessa situação", acrescentou.
Gareca montou legião estrangeira no Palmeiras
A passagem de Gareca no Palmeiras foi curta. O treinador começou o trabalho no Palmeiras em junho deste ano valorizado pela campanha do Vélez Sarsfield, quando foi elogiado por montar um time competitivo com poucos recursos.
O argentino tinha assinado vínculo com o Palmeiras até junho de 2015, carregando dois profissionais para comissão técnica.
No comando do time, Gareca teve carta branca para trazer jogadores sul-americanos. O Palmeiras montou uma legião estrangeira, com oito gringos, a maioria vinda por indicação de Gareca. Pesou contra o treinador o fato de nenhum atleta contratado ter apresentado grande performance em campo.
O elenco do Palmeiras conta com os uruguaios Victorino e Eguren, o paraguaio Mendieta, os argentinos Tobio (foi o primeiro indicado por Gareca), Allione, Mouche e Cristaldo, além do chileno Valdivia.
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Dança dos técnicos no Brasileirão 17 fotos

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Após 13 jogos e oito derrotas, o técnico argentino Ricardo Gareca não resistiu e foi demitido do comando do Palmeiras Friedemann Vogel/Getty Images

PVC: Dorival Jr viaja a São Paulo para negociar com o Palmeiras

DIVULGAÇÃO/FLUMINENSE
Dorival comandou treino nesta quinta na Urca
Dorival Jr. é o favorito para assumir o comando do Palmeiras
O técnico Dorival Jr. está viajando a São Paulo para negociar com o Palmeiras. O treinador revelou ao ESPN.com.br que está procurando um voo de Florianópolis, onde vive, para a capital paulista, com o objetivo de sentar-se com a diretoria alviverde e discutir um contrato de produtividade, provavelmente até o fim do ano.
Segundo apurou a reportagem, a equipe do Palestra Itália quer Dorival como seu novo treinador, para substituir o argentino Ricardo Gareca, demitido nesta segunda-feira após uma série de resultados ruins.
O ex-volante é identificado com o Palmeiras, já que jogou pelo time entre 1989 e 1992, além de ser sobrinho do lendário volante Dudu, eterno parceiro de Ademir da Guia.
O único fator que pode complicar a negociação entre Palmeiras e Dorival é um possível entrave salarial. Clube e treinador terão que chegar a um meio-termo, mas o comandante deve facilitar a pedida, já que deseja assumir o comando do clube palestrino.
Caso assuma mesmo o Palmeiras, o técnico de 52 anos chegará à sua 17ª equipe na carreira. Ele já passou por Cruzeiro, Vasco, Santos, Atlético-MG, Inter e Flamengo.
Seu último trabalho foi no Fluminense, time com o qual foi rebaixado à Série B em 2013 - acabou "salvo" pelo "tapetão" que derrubou a Portuguesa para a Segundona.


GAZETA PRESS
Dorival Jr Palmeiras Bragantino Campeonato Paulista 1989 25/05/1989
Identificado: Dorival jogou pelo Palmeiras no final dos anos 80 e começo dos 90

Português

16h00



4 RIO Rio Ave X Boavista-POR BFC 0

Fim da paciência: Palmeiras demite Gareca após reunião; Tite é o mais cotado

GETTY
Ricardo Gareca não pretendia deixar o Palmeiras
Ricardo Gareca não pretendia deixar o Palmeiras
Chegou ao fim a passagem de Ricardo Gareca pelo Palmeiras. Em reunião realizada nesta segunda-feira, a diretoria de futebol alviverde decidiu encerrar o ciclo do argentino no Palestra Itália. A situação do treinador ficou insustentável após a derrota de 1 a 0 para o Inter, no Pacaembu, no último sábado, a sétima da equipe sob o seu comando neste Brasileiro.
Gareca deixa o Palmeiras na 16ª posição, com 17 pontos, na briga contra mais um rebaixamento - o Criciúma, que abre a luta contra a degola, conta com a mesma pontuação, mas fica atrás no saldo de gols.
Ao todo, o técnico, que desembarcou no Palmeiras após excelente trabalho em seu país com o Vélez Sarsfield, dirigiu o time em 13 jogos, com quatro vitórias, um empate e oito derrotas nas três competições em que esteve no banco de reservas (Brasileiro, Copa do Brasil e Copa EuroAmericana). Ele havia firmado contrato até 30 de junho de 2015.
O substituto de Gilson Kleina teve de convencer a sua família e recusar uma proposta do Racing-ARG para acertar com a cúpula palmeirense. Considerado barato para os padrões brasileiros, ele veio com um salário de cerca de R$ 150 mil mensais e trazendo dois profissionais de sua confiança para a comissão técnica, o auxiliar Sergio Santín e o preparador físico Néstor Bonillo, que também se despedem do clube.
Com a dispensa de Gareca, o Palmeiras terá de administrar a ‘mini-república' argentina montada pelo comandante. Mouche, Allione, Cristaldo e Tobio foram todos indicados por ele e prosseguem na Academia do Futebol.
Veja o gol de Palmeiras 0 x 1 Internacional
Em 13 partidas com o técnico de 56 anos, foram 13 escalações diferentes.
O presidente Paulo Nobre, que ainda resistia a abrir mão do treinador na temporada do centenário do clube, teve de ceder e acabou convencido por aliados, que pressionaram após a derrota para o Inter em casa. Pela primeira vez desde a sua chegada, ele perdeu a calma em entrevista coletiva neste fim de semana. Além disso, o pentacampeão mundial Lúcio criticou publicamente a postura tática do time.
Mais uma vez no mercado atrás de um novo nome para o seu banco de reservas, o Palmeiras acompanha o ex-corintiano Tite surgir com força em seus bastidores. Dorival Júnior também seria uma opção.
'Palmeiras em formação? Em deformação, é um catadão', analisa Antero Greco


Veja o gol de Palmeiras 0 x 1 Internacional

Falida após 'tapetão', Portuguesa atrasa pagamentos e começa a perder atletas na Justiça

DIEGO GARCIA/ESPN.COM.BR
Clube tradicional de São Paulo e do Brasil, Portuguesa está falida
Clube tradicional de São Paulo e do Brasil, Portuguesa está falida
Em crise desde a queda à Série B no "tapetão" na temporada passada, a Portuguesa parece estar caindo em um poço sem fundo. O ESPN.com.br apurou que o clube está praticamente falido, tem atrasado pagamentos de jogadores há meses e começa até a perder atletas na Justiça. O rebaixamento ocorrido por meio do STJD em 2013 fez com que a agremiação deixasse de ganhar múltiplas quantias em cotas de TV e patrocínios, o que, aliado ao legado econômico precário que teria sido deixado pela última gestão, vem colocando um dos principais times do Brasil em maus lençóis. 
O volante Rafael Coutinho já conseguiu liberação na Justiça, por exemplo. A reportagem confirmou que o atleta obteve liminar que o liberou do clube por causa do atraso salarial. Ele, que chegou no início do ano, estava afastado há algum tempo, não vinha jogando e muito menos recebendo. Seu último salário depositado em conta foi no dia 30 de maio. Desde então, o jogador não recebia sequer o FGTS que deveria ser obrigatoriamente depositado, já que seu contrato era registrado na CLT.
A decisão da juíza em julgamento ocorrido na semana passada concedeu ao volante uma liminar que o deixa livre para acertar com qualquer outro time. "Saiu na sexta uma liminar liberando o Rafael Coutinho por mora salarial, FGTS, afastamento e direito ao livre exercício do trabalho", disse Leonardo Lapota, advogado do atleta, à reportagem. Seu vínculo com a Lusa já será retirado da CBF e da Fifa.
Outro exemplo obtido pela reportagem é com relação aos pagamentos de FGTS de alguns jogadores. Conforme uma fonte ligada ao clube, o atleta Valdomiro, por exemplo, não tem seus depósitos do Fundo de Garantia feitos de forma correta desde o ano passado. A situação se repete com outros do elenco, que também estariam com os vencimentos atrasados. 
ESPN.com.br apurou que a situação econômica atual do clube é extremamente alarmante, o que explica os atrasos salariais de parte do elenco. Ainda existem centenas de processos judiciais trabalhistas em curso na Justiça contra a Portuguesa. A coisa também não está boa dentro de campo. uma vez que a equipe rubro-verde está na penúltima colocação da Série B, na zona do rebaixamento e é séria candidata a cair à terceira divisão.
A equipe perdeu milhões por causa da inesperada queda à Série B, já que as cotas pagas pela TV Globo aos clubes que disputam a segunda divisão é consideravelmente menor. Os patrocínios da Lusa também despencaram no período e o ambiente político vive momento tenso, a partir do momento em que o clube vive péssimo momento financeiro.
A Portuguesa havia permanecido no Campeonato Brasileiro dentro de campo na temporada passada, mas caiu depois de polêmica decisão do STJD que tirou pontos do clube em jogo contra o Grêmio. O motivo foi a escalação irregular de Héverton, que entrou nos minutos finais do confronto válido pela última rodada. Quem se beneficiou foi o Fluminense, que tinha sido rebaixado, mas permaneceu na elite com a tragédia lusitana.


A reportagem tentou neste domingo entrar em contato com o presidente Ilídio Lico para comentar a saída de Rafael Coutinho na Justiça, os atrasos salariais e a situação econômica complicada da Portuguesa, mas não conseguiu contato até a publicação da matéria.

A Arte Flamenga de Fazer Tudo Errado.

Sem Título
Quem diria que na 18a rodada o Flamengo estaria em 9o lugar na tabela do Brasileiro? Para! Nem responde. Mesmo que ao longo da semana você leia ou ouça dezenas de vezes a esta, que é uma das perguntas retóricas mais idiotas da atualidade, nem responde. Porque é de uma cretinice incurável perguntar um troço desses sabendo que existem 40 milhões de torcedores do Flamengo em atividade no país que diziam, imaginavam, intuíam e vaticinavam tal cenário desde que o Luxa chegou. Portanto, retórica ou não, a pergunta é desprovida de nexo.
Pra ser sincero, 39 milhões e uns quebrados diziam isso já no tempo do Ney Franco, eu sou um deles. Alguns diziam até revoltados, como uma crítica ácida, tipo: Que vergonha, com o elenco desse ano o Flamengo não passa de 9o no Brasileiro! E cá pra nós, com toda a humildade, o elenco até pode ser de 9o lugar, mas a nossa camisa e a nossa torcida jamais foram e sempre merecem coisa melhor. Mas nada de cuspir pro alto, moçada. Não ainda. Pra quem estava há um mês atrás tomando sopa de garfo e dormindo colado no boi o 9o lugar na tabela é igual a passar a noite de núpcias em Las Vegas. Obviamente que falo do motel Las Vegas, aquele na Dutra.
Mas como explicar a violência desse upgrade vermelho e preto? Vamos aos fatos. Conforme 9 entre 10 gatomestres da preclara crônica esportiva nacional afirmaram diversas vezes ao longo das 187 rodadas anteriores o Flamengo já estava morto, esverdeado, exangue e peladão numa gaveta do IML, despojado dos seus pertences e com uma etiqueta pendurada no dedão do pé. A única preocupação desses caras com o Flamengo era manter o cadáver incorrupto até dezembro, data marcada pro funeral mais esperado do século. Se foderam. E a pletora de coroas fúnebres encomendadas antes da hora pelos otários da arco-íris terão que ser pagas do mesmo jeito. Um abraço pro grande rubro-negro Álvaro, da Camélia Flores, que vai meter uma merreca forte.
A ciência tem encontrado extrema dificuldade em explicar a reviravolta na marcha dos acontecimentos que fez com que o Flamengo, de uma hora pra outra, provocasse uma corrida às casas de ferragens de Pequenópolis. Pois agora todos os habitantes da pitoresca província liliputiana estão desesperados para comprar cadeados e tábuas de compensado pra reforçar portas, janelas e tentar conter o avanço do Mengão Reanimator que vem subindo a ladeira em velocidade estonteante e quebrando tudo por onde passa. Era melhor que esquecessem os cadeados e tratassem de procurar o quanto antes o Serviço de Proteção às Testemunhas porque é absolutamente certo que a casa desses trouxas vai cair.
Assim como a ciência falha em explicar o fenômeno, nenhum de nós pode dizer com absoluta certeza o que é que está rolando. O Flamengo em 2014 fez tudo que estava ao seu alcance para ter o pior ano de sua história. Fez uma pré-temporada ridícula, comprou bondes caríssimos e quebradiços, trocou de treinador duzentas vezes, jogou a Libertadores como se fosse um carioqueta e o Carioqueta como se fosse o Mundial da FIFA, seus cartolas deram declarações desastradas, pagaram impostos como se vivêssemos na Escandinávia, atrasaram salários e anteciparam receitas como se estivéssemos no tempo dos presidentes fãs da epistolografia e ainda por cima deixaram a Holanda treinar na Gávea Sinistra e espalhar por lá sua incurável murrinha de vice eterno e perdedores de disputa de pênaltis que nos custará toneladas de sal grosso pra descontaminar.
O que será que esses caras tinham em mente quando deixaram tudo isso acontecer? Não importa, porque mesmo dando tantos moles o Mengão está na primeira página da tabela e a tendência é de crescimento. E mesmo quem vive com aquela coceirinha na língua, doido pra falar mal da diretoria, é forçado a admitir que a soma dos erros dos carecas resulta positiva.
Entre todos os erros dos caras nenhum foi mais acertado do que contratar um treinador decadente que não ganha nada que preste há anos. Luxemburgo, com o seu na reta, tem se mostrado um estrategista de fina estirpe. Incutiu na mente da rapaziada que não passam de um bando de perebas superassalariados que se quiserem continuar no bem-bom de jogar no Flamengo deveriam rever seus conceitos e chutar a bola pro mato ao menor sinal de perigo. E é exatamente isso que vem sendo feito com grande disciplina tática pela nossa querida mulambada rodada após rodada.
Luxemburgo mostrou pros caras a verdadeira doutrina rubro-negra. Relembrou a importância de certos valores morais e comportamentais que estavam caindo em desuso na Gávea. O que resultou no sapatinho blindado de aço que o Flamengo tem exibido e que nos trouxe até aqui, à primeira página da tábua de classificação. Daqui pra frente tudo pode acontecer, inclusive nada, mas o Flamengo entrará na segunda metade do Brasileiro com a cabeça erguida e o peito estufado. O que vier é lucro.
Terror em Pequenópolis!
Mengão Sempre
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Rubro-negro bem vestido, me ajuda a acabar com os perebas no time do Flamengo. Entra logo no sócio torcedor.
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MUSAS DO ESPRTE

Mayra ginástica (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/COB)
Duda e Paty vôlei de praia (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/COB)Ingrid saltos ornamentais (Foto: Divulgação)
Ensaio nadadora paralímpica Camille Rodrigues (Foto: Antonio Schumacher / Divulgação)
Ensaio nadadora paralímpica Camille Rodrigues (Foto: Antonio Schumacher / Divulgação)

Cuidando do Elo Mais Fraco

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Futebol é aquela coisa: todo mundo acha que entende mais que o treinador, que o dirigente e que o comentarista, sempre baseando-se na sua ótica de torcedor apaixonado. De uns anos para cá e com as facilidades que a tecnologia nos oferece, cada vez mais vem sendo tentada uma abordagem mais, digamos, científica do que se passa em campo.
Já tem uma literatura razoável sobre o tema, mas ano passado foi lançado um livro que eu considero um divisor de águas nessa metodologia: Os Números do Jogo – Por Que Tudo o Que Você Sabe Sobre Futebol Está Errado. É uma tentativa de explicar o jogo através de modelos matemáticos e uma maçaroca de estatísticas, processadas de forma lógica e estruturada.
O livro já inspirou até uma série no Fantástico – meio rasa, por sinal, mas só essa semana eu tive chances de ler, e o fiz de uma só vez, de modo frenético, porque para quem é fã do filme Moneyball e sonha com algo parecido no futebol, o livro é imperdível.
A tese mais importante dos autores é que o futebol é um jogo do elo mais fraco, ou seja, o resultado é muito mais consequência das fraquezas de uma equipe do que do talento dos seus melhores jogadores.
São muitas páginas dedicadas à teoria, que fazem todo sentido para provar que por mais que você aglomere bons jogadores, o determinante crucial do sucesso da equipe (ou de uma empresa) é como você lida com suas fraquezas. Evitar que os pernas de pau cometam um desastre é mais importante do que o desempenho espetacular do craque – em números, melhorar seu elo fraco representa um saldo de gols 30% melhor e quase o dobro dos pontos no campeonato.
Outra tese bem interessante é a contaminação negativa que um craque pode espalhar pela equipe.
Citando um estudo da psicologia alemã dos anos 20 conhecido como Efeito Kohler – que conseguiu provar que no esporte o desempenho coletivo melhora na medida em que os menos capazes são induzidos a perceberem sua contribuição como decisiva para não prejudicar o grupo – os autores reforçam a importância de selecionar seus elos mais fortes entre atletas que estimulem o esforço máximo de todos, para que o sucesso seja percebido como resultado de um trabalho árduo, não de um talento nato.
Não que isso venha ao caso, mas como exemplos de liderança positiva eles citam o argentino Lionel Messi, que se dedica intensamente e assim induz os elos mais fracos do Barcelona a fazerem o mesmo. E como exemplo de liderança negativa, bom, eles escolheram o Imperador Adriano, que ao optar constantemente por não treinar e ainda assim ter um bom desempenho, passava a seus companheiros de time a mensagem de que por mais que eles se esforçassem, jamais chegariam aos pés dele.
Ora, se futebol é, provadamente, um esporte cujo triunfo depende essencialmente da forma como o time lida com seus elos mais fracos, ter no grupo lideranças negativas, ainda que talentosas, é a forma mais garantida de fracassar.
Por que digo tudo isso? Porque andei refletindo, animadamente, sobre a inequívoca melhoria do time do Flamengo neste último mês (noves fora o desastre do Alto da Glória que praticamente nos alijou da Copa do Brasil). Muita coisa boa aconteceu, a governança do futebol mudou, o treinador mudou, tivemos escassos porém precisos reforços, o ambiente político melhorou, a torcida abraçou o time…
Mas, para mim, o que foi realmente decisivo foi o afastamento de Elano, Felipe e principalmente André Santos.
Não tenho dados estatísticos para afirmar, mas creio que eles estavam entre os piores desempenhos de todos e só por isso já deveriam ter outro destino – porque a receita clássica de lidar com os elos fracos é tentar fazer o sujeito melhorar treinando mais, depois é reforçar o setor com outros jogadores, se não der certo substituir e se continuar a dar errado é mandar o cidadão embora.
E mesmo que não fossem “cientificamente” o elo mais fraco do time (ou seja, ainda havia gente em campo com desempenho pior do que o deles), a mensagem que cada um trazia estampado era de que, sendo jogadores consagrados, milionários, com passagem pelo exterior e pela Seleção (Felipe só nas de base), suas falhas estavam sendo minimizadas pelo nome que carregam, o que contribuía para espalhar uma carga negativa para todos os demais.
Ainda não dá para soltar fogos, mas como claramente o time é outro, é nítido que esse tipo de mensagem equivocada – tudo posso, porque sou famoso e jogo com meu nome – precisa ser extirpada em um esporte que se destaca pela coletividade e, sobretudo, pelo estrago que jogadores de baixo desempenho, o tal elo mais fraco, costumam causar.
Avante Mengão. Dias melhores virão.
Walter Monteiro
Mengão Sempre
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