Faz três semanas, o título brasileiro ainda não era tão claro e o Fluminense ocupava apenas a segunda colocação. Abel Braga conversava sobre a importância de Deco para sua equipe: "Às vezes, ele precisa vir um pouco mais de trás. Lá na frente, sem espaço, é mais difícil para ele."

Deco voltou à equipe e ela se adaptou a seu estilo. Abel transformou o 4-2-3-1, em que o meia luso-brasileiro ocupava a função central de armação, por um 4-3-1-2. No Fla-Flu, Thiago Neves jogou mais centralizado, do meio para os lados do campo. Deco, um pouco mais atrás, pela direita num losango de meio-de-campo.

Com Edinho e Jean preenchendo o sistema defensivo, Deco tem liberdade para ser armador pelo lado direito, aproximar-se da grande área ou recuar para fazer lançamentos, à sua vontade. Por ora, o sistema vira quase um 4-3-3, mas não muda a essência do Flu: pragmatismo!

Sem pressa, nem espetáculo, o Fluminense constrói a vantagem de seis pontos, que só o Flamengo de 2009 foi capaz de tirar mas onze rodadas finais para ser campeão brasileiro. A missão do Atlético é quase impossível.

moxxx