sábado, 12 de julho de 2014

CBF "vaza" idéia da permanência de Felipão para testar você! Técnico deveria se demitir já


Fala de Felipão em áudio vazado é mais um motivo para que o técnico abandone a seleção; confira
Não sejamos ingênuos. A permanência de Luiz Felipe Scolari é um óbvio absurdo, um desrespeito à seleção brasileira e seus torcedores. Quando a CBF "vaza" tal idéia a intenção é evidente: esperar para ver a reação da imprensa e da opinião pública. Se não constatar grande rejeição, revolta, bronca, vão empurrando com a barriga deixando no cargo o técnico do vexame. Eles já pensam nos amistosos pós-Copa.
Felipão demonstra falta de amor próprio ao silenciar a respeito. Seria digno se ele seguisse os passos de Cesare Prandelli, que se demitiu da Itália assim que sua equipe não se classificou na fase de grupos, mesmo sendo o atual vice-campeão europeu. A queda de Scolari foi muito maior, claro. Sua saída após a decisão do terceiro lugar deveria ter sido anunciada após os 7 a 1. Mas ele parece disposto a seguir. Inacreditável!
REUTERS
Scolari faz, sem querer, o número sete com as mãos: placar do jogo com a Alemanha elimina qualquer argumento pela sua permanência
Scolari faz o número 7 com as mãos: gols da Alemanha inviabilizam permanência 
Mas a comissão técnica não parece disposta a largar o osso. A constrangedora entrevista no dia seguinte ao massacre reforçou a idéia. E a da véspera do cotejo com a Holanda mostrou um Scolari que parecia viver num universo paralelo. Ao repetir que "o trabalho foi bom" após ter sido surrado pelos germânicos, o treinador age de forma dissimulada ou perdeu mesmo a noção da realidade.
A qualidade do futebol do time em jogos oficiais foi ótima mesmo apenas uma vez, nos 3 a 0 sobre a Espanha que valeram o título da Copa das Confederações. Houve, claro, um ou outro bom amistoso, mas nas pelejas que valiam, o time teve várias apresentações fracas ou não mais que razoáveis, como diante de México e Uruguai em 2013. E todas as deste Mundial. As pessoas acreditaram que o time era bom por causa daquela vitória.
Felipão deveria ter vergonha de mostrar números na tentativa de nos convencer que seu trabalho foi satisfatório. Soa patético. Incrível não existir ninguém perto dele para alertá-lo quanto ao ridículo da situação. Até porque depois do jogo (?) diante da Alemanha em Belo Horizonte, quando o Brasil foi humilhado em casa, apenas dois números "dizem" alguma coisa: 7 e 1.
PS: clique aqui e leia o post deste blog publicado após a vitória por 3 a 0 sobre a Espanha que valeu ao Brasil o título da Copa das Confederações
'Até quem não nasceu saberá que um dia, em 2014, o Brasil foi surrado pela Alemanha por 7 a 1', diz 

Nem sempre é melhor ser quarto do que ser sexto colocado. O Brasil 2014 revela a contradição dos números

Voltar à semifinal de uma Copa do Mundo depois de doze anos seria bom. Talvez o primeiro passo para voltar à decisão daqui a quatro anos. Mas o sentimento não é esse. Foi muito pior o quarto lugar de 2014 do que o sexto lugar de 2010 ou o quinto lugar de 2006. Não foi bom!
A melancólica apresentação contra a Holanda na decisão de terceiro e quarto lugares mostra isso. O Brasil sofreu o primeiro gol quando subiu sua marcação para pressão e a bola lançada pelo goleiro Cillessen produziu o contra-ataque que terminou com pênalti -- na verdade, falta fora da área vista como pênalti pelo árbitro argelino.
Não importam nem sequer os erros de arbitragem e o segundo gol ter começado com impedimento. De novo, a seleção falhou. Errou passes, não teve criatividade, não conseguiu penetrar na defesa holandesa, ofereceu sua defesa à velocidade de Robben, o melhor da partida.
Já se falou sobre repensar. É o que deve acontecer.
Há, no entanto, lembranças do que se falou antes importantes para achar o tom certo entre o desespero e a esperança. Nunca uma seleção chegou ao título com suas principais referências aos 22 anos. Nem o Brasil de 1958, porque Didi foi, aos 29, o melhor jogador da Copa, não Pelé aos 17.
Daqui a quatro anos, Neymar e Oscar terão 26 anos. Podem ser referências melhores pela idade, desde que o time chegue mais sólido, mais seguro.
O Brasil não acabou. A Copa sim. A melancolia e a certeza de que é preciso fazer um trabalho melhor ainda vai permanecer por um bom tempo.


12/julho/2014
BRASIL 0 x 3 HOLANDA

Local: Mané Garrincha (Brasília); Juiz: Djamel Haimoudi (Argélia); Público: 69.349; Gols: Van Persie (pênalti) 2, Blind 15 do 1º; Wijnaldum 45 do 2º; Cartão amarelo: Thiago Silva, De Guzman, Oscar, Fernandinho, Robben
BRASIL (4-2-3-1): 12. Júlio César (5,5), 23. Maicon (5), 3. Thiago Silva (5,5), 4. David Luiz (5) e 14. Maxwell (5,5); 17. Luiz Gustavo (5,5) (5. Fernandinho, intervalo (5)) e 8. Paulinho (5,5) (18. Hernanes 12 do 2º (6)); 16. Ramires (5) (7. Hulk 28 do 2º (4,5)), 11. Oscar (6) e 19. William (5); 21. Jô (4). Técnico: Luiz Felipe
HOLANDA (3-4-1-2): 1. Cillessen (6,5), 3. De Vrij (6,5), 2. Vlaar (7) e 4. Martins Indi (5,5); 15. Kuyt (5,5), 20. Wijnaldum (6), 16. Clasie (6,5) (13. Veltman 45 do 2º (sem nota)) e 5. Blind (6,5) (7. Janmaat 25 do 2º (6,5)); 8. De Guzman (5,5); 11. Robben (7) e 9. Van Persie (6,5). Técnico: Louis Van Gaal
Homem do jogo FIFA - Robben
Homem do jogo PVC - Robben
57% x 43%

Copa do Mundo

17h00

0 BRA Brasil X Holanda HOL 3

Romário detona 'ladrões da CBF', culpa Dilma e Rebelo e diz: '80% não volta mais para seleção'

Romário detona CBF e dispara contra Marin e Del Nero: 'São do mal, corruptos e ladrões'
Três dias depois da vexatória goleada de 7 a 1 sofrida pelo Brasil diante da Alemanha, Romário disparou a metralhadora contra os cartolas e políticos do país. O ex-jogador e atual deputado federal dividiu a culpa pelo fracasso com os ‘corruptos dirigentes da CBF', com Aldo Rebelo, a quem chamou de pior Ministro do Esporte da história, e com a presidenta Dilma Roussef, mas também não poupou os jogadores que estavam em campo e disse que 80% dos jogadores não deveria mais vestir a camisa amarela.
"As pessoas que estão na CBF são do mal. Corruptas, ladrões, que não querem trazer nada positivo, só querem enriquecer com o futebol. E não esperem muito do Congresso. Lá tem uma bancada de no mínimo sete deputados que vivem em defesa da CBF por interesses particulares. Não deixem que esse Del Nero assuma a CBF no ano que vem. Se assumir, a tendência é de um futebol cada vez mais pobre, deficitário e vexatório", disse Romário em entrevista exclusiva à ESPN.
"O que eu posso dizer ao Ministro é que ele não venha colocar em mim da sua incompetência. Respeito muito a sua carreira, mas nessa pasta o senhor é o pior da nossa história. O futebol está nessa decadência porque a senhora, dona Dilma, presidente da República, e o senhor, Aldo Rebelo, não têm atitudes dignas", completou.
Romário culpa Rebelo e Dilma por decadência do futebol brasileira
"Um grupo que toma de 7 a 1, que passa esse vexame, a tendência é 80% não volte mais a vestir a camisa da seleção. Por mais que não só eles tenham culpa, mas eles não têm mais condições de vestir essa camisa. Ficaram marcados eternamente", disse em relação ao atual grupo de jogadores, pouco depois de dizer que faltou atitude a Fred.
Para Romário, 80% do grupo atual não joga mais pela seleção: 'Ficarão marcados eternamente'
Para finalizar, com o Brasil fora da disputa do título, Romário não escondeu sua torcida para a grande decisão: "Sou Alemanha desde criancinha", disse.
Por quem irá torcer na final? 'Sou alemão desde criança', brinca Romário

Discreto e estrategista, Löw uniu gerações na Alemanha e busca primeiro grande título

MARTIN ROSE/GETTY IMAGES
O técnico Joachim Löw, em entrevista coletiva
O técnico Joachim Löw, em entrevista coletiva
No comando da seleção da Alemanha desde 2006, Joachim Löw tem importância vital no sucesso da equipe na Copa do Mundo de 2014. Com um perfil discreto, mas de muito trabalho, o estrategista alemão busca neste domingo no Maracanã o primeiro grande título de sua carreira. Conquista que pode coroar um processo que ele começou há oito anos, quando substituiu Jürgen Klinsmann e uniu duas gerações de jogadores na equipe para obter sucesso.
Hoje com 54 anos, Joachim Löw começou a sua trajetória como treinador em 1994, quando tinha 34 anos. Como jogador, teve uma carreira sem destaque, atuou por mais tempo no Freiburg e teve passagens apagadas no Stuttgart e no Frankfurt. Parou de jogar depois de cinco temporadas em clubes suíços. Nunca foi convocado para a seleção principal da Alemanha e teve apenas quatro atuações pela equipe sub-21.
Como técnico de clubes, em dez anos, conquistou apenas três títulos, nenhum de grande importância: a Copa da Alemanha de 1996-97, pelo Stuttgart, o Campeonato Austríaco de 2001-02, pelo Tirol Innsbruck, e a Supercopa da Áustria de 2002, pelo Austria Viena. Neste período, sempre fez cursos e especializações para treinador, se preparando para desafios maiores.
Em 2004, Löw foi convidado pelo amigo Klinsmann para ser seu auxiliar técnico na seleção amanhã. Enquanto o treinador focava mais na parte motivacional e era mais carismático, Löw era o grande responsável pelas instruções táticas e análises dos adversários. A parceria foi bem sucedida, mas Klinsmann deixou o cargo após a Copa de 2006, com a derrota em casa para a Itália na semifinal.
GETTY IMAGE
Treinador alemão tem perfil discreto
Treinador alemão tem perfil discreto
Então, Löw assumiu o posto de treinador e teve liberdade para desenvolver o seu trabalho e colocar em prática suas ideias. Com um estilo de jogo ofensivo e técnico, ele ajudou a revolucionar o futebol do país. A união da geração de atletas mais experientes, como Philipp Lahm, Schweisteiger e Podolski, com jovens como Gotze, Schurrle e Draxler é considerada fundamental para o desempenho.
Na beira do campo, sempre vestindo uma camisa social engomada, Low raramente se exalta nas orientações. Nas entrevistas, o perfil é parecido. O treinador prefere usar argumentos técnicos, ao invés de adotar o lado emocional, para dar explicações ou rebater perguntas dos jornalistas.
Depois de a Alemanha ter tentado a taça e falhado na Copas do Mundo de 2010 e nas Eurocopas de 2008 e 2012, Joachim Löw tem no Mundial de 2014 a grande chance de escrever de vez o seu nome na história.


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Técnico Joachim Low em campo junto com os jogadores
Técnico Joachim Low em campo junto com os jogadores