segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Argentino - Apertura

21h30 San Lorenzo 1x0 Tigre

Italiano

17h45 Lazio 3x0 Novara

Inglês

18h00 Fulham 1x0 Liverpool

Espanhol

18h00 Sevilla 3x0 Getafe

Um título com 'Titebilidade'

O quinto título brasileiro, entristecido pela morte de Sócrates, é resultado do jogo e do sofrimento coletivos. Depois de 27 rodadas na liderança, é preciso dizer que o Corinthians ganhou o campeonato, não o recebeu de graça, recuperando-se de uma fase extremamente instável. E anote um nome: Tite.

O time não é impecável, tecnicamente brilhante ou psicologicamente maduro. Se fosse possível encontrá-lo em outros gramados, a rodada decisiva já teria acontecido há semanas, e o campeão seria outro. O perde-ganha constante nos deu uma ótima competição. Não convém desmerecê-la.
O Corinthians Campeão Brasileiro não tem herói. A trajetória do título não está fincada num único nome, num líder técnico ou na raça absurda de uma camisa. Antes havia Ronaldo, importante pela dimensão histórica e, principalmente, pela tranquilidade em qualquer situação. Mesmo gorducho, era uma referência técnica no gramado.
A imagem desta conquista, entretanto, é a da organização tática, é coletiva, mesmo num ambiente disposto a individualizar qualquer situação e resultado. Nos momentos de baixa, não havia alguém para assumir a bronca, como fazia Ronaldo nas entrevistas coletivas.
A responsabilidade dos treinadores é naturalmente mais relevante nas derrotas. Mantido acertadamente no cargo depois de dois insucessos, Libertadores e Campeonato Paulista, Tite tem muita responsabilidade no quinto Brasileiro. Faz parte daquelas figuras especiais no futebol, dos caras para quem a gente torce, como Ricardo Gomes, por exemplo.
Tite se esforça, tenta ficar mais parecido ao mundo que o cerca, mas o vocabulário diferente da norma futebolística e o tom didático chamam a atenção. Faz parte do personagem. O estilo ajudou a conduzir o time sem um craque. Por isso os treinadores falam tanto em equilíbrio.
Adenor Leonardo Bachi, 50 anos, não possui a grife de companheiros como Muricy e Felipão, nem os títulos de Luxemburgo. Ele ainda flutua no balanço de vitórias e derrotas. Merece, no entanto, ser considerado muito responsável pelo quinto título corintiano, o segundo da era dos pontos corridos.
Não tinha uma seleção nas mãos, mas foi perfeito ao contornar os problemas e manter todos os jogadores ao lado dele. Quando a liderança sistemática se tornou pressão negativa, precisou encontrar alternativas para desconstruir o sistema preferido, o 4-2-3-1, e libertar o time do formato.
Aconteceu contra o Ceará, vitória com gol de Ramirez, contra o Atlético Mineiro, com o inusitado gol de Adriano, e diante do Figueirense, com Alex cruzando para Liedson marcar.
Contra o Palmeiras, na "final", o Corinthians foi 30% futebol, 70% emoção. Travado no primeiro tempo, o time se comportou taticamente como sempre, embora recuado demais, defendendo desde o início o placar do título, chamando para a área o Palmeiras movido por Marcos Assunção nas bolas paradas.
A mudança, desta vez, surgiu na conversa durante o intervalo. No segundo tempo havia um novo Corinthians, disposto a trocar a defesa pelo ataque. E seguiu assim, menos tenso, pronto para equilibrar a posse de bola, enfrentar o Palmeiras e não deixar o título escapar.
O grupo jogou para não perder. Em dias como ontem, as questões técnicas e táticas ficam em segundo plano. Ganha-se com a cabeça no lugar, mesmo quando o empate é o suficiente.
Os "professores" recebem rótulos, viram grifes, são responsáveis pelas derrotas e, de vez em quando, alguém se dá conta de que eles participam também das vitórias. Não se trata de supervalorização, mas é preciso reconhecer a impossível tarefa de desvendar uma cabeça dramática e solitária. Parabéns, Tite.

Que doideira: grito de campeão saiu mesmo só no fim!

Durante a semana, aqui em São Paulo, o torcedor do Corinthians mostrou otimismo moderado. Claro que havia confiança no título – os números indicavam um monte de combinações que levavam para o sucesso. Mas o danado do futebol, imprevisível como é, adora mandar estatísticas para escanteio. Sem contar que o desafio derradeiro era o Palmeiras. E só quem é corintiano ou palmeirense sabe o que significa o dérbi.
Não deu outra. O temor alvinegro se revelou real desde o primeiro minuto do jogo no Pacaembu e só foi espantado quando veio o apito final no Engenhão, uns dois minutos antes da assoprada de Wilson Seneme. Corinthians e Palmeiras fizeram um duelo equilibrado, tenso, catimbado, amarrado, como acontece em decisões. O 0 a 0 foi, por um bom tempo, um nó na garganta e também ajudou a liberar com mais intensidade o grito de campeão!
O Corinthians optou por estratégia cautelosa, conservadora. Tite preferiu reforçar a marcação e não escondeu isso ao colocar Wallace, para compensar a ausência de Ralf. Felipão sabia que o rival jogaria pelo empate ou para explorar o contragolpe. Por isso, mandou seu time à frente – com as limitações que tem, mas à frente. Além disso, o meio-campo alviverde ganhou quase todas na etapa inicial. E isso fez com que apresentasse um índice altíssimo de posse de bola.
O controle do jogo, no entanto, não levou a muitos momentos de perigo. Júlio César foi incomodado algumas vezes. Deola só assistiu ao jogo. Nas arquibancadas, a apreensão cresceu com o gol de Diego Souza aos 29 minutos do confronto entre Vasco e Flamengo. Pairava no ar o medo de que o Palmeiras aprontasse. Seria uma tragédia.
A história mudou no segundo tempo, com o Corinthians a abandonar a postura defensiva e a encarar o Palmeiras com a autoridade de líder. O nervosismo aumentou e desembocou no primeiro bafafá, com a expulsão de Valdivia depois de entrada em Jorge Henrique. O chileno foi estabanado e o baixinho, malandro que só, valorizou. Jorge Henrique ainda provocaria a expulsão de João Vítor. Todo mundo sabe que ele é tinhoso, manhoso. Mas está na dele. Tonto de quem cai nas suas armadilhas.
O Palmeiras, mesmo com um a menos, não se deixou dominar e o Corinthians teve dificuldade extrema para dar chutes a gol. Deola não fez uma defesa sequer. Para Tite e sua rapaziada, importava mais segurar o empate, garantia de título, independentemente do que viesse a acontecer no Engenhão. Estratégia reforçada com o gol de empate do Flamengo. E deu certo.
O Corinthians não foi o mais brilhante dos campeões brasileiros. E isso pouco importa. Não seriam, da mesma forma, Vasco, Flamengo, Botafogo ou São Paulo. Há quem diga que o torneio não teve alto índice técnico. Não teve mesmo, o que não invalida a emoção que proporcionou. Muito menos a alegria dos pentacampeões.

Sofredor e campeão!

Deveria ter sido tudo como no segundo tempo e o Corinthians não passaria nenhum susto. Apesar de Tite não ter trocado Wallace por Edenilson, quando Valdivia foi expulso - e certamente evitaria a expulsão do volante -, o Corinthians do segundo tempo foi corajoso, como um campeão brasileiro deve ser. Foi ao ataque pela direita, com Willian, pela esquerda, com Jorge Henrique, subiu Paulinho como segundo volante, ameaçou o goleiro Deola. Coisa que, na primeira etapa, só fez quando Willian invadiu a área e tropeçou no joelho de Henrique, num lance em que Wilson Seneme acertou em não marcar pênalti.

Mas o Corinthians do primeiro tempo foi diferente do que o campeão brasileiro deve ser. Em vez da marcação por pressão, característica da maior parte da campanha, marcou atrás. Do pé perigoso de Marcos Assunção, o Corinthians descuidou. Parou dez vezes a bola nos arredores da grande área, para Assunção levantar. E foram mais quatro no segundo tempo até os 25, quando Assunção alcançou a cabeça de Fernandão e a bola tocou na trave esquerda de Júlio César.
 
Digamos, então, que o Corinthians jogou pouco para vencer o clássico. Mas jogou para ser campeão. Jogou nos 5 x 0 sobre o São Paulo do primeiro turno, no 1 x 0 sobre o Inter, no primeiro turno, jogou contra o Flamengo, o Grêmio, nas três vitórias da reta de chegada, contra Ceará, Atlético-MG e Figueirense.
Contra o Palmeiras, o primeiro tempo serviu, então, para deixar o gostinho da esperança na boca dos adversários. Ou talvez também para adaptar um velho lema da nação: corintiano campeão brasileiro e sofredor... graças a Deus!

Desde o símbolo do título corintiano até o patético papel do Atlético

Foram 27 rodadas na liderança do Brasileiro. Uma conquista alcançada em meio a problemas, como a lesão e depois a péssima forma física do principal reforço, Adriano - sequer entrou em campo nos dois últimos jogos. Mesmo assim Tite foi questionado. Claro que o técnico do Corinthians não é perfeito, em alguns momentos seu linguajar empolado fica chato, mas é bem legal vê-lo campeão.

Sim, Tite campeão significa que estamos livres dos auto-elegios do competente, mas egocêntrico, Muricy Ramalho com seus "eu sei", "eu fiz", "eu trabalho". E das aulas do "´professor" Luxemburgo em dias de conquistas, cada vez mais distantes, no passado. Poucas vezes um treinador simbolizou tão bem um clube em certo momento. Até porque era ele escalando no fiasco diante do Tolima.

A diretoria acertou ao mantê-lo. Mas com a mudança de presidente, obrigatória, o Corinthians deve começar melhor em 2012.

Tite com sua simplicidade simboliza o título de 2011.

 Sócrates simboliza o Corinthians em sua essência.

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O Palmeiras vira o ano sem ideia do que será 2012. E com seu "ídolo" Valdívia ainda mais em baixa.

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O São Paulo venceu três jogos em 14, contra dois rebaixados e os reservas do Santos. Libertadores?


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O Santos abriu mão do título? Nada disso. Não conseguiu foi acompanhar os rivais, como fez o Vasco.

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O Botafogo é o único carioca da Série A que não disputará a Libertadores 2012. Culpa do Caio Júnior?

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Aplaudido pela torcida após o 1 a 1, o Vasco precisa de um ótimo centroavante. E isso é urgente.

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O Fluminense começará o ano com técnico e elenco forte. "Ratos" vão atrapalhar outra vez?

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Em 2010 Luxemburgo prometeu ser campeão em 2011. Você votaria nele para, digamos, senador?

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O Atlético Paranaense vinha ensaiando. Enfim conseguiu. Estará na segunda divisão em 2012.

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O Coritiba não vai à Libertadores, mas viu seu rival despencar para onde o Coxa estava em 2010.

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Pífio pênalti deu ao Inter a vitória no Grenal. Obra do neo-Vuaden. Pouco para elenco tão badalado.

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Celso Roth foi esperto. Cai fora do Grêmio antes que o apontem, pela enésima vez, culpado por tudo.

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Avaí tinha apoio de empresário. Ele teve outras prioridades em 2011, então...

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No Figueirense, o ponto isolado nos nove últimos disputados recolocaram o time no devido lugar.

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Na Copa do Brasil alertávamos para a fragilidade, o Ceará tentou mexer no elenco, tarde demais.

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O Bahia permanecerá na primeira divisão. Mas precisa repensar. Eram muitos renegados em 2011.

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O Atlético segue como o goiano da Série A. Na B o Goiás não subiu e o Vila Nova caiu para a C.

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Nenhuma equipe parecia tão preparada para assumir a volta à segundona como o América Mineiro.

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E o Cruzeiro aplicou um susto em sua torcida, mas, mesmo um tanto largado pelos Perrela, transformou o desespero em festa. Nem o mais fanático torcedor esperava um domingo tão... divertido.

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Em 2009 o Galo foi o "flanelinha", ficou na zona da Libertadores por quase todo o campeonato para, no final, perdê-la para o rival Celeste. Agora o Atlético desperdiça a histórica chance de rebaixar o Cruzeiro para a segundona. Nenhuma outra palavra poder definir melhor a participação atleticana nesta rodada derradeira do Brasileirão 2011: PATÉTICO!!!!

Doutor, cedo demais

Domingo triste.

A morte de Sócrates não abala apenas os corintianos.

O Doutor marcou uma época. Trouxe para dentro de campo os toques mágicos de calcanhar.

Era fantástico esperar por eles, irritantemente precisos. Decisivos.

Impressionava seu controle sobre o jogo. Impossível superá-lo no embate psicológico.

Sócrates levou suas convicções para fora dos gramados.

No Brasil que batalhava pela redemocratização, não era assim tão simples.

E agora o Magrão se foi, cedo demais, deixando sua história, seus passes, suas ideias.

Cedo demais.

VIDEOBLOG: Conheci poucas pessoas como Sócrates: irmão e amigo até o fim

Sócrates nos deixou hoje.

Ele era uma figura extremamente agradável, amiga, que gostava muito de viver, de música, de discutir política, falar sobre tudo. Cheguei a morar com ele de 1984 para 1985, na Itália, quando me convidou para morar na casa dele. Era uma época em que estava angustiado, sentindo-se sozinho, e eu servi de ponto de apoio. Nasceu uma grande amizade.

Estar com ele era sempre uma grande alegria, ele sempre tinha planos ambiciosos, ideias sobre o que fazer, e tinha um grande projeto agora que era escrever sua autobiografia. Preocupadíssimo com o destino do país, Sócrates extrapolava o craque que era dentro de campo.

E era esse lado que mais me conquistava, que mais me alegrava. O lado do ser humano preocupado com o povo brasileiro, com o cidadão. Dele, vou guardar sempre a alegria, a vontade de viver, a perseverança atrás de ideais.



Assista ao videoblog especial sobre Sócrates!

quinta vez do Timão do Doutor!


No mundo todo e para sempre o título brasileiro de 2011 será lembrado como o dia de Sócrates, o original.
O mais original dos jogadores corintianos.
O Magrão esteve presente no ar, mas ausente do jogo.
E esteve ausente durante todo o primeiro tempo, quando o Corinthians viu o Palmeiras jogar, algumas vezes até com perigo, principalmente porque o Vasco era melhor e vencia o Flamengo com gol do ex-palmeirense Diego Souza, em lindo passe do ex-corintiano Nilton, aos 29.
Diego Souza que já havia sofrido um pênalti claro não marcado pela arbitragem.
Ninguém pensava o jogo no lado corintiano, como sempre fez o gênio do calcanhar.
Mesmo assim, no fim dos 45 minutos iniciais, Henrique tocou em William dentro da área num pênalti não assinalado pela arbitragem.
Que, no começo dos 45 finais, expulsou Valdivia com exagero, embora o chileno tenha pago pelo que sempre faz.
O Corinthians que já tinha começado melhor, passou a ter o domínio que faltava.
Para melhorar, o ex-corintiano Renato Abreu, aos 10, empatou no Engenhão, com categoria.
O pentacampeonato se desenhava com cores mais fortes para o Corinthians.
Principalmente porque, aos 25, Jumar, do Vasco, ex-Palmeiras, também foi expulso e se o time cruzmaltino já estava de língua de fora, imagine com 10.
O jogo no Rio, diga-se, era mais animado que o em São Paulo.
Se bem que, no Pacaembu, aos 26, Marcos Assunção pôs a bola na área e Fernandão desviou na trave corintiana. Um baita susto!
Aos 28, em outro exagero, a arbitragem expulsou Wallace do Corinthians.
E o ex-capitão Chicão entrou em campo no lugar de William.
O Corinthians só pensava em defender.
E o goleiro Felipe, ex-Corinthians, um dia suspeito de ter entregue para o Flamengo, fez milagre aos 33 para evitar o segundo gol vascaíno, de Dedé, pela direita.
Cinco minutos depois foi a vez de Fernando Prass evitar o gol da virada de Ronaldinho Gaúcho.
O Corinthians segurava a bola, regulamento embaixo do braço, jogo chato, muito chato, mas que valia o pentacampeonato.
A ponto de, aos 40, Tite tirar Liedson e botar Edenílson.
Bah, tchê!
O Doutor não aprovaria e manteria a bola na frente.
Aprovaria muito menos o que fez João Vítor ser expulso ao se irritar com Jorge Henrique porque ele deu um chute no vazio, ao estilo de Valdivia, aos 43.
Estourou um sururu ridículo e desagradável que culminou com a expulsão também de Leandro Castán.
O jogo acabou no Rio depois de outro quebra-pau, que culminou com Renato Abreu expulso.
E assim o Brasileirão chegou ao fim.
Com o Corinthians campeão pela quinta vez.
O Doutor sorriu.
Pode ter certeza.

Flamengo estreia na Pré-Libertadores em 25 de janeiro

Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho: missão de levar o Flamengo à Libertadores foi cumprida na rodada final do Brasileirão Foto: Alexandre Cassiano / O Globo
Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho: missão de levar o Flamengo à Libertadores foi cumprida na rodada final do Brasileirão Alexandre Cassiano / O Globo
RIO - O Flamengo terá no dia 25 de janeiro seu primeiro compromisso na Copa Libertadores de 2012. O rubro-negro carioca vai encarar o Real Potosí, da Bolívia, em busca de um lugar na fase de grupos da competição. O confronto será em sistema de ida e volta. Quem ganhar avança, quem perder dá adeus ao torneio. Para se juntar a Corinthians, Vasco, Fluminense e Santos, o time do técnico Vanderlei Luxemburgo terá que superar a altitude da Bolívia.
A primeira partida contra os bolivianos será quatro dias depois da estreia no Campeonato Carioca. Os jogadores do Flamengo se reapresentam após as férias no dia 3 de janeiro. No dia 4 viaja para Londrina, no Paraná, local escolhido para a prétemporada. No dia 15 haverá um amistoso com o Londrina. No dia 18, outro com o Corinthians, campeão brasileiro. A volta ao Rio é no dia 20, véspera do jogo contra o Bosucesso, o primeiro no Carioca 2012.
- Eu mesmo liguei para o Andrés Sanchez (presidente do Corinthians) e deixamos praticamente acertado esse amistoso em Londrina. Vai ser bom para o Flamengo e o Corinthians, pois os clubes vão arrecadar com a transmissão pela TV - disse Luxemburgo após o empate em 1 a 1 com o Vasco, no Engenh~ão, que garantiu a vaga na Pre-Libertadores

VÍDEO: Vasco empata sob aplausos, fecha ano com vice e vê Flamengo se garantir na Libertadores

O Vasco entrou em campo no Engenhão precisando vencer o Flamengo e torcer contra o Corinthians para ser campeão brasileiro, neste domingo. Mas o time da Colina não fez nem a parte dele: o empate por 1 a 1 deixou os vascaínos com o vice-campeonato e os rubro-negros na quarta-colocação, com a tão esperada vaga na Libertadores. Diego Souza abriu o placar no primeiro tempo, mas Renato Abreu empatou após o intervalo.

Apesar da segunda colocação, os torcedores vascaínos reconheceram o esforço da equipe, o ótimo desempenho do clube na temporada, aplaudiram os jogadores após o apito final e até gritaram "é campeão, é campeão". Do outro lado, os flamenguistas provocaram os rivais: "Ôooo, vice de novo".

Caso sirva de consolo para a torcida e os jogadores do Vasco, nem mesmo a vitória no clássico carioca daria o título aos cruzmaltino, já que o Corinthians empatou com o Palmeiras – o time do Parque São Jorge só teria chances de perder o título caso perdesse.

Para o Flamengo, o empate teve um sabor especial: além de eliminar qualquer chance do rival na disputa pela taça, o ponto conquistado garantiu os comandados de Vanderlei Luxemburgo na Libertadores independentemente dos resultados de outras equipes.


Veja os gols do jogo!

O jogo - O Vasco começou a partida tentando impor um domínio, mas quem teve a primeira chance de gol foi o Flamengo logo aos três minutos. Leonardo Moura tocou para Fierro, que arriscou de fora da área, mas a bola passou a direita de Fernando Prass. A resposta cruzmaltina veio três minutos depois, quando Felipe achou Fágner dentro da área e o lateral chutou de três dedos, só que a direita de Felipe.

Enquanto o Vasco tinha mais posse de bola e buscava mais o ataque, o Flamengo aproveitava os espaços para avançar. Com dez minutos, Thiago Neves recebeu e de fora da área quase acertou o ângulo de Fernando Prass. Após o lance, os rubro-negros conseguiram equilibrar o confronto e passou a neutralizar mais os ataques vascaínos.

Aos poucos, o Flamengo passou a ter mais posse de bola, mas não levava perigo aos cruzmaltinos. Quando estava sendo mais dominado na partida, os cruzmaltinos abriram o placar no Engenhão. O volante Nílton apareceu na frente, pela direita, passou pela marcação e cruzou para Diego Souza cabecear sozinho para a rede.

Os rubro-negros sentiram o revés e viram o Vasco melhorar na partida. No entanto, nos minuytos finais, os cruzmaltinos recuaram e viram o Flamengo voltar a buscar o ataque. Na melhor chance antes do intervalo, Willians aproveitou escanteio para cabecear em cima de Fernando Prass.

Com Muralha e Deivid nas vagas de Fierro e Negueba, o Flamengo veio em busca do empate, mas viu o Vasco ter a primeria boa chance aos cinco minutos. Felipe tocou para Fágner dentro da área. O lateral direito chutou em cima do goleiro rubro-negro. Só que a resposta dos rubro-negros foi imediata. Muralha arriscou de fora da área e a bola passou raspando a trave direita de Fernando Prass.

Não demorou muito para o Flamengo empatar o placar. Aos dez minutos, Deivid foi lançado por Ronaldinho Gaúcho e tocou para Renato Abreu. O meia tirou do marcador e finalizou sem chance para o goleiro vascaíno.

Depois do gol, o Vasco passou a atacar mais, pois precisava do resultado e viram os rubro-negros recuaram. No entanto, os cruzmaltinos começaram a sentir o efeito da maratona de jogos e visivelmente cansaram em campo. Com isso, o Flamengo controlava a partida. Para piorar, aos 25 minutos, o lateral esquerdo Jumar recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso.

Mesmo cansado, o Vasco seguia em busca da vitória e quase fez o segundo aos 32 minutos. Dedé achou Bernardo dentro da área e o meia chutou para grande defesa de Felipe. Seis minutos depois, em um contra-ataque, Leonardo Moura respondeu e tocou para Ronaldinho Gaúcho. O atacante finalizou para grande defesa de Fernando Prass.

Nos minutos finais, Deivid ainda obrigou a Fernando Prass a grande defesa, mas o Flamengo sofreu com a expulsão do meia Renato Abreu. Mesmo depois do jogo terminado, o vascaíno Felipe foi expulso por reclamar do árbitro.

FICHA TÉCNICA
VASCO 1 X 1 FLAMENGO

Local:
Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 4 de dezembro de 2011 (Domingo)
Horário: 17h(de Brasília)
Árbitro: Péricles Bassols Cortez (RJ)
Assistentes: Rodrigo Joia (RJ) e Ediney Mascarenhas (RJ)
Cartões amarelos: Bernardo, Fernando Prass e Eduardo Costa (Vasco); Alex Silva, Renato Abreu e Negueba (Flamengo)
Cartões vermelhos: Jumar (Vasco); Renato Abreu (Flamengo)
Público:
40.004 torcedores presentes (34.064 pagantes)
Renda: R$ 1.261.440,00
GOLS: VASCO: Diego Souza, aos 30min do primeiro tempo
FLAMENGO: Renato Abreu, aos 10min do segundo tempo

VASCO: Fernando Prass, Fágner, Dedé, Renato Silva e Jumar; Nilton, Fellipe Bastos (Eduardo Costa), Rômulo e Felipe (Bernardo); Diego Souza (Élton) e Alecsandro
Técnico: Cristóvão Borges

FLAMENGO: Felipe, Leonardo Moura, Alex Silva, Welinton e Junior Cesar (Rodrigo Alvim); Willians, Fierro (Muralha), Renato Abreu e Thiago Neves; Ronaldinho Gaúcho e Negueba (Deivid)
Técnico: Vanderlei Luxemburgo

VÍDEO: Fred faz em empate, Flu vai direto à Libertadores e determina fim de ano melancólico ao Botafogo

Botafogo e Fluminense despediram-se do Campeonato Brasileiro neste domingo com empate por 1 a 1 no clássico disputado no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. A igualdade no placar não se repete nas sensações de ambos, já que o time de Fred, que fez mais um gol, garantiu-se diretamente na fase de grupos da Libertadores da América de 2012, enquanto que o segundo terá de se contentar com a Sul-Americana depois de até brigar pelo título.

Sensação nesta reta final, Fred anotou seu nono gol nos últimos quatro jogos do Nacional, chegou a 22 no total, mas não conseguiu igualar-se a Borges, do Santos, que fechou como artilheiro com 23. A equipe somou 63 pontos e acabou em terceiro na tabela, atrás apenas de Corinthians e Vasco. O Botafogo, que fez seu gol com Felipe Menezes, ficou em nono com 56.

O clube de General Severiano amarga um final de 2011 péssimo, com cinco derrotas (para Internacional, Atlético-MG, América-MG, Vasco e Figueirense) um empate nas últimas seis partidas. A última vitória foi contra o Cruzeiro por 1 a 0 na 32ª rodada. Pouco para um time que em determinado momento jogou o melhor futebol do país e chegou a brigar pela taça.  

Sem técnico desde a demissão de Caio Júnior, o clube deve aproveitar o fim do Nacional para anunciar Osvaldo de Oliveira, que até já admitiu estar negociando para voltar do Japão e trabalhar em General Severiano.


Veja os gols da partida!
O jogo - Apesar do caráter amistoso do duelo, o Jogo no Raulino de Oliveira começou quente. O Flu saiu na frente logo aos 4 minutos. Diguinho é lançadona esquerda da área, vai à linha de fundo e cruza. A bola chega em Fred livre pleo meio, a um metro das pequena área. O atacante mata no peito e manda para o barbante, marcando seu 22° gol neste Campeonato Brasileiro.

Após o gol, o Tricolor tentou segurar o jogo e manter a posse de bola, mas o Bota não demorou a reagir.

Aos 11, depois de uma boa troca de passes de seu meio-campo, Renato enfiou para Felipe Menezes na entrada da área. O camisa dez aplicou um belo drible no marcador e bateu cruzado de canhota, e a bola entrou no canto esquerdo de Diego cavalieri.

O Bota se animou com o empate e quase virou aos 13, numa bela jogada de Maicosuel. O atacante recebeu ainda perto da linha média e partiu em velocidade pelo lado esquerdo. Ele foi deixando todo mundo para trás, entrou na área e chutou rente à trave direita do Flu.

O jogo passou alguns momentos de muita disputa no meio campo, até que o Flu chegou com perigo aos 22. num chute de Marquinho. O meia recebeu de Diguinho, girou e mandou rente ao poste esquerdo de Jefferson.

O Bota responde e consegue uma sequência de escanteios, mas acaba sempre parando em Diego cavalieri. O jogo voltou a cair de ritmo, e, mesmo com uma tentativa de pressão do Alvinegro no final do primeiro tempo, o placar ficou no 1 a 1 na ida para os vestiários.

Só o Flu voltou diferente para o segundo tempo, com Matheus Carvalho no lugar de rafael Sobis, e o duelo continuou bem disputado. O primeiro a chegar com perigo foi o Flu, com Fred recebendo livre na direita e tentando o criuzamanto para a área. Matheus Carvalho, porém, não conseguiu chegar.

A resposta alvinegra foi imediata. Alessandro enfiou em profundidade para Felipe Menezes, que foi a linha de fundo e levantou na medida para Loco Abreu. O uruguaiu subiu na linha da pequena área mas cabeceou em cima de Diego Cavalieri.

E o Bota começa a ter mais chances. Aos 14 foi Marcelo Mattos que arriscou de longe e viu a bola desviar em mariano antes de sair com perigo pela linah de fundo. Já aos 18, foi Maicosuel que soltou a bomba e Cavalieri defendeu.

O Flu teve seu momento aos 21, quando Matheus Carvalho cabeceou em cima de Jefferson e o goleiro salvou no susto. O Botafogo chegou a marcar aos 25, mas o lance foi anulado. Numa cobrança de falta da intermediária, a bola foi levantada na área e Loco Abreu escorou, mas em posição irregular.

O Bota busacva a pressão, mas não conseguia espaços. Até que o volante Valencia fez mais uma falta dura e levou o segundo amarelo, deixando o Flu com dez em campo. Os comandados de Flávio Tênius ainda tiveram uma chance de virar o jogo antes do apito final, quando, aos 42, Loco Abreu acertou um chute de dentro da área e obrigou Cavalieri a grande defesa para salvar o Tricolor. No fim, ficou a igualdade no placar.

FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO 1 X 1 FLUMINENSE

Local:
Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ)
Data: 4 de dezembro de 2011 (Domingo)
Horário: 17h(de Brasília)
Árbitro: Antônio Schneider (RJ)
Assistentes: Luiz Muniz de Oliveira (RJ) e Rodrigo Correa (RJ)
Cartões amarelos: Marcelo Mattos, Felipe Menezes, Elkeson (Botafogo), Diguinho, Marquinho, Valencia, Leandro Euzébio (Flu)
Cartão vermelho: Valencia
Gols: BOTAFOGO: Felipe Menezes, aos 11min do 1° tempo; FLUMINENSE: Fred, aos 4min do 1° tempo

BOTAFOGO: Jéfferson, Lucas, Gustavo, Fábio Ferreira e Cortês; Marcelo Mattos, Renato, Felipe Menezes, Elkeson e Maicosuel; Loco Abreu
Técnico: Flávio Tênius

FLUMINENSE: Diego Cavalieri, Mariano, Leandro Euzébio, Elivélton e Carlinhos; Valencia, Diguinho, Marquinho (Diogo) e Deco (Lanzini); Rafael Sobis (Matheus Carvalho) e Fred
Técnico: Abel Braga

VÍDEO: No sufoco, Internacional vence o Grêmio e se garante na Libertadores

Com 42 mil torcedores no Beira-Rio e contra um arquirrival sem pretensões, o Internacional sofreu, mas conseguiu derrotar o Grêmio por 1 a 0, no clássico válido pela última rodada do Campeonato Brasileiro, e garantiu a última vaga na Libertadores do ano que vem. Dos seus rivais, Figueirense e Coritiba empataram e vão para a Copa Sul-Americana.

O time comandado por Dorival Júnior teve as melhores chances no primeiro tempo, principalmente com Leandro Damião, mas Victor fez ao menos duas boas defesas e evitou o gol do Internacional. A etapa final foi mais equilibrada, com Douglas quase marcando um golaço olímpico.

Aos 15 minutos, o lance que definiu o placar: Oscar recebeu pela esquerda da área, cortou para o meio, mas Fábio Rochemback fez a falta. Pênalti que D'Alessandro bateu no canto esquerdo e fez.



Veja o gol da partida!
Desta forma, o Internacional disputará a Libertadores pela terceira vez seguida. Campeão em 2010, porém, a equipe colorada vai à fase prévia do torneio. Já o Grêmio estará na Copa Sul-Americana em 2012, mas sem Celso Roth: o treinador deixa o clube, e Caio Júnior assume.

O jogo
Precisando da vitória para conseguir uma vaga na Copa Libertadores do ano que vem, o Inter tomou as primeiras iniciativas da partida. O Grêmio só foi equilibrar as ações a partir da marca dos 20 minutos, sobretudo em arrancadas do meia Marquinhos.

Na parte final do primeiro tempo, porém, o Colorado, do técnico Dorival Júnior, aumentou a carga em busca do gol. O argentino D´Alessandro chegou, inclusive, a arrepiar a torcida gremista em cobranças de falta venenosas. Mas as redes não balançaram e o placar não foi alterado nos 45 minutos iniciais.

Na volta do intervalo, a pressão colorada aumentou. Aos 11, D´Alessandro chutou e quase marcou. Dois minutos depois, o zagueiro Índio completou cruzamento de cabeça e viu a bola passar muito perto.

No lance seguinte, o Tricolor não aguentou o abafa. Oscar colocou na frente e foi derrubado por Fabio Rochemback. D´Alessandro cobrou no mesmo canto de Victor, mas balançou as redes e fez explodir a massa vermelha no Beira-Rio.

O Grêmio até tentou estragar a festa do arquirrival, mas não conseguiu juntar os cacos e atacar com consistência. Melhor para o Internacional, que disputará o principal torneio das Américas pelo terceiro ano consecutivo. Em 2010, o clube foi campeão, diferente dessa temporada, na qual parou nas oitavas de final para o uruguaio Penãrol.

FICHA TÉCNICA:
INTERNACIONAL 1 X 0 GRÊMIO

Local:
Estádio Beira Rio, em Porto Alegre-RS
Data: 4 de dezembro de 2011, domingo
Horário: 17 horas (de Brasília)
Árbitro: Leandro Vuaden (Fifa-RS)
Assistentes: Altemir Hausmann (Fifa/RS) e Erich Bandeira (Fifa/PE)
Público: 35.041
Renda: R$ 579.980,00
Cartões amarelos: Leandro Damião, Tinga, Rodrigo Moledo (Internacional); Vilson, Fabio Rochemback e Saimon (Grêmio)
Gol: INTER: D´Alessandro, aos 16 minutos do segundo tempo

INTERNACIONAL: Muriel; Nei, Rodrigo Moledo, Índio e Kléber (Fabrício); Tinga, Guiñazu, Oscar e D´Alessandro; Gilberto (Zé Roberto) e Leandro Damião. Técnico: Dorival Júnior

GRÊMIO: Victor; Mário Fernandes, Saimon, Vilson e Júlio César; Fernando, Fábio Rochemback (Leandro), Marquinhos (Miralles), Douglas e Escudero (Lúcio); André Lima. Técnico: Celso Roth

VÍDEO: Cruzeiro encerra ano frustrante com goleada sobre o Atlético-MG e se livra do rebaixamento

Tudo perfeito para a torcida celeste na tarde decisiva do Campeonato Brasileiro. Jogando com o apoio de toda a torcida da Arena do Jacaré, o Cruzeiro conseguiu uma goleada contra o arquirrival Atlético-MG por 6 a 1 e se livrou do rebaixamento para a Série B. De quebra, o time cruzeirense ainda tirou os atleticanos da Copa Sul-Americana de 2012.

Pressionado, o Cruzeiro esbanjou vontade em campo e garantiu a permanência na elite ainda no primeiro tempo. O meia Roger foi um dos grandes destaques da vitória. Foi ele quem abriu o placar e também foi ele quem cobrou falta na cabeça de Leandro Guerreiro no segundo gol. Ainda na etapa inicial, Anselmo Ramon fez o terceiro, e Fabrício, o quarto. No segundo tempo, Wellington Paulista ainda marcou o quinto, Réver descontou, e Éverton ainda decretou a goleada.

Com a permanência na elite, o Cruzeiro segue sendo parte do seleto grupo de três times que disputaram todas as edições do Campeonato Brasileiro (a partir de 1971). Além do time celeste, Flamengo e Internacional jogaram todas as competições nacionais. São Paulo e Santos também nunca foram rebaixados, mas não disputaram o torneio de 79, por um desentendimento com a CBD (Confederação Brasileira dos Desportos, que depois se desmembrou na CBF, que existe até hoje).

No fim, o Cruzeiro nem precisaria da vitória para se livrar da degola. Os outros resultados da rodada foram todos favoráveis ao time celeste (derrota para o Ceará e empate do Atlético-PR). Os cruzeirense fecham o Brasileiro com 43 pontos, na 16ª posição, a primeira fora da zona de rebaixamento.



Veja a goleada do Cruzeiro!
A vitória fácil faz o Cruzeiro, ao menos, encerrar a temporada com dignidade. Depois de ser apontado como grande time do Brasil, a equipe celeste acabou decepcionando na Libertadores, entrou em queda livre e chegou à última rodada com uma inesperada luta contra o rebaixamento.

Já o Atlético-MG fecha o ano com nova decepção. Após brigar contra a degola em boa parte da competição, a torcida alvinegra chegou à última rodada ansiosa com a chance de uma vitória no clássico que rebaixaria o maior rival pela primeira vez na história do Brasileiro. Em campo, porém, a equipe se mostrou completamente sem vontade e acabou novamente batida pelos arquirrivais.

O time alvinegro termina o Brasileiro com apenas 45 pontos, fora até da zona de classificação para a Copa Sul-Americana. O Atlético-MG acabou perdendo a sua vaga para o Bahia, que bateu o Ceará e ajudou o Cruzeiro.

Roger abriu o placar e foi peça fundamental na goleada sobre o Atlético-MG
Roger abriu o placar e foi peça fundamental na goleada sobre o Atlético-MG
Crédito da imagem: Vipcomm
O jogo - Como era de se esperar, o clássico começou bastante quente, com entradas duras dos dois lados. Confundindo um pouco a vontade com a agressividade, o Cruzeiro começou o jogo logo com uma falta pesada de Fabrício. Logo depois, o volante Pierre caiu na área alegando uma cotovelada de Charles.

Passado os momentos iniciais de nervos mais aflorados, os lances de perigo começaram a aparecer. Com cinco minutos, o Atlético-MG fez jogada pela direita e quase surpreendeu o goleiro Rafael com um cruzamento que acabou indo na direção do gol. No contra-ataque, Anselmo Ramon foi derrubado na entrada da área. Na cobrança de falta, Victorino até acertou o gol, mas bateu fraco e parou nas mãos de Renan Ribeiro.

Cheio de vontade, o Cruzeiro partiu para cima e conseguiu abrir o placar aos 9 minutos. Anselmo Ramon partiu em velocidade sozinho pela direita e cruzou. A bola passou por toda a área e acabou sobrando limpara para Roger completar de primeira para o gol.

Com 15 minutos de jogo na Arena do Jacaré, a torcida celeste ainda recebeu mais uma grande notícia, com o Bahia abrindo o placar contra o Ceará, rival direto cruzeirense na briga contra a degola.

Mais calmo com o gol e com a notícia, o Cruzeiro passou a tentar acalmar mais a partida, que continuava pegada. Aos 17, Wellington Paulista apareceu novamente livre pela direita e cruzou para a área. Diego Renan fechava bem na primeira trave, mas Leonardo Silva chegou antes e tirou para escanteio.

O Atlético-MG começou a responder aos poucos. Aos 23 minutos, Serginho enfiou para André na área. O atacante chegava com perigo, mas acabou travado por Naldo. No minuto seguinte, Fillipe Souto apareceu sozinho pela esquerda, invadiu a área e até acertou o gol, mas pelo lado de fora.

E quando o Atlético-MG estava melhor na partida, o Cruzeiro conseguiu chegar ao segundo gol. Roger cobrou falta pela esquerda e a bola foi na cabeça de Leandro Guerreira, que se antecipou ao zagueiro e estufou as redes de Renan Ribeiro.

Com a boa vantagem no placar, o Cruzeiro deslanchou em campo. Aos 33, Wellington Paulista roubou a bola de Réver, avançou de novo pela direita e cruzou. Anselmo Ramon dominou e, com muita categoria, girou sobre o zagueiro Leonardo Silva e bateu no meio das pernas do goleiro Renan Ribeiro.

Com o Atlético-MG entregue em campo, o Cruzeiro ainda fez mais um antes do final do primeiro tempo. Fabrício recebeu pela esquerda, trouxe para o meio e chutou para o gol de fora da área. A bola acabou desviando em Richarlyson e morreu no cantou esquerdo do goleiro Renan.

Mesmo com a vitória e a permanência na elite praticamente asseguradas, o Cruzeiro começou a etapa final em cima e chegou ao quinto gol. De novo pela direita e de novo com Roger, o time celeste chegou muito bem. O meia colocou a bola na cabeça de Wellington Paulista, que encobriu o goleiro. Leonardo Silva ainda tentou salvar, mas o juiz confirmou o gol.

Tomando uma estrondosa goleada, o Atlético-MG partiu para cima e conseguiu o gol de honra. Daniel Carvalho cobrou falta e obrigou Renan a fazer uma bela defesa para a linha de fundo. Na cobrança do escanteio, porém, não teve jeito. A bola acabou sobrando para Leonardo Silva, que cruzou de novo para Réver marcar.

O Atlético-MG ainda chegou com perigo aos 28. Daniel Carvalho recebeu bom passe de Bernard, chutou de longe, e a bola tirou tinta da trave. Pouco depois, Wellignton Paulista e Werlei se desentenderam e acabaram indo para o chuveiro mais cedo.

No fim, Éverton ainda decretou a festa da torcida celeste. Após jogada pela esquerda´, o meio-campista fechou na primeira trave e completou para o gol para fechar a goleada.

FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 6 X 1 ATLÉTICO-MG

Local:
Estádio Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG)
Data: 04 de dezembro de 2011 (domingo)
Horário: 17h (horário de Brasília)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ)
Assistentes: Carlos Berkenbrock (Fifa-SC) e Júlio César Rodrigues Santos (CBF-RS)
Cartões amarelos: (Cruzeiro) Leandro Guerreiro, Roger, Diego Renan (Atlético-MG) Pierre, Richarlyson
Cartões vermelhos: (Cruzeiro) Wellington Paulista (Atlético-MG) Werley
Gols: CRUZEIRO: Roger, aos oito, Leandro Guerreiro aos 28, Anselmo Ramon aos 33 e Fabrício aos 45 minutos do primeiro tempo; Wellington Paulista, aos 11 e Everton, aos 45 minutos do segundo tempo
ATLÉTICO-MG: Réver, aos 15 minutos do segundo tempo

CRUZEIRO: Rafael, Léo, Naldo, Victorino e Diego Renan; Fabrício, Leandro Guerreiro, Charles (Farías) e Roger (Ortigoza), Anselmo Ramon (Everton) e Wellington Paulista. Técnico: Vágner Mancini

ATLÉTICO-MG: Renan Ribeiro; Serginho (Magno Alves), Leonardo Silva (Werley), Réver e Richarlyson; Pierre, Fillipe Soutto, Carlos César e Daniel Carvalho; Bernard e André. Técnico: Cuca

VÍDEO: Tite volta com 'pepinos', vence desconfiança inicial e leva o Brasileiro na 10ª participação

Adenor Leonardo Bachi voltou ao Corinthians depois de quase seis anos para deixar escapar o Campeonato Brasileiro de 2010 nas rodadas finais e ser eliminado para o modesto Deportes Tolima logo no primeiro confronto válido pela Copa Libertadores da América deste ano. Cenário perfeito para a demissão, certo? Errado. O presidente Andrés Sanchez contrariou a óbvia pressão da torcida e os questionamentos da imprensa e bancou a sequência do treinador, que se recuperou num bom Campeonato Paulista e na conquista do pentacampeonato brasileiro de ponta a ponta, liderando 27 das 38 rodadas disputadas na liga nacional.

"O presidente chegou para mim e falou 'vamos nessa, vamos trabalhar'. E a gente seguiu", lembrou Tite na última semana, em referência aos dias depois da queda na competição internacional, título jamais conquitado pelo clube. Mas, apesar de toda a cobrança gerada pelo cargo num dos maiores clubes do país, o gaúcho de 50 anos admite que a primeira dificuldade surgiu logo ao analisar a tabela que tinha pela frente na volta ao time paulista, restando oito jogos para o fim do Brasileiro do ano passado. "Da outra vez eu peguei um pepino para descascar. O time está sete jogos sem ganhar, você vem lá dos Emirados Árabes e enfrenta Palmeiras, Flamengo, São Paulo, Cruzeiro...".

No decorrer da campanha, porém, Tite ganhou o grupo. Num momento complicado, tirou o zagueiro e capitão Chicão do time titular; fez o mesmo com o jovem goleiro Renan, contratado como uma das boas revelações do futebol brasileiro e que acabou falhando quando teve oportunidade de jogar; administrou o peso de ter um jogador como Adriano no banco de reservas, sob olhares de todos. E deixou como maior mérito do time o próprio time.



Reveja trajetória do campeão Corinthians na visão de Tite!
"A equipe é muito equilibrada. Tem posição e função muito definida. Os atletas têm entrosamento e a gente mescla a experiência com uma molecada que não tem ainda o grande título e tem o tesão de conquistar. A mentalidade é muito forte. A alma", define o comandante, em meio de frases que sempre valorizam o grupo, o coletivo, o elenco, a união.

Característica que, segundo quem foi companheiro de Tite dentro de campo, eram fáceis de serem notadas ainda nos tempos em que o técnico corintiano era um bom segundo volante. Evair, atacante do Guarani da segunda metade dos anos 1980, é quem recorda. "É difícil te dizer se naquela época ele já tinha o perfil de técnico, mas eu lembro de um cara de grupo, um cara muito interessado nas coisas que o grupo quer fazer, do que o grupo precisa. Já demonstrava personaliade de líder e nunca causou nenhuma situação desagradável", contou em entrevista ao ESPN.com.br uma das referências do time que foi vice-campeão brasileiro de 1986, da Copa União de 1987 e do Paulista de 1988.

O centroavante, campeão nacional por Palmeiras e Vasco, lembra ainda o perfil de Tite dentro de campo. "Era um jogador técnico, que jogava de cabeça erguida, com boa qualidade técnica. Taticamente ele era muito bom jogador, sabia bem como se comportar", finaliza.

Outro que faz elogios ao conhecimento do treinador é Mauro Galvão, zagueiro do Grêmio que em 2001 venceu a Copa do Brasil sobre o próprio Corinthians. Para o ex-zagueiro, Tite sempre consegue montar times competitivos e bem motivados. "Ele é muito equilibrado e muito profissional. Procura tirar o máximo dos atletas e por isso gostei muito de trabalhar com ele. Esse time mantém a característica de ser muito ligado, atento e num esquema que conta com a participação de todos. Um time muito participativo, todos na armação e todos na marcação", analisa.

Fato é que, de acordo com o que o próprio técnico assumiu nos dias que antecederam a conquista, faltava uma taça no Estado em que já havia trabalhado por três vezes e nunca conseguido realizar projetos completos. No seu 10º Campeonato Brasileiro como treinador, Tite então supera a semifinal com o Grêmio em 2002, o quatro lugar com o São Caetano em 2003, a arrancada com o Corinthians, as demissões em Atlético-MG, Palmeiras e Internacional e a amarga invencibilidade inútil do ano passado. Tite é, finalmente, campeão brasileiro de futebol.

CarreiraTite rodou pelo Rio Grande do Sul em clubes como Guarany de Garibaldi, Veranópolis e Ypiranga de Erechim, tendo destaque ao vencer o Campeonato Gaúcho pelo Caxias, em 2000. De lá, foi para o Grêmio, depois São Caetano e chegou à primeira passagem pelo Corinthians em 2004. Treinou ainda Atlético-MG, Palmeiras e foi para o Al Ain, nos Emirados Árabes. Retornou ao Brasil para o Internacional, voltou para os Emirados, desta vez no Al-Wahda, e aceitou o convite de treinar o Corinthians novamente no ano passado.