segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Português

18h15 Olhanense 0x2 Acadêmica

Inglês

18h00 Chelsea 2x1 Manchester City

Argentino - Apertura


18h00 Colón 4x1 Banfield
20h10 Lanús 2x2 Newells Old Boys
22h15 Atlético Rafaela 0x2 Godoy Cruz
22h15 Vélez Sarsfield 1x0 Racing Club
22h15 Independiente 2x1 Tigre
23h10 San Martín 1x0 San Lorenzo

Italiano

17h45 Roma 1x1 Juventus

Os melhores do Esporte nas páginas do Estadão

A pesquisa anual Os melhores do Esporte, tradicional enquete realizada pelo Estadão para eleger os melhores do ano em diversos setores do esporte, é publicada todos anos desde 1978. Jornalistas da área esportiva de todo o País participam da votação e escolhem, entre outros destaques, o melhor jogador de futebol da temporada, as revelações do ano, o melhor time, o melhor técnico e melhor árbitro.
Clique nas páginas e relembre algumas edições da história da pesquisa.
1978
 
Na primeira edição da pesquisa, Sócrates foi eleito o melhor jogador do ano; Careca a revelação. Carlos Alberto Silva, do Corinthians, foi eleito o melhor da temporada.
1981
O Flamengo foi o grande vencedor de 1981. Além de ser eleito como o melhor time, Zico venceu a disputa de melhor jogador, e a campanha do clube, campeão da Taça Libertadores da América, também foi destacado como o principal fato esportivo do ano.
1982
Falcão, jogador do Roma, foi considerado pela imprensa o melhor jogador da temporada 82. Casagrande ganhou na categoria revelação do ano, e Mário Travaglini, do Corinthians, foi eleito o melhor técnico.
1985
O desempenho de Ayrton Senna na Fórmula 1 foi eleito o principal fato do esporte mundial na pesquisa de 85. O piloto brasileiro ainda foi o vencedor da categoria personagem do ano. O São Paulo foi o melhor time da temporada. Júnior, do Torino, foi escolhido o melhor jogador e Telê Santana o melhor técnico.
1990
O bicampeonato da F1 conquistado por Ayrton Senna foi o principal fato do esporte de 1990. O piloto também foi considerado pela pesquisa como o destaque esportivo do ano. Neto, capitão do Corinthians e da Seleção brasileira, foi o melhor jogador.
Pesquisa e Texto: Rose Saconi
Tratamento de Imagens:
José Brito

Lego catalão

No início de maio, ao final da quarta partida consecutiva contra o Real Madrid, o Barcelona estava classificado para a final da Uefa Champions League, mas Pep Guardiola não parecia satisfeito. Mesmo um time quase perfeito precisava mudar.

Ao povoar o meio de campo dos merengues para deter Xavi, Iniesta e Messi, José Mourinho havia criado dificuldades demais durante os 20 dias mais tensos do futebol espanhol nas últimas décadas. O time com Valdés, Daniel Alves, Piqué, Puyol e Abidal, Busquets, Xavi e Iniesta, Pedro, Messi e Villa estava certinho demais.
Guardiola superou os ingleses na final da competição europeia e iniciou as mudanças. Trouxe Fábregas do Arsenal, contratou Alexis Sanchez da Udinese e promoveu Thiago Alcântara ao grupo principal. E assim começou a desenhar um novo Barcelona, com a mesma mobilidade de sempre, mas agora com flexibilidade tática superior. Mourinho desencadeou o processo e experimentou a inovação, o LEGO catalão, que se monta, desmonta e remonta. Depende apenas da imaginação.
Sábado, a primeira surpresa estava na escalação do Madrid, mantido no 4-2-3-1 quando se acreditava na repetição da fórmula do primeiro semestre. O gol de Benzema, aos 21 segundos, transformou-se numa oferenda para quem professa o contra-ataque, ainda mais com Özil, Di Maria e Cristiano Ronaldo para implementá-lo.
O Barcelona tinha dificuldade para superar a marcação. O novo time de Guardiola apresentava a defesa titular (Daniel Alves, Puyol, Piqué e Abidal), o meio de campo clássico (Busquets, Xavi e Iniesta) e o gênio (Messi). Mas não era suficiente, finalizava pouco e se mantinha distante do gol de Casillas, pelo menos até os 29 minutos da primeira etapa, quando o argentino superou a marcação e deu ótima assistência para Alexis Sanchez empatar.
Pep mudou a estrutura tática, brincou com suas peças e redefiniu os espaços, instalando-se na defesa do Madrid. Até agora não se falou aqui do sistema tático do Barcelona. A representação numérica, tão importante para definir uma equipe, como se fosse seu DNA, agora é secundária, pois o que interessa é a movimentação, a versatilidade do jogador.
O novo Barcelona muda a maneira de jogar sem usar o banco de reservas. Daniel Alves foi lateral, jogou no meio de campo e explorou o setor de Marcelo como se fosse um ponta. Busquets foi zagueiro sem a bola e volante com ela. Messi? Bem, esse faz o que quiser, desde que faça.
No segundo tempo a posse de bola do Barça chegou a 60%, com espetáculo particular de Iniesta. Desde 2008, em 208 partidas oficiais com Guardiola, jamais os catalães permitiram ao adversário ter o gostinho de passar mais tempo com a pelota nos pés. Se Santos e Barcelona se enfrentarem, Muricy já sabe: será necessário marcar e jogar muito para vencer as novidades de Pep, pois o Barça não joga futebol, o Barça brinca com LEGO, monta, desmonta, remonta.

Ainda bem que Neymar não é do Corinthians…

Manja aquela história do “cada coisa em seu lugar”? Pois é. Lembrei disso ao ver entrevista de Andrés Sanchez ao Esporte Espetacular. O dirigente corintiano falou disto e daquilo, de seu time, seleção, Copa do Mundo, etc. Só faltou falar da crise do euro, do calote da Grécia e da queda do Berlusconi. Mas não deixou de falar de rivais.
 O cartola mais incensado do momento, e amicíssimo do dono da bola, cravou por exemplo que teria vendido Neymar. Ele disse que não desperdiçaria a chance, quando Barcelona e Real Madrid se dispuseram a despejar caminhões de dinheiro na Vila e mandaram advogados, médicos e sei lá quem mais pra cá na tentativa de vencerem a corrida e convencerem clube, rapaz e seus procuradores.
 A alegação de Sanchez é a de que havia muito dinheiro na parada e não poderia perder o trem, porque tem de sustentar a torcida dele e corria o risco de prejuízo adiante. Bom, em primeiro lugar continua a me soar estranho esse discurso messiânico de “sustentar torcida”, “não virar as costas para a nação” (quando aceitou o cargo de diretor de seleções da CBF), etc. Não gosto de papo de salvador da pátria. Parece coisa de ungido, eleito, ser especial e algo do gênero.
 Em segundo lugar, a estratégia para a permanência foi montada pelo Santos. E, salvo prova em contrário, não é uma turma de néscios e ignaros (otários, em linguagem popular) que está no comando do negócio. Não creio que Luis Alvaro Oliveira seria tonto de jogar notas de 500 euros pela janela. Por que não dar voto de confiança para o Santos?
O próprio Andres admitiu que o contorcionismo financeiro do Santos foi bacana e bom para o futebol brasileiro. Se a operação Neymar for bem-sucedida, é caminho para todos, incluído aí o Corinthians, que Sanchez prevê, para futuro breve, como um dos maiores do mundo. Então, por que tanto medo? Por costume, porque os cartolas daqui se acostumaram a ceder à primeira investida dos europeus. Por que não ousar e ter olhar diferente?
 Bom, ainda bem que Neymar não é do Corinthians e que Sanchez não preside o Santos. Está, portanto, cada coisa em seu lugar. Neste caso, supõe-se, para o bem do futebol

O melhor do mundo

Muricy Ramalho pensava enfrentar o melhor time do mundo com marcação individual sobre Messi. O eleito para o serviço: Adriano. Mas o volante se machucou e está fora da decisão. Tentar esse tipo de marcação com Henrique é impossível. Henrique é mais lento do que Adriano e muito mais do que Messi.

Impossível, na verdade, é advérbio mais adequado para a hipótese de marcar o Barcelona. Não que o Santos não tenha chance. O Barça perdeu do Inter e só empatou com o Estudiantes aos 43 do segundo tempo. Mas este Barcelona, versão 2011/12, é ainda mais impressionante do que os anteriores. A primeira pergunta a Josep Guardiola depois da vitória sobre o Real Madrid foi: "O Barcelona representa o futuro do futebol?" Guardiola respondeu que não. Só não é pela impossibilidade de repetir no futuro o que o Barcelona faz no presente.

O time atual muda de sistema tático no decorrer do jogo . Contra o Real, começou no 4-3-3, com Daniel Alves lateral-direito e Iniesta ponta-esquerda. Como o jogo não funcionava, Daniel foi para o meio, Puyol virou lateral-direito, com Busquets recuado na zaga. Aos poucos, Daniel Alves virou ponta-direita, Iniesta trocou a ponta pela meia-esquerda e Busquets variou entre as funções de zagueiro e volante. Quando marcava, Busquets recuava o time jogava num 4-3-3. Quando tinha a bola, Busquets ia ao meio-campo, a equipe jogava no 3-4-3. E Messi recua para jogar às costas dos volantes, onde decide os jogos.
A chance do Santos é o Barça achar que o Mundial não vale tanto quanto o clássico contra o Real.

Ronaldinho, Traffic e Fla, sem a 9ine

O último capítulo pela permanência de Ronaldinho Gaúcho vai acontecer nesta semana. Uma reunião em São Paulo vai sacramentar o acordo firmado no início do ano, quando o craque foi contratado pelo Flamengo com a ajuda da Traffic.

À época, o clube acertou com o jogador e com a empresa de marketing esportivo que o Flamengo arcaria com 25% dos vencimentos do camisa 10. O restante ficaria com a Traffic.

Para chegar ao montante, a empresa buscaria patrocinadores e dividiria o lucro da operação de acordo com o memorando assinado por todas as partes. Pelo acordo, acima de R$ 30 milhões, Ronaldinho ficaria com 50%, Flamengo, com 30% e a empresa com 20%.

Até agosto, a Traffic não havia conseguido fechar um patrocínio por este valor. A empresa propôs ao Flamengo uma diminuição no valor do patrocínio master ou dividir com outros parceiros interessados em estampar a marca no uniforme do time.

O clube não aceitou sob a alegação de não “fatiar” a camisa. No entanto, o departamento de marketing recebeu proposta da 9ine, empresa de propriedade de Ronaldo Fenômeno, para estampar um patrocínio por R$ 6,5 milhões até dezembro.

Além disso, outros patrocinadores, de menor valor, foram fechados sem a participação da Traffic, muito menos de Ronaldinho Gaúcho, interessado direto nas negociações.

Como forma de pressionar o Flamengo a cumprir o memorando assinado, a Traffic parou de pagar a sua parte do salário do camisa 10 a fim de resolver esta questão e fazer valer o acordo.

A direção rubro-negra já demonstrou, por diversas vezes, que pretende ampliar a parceria com a 9ine, o que significaria mais uma empresa para dividir o bolo publicitário do Flamengo.

Com isso, Ronaldinho Gaúcho e Trafiic não participariam das negociações. Isso sem falar na impossibilidade da empresa em recuperar o investimento feito para trazer o capitão rubro-negro.

A presidente Patrícia Amorim garantiu a Assis, irmão e representante do atleta, que só ela, J. Hawilla (pres. da Traffic) e ele podem resolver esta questão. Ou seja: ninguém está autorizado a dar a palavra final ou dar ultimato a uma das partes.

Assis sabe que Ronaldinho está satisfeito no Flamengo e que quer cumprir o contrato até 2014. No entanto, os dois não abrem mão da parceria com a Traffic e não aceitam a saída da empresa, muito menos a chegada da 9ine.

Sabe o Gabão? Mano pode encontrá-lo de novo em 2012

O recente amistoso contra o Gabão foi uma página negativa na história da Seleção Brasileira. Adversário conveniente em tempos de dificuldade contra grandes seleções, o país africano recebeu o time de Mano Menezes em algo que lembrava vagamente um campo de futebol.

Pois não é que o Gabão pode voltar a se encontrar com o Brasil? Se o confronto acontecer, desta vez, será em um palco mais adequado, no torneio olímpico de futebol em Londres 2012. Os gaboneses surpreenderam na primeira edição do Campeonato Africano Sub-23, disputado no Marrocos, e conquistaram o título, vencendo os donos da casa por 2 a 1 na final.

Depois de uma derrota esperada na estreia contra o Egito, o Gabão empatou com a África do Sul na segunda partida do grupo e chegou como azarão ao jogo decisivo contra a Costa do Marfim. Venceu de virada, por 3 a 1, e ficou com a vaga nas semifinais. A vitória por 1 a 0 sobre Senegal, na prorrogação, garantiu a inédita classificação para os Jogos Olímpicos.

O Egito, derrotado por Marrocos na outra semifinal, recuperou-se na decisão de terceiro lugar contra os senegaleses e conquistou a terceira vaga direta. Senegal ainda terá uma última oportunidade em abril, quando mede forças com o quarto colocado do Pré-Olímpico asiático em um jogo único na Inglaterra.

Duas das três últimas eliminações do Brasil em Olimpíadas foram contra rivais africanos. "Olha o Kanu, ele é perigooooso, acabou...", lembra-se? É sempre bom ficar de olho aberto, porque a desculpa do "só perdemos para nós mesmos" já perdeu a validade faz tempo.

Chances de um duelo entre Neymar e Messi são de apenas 99,9999%

Depois de mais uma inebriante jornada de bicudas e caneladas do outro lado do mundo, não há como negar: Santos e Barcelona sofrerão barbaridades para chegar à decisão do Mundial da mamãe Fifa.

As chances de Neymar & Cia. derrotarem o Kashiwa Reysol e de Messi e sua trupe vencerem o Al-Sadd são pequenas, algo em torno de 99,9999% - não chegam a 100% porque sempre existe um espírito de porco na jogada.

Os santistas devem ter saído do estádio Toyota com a cabeça mais quente do que a de um pinguim na Antártida. O Kashiwa obteve uma fantástica vitória nos pênaltis sobre um bando de mexicanos do Monterrey, após 120 minutos de sofrimento... da bola.

Já o adversário do Barça, o Al-Sadd, esbanjou tanta categoria no triunfo de 2 a 1 diante do badalado Espérance, da Tunísia, que o técnico uruguaio Jorge Fossati até mandou um desafiador recado aos espanhóis: se o seu time jogar com 16 ou mais jogadores, poderá sonhar em se transformar no Mazembe/2011.

Até a bola rolar nas semifinais, as mesas-quadradas certamente lembrarão à exaustão que ‘não existe mais bobo no esporte’, que ‘todo cuidado será pouco’, que ‘salto alto já derrubou muita gente na passarela das chuteiras... ‘

Palavras filosóficas de quem adora um muro, engenheiro de obras feitas que sai botando banca, exibindo depois a medíocre faixa ‘eu avisei...’

Se os gênios Neymar e Messi se enfrentarem apenas na disputa do terceiro lugar, o Mundial simplesmente deverá fechar as portas. E chorar muito, como aconteceu após a eliminação da seleção do Brasil na Copa de 1982.
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Primo rico x primo pobre. Se contar apenas o preço do sushi no Mundial, os santistas simplesmente provocarão uma indigestão nos japoneses. De acordo com estudo da Pluri Consultoria, a equipe brasileira, considerando titulares e reservas, tem um elenco estimado em R$ 332 milhões, contra R$ 44 milhões do Kashiwa, tilintar de moedas inferior ao da Lusa. O placar envolvendo apenas os titulares: Santos R$ 278,4 milhões x R$ 27,7 milhões Kashiwa. Já o garoto de ouro Neymar equivale aos 22 atletas do time japonês. Dos 44 envolvidos nas semifinais, os 13 mais valiosos são santistas.

Sugismundo Freud. Mega-Sena: imposto sobre quem não sabe matemática.

Que bonite é... Corre à boca pequena, grande e gigante, de Copacabana ao piscinão de Ramos, que o ambiente do ‘pofexô’ Vanderlei Luxemburgo é dos melhores com os jogadores rubro-negros. Nenhum deles, mesmo com cachê, aceitou convite do ‘mestre dos mestres’ para disputar uma pelada em Tocantins, futuro curral eleitoral do treinador.

Twitface. Os russos do CSKA bateram o martelo: só liberam Vagner Love por 10 milhões de euros. Topam grana e jogadores em troca. Ao Grêmio, pediram o lateral Mário Fernandes e o volante Fernando. Nada feito.

A vida é bela. O impoluto governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, curte o sono dos inocentes. Um inquérito que apura seu envolvimento em desvio de verbas do Ministério do Esporte deverá respingar em sua família. De acordo com Cláudio Dantas Sequeira, da revista ‘IstoÉ’, a Polícia Federal e o Núcleo de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público investigam o aumento do patrimônio da mãe, dos irmãos e até de um sobrinho do magnânimo governador. Em apenas três anos, a família Queiroz acumulou R$ 10 milhões em bens. Sem ganhar na Mega-Sena.

Pica-Pau. O rei da bola, o carismático Ricardo Teixeira, vai tirar o time de campo. Ele aproveitará as férias do futebol para realizar uma série de exames médicos. O bambambã da bola com a força de uma pulga será José Maria Marin (sim, ele ainda está com a cartola na mão). Já o fofo Ronaldo responderá pelo Comitê Organizador da Copa. A lamentar: Teixeirinha volta em 1º de fevereiro.

Saque. A Superliga começou com gente saindo pelo ladrão no Maracanãzinho: meia dúzia de gatos-pingados na arquibancada.

Gilete press. De Ancelmo Gois, no ‘Globo’: “O fato de o Saci ter uma perna só, e o futebol ser jogado com as duas, não é, para o ministro Aldo Rebelo, empecilho para que se escolha o personagem brasileiro como mascote da Copa de 14: ‘O Saci é um craque. Com uma perna só, faz mais que muita gente com duas.’ O ministro do Esporte diz que a escolha do mascote será numa eleição pela internet: ‘Nas minhas consultas, os três mais cotados para a vaga são, respectivamente, a onça pintada, o Saci e a arara.’” Vai dar zebra?

Tititi d’Aline. As marias chuteiras estão em prantos. O são-paulino Lucas 'Marcelinho' não quer saber de enrosco, de dividir o mesmo edredom tão cedo. Aos 19 anos, o jogador só quer o cofrinho cada vez mais pesado. Do salário de R$ 120 mil, 90% vão para a poupança. O restante é para curtir a vida, uma pizza e um guaraná depois do cinema.

Você sabia que... o contrato da Nike garantirá R$ 15 milhões por ano ao Internacional até 2015?

Bola de ouro. Acorda, Palmeiras. Mais de 200 periquitos protestaram em frente ao velho Palestra contra o sistema atual de escolha do presidente. O movimento quer ‘diretas já’, com voto dos associados.

Bola de latão. Ganso. Abriu o bico na hora errada. Não era o momento para revelar que havia vendido 10% de seus direitos ao DIS, grupo muy amigo da cartolagem santista.

Bola de lixo. José Mourinho. O gajo marrento virou um tremendo freguês do Barcelona. Em sete jogos, levou três chicotadas e deu apenas uma.

Bola sete. “Eles procuram somente jogar futebol. Dificilmente dão uma dividida. É o melhor time do mundo. Ver o Barcelona jogar é um prazer” (de ‘Muriçoca’ Ramalho, após mais uma aula de Messi & Cia. no Real Madrid – no alvo).

Dúvida pertinente. O Santos é Brasil no Mundial, como diz Neymar?

VÍDEO: Da falsa modéstia de Muricy à "derrota" da CBF no Pará

"Eu só vou dizer que Mourinho e Guardiola vão ganhar um 10 quando eles forem trabalhar no Brasil. O dia que eles forem trabalhar no Brasil e ganhar no Brasil, aí vão ser melhores do mundo". A frase é de Muricy Ramalho, que já havia dito algo nesse sentido e repetiu em sua primeira entrevista coletiva no Japão, onde o Santos disputará o Mundial de Clubes da Fifa.

Quanta modéstia, não? Imaginem se essa frase fosse, por exemplo, de Vanderlei Luxemburgo. Muricy pode ser um homem sem vaidade física, anda de agasalho, não está nem aí para ternos bem cortados, o boné sobre sua cabeça muitas vezes fica desgrenhado, tampouco ele se preocupa em frequentar lugares sofisticados ou parecer intelectualizado.

Mas isso não significa que ele seja um cidadão desprovido de qualquer ostentação. Muricy é vaidoso sim. E a vaidade do treinador santista é profissional. Sua necessidade de reconhecimento é evidente, e atingiu níveis inéditos quando ganhou a Copa Libertadores. A entrevista após o triunfo diante do Peñarol foi repleta de elogios a ele mesmo. Foi além de um desabafo.



Veja o vídeo com a análise sobre Muricy, feita no Bate-Bola de 6ª feira!
E Muricy tem todo o direito de ser assim, como cada um de nós tem todo o direito de gostar, ou não. O que não "cola" é a ideia de que o treinador quatro vezes campeão brasileiro é um cara "super humilde", quando desmerece o trabalho de dois dos melhores profissionais do mundo naquilo que ele também faz. Assim, de forma indireta, joga confetes sobre ele mesmo.

O próprio Luxemburgo, que possui mais títulos nacionais do que Muricy (são cinco), esteve no Real Madrid dos "galáticos" e não conseguiu mais do que uma passagem de razoável para boa. Se a tese do treinador santista fosse correta, Vanderlei dificilmente estaria, hoje, no Ninho do Urubu, mas à frente de algum gigante europeu.

Mourinho ganhou uma Liga dos Campeões com o Porto, algo bem mais complicado do que faturar um Brasileirão com São Paulo ou Fluminense, ou mesmo levantar uma Libertadores à frente do Santos de Neymar. Isso sem falar nos demais títulos com Chelsea e Internazionale, clube pelo qual alcançou o segundo título europeu, deixando no caminho o Barcelona.

Pep Guardiola aprimorou o Barça, tem revolucionado o futebol ao fazer com que os excelentes jogadores do elenco catalão apresentem um jogo cada vez mais envolvente, competitivo, espetacular e vencedor. Algo que vai muito além do que muitos rotularam como 'Muricybol", a vitoriosa mescla de marcação forte, defesa feroz e muitas jogadas de bola parada.

O valor do técnico do Santos é inquestionável. E não acho justo quando o identificam apenas como alguém que só monta times defensivos. O São Paulo de 2006 desmente tal tese — teve a melhor defesa e o ataque mais positivo. Mas é feio, muito feio, quando desmerece feitos de outros profissionais exibindo como argumento o seu próprio cartel.

Imaginem o que falariam no Brasil se Mourinho dissesse sobre o santista algo como "só provará que é bom se for campeão na Europa". Críticas cairiam sobre o português como uma avalanche. Não seria verdade. Muricy é ótimo. E não seria justo. A diferença é que o marrento técnico do Real Madrid é assumidamente vaidoso. Muricy, por sua vez, é o falso modesto.

***

A população do Pará rejeitou a divisão do Estado em três. Com isso, a CBF perde a chance de ganhar apoio de mais duas federações estaduais. Ou alguém acha possível surgir um cartola revolucionário, contra o que está aí ha tanto tempo? Seja lá onde for.