Li três absurdos nesta quinta-feira. Três coisas que me deixaram puto da vida.
Pra começar.
Sr. Amir Somoggi, consultor de marketing e gestor esportivo, publicou texto no diário Lance!desaprovando a política de ingressos baratos que São Paulo anunciou neste momento de crise. Disse que assim o time desvaloriza sua marca. Até ai tudo é discutível, opinião dele como torcedor - provavelmente - e profissional de marketing.
Eu concordo com a ideia de baratear os ingressos nestes momentos. É preciso tentar trazer o torcedor para o seu lado. Não tem nenhuma vergonha em vender ingressos a R$ 2,00. Vergonha é quando se faz uma promoção e o ingresso mais barato é anunciado a R$ 80,00, R$ 50,00. 
O grande absurdo que o Sr. Amir escreveu, na minha opinião, foi o seguinte: "Quando o preço cai muito, o nível do torcedor que vai ao estádio é muito pior. Inclusive, atrai um perfil de público que devemos abolir dos estádios, que é uma bandidagem. Não estou dizendo que só vai ter isso, mas existe esse risco também de ficar um clima muito pior no estádio do que a realidade anterior." Quer dizer, Sr. Amir, que ingressos populares atraem bandidos? Perfil de público? Que conversa é essa? Que mancada hein, Sr. Amir!
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Mais um absurdo. A espetacular atleta russa Yelena Isinbayeva, maior ícone do Salto com Varas do mundo, que conquistou o ouro no mundial de atletismo de Moscou esta semana, defendeu com força a nova lei contra o homossexualismo do governo do seu país. A Rússia aprovou em julho deste ano uma lei que proíbe qualquer ato de propaganda do homossexualismo. No Mundial de Atletismo, a sueca Emma Green Tregaro começou uma campanha contra a lei anti-homossexualismo e participou das competições com as unhas pintadas nas cores do arco-íris, símbolo do movimento gay. Por causa desta e outras atitudes Isinbayeva mandou as seguintes respostas em entrevista coletiva: "É desrespeitoso para com nosso país, com nossos cidadãos. Nós temos nossas leis e todos tem que respeitar." A saltadora também mandou esta: "Se permitirmos esse tipo de coisas, tememos muito por nossa nação porque nos consideramos normais, com um padrão. Nós apenas vivemos com homens ao lado de mulheres e mulheres ao lado de homens. Tudo deve ser assim. Isso vem da história. Nós nunca tivemos problemas assim na Rússia e não queremos ter problemas assim no futuro". 
Que mancada hein, dona Yelena.
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Outra pataquada disse o zagueiro do Flamengo, Wallace. Depois do empate com o Goiás, no Serra Dourada, o Flamengo chegou à quarta partida sem derrotas e perguntado sobre o jogo contra o tricolor paulista no próximo final de semana o craque rubro-negro mandou a seguinte frase: "É uma faca de dois gumes. Se perdermos, vai desmerecer todo o nosso trabalho de quatro jogos sem derrota. E se ganharmos, vão falar que batemos em bêbado. Então temos que ganhar de qualquer forma, pois o time vem crescendo e os jogadores estão rendendo bem."
Se eu trabalho em qualquer área no Flamengo eu dava uma baita enquadrada neste rapaz. Que falta de respeito, hein!