terça-feira, 10 de julho de 2012

Brasilerão Série B


21h00 Atlético-PR 1x0 Ipatinga-MG
21h00 Vitória 4x3 Paraná Clube
21h00 Criciúma 4x3 Boa
21h00 Guaratinguetá 2x1 ASA

Brasilerão Série D

20h30 Náutico-RR 1x2 Remo
20h30 Santos AP   1x3 Sampaio Corrêia

Fla de Joel, Grêmio de Luxa, Flu de Abel, Galo de Cuca, Palmeiras de Felipão e São Paulo de Ney

O Fluminense de Abel Braga venceu o Fla-Flu. De positivo mostrou maior solidez defensiva, embora tenha recuado além do necessário, permitindo ao adversário criar chances e por pouco não empatar. O Flamengo de Joel Santana perdeu o clássico. Em relação a jogos anteriores foi mais organizado com a posse de bola pela presença de um armador, Bottinelli, que dita o ritmo do meio-campo. E agressivo com as entradas dos garotos Adryan e Matheus. Mas a falha defensiva no gol de Fred foi infantil. É estranho, mas mesmo derrotado o domingo não foi desastroso para Joel.

O Grêmio de Vanderlei Luxemburgo estava sendo goleado pelo Santos, que não vencia há oito partidas. Depois de abrir 4 a 0, o time de Neymar sofreu dois gols, o que diminuiu o tamanho do desastre tricolor na Vila Belmiro. Sem o título gaúcho, eliminado da Copa do Brasil e com duas derrotas seguidas, pois perdera em casa para o Atlético Mineiro na rodada anterior, os gremistas decepcionam. Os investimentos não foram pequenos e os resultados até aqui preocupam. Técnico e time precisam reagir imediatamente, pois a pressão só vai crescer e crescer daqui para a frente.

Falando no Galo, ganhar confiança é fundamental para os atleticanos nesse reencontro com as posições nobres da tabela três anos depois. Isso somado à volta para casa, com jogos em Belo Horizonte. Mas pés no chão não fazem mal a ninguém. Na vitória sobre a Portuguesa por 2 a 0, Dida falhou em ambos os gols  e o segundo foi em impedimento. A Lusa teve mais posse de bola (55%), finalizou mais e sofreu mais faltas. Ao elogiar o goleiro estreante Victor e a atuação do adversário, Cuca deixou claro que a vitória trouxe alívio e alguma preocupação para o técnico do Atlético.

O São Paulo passa a ter o comando de Ney Franco, que acompanhou os 3 a 1 sobre os reservas do Coritiba no Morumbi. O novo treinador elogiou o que viu, é claro, mas deve ter notado que terá trabalho. Longe de estar pronto, o time quase complicou as coisas diante de um adversário desfigurado e preocupado com a decisão da Copa do Brasil. No segundo tempo o Coxa flertou com o empate, mas tomou o gol definitivo. Ney deve ter gostado da reunião dos velozes Osvaldo e Lucas, mas este se afasta para servir a seleção da CBF, onde o técnico não trabalha mais.

Quem também pensa na decisão de quarta-feira é Luiz Felipe Scolari, cujo time voltou a perder, desta vez para a Ponte Preta. Também poupando seus titulares e sem Valdívia, suspenso da final mas pela enésima vez lesionado, o Palmeiras segue jogando suas fichas na Copa do Brasil, bem encaminhada pelos 2 a 0 alcançados em Barueri, mas não tão segura assim, justamente pelo futebol apresentado na quinta-feira passada. O Palmeiras simplesmente não pode perder esse título. As consequências seriam inimagináveis. O futebol da equipe é pobre, seja com titulares ou reservas.


Agência Estado
Dida falha em dois gols do Atlético-MG e Portuguesa acumula mais uma derrota
Marcos Rocha comemora o primeiro gol do Atlético, Dida falhou e reclamou depois

A política por trás da linha do gol

A decisão da International Board de aprovar o auxílio tecnológico para determinar se uma bola cruzou ou não a linha do gol não é apenas algo que revoluciona o futebol. Também é mais um capítulo na curiosa relação entre os presidentes da Fifa, Joseph Blatter, e da Uefa, Michel Platini.

A ascensão de Platini no futebol é diretamente ligada ao apoio de Blatter, que ficou feliz em tirar do comando do futebol europeu o desafeto Lennart Johansson. No ano passado, quando casos de corrupção dentro da Fifa causaram sério dano à imagem da entidade, o francês conseguiu mobilizar o comitê executivo da Uefa em apoio à reeleição do suíço.

Um cartola depende do outro, e Platini é visto como o favorito do próprio Blatter para substitui-lo no final de seu mandato, em 2015. Isso não significa, porém, que eles deixem de se posicionar de forma antagônica em alguns casos. A tecnologia na linha do gol é um destes cenários.

Apesar de casos controversos marcarem o futebol há décadas, como o "gol fantasma" de Geoff Hurst na final da Copa do Mundo de 1966, foi somente após o lance de Frank Lampard no Mundial de 2010, quando a bola ultrapassou com folga a linha e o gol não foi validado, que Blatter passou a advogar a favor da tecnologia.

Em 2012 houve dois casos de repercussão internacional: o gol não assinalado para Muntari em um jogo crucial do Campeonato Italiano entre Milan e Juventus, e outro da Ucrânia contra os ingleses na Eurocopa, quando John Terry tirou a bola já depois da linha. Não foi o suficiente para convencer Platini, que segue avesso a qualquer apoio além do olho humano.

O argumento do francês é de que a linha do gol é apenas o começo, e que seria o início de um processo que levaria a tecnologia a outros momentos do jogo e quebraria sua dinâmica.

Platini é defensor dos dois árbitros adicionais, uma experiência que ele implantou nas competições da Uefa e passará a fazer parte da regra do jogo. Não por acaso, a reunião da International Board na última semana foi destaque no site do órgão europeu por causa da aprovação dos quintetos de arbitragem, deixando o uso da tecnologia como uma nota de rodapé.

Sendo a instalação dos equipamentos algo facultativo, é improvável que os torneios da Uefa, como Champions League e Eurocopa, contem com o auxílio. Podemos chegar a situações em que alguns times terão a tecnologia no campeonato nacional e não no torneio continental. A Bundesliga, por exemplo, tem planos de implantar o sistema a partir da temporada 2013/14.

O Mundial de Clubes, no fim deste ano, será a primeira competição da Fifa a contar com os dois dispositivos aprovados - um deles usa câmeras, outro um campo magnético. Nenhum deles exige paralisação do jogo e dá rapidamente a resposta ao árbitro, que continua sendo a autoridade definitiva para assinalar ou não o gol.

A implantação mais ampla esbarra, por enquanto, nos custos elevados dos equipamentos. A princípio, somente as ligas mais endinheiradas serão capazes de adotar o sistema - o que pode ser um argumento a mais para os opositores.

No entanto, se é possível evitar os erros em alguma escala, por quê não? Nem todos os torneios de tênis contam com a tecnologia, mas os mais importantes sim. Melhor ajudar o árbitro a acertar "artificialmente" do que lamentar todo o período de trabalho jogado fora por um erro humano.

O segundo capítulo da Guerra do Nariz. Quem mente, quem fala a verdade?

Há um ano e três meses, em 17 de abril, na estreia deste colunista no Estadão, uma coluna com o título A GUERRA DO NARIZ tratava da situação de Paulo Henrique Ganso. O nariz era referência a Pinóquio e, recuperando o texto, você perceberá que nada do que o Grupo Sonda dizia poder acontecer aconteceu de verdade. Nem a Internazionale fez proposta por Paulo Henrique Ganso, nem por Danilo, negociado com o Porto. Nem o Corinthians tinha interesse, nem o fundo de investimento Dis, do grupo Sonda, fez o investimento que muita gente acreditou que faria, para colocar Ganso no Parque São Jorge.

Há uma única diferença entre aquele momento e este: o Santos encheu o saco!
Há também a multa que diminui ano a ano, mas, ainda assim, o investimento necessário ao grupo Sonda para tirar Ganso do Santos e colocá-lo no Internacional é alto demais, em comapração com a quantidade de propostas concretas pelo meia: nenhuma!

Faça as contas.
A multa de Ganso para o mercado internacional é de 50 milhões de euros, embora esse valor possa ser atualizado e diminuído em parte porque do ano passado para cá passou-se um ano.
A multa para o mercado brasileiro é de 24 milhões de euros. O Sonda tem 55%, o Santos 45%. O Santos sempre disse que para tirar um de seus jogadores do clube será necessário pagar os 100% do valor da multa, como manda a lei -- o clube é quem divide com os proprietários dos direitos econômicos.

Imagine que o Santos, de paciência esgotada, abra mão dos 100% e aceite apenas os 45% que lhe cabem. Ainda assim, o Sonda teria de pagar 10,8 milhões de euros. Que o Santos diminua o valor, que o Sonda pague 8 milhões de euros.
Esse investimento só faz sentido se o grupo tiver segurança de que venderá Paulo Henrique Ganso no próximo ano por, no mínimo, 10 milhões de euros. Que tenha 20% de lucro.

Caso contrário, é rasgar dinheiro.
De um ano para cá, falou-se em Internazionale, Paris Saint-Germain, Milan, Porto, agora se fala sobre a Rússia e ninguém, nunca, em nenhum momento, chegou com documento formal para tirar Ganso do Santos. Daí a frase mais sóbria do caso, até agora, caber ao diretor executivo do grupo Sonda, Roberto Moreno. Foi publicada na Folha de S. Paulo desta segunda-feira: "Não existe proposta pelo Ganso. Acho difícil ele ir para o Inter. Vejo dois problemas para o negócio: remuneração mensal e custo para tirá-lo do Santos."

Como no ano passado, a chance de tudo o que se fala sobre transferência de Paulo Henrique Ganso ser blefe é imensa.

Depois de 40 dias, atacante Jóbson deixa o Grêmio Barueri

O atacante Jóbson não é mais jogador do Grêmio Barueri. Nesta segunda-feira, o clube e o jogador entraram em acordo e decidiram rescindir o contrato do atacante, que ia até o final da Série B do Campeonato Brasileiro deste ano. Ele, assim, volta mais uma vez para General Severiano.
Divulgação
Jóbson não é mais jogador do Grêmio Barueri
Jóbson não é mais jogador do Grêmio Barueri

Jóbson pediu para deixar o Barueri, pois alegou não estar adaptado ao clube. Além disso, ele apresentou propostas de outros três times, que não foram identificados. A diretoria do time da Grande São Paulo preferiu entrar em acordo e aceitar a rescisão do atacante.

Por outro lado, o Barueri não gostou do seu comportamento no último jogo, na goleada sofrida diante do Joinville, por 4 a 0, quando ele saiu xingando o técnico Estevam Soares ao ser substituído.

Com status de grande jogador e debaixo de muita desconfiança pelos problemas extra-campo, o atacante foi apresentado no dia 28 de maio e esteve em campo apenas três vezes, sem conseguir atuar por 90 minutos. Só acumulou derrotas.

Fez a estreia contra o Atlético-PR, na quarta rodada, como titular e voltou a campo três rodadas depois contra o Boa, desta vez como reserva, entrando no decorrer da partida. Jóbson vestiu a camisa do Barueri pela última vez contra o Joinville, pela oitava rodada, quando voltou a começar como titular.

Musa da seleção norte-americana de futebol é pega no antidoping, mas jogará em Londres

Goleira titular da seleção dos Estados Unidos de futebol, Hope Solo recebeu nesta segunda-feira uma advertência da agência antidoping dos Estados Unidos depois de ter testado positivo para a substância Canrenona em um teste de urina.

Reuters
Goleira dos EUA, Hope Solo foi pega no antidoping
Goleira dos EUA, Hope Solo foi pega no antidoping
Apesar de ter sido pega por uso de uma substância ilegal, Hope Solo ainda irá jogar as Olimpíadas de Londres, que começam daqui a 18 dias. “Eu tomei um remédio recomendado pelo meu médico pessoal para propósitos pré-menstruais e não sabia que continha um diurético”, declarou a goleira.

Como ela é classificada como uma ‘substância especificada’ no regulamento da Usada, um exame que alegue a presença de Canrenone pode resultar somente em uma pena reduzida. 

Muitos dos compostos que constam nesta categoria são suscetíveis a regra de violação da política antidoping de forma não intencional, já que muitas estão presentes em medicamentos comuns e são menos propensas para serem utilizadas como agentes dopantes.

"Assim que fui informada, cooperei com a USADA e dividi com eles todo o necessário para a conclusão que eu fiz um erro honesto e que a medicação não melhorou o meu desempenho de forma alguma”, ressaltou Hope Solo, de 30 anos de idade.