segunda-feira, 7 de março de 2016

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Sharapova anuncia que foi pega em exame antidoping e está suspensa

Maria Sharapova, tenista russa de 28 anos, anunciou nesta segunda-feira em uma entrevista coletiva em Los Angeles que foi pega em exame antidoping realizado durante o Aberto da Austrália e recebeu a notificação da Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês) há alguns dias.
Por meio de comunicado oficial em seu site, a ITF anunciou uma suspensão preventiva que passará a valer a partir do dia 12 deste mês até que o julgamento seja realizado.
 
A amostra de urina foi coletada em 26 de janeiro, um dia após a russa ser eliminada pela americana Serena Williams nas quartas de final do Grand Slam australiano. Por causa de uma lesão no braço esquerdo, ela já havia anunciado que não participaria do WTA de Indian Wells, que tem início nesta quinta-feira.
 
"Eu cometi um grande erro, eu decepcionei os meus fãs e o esporte que joguei desde os quatro anos de idade. Assumo total responsabilidade", afirmou em um breve pronunciamento antes de rápida entrevista coletiva.
 

Substância não era proibida até este ano

O exame antidoping apontou a presença de Meldonium, uma substância que ajuda a melhorar o fluxo sanguíneo e está presente no medicamento Mildronat.
 
Fabricada na Letônia e com livre uso na Rússia, mas não reconhecida pelas autoridades sanitárias dos Estados Unidos, a substância só entrou na lista de substância proibidas da Agência Mundial Antidoping (Wada) em 1º de janeiro deste ano.
 
"(O médico) me receitou esta substância pela primeira vez em 2006. Eu tinha uma série de problemas de saúde naquela época. Eu estava ficando doente com muita frequência. Eu tinha falta de magnésio. Meus exames mostraram que eu tinha sinais de diabete", contou Sharapova.
 
"Eu recebi uma carta da Wada no dia 22 de dezembro com as mudanças que seriam realizadas para este ano, onde os testes seriam e um link para as alterações e eu não olhei esta lista", prosseguiu.
 
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Momentos marcantes da carreira de Maria Sharapova16 fotos

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Em 2012, Maria Sharapova foi a porta-bandeira da Rússia na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres Lars Baron/Getty Images

Futuro incerto e Olimpíada sob risco

Suspensa preventivamente a partir do dia 12 deste mês, Sharapova agora será julgada pela ITF para determinar o tempo total da punição, que poderá deixá-la fora dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto.
 
"Trata-se de uma substância não-específica e o tempo de punição não deverá ser muito curto. Pode ser de pelo menos quatro anos de acordo com o que for alegado. Os responsáveis pelo julgamento analisarão se houve intenção ou negligência. Por isso é difícil cravar um tempo exato", explicou ao UOL Esporte Eduardo de Rose, membro do Comitê Executivo da Wada.
 
Sharapova assumiu total responsabilidade e fez um pedido às autoridades.
 
"Eu não quero encerrar a carreira desta maneira. Eu espero que me deem uma chance para jogar tênis de novo", afirmou antes de tentar descontrair.
 
"Muitos de vocês acharam que eu iria anunciar a minha aposentadoria, mas não faria isso em um hotel no centro de Los Angeles com um carpete tão feio", disse.
 
Ainda que não pegue um gancho tão grande, Sharapova poderá ficar fora da Olimpíada caso caia muito no ranking mundial. Ela ocupa a sétima colocação atualmente, mas tem mais de mil pontos a defender até o dia 6 de junho, quando se fecha o ranking classificatório.

 

O que diz a WTA

Após o anúncio do doping, o chefe da WTA (Associação das Tenistas) divulgou um comunicado lamentando a notícia.
 
"Eu estou muito triste em ouvi esta notícia sobre Maria. Maria é uma líder e sempre que soube que ela é uma mulher de grande integridade. Entretanto, como Maria mesmo reconheceu, é responsabilidade de todos os jogadores saberem o que colocam em seus corpos e saber se a substância é permitida. Esta questão está agora nas mãos do Programa Antidoping do Tênis, que seguirá seus procedimentos. A WTA apoiará tudo o que for decidido", afirmou.

 

Outros casos de atletas com Meldonium

Sharapova não é a primeira atleta a ser flgarda com Meldonium neste ano.
 
Outros atletas pegos no antidipong foram: Abeba Aregawi (etíope naturalizada sueca campeão dos 1.500m), Eduard Vorganov (ciclista russo), EndeShaw Negesse (maratonista etíope) Ekaterina Bobrova (patinadora no gelo) e Olga Abramova (biatleta ucraniana).
 
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Desculpas por doping13 fotos

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Richard Gasquet (tenista): justificou a presença de uma das substâncias presentes na cocaína em seu exame por beijado uma mulher que tinha feito o uso da drogaREUTERS/Gonzalo Fuentes

Lucas Lima dá show na Vila

DO GOLEIRO Vanderlei para Renato na intermediária santista, dele para Lucas Lima na intermediária corintiana, o passe na medida para Serginho, o chute para defesa parcial de Cássio e o rebote nos pés de Ricardo Oliveira para abrir o placar na cidadela inexpugnável da Vila Belmiro.
O Corinthians com dois volantes de marcação como Willians e Bruno Henrique era superado e perdia sua invencibilidade diante de um meio de campo com um volante habilidoso como Renato e um meia talentosíssimo como Lucas Lima.
Eram decorridos apenas 8 minutos de jogo, o Santos já havia batido três escanteios e mandava no clássico sem cerimônia.
Aliás, como faz o Barcelona, o Santos tem preferido não cruzar na área e valorizar a posse de bola nas cobranças de escanteio.
Para sorte dos visitantes, e azar dos amantes do bom futebol, os anfitriões ficaram felizes com a vantagem e se limitaram a manter o controle da partida, praticamente sem correr riscos.
Sem seis titulares, o alvinegro da capital nem sequer fazia faltas, nenhuma nos 45 minutos iniciais, o que é elogiável. Também não chutou no gol, o que é deplorável.
Lucas Lima, "uomo squadra", pintava e bordava quando o segundo tempo começou. E quando continuou.
Verdade seja dita, ao menos um calor o Corinthians conseguiu impor ao jogo, mais na vontade que na técnica, e até ameaçava empatar.
Surpreendente era a liberdade concedida a Lucas Lima, que parecia dois, Lucas e Lima, tantos eram os espaços em que aparecia.
Menos mal que Ricardo Oliveira presenteou o torcedor com um belo gol, depois de enfiar entre as pernas de Yago e fazer 2 a 0 de cavadinha.
Os campeonatos estaduais vão sobrevivendo dos clássicos, embora sem o cuidado de não agendá-los antes de jogos pela Libertadores.
HUMOR
De um eleitor de Lula, e palmeirense, fazendo graça: "No sábado São Bernardo deu a virada para cima do time da elite do São Paulo. E por 3 a 1, 13 ao contrário".
É. Talvez.
LINHAS TORTAS
Dunga deu sorte. Kaká se machucou e ele chamou Roberto Firmino.
A única explicação para insistir com o veterano ex-são-paulino está no bem que pode fazer ao ambiente do grupo. Convenhamos que com a aridez de talentos vivida pela seleção se dar a tal luxo cheira a desperdício.
ALELUIA!
O fato de a International Board, enfim, admitir que se use de meios eletrônicos para dirimir lances decisivos, embora tardia, e bote tardia nisso, significa o passo de modernização que o futebol precisava dar para ficar contemporâneo ao futebol americano, ao basquete, ao vôlei, ao tênis etc.
Tantas injustiças poderiam ter sido evitadas se a medida já tivesse sido adotada anos atrás.
Dá até pena pensar...
Mas, diz a sabedoria popular, antes tarde do que nunca.
As arbitragens passarão a ter como aliados os meios que as transformaram covardemente em bandidas porque sabe-se, e a ciência prova, que é impossível ao olhar humano concorrer com o eletrônico.
E não tema por perda de tempo ou quebra de ritmo na emoção do jogo.
Perde-se muito mais tempo hoje em dia com reclamações do que se perderá com as soluções. 

Sharapova diz que foi pega em exame antidoping



GETTY
Sharapova lamenta derrota no Australian Open
Sharapova lamenta derrota no Australian Open
Uma das maiores tenistas da atualidade, Maria Sharapova anunciou nesta segunda-feira que foi pega num exame antidoping. "Eu fiquei sabendo através de uma carta da ITF que fui pega num exame antidoping", disse Sharapova, durante uma coletiva de imprensa.
Segundo a atleta, dona de cinco títulos de Grand Slam, ela foi pega no exame pela substância. "Meldonium", uma substância usada para aumentar o fluxo sanguíneo contida em um remédio que ela tomava.
"Eu estava ficando doente com muita frequência. Eu tenho um histórico familiar de diabetes e isso foi uma das medicações que recebi para tratar", explicou Sharapova, que toma o remédio desde 2006.
"Eu cometi um grande erro. Decepcionei meus fãs e o esporte", assumiu a russa. "Não quero terminar a carreira assim. Quero voltar se eu tiver a chance", completou.

Sharapova diz que foi pega em exame antidoping



Uma das maiores tenistas da atualidade, Maria Sharapova anunciou nesta segunda-feira que foi pega num exame antidoping. "Eu fiquei sabendo através de uma carta da ITF que fui pega num exame antidoping"
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16h30


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Rayo VallecanoRAY


Quem dá bola é o Santos

O primeiro tiro de meta do jogo foi um sinal de que o Santos queria tocar a bola. O volante Renato recuou entre os zagueiros, com Lucas Verissimo aberto de um lado e Gustavo Henrique do outro. Ampliar o campo é o melhor jeito de espalhar o time que marca, quando se tem a bola.
A intenção do Santos de seguir os times mais modernos da Europa ficou mais clara na jogada do gol, aos 8 minutos. De novo a bola sai por baixo. De Vanderlei para Renato e, em apenas quatro passes, Serginho finalizou. No rebote, Ricardo Oliveira marcou 1 x 0.
A ideia de Dorival Júnior é fazer o Santos jogar com o estilo apresentado no clássico. O treinador contabiliza 10% de posse de bola, em média, a mais do que havia em 2015. Bayern e Barcelona têm mais de mil ações por jogo, cada toque na bola de um jogador. O Santos tem média de 944. A intenção é ser o time da posse de bola no Brasil.
O Corinthians errou 13% de seus passes no primeiro tempo. Contra o Santa Fe, pela Libertadores, foram 69 passes errados, um a cada seis. O Santos foi o contraponto: acertou 91%. A quantidade de passes santistas neste ano aumentou 84% em comparação com 2015.
Existem várias maneiras de jogar. Se você quiser arriscar mais, certamente vai errar mais.
O Corinthians ousa. E também perdeu seis titulares em janeiro. O Santos mantém dez titulares do ano passado. A troca de passes baseia-se no entrosamento. É uma escolha de Dorival Júnior para o time de 2016.
Aumentar a porcentagem de acerto, de posse de bola, controlar o jogo, sem correr riscos, bola no pé.
O Corinthians pensa parecido, mas é diferente. Tite quer troca de passes, pressão média em boa parte do tempo, mas seu time é mais direto, mais vertical.
Para contrapor a troca de passes do Santos, o Corinthians melhorou o passe no segundo tempo. Depois do intervalo, havia 96% de acerto até os 20 minutos. Equilibrou o jogo, só não criou muitas chances de gol.
Editoria de Arte/Folhapress
campinho PVC
campinho PVC
Ficou mais forte.
Fagner, melhor em campo contra o Santa Fe, foi apenas o terceiro passador do jogo de ontem. O Corinthians sente dificuldade quando a bola não passa por seus laterais.
O passe ajuda a controlar o jogo. Marcado por pressão ontem contra o Eibar, o Barcelona fez a saída de bola chegar perto da linha de fundo, em seu campo de defesa. Não abandonou a opção pelo passe e isso significava chamar o adversário e deixá-lo o máximo possível no campo de ataque. Com quatro passes certos, o Barça estava do outro lado do meio-campo, onde o adversário havia aberto espaços, por subir todos as suas linhas.
Ontem, o Santos impôs a primeira derrota em jogos oficiais ao Corinthians, em 2016. Piorou no segundo tempo, mas anunciou o estilo que deseja para ser campeão paulista, brigar pela Copa do Brasil e tentar o título brasileiro pela primeira vez desde 2004.
Ontem fez aniversário de 48 anos o fim do tabu, da vitória corintiana por 2 x 0 sobre o Santos de Pelé depois de 11 anos sem ganhar em Campeonatos Paulistas.
Devagar, o Santos constrói uma nova e pequena escrita. Pelo terceiro jogo seguido, o Corinthians sai derrotado da Vila Belmiro, sem conseguir fazer gol.
É relevante, num período em que o Corinthians é o time mais estável do país e último campeão do Brasileirão.
PAZ
Não está bom ainda, mas o que o Palmeiras mais precisa é paz para corrigir seus erros. Descobrir que Thiago Martins pode ser o parceiro de Vítor Hugo é ótimo. Ganhar a segunda partida em casa é melhor ainda, antes do duelo contra o Nacional, de Montevidéu.
GUERRA
O River Plate tem Pisculichi e D'Alessandro machucados e jogou o clássico contra o Boca Juniors ontem. Mas será muito difícil vencer o campeão da Libertadores da América em Buenos Aires. Menos pelo River. Mais pelo que o São Paulo não tem conseguido fazer. 

Dunga convoca e escala mal

A presença de quatro brasileiros na seleção do mundo de 2015 é um fato animador. Dunga pensa diferente. Thiago Silva não é mais chamado há muito tempo.
Dunga tentou, mais de uma vez, barrar Daniel Alves e ainda não conseguiu. Marcelo, se fosse convocado, seria reserva. Dunga achou um bom motivo para não chamá-lo, uma contusão. Mas o jogador já voltou a treinar.
Contra o Peru, Dunga escalou o ataque com Douglas Costa e Willian pelos lados e Neymar, mais adiantado, pelo centro.
Neymar ia para a esquerda receber a bola, para, daí, partir em diagonal para o gol, como faz no Barcelona, mas os espaços já estavam ocupados por Douglas Costa.
Pela primeira vez, vi Neymar sem saber seu lugar. Isso não pode acontecer com o craque do time.
Eu escalaria Douglas Costa pela direita, Neymar pela esquerda, mesmo que ele não seja um craque para recompor e marcar o lateral, e, pelo centro, um atacante habilidoso, que se movimentasse mais, facilitasse para os companheiros e ainda finalizasse bem.
O Brasil não tem esse craque, mas os dois melhores e que têm essas características, Firmino e Jonas, não foram chamados. A convocação de Ricardo Oliveira, assim como a de Kaká, é um retrocesso.
Como a seleção tem, além de Marcelo, outro ótimo lateral esquerdo, Filipe Luís, e não possui um único grande meio-campista, formaria o meio-campo com um triângulo invertido, como faz o Corinthians, o Barcelona e poucas outras equipes, com um volante mais marcador pelo centro e um armador de cada lado, que ataque e defenda, capaz de driblar e trocar passes, em pequenos espaços, sem perder a posse de bola, mesmo quando pressionado.
Dunga fez isso contra o Peru, quando escalou Luís Gustavo pelo centro, Elias pela direita e Renato Augusto pela esquerda, repetindo o esquema do Corinthians. Foi um avanço. Eu tentaria algo diferente, com mais talento, com Willian de um lado e Marcelo do outro, mesmo fora das posições em que atuam em seus clubes.
Depois de Neymar, são os dois jogadores brasileiros com mais habilidade e recursos técnicos. Marcelo, no Real Madrid, quando avança pela meia esquerda, cria várias situações de gol.
É difícil fugir do senso comum. Eu convocaria também Ganso. Sei que quase todos vão discordar. Ganso não brilha tanto e com regularidade no São Paulo, mesmo sendo o melhor do time, porque joga ao lado de outros muito inferiores, sempre distantes uns dos outros.
Ganso está longe de ser um Iniesta, mas se o espanhol e os melhores meio-campistas do mundo jogassem no Brasil, seriam decepções. O futebol é outro. No Barcelona, um time compacto, Iniesta e Rakitic estão sempre muito próximos do volante Busquets e dos três da frente. Formam um bloco.
Dunga e muitas pessoas vão argumentar que não há tempo para treinar coisas novas e que não é hora de experimentar, mas de vencer. A falta de tempo é uma boa desculpa para os medianos. Além disso, se não mudar, aumentam as chances de perder.
Dunga é um profissional sério, disciplinado, pragmático, mas, a cada dia, o vejo refém de seu dogmatismo, de suas picuinhas e regrinhas e de sua incapacidade de enxergar o que não é espelho. 

Definidos os playoffs da Superliga Feminina de Vôlei



Com surpresas e decepções, já estão definidos os confrontos das quartas-de-final da Superliga feminina de vôlei. Bauru, Osasco e Sesi, com atuações inconstantes na primeira fase, tiveram campanhas abaixo da média para seus respectivos elencos.
Destaque para o Praia Clube, que se manteve na vice-liderança, para o Rio do Sul com bela campanha e para o Minas Tênis, que ficou com o terceiro lugar, a frente de Osasco.
Com essa classificação final, por exemplo, Rio de Janeiro e Osasco, que costumam se encontrar em finais desta vez vão se enfrentar numa das semifinais se vencerem seus confrontos.
O Rio de Janeiro, disparada a melhor equipe da fase inicial, pega o Pinheiros, nas quartas-de-final. As cariocas são amplamente favoritas. Já o Praia Clube de Uberlândia, vice-líder, terá confronto difícil contra o Sesi, que ficou apenas com a sétima colocação. Mesmo assim, a vantagem é mineira.
O Minas Tênis, terceiro melhor classificado, também terá parada dura contra o Rio do Sul e precisa jogar bem, especialmente em casa para definir o confronto a seu favor.
E Osasco, apenas na quarta colocação, vai pegar Brasília, quinto classificado. As paulistas levam vantagem, mas não podem bobear porque Brasília tem forças para surpreender. Lembrando que os confrontos das quartas-de-final serão definidos em melhor de três jogos. A CBV vai divulgar as datas na próxima semana.



Por existir na imprensa quem defenda quase incondicionalmente a permanência de técnicos, há quem ache que todos na mídia esportiva pensam assim. Estou fora! Treinadores não são intocáveis, e devem ficar mais tempo ou não no emprego em função de vários fatores. Entre os mais importantes, mostrar progressos na montagem do time. Se a equipe não evolui e o elenco tem potencial para mais do que é apresentado, há incompetência ou inadaptação do técnico. Então a troca é óbvia.
Contudo, os "resultadistas" dominam o ambiente. Por isso há trabalhos promissores ou mal iniciados jogados no lixo devido às profundas e velozes mudanças em elencos, ou mesmo setores de um time. Costuma ser a maneira mais fácil para que os dirigentes se livrem da responsabilidade por uma má fase. Além disso, muitos não têm conhecimento futebolístico que os permita perceber o (às vezes lento) nascimento de uma boa equipe, que em algum tempo muito provavelmente renderá bem.
Assim, acontecem demissões injustas de treinadores que pareciam estar num bom caminho — nunca saberemos com absoluta certeza devido às repentinas interrupções. Por outro lado, técnicos com trabalhos fracos, sem perspectivas aparentes, conseguem sobreviver na função apoiados em vitórias circunstanciais nas partidas mais relevantes. O cartola olha pro campo, não vê nada de animador, mas se o placar lhe favorece, prorroga a permanência mesmo sem futuro, correndo o risco de um tombo adiante.
Já os estaduais concentram grande quantidade de jogos contra times fracos, alguns muito ruins. Isso coloca os grandes, em situação que os leva rapidamente do conforto à crise. Conforto quando as coisas vão bem e vencem facilmente, embora isso não lhes renda grande repercussão devido à fragilidade de quem está do outro lado do campo. Crise pelos tropeços que lembram a ideia de perder a briga para um bêbado. Seria útil como pré-temporada se resultados isoladamente pesassem menos.
Mas há uma certeza nos duelos contra muitos dos pequenos nos inchados e decadentes certames dos Estados: se a defesa vai mal contra os mais fraquinhos, o problema aumenta, cresce o prejuízo e o dia a dia se complica. Para os ataques, marcar os gols vira obrigação e a repercussão não é das maiores. Defensores não podem levar a pior nos confrontos contra equipes modestas, pois pega muito mal e em alguns casos o técnico é demitido. Se mereceu ou não, a resposta está no primeiro parágrafo.
MIGUEL SCHINCARIOL/GAZETA PRESS
Ganso comemora seu belo gol sobre o São Bernardo: e daí numa tarde de derrota para um time mais fraco?
Ganso celebra gol sobre o São Bernardo: e daí numa derrota para um time mais fraco?