"Contra qualquer goleiro, o atacante tem 50% de chance de fazer o gol. Contra Dida, a chance cai para 20%" A frase publicada pela dupla Rogério Pacheco Jordão e Fábio Altman em Época explica um pouco desse fenômeno chamado Dida. A matéria remete ao período em que Dida defendeu quatro -- e eu diria que foram cinco consecutivos.
Entre novembro de 1999 e janeiro de 2000, Dida defendeu pênaltis consecutivos de Marcelo Souza, do Guarani, Raí, do São Paulo, duas vezes, Anelka do Real Madrid, e Gilberto do Vasco, na definição por pênaltis contra o Vasco.
E então foi a vez de Edmundo chutar para fora. Diante de Dida, o atacante mais frio gela. E qual a temperatura correta para cobrar um pênalti tão importante? O sangue tem de estar quente e a cabeça fria. Precisa entender a importância e ter os nervos em dia. Correr para a bola determinado, encher o pé na bola e seu povo de alegria.
Pato contra Dida era mesmo covardia!
Porque Pato parece ter sempre o inverso disso tudo. O pé na grama, o coração e a cabeça na lua. Até antes da cobrança, Dida já sabia que a bola era sua!
E Tite também. O olhar resignado do treinador flagrado pela câmera no momento em que Pato se preparava para bater era de quem conhecia o seu jogador -- e o adversário também.
O zero a zero meio sem graça registrou as melhores atuações dos gremistas. Kléber jogou bem, Barcos buscou o jogo, Riveros fez ótima partida. E Dida...
Bem, Dida é um colosso! Nesta quarta-feira, o corintiano nem pode reclamar da sorte que o acompanhou tão de perto num tempo agora tão distante. Há catorze anos, Dida já fazia tudo o que incrivelmente ainda faz. Mas ele estava no Corinthians e os patos batiam pênaltis para os adversários.