sexta-feira, 20 de junho de 2014

Copa do Mundo

19h00

1 HON Honduras X Equador EQU 2

Copa do Mundo

16h00

2 SUI Suíça X França FRA 5

Copa do Mundo

13h00

0 ITA Itália X Costa Rica COS 1

Com um a mais, Japão não sai do zero com a Grécia e se complica; Colômbia garante vaga

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Okubo lamenta chance incrível perdida no jogo contra a Grécia
Japão não saiu do zero com a Grécia e agora pega a calculadora para avançar
O Japão teve nas mãos a chance de ficar em uma situação confortável no grupo C da Copa do Mundo, mas não conseguiu sair de um 0 a 0 com a Grécia e se complicou na briga por uma vaga nas oitavas de final. O resultado, de quebra, ainda classificou a Colômbia, que venceu seus dois jogos na competição até agora.
Os japoneses tiveram um jogador a mais em campo desde os 37 minutos do primeiro tempo, depois que o capitão grego Katsouranis foi expulso por receber o segundo amarelo por entrada dura em Hasebe, ainda no campo de defesa.
O problema é que o time asiático simplesmente não soube o que fazer com a bola. O Japão terminou o jogo com 68% de posse, mas demorou muito para começar a criar as suas chances. Quando conseguiu, parou em um dia sem muita inspiração de seus atacantes.
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Japão não saiu do zero com a Grécia e agora pega a calculadora para avançar às oitavas
Okubo teve a melhor chance japonesa no jogo
O péssimo empate faz agora com que o Japão dependa de uma combinação de resultados para avançar. Os japoneses precisam vencer a Colômbia na próxima terça-feira, em Cuiabá, e torcer por uma vitória da Grécia (desde que os gregos não revertam a desvantagem de dois gols de saldo) ou por um empate entre Grécia e Costa do Marfim (desde que o Japão vença por dois ou mais gols de diferença).
A Grécia também não fica em uma situação fácil. O time europeu não depende das próprias forças: precisa vencer a Costa do Marfim, em Fortaleza, e torcer para que o Japão não vença a Colômbia. Ou vencer os marfinenses e ainda tirar a desvantagem no saldo para os japoneses.
O jogo
O Japão começou dominando a partida e trocando muitos passes, mas cedia espaços na defesa. A Grécia quase se aproveitou duas vezes em chutes de média distância de Kone, mas o goleiro Kawashima estava atento.
Os japoneses tentaram responder da mesma forma. Aos 19, Osako apareceu na entrada da área e bateu para boa defesa de Karnezis. No minuto seguinte, o mesmo Osako teve espaço de novo e arriscou. A finalização saiu bonita, mas acabou indo para fora. Aos 28, foi a vez de Honda cobrar falta e parar no goleiro grego, que quase vacilou dando rebote, mas conseguiu afastar o perigo.
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Katsouranis deixa o campo após ser expulso
Katsouranis deixa o campo após ser expulso
Aos 37 minutos, o capitão grego complicou a vida do time europeu. Katsouranis errou o tempo da bola e acertou um carrinho em Hasebe ainda no campo de defesa. Como já tinha o amarelo, acabou tomando o segundo cartão e foi expulso de campo.
Curiosamente, o único grande lance de perigo no primeiro tempo foi grego. Torosidis arriscou na entrada da área, a bola parou na marcação e voltou para o próprio Torosidis, agora com espaço, encher o pé. O goleiro Kawashima se esticou todo e salvou os japoneses.
A segunda etapa começou da mesma forma, com a bola nos pés do Japão, mas com a criação de perigo nos pés da Grécia. Aos 14 minutos, após escanteio cobrado da direita, e Gekas se aproveitou da baixa estatura dos japoneses para ganhar pelo alto e cabecear para o gol. A bola ia entrando no cantinho, mas Kawashima de novo se esticou todo para salvar.
O susto - e a entrada de Kagawa - fez o Japão se soltar. A equipe asiática se lançou com tudo para o ataque e começou a criar as chances que não conseguia. Aos 22, Okubo foi o primeiro a desperdiçar uma oportunidade, isolando um bom passe do próprio Kagawa. Três minutos depois, o lateral-direito Uchida aproveitou besteira da defesa grega e ficou de frente para o gol na área, mas errou o alvo.
A pressão continuou até o último minuto de jogo, empurrada também pela festa japonesa nas Arena das Dunas. Em campo, porém, os jogadores não conseguiram furar o ferrolho grego.
FICHA TÉCNICA:
JAPÃO 0 X 0 GRÉCIA
Local: Arena das Dunas, em Natal (RN)
Data: 19 de junho de 2014, quinta-feira
Horário: 19h (de Brasília)
Árbitro: Joel Aguilar (SLV)
Assistentes: William Torres (SLV) e Juan Zumba (SLV)
Cartões amarelos: Hasebe (Japão); Samaras e Torosidis (Grécia)
Cartão vermelho: Katsouranis (Grécia)
Japão: Kawashima; Uchida, Yoshida, Konno e Nagatomo; Hasebe (Endo) e Yamaguchi; Okubo, Honda e Okazaki; Osako (Kagawa)
Técnico: Alberto Zaccheroni


Grécia: Karnezis; Torosidis, Manolas, Sokratis e Cholevas; Katsouranis, Maniatis e Kone (Salpingidis); Fetfatzidis (Karagounis) e Samaras; Mitroglou (Gekas)
Técnico: Fernando Santos

Suárez derruba a Inglaterra, mantém Uruguai vivo e faz rival depender de milagre


Veja os melhores momentos de Uruguai 2 x 1 Inglaterra
O craque decidiu. Luis Suárez voltou justamente na 'final' do grupo da morte da Copa do Mundo, o D, fez dois golaços e deu a vitória ao Uruguai por 2 a 1 sobre a Inglaterra nesta quinta-feira na Arena Corinthians, em São Paulo.
Ele, que joga na Inglaterra, no Liverpool, faz os europeus agora dependerem de um verdadeiro milagre para conseguirem a classificação para as oitavas de final. Os sul-americanos, no entanto, terão vida dura também, já que enfrentarão a Itália na rodada que fechará a chave.
Rooney até deu um ar de salvação à Inglaterra quando empatou o jogo aos 30 minutos do segundo tempo, mas Suárez, que já havia aberto o placar aos 38 da primeira etapa, não perdoou aos 40 do segundo e estufou novamente as redes de Hart, definindo o triunfo.
Isto porque o camisa 7 vem de artroscopia no joelho esquerdo há menos de um mês - procedimento foi no dia 22 de maio -, o que o fez perder o jogo inicial por conta da recuperação. 
O Uruguai, que na estreia caiu surpreendentemente para a Costa Rica, foi a três pontos; já os "Three Lions", apelido da seleção inglesa, zerados, chegarão à rodada final com chance de classificação mesmo com o o revés, mas dependem de dois triunfos dos italianos, contra costarriquenhos e uruguaios, e ainda têm de descontarem o saldo de gols. Entenda as contas.
Os ingleses têm -2, enquanto o Uruguai tem -1. Os sul-americanos, no entanto, chegam com uma força psicológica grande para o duelo diante dos italianos, que já podem entrar em campo classificados.
Luis Suárez desmonta defesa inglesa e é o destaque da vitória do Uruguai; veja os lances de 'Luisito
Os critérios de desempate na primeira fase são, nesta ordem:
- número de pontos
- saldo de gols
- número de gols pró
Costa Rica e Inglaterra, no Mineirão, em Belo Horizonte, e Itália e Uruguai, na Arena das Dunas, em Natal, acontecem a partir das 13h (de Brasília) da próxima terça-feira, dia 24, fechando e definindo os classificados dos grupo D para as oitavas de final. . 
O jogo - Logo aos quatro minutos, Suárez cobrou escanteio forte da esquerda do ataque e rasteiro no primeiro pau e quase enganou Hart, que recuperou-se a tempo e mandou a bola para novo tiro de canto.
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Wayne Rooney empatou a partida para a Inglaterra, mas não foi o suficiente
Rooney fez seu primeiro gol em uma Copa, mas...
A resposta inglesa aconteceu aos nove, em infração da entrada da área assinalada após Godín impedir a passagem da bola com a mão. Rooney bateu colocado, Muslera só olhou, e a bola passou caprichosamente à sua direita. 
Aos 15, o Uruguai assustou de novo. González cruzou da direita, rasteiro, a zaga afastou mal, Cristian Rodríguez pegou de primeira, cruzado, mas a bola passou raspando a trave direira de Hart.
O Uruguai era melhor, principalmente nas investidas pela direita de seu ataque, Com Cáceres e Gonzáles em cima de Baines, que não tinha cobertura de ninguém do meio-campo inglês. Foi por este lado que aos 25, Suárez cobrou escanteio rasteiro, ensaiado, para Cavani, que pegou de primeira e viu a bola passar bem perto da trave esquerda de Hart.
Aos 31, a chance de gol mais clara da partida até então. Gerrard cobrou falta lateral no segundo pau, Rooney ganhou de Cáceres no alto e cabeceou, mas a bola explodiu na junção da trave esquercda com o travessão. A torcida foi à loucura.
Aos 36, parte da torcida presente na Arena Corinthians começou a gritar "Timão, ê, ô", em referência ao clube alvinegro, dono do estádio, mas logo outra parte do público passou a vaiar. Segundos de duelo local em uma Copa do Mundo.
Aos 38, o Uruguai abriu o placar. E com um belo gol. Em rápido ataque pela esquerda, Cavani levantou na medida do outro lado para Suárez cabecear no lado oposto de Hart e fazer 1 a 0, enquanto Jagielka nada achou em seu salto.
Aos 40, Rooney enfiou ótima bola para Sturridge, que invadiu a área pela esquerda e chutou forte, mas parou na defesa de Muslera, que mandou para escanteio. 
O segundo tempo começou com três ótimas chances para o Uruguai. Aos três, Suárez, de novo, cobrou escanteio rasteiro no primeiro pau e obrigou Hart a fazer ótima defesa; aos cinco, Suárez ficou com saída de bola errada, mas errou o alvo; aos sete, Lodeiro enfiou ótima bola para Cavani, que dominou e tirou do arqueiro inglês, mas tirou também do gol.
A Inglaterra, sem nenhuma substituição, chegou aos nove, quando Rooney dominou cruzamento já à frente da marca do pênalti e chutou no meio do gol para a providencial intervenção de Muslera.     
Aos 19, Roy Hodgson colocou Barkley na vaga de Sterling e, pouco depois, Lallana no de Welbeck na tentativa de mudar. Demorou, mas aos 30 minutos, jogada pela direita do ataque acabou com ótimo cruzamento de Jonhson da direita, a bola passou por toda a área, ninguém do Uruguai apareceu, e Rooney, sozinho, só empurrou para as redes e empatou.  
Aos 40, Suárez foi lançado na direita, outra vez nas costas de Baines, invadou a área e estufou as redes de Hart, fazendo 2 a 1 para o Uruguai. A torcida azul explodiu, e o símbolo da lamentação foi a expressão de Gerrard olhando para o telão após o gol.
Álvaro Pereira leva joelhada, perde os sentidos, mas se recusa a sair de campo
FICHA TÉCNICA:
URUGUAI 2 x 1 INGLATERRA
Local: Arena Corinthians, em São Paulol (SP)
Data: 19 de junho de 2014, quinta-feira
Horário: 16h (de Brasília)
Árbitro: Carlos Velasco Carballo (ESP)
Assistentes: Roberto Alonso Fernandes e Juan Yuste (ambos ESP)
Gol: Suárez (Uruguai), aos 38 minutos do primeiro tempo; Rooney, aos 30 minutos, e Suárez, aos 40 do segundo tempo
Cartões amarelos: Godín (URU), Gerrard (ING)
URUGUAI: Muslera; Cáceres, Giménez, Godín e Álvaro Pereira; Arévalo Rios, Álvaro González, Nicolás Lodeiro (Stuani) e Cristian Rodríguez; Luis Suárez e Edinson Cavani
Técnico: Óscar Tabárez
INGLATERRA: Joe Hart; Glen Johnson, Gary Cahil, Phil Jagielka e Leighton Baines; Steve Gerrard, Jordan Henderson; Raheem Sterling (Barkley), Danny Welbeck (Lallana) e Wayne Rooney; Daniel Sturridge
Técnico: Roy Hodgson

Prazer, febre amarela: com apoio ensurdecedor, Colômbia bate Costa do Marfim e fica perto de vaga

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Máscaras de Cuadrado e do ídolo Valderrama nas mãos dos torcedores colombianos
Máscaras de Cuadrado e do ídolo Valderrama nas mãos dos torcedores colombianos
"Viaja aqui uma nação, não apenas um time".
Essa é a frase que carrega o ônibus colombiano a cada percurso entre os hotéis e os estádios nesta Copa. Dentre todas escolhidas pela Fifa, talvez nenhuma pudesse ser mais verdadeira. É a chamada ‘febre amarela'. Uma febre que passou por Belo Horizonte, chegou nesta quinta-feira a Brasília e não se mostrou abalada nem mesmo com a perda de um de seus principais disseminadores, Radamel Falcão García, cortado por lesão.
A princípio, imaginava-se não haver qualquer antídoto contra os mais de 20 mil ‘afetados' por ela que acompanham a seleção colombiana em suas viagens. Não havia, mesmo: a Costa do Marfim até tentou, mas foi mais uma a sair derrotada e perdeu por 2 a 1 nesta tarde, no Estádio Nacional.
A cada toque na bola marfinense, uma vaia. A cada marcação contrária, um protesto. No hino nacional, a comoção. Ainda assim, os africanos atuavam bem e freavam James Rodríguez e companhia com uma marcação no meio-de-campo que se mostrava inabalada pela pressão e tinha em Die Serey um de seus principais nomes.
Antes do apito inicial de Horward Webb, ele foi protagonista de uma das principais cenas deste Mundial, ao chorar copiosamente durante a execução do hino.
Em campo, o camisa 20 foi ao lado de Cheick Tioté um dos guarda-costas para que Yaya Touré pudesse avançar e mostrar pela primeira vez em gramados brasileiros o futebol da última temporada no Manchester City. Não bastou para travar toda a dinâmica de James Rodríguez, Juan Cuadrado e Victor Ibarbo.
Em cobrança de escanteio de Cuadrado, um dos melhores em campo, James Rodríguez subiu mais alto que todo mundo e abriu o placar de cabeça aos 19 minutos do segundo tempo. A revelação Juan Quintero aumentou em roubada de bola e contra-ataque rápido aos 25. Gervinho ainda diminuiu em seguida, mas ficou nisso.
O técnico francês Sabri Lamouchi se permitiu deixar Didier Drogba, Kolo Touré e Salomon Kalou no banco de reservas em Brasília.
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James Rodriguez comemora gol
James Rodriguez comemora o primeiro gol colombiano
Mesmo enfrentando uma forte marcação, a Colômbia começou em cima e, aos cinco minutos, chegou pela primeira vez em passe de Cuadrado que Teo Gutierrez, substituto de Falcão, não soube aproveitar ao chutar mascado, sem direção.
Em seguida, o meio-campista ainda tentou lance individual, fez fila, mas, na hora de finalizar, foi bloqueado.
A Costa do Marfim ficava presa no meio-de-campo e não tinha ainda Yaya Touré a saída de bola com a qualidade perseguida. Somente aos 20 minutos, a equipe conseguiu, enfim, construir uma jogada com Tioté, que resolveu arriscar de longe e assustou os colombianos.
Não demorou, no entanto, para a resposta vir: Cuadrado, sempre ele, fez excelente lançamento para James Rodríguez, o meia desceu pela esquerda e encontrou Teo Gutiérrez sozinho dentro da área. O centroavante tinha tudo para abrir o placar, porém falhou ao calcular a pontaria.
Yaya Touré, então, surgiu em lindo lance na faixa central, mas não conseguiu progredir. Mesmo com maior posse de bola, a Costa do Marfim não alterava a dinâmica da partida: bastante estudada, concentrada no meio-de-campo e sem grandes chances.
Esse roteiro foi todo ele por baixo na volta do intervalo.
Primeiro, com Victor Ibarbo, que saiu costurando e reanimou a torcida colombiana logo no início do segundo tempo. Depois, aos 14 minutos, a melhor oportunidade, então, da partida, em pedalada de Cuadrado pela direita e chute no ângulo que Barry espalmou para a trave.
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Drogba aquece para entrar em campo contra a Colombia
Drogba aquece para entrar em campo contra a Colômbia
Os marfinenses mandaram, então Didier Drogba para campo, no lugar do sumido Wilfired Bony.
A Colômbia não se acuou com a entrada da estrela do Galatasaray. Aos 18, Cuadrado bateu cobrança de escanteio com força e encontrou James Rodríguez entrando para cabecear e não dar chances a Barry de rebater.
1 a 0 para os sul-americanos e o estádio vinha abaixo.
Mais ainda seis minutos depois, em roubada de bola na intermediária em saída equivocada de Serey e passe de Teo Gutiérrez para Juan Quintero, que apenas escolheu o canto e balançou as redes com um toque rasteiro. O jovem jogador havia entrado no lugar de Ibarbo na etapa complementar.
A resposta marfinense veio rapidamente. Gervinho fez boa jogada individual, partiu sozinho e, aos 28, não deu chances para Ospina reagir soltando uma bomba da entrada da área. Os africanos ainda respiravam, mas não conseguiram furar a retranca do veterano Mario Yepes e companhia.
Com o resultado, a Colômbia dispara na liderança do grupo C, chega a seis pontos e fica perto da vaga nas oitavas de final. A Costa do Marfim permanece com três e ainda sonha com a classificação. Japão e Grécia, que ainda não marcaram nenhum, entram em campo ainda nesta quinta-feira, às 19h (de Brasília), na Arena das Dunas, em Natal.


Na última rodada, na próxima terça-feira, às 17h, a Colômbia tenta um empate contra o Japão na Arena Pantanal, em Cuiabá, para assegurar o seu lugar enquanto que Grécia e Costa do Marfim medem forças na Arena Castelão, em Fortaleza.