sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Fracês

Ajaccio  0x0  Saint-etiene

Espanhol

18h00 Osasuna 1x0 Rayo Vallecano

Italiano

17h45 Catania 1x3 Milan

Alemão

17h30 Fortuna Düsseldorf 4x0 Eintracht Frankfurt

São Paulo a dois passos de título inédito


A torcida do São Paulo passou o ano a olhar o time meio de lado. Afinal, aguentou gozação dos rivais, porque o Santos conquistou o tri paulista, o Palmeiras faturou a Copa do Brasil, o Corinthians levantou a Libertadores e o Tricolor… nada. Essa angústia está a dois jogos de acabar: afinal, veio a classificação, na noite de quarta-feira, para a decisão da Sul-Americana, contra adversário a ser conhecido nesta quinta-feira (Millonarios ou Tigre/ARG).
A vaga foi confirmada no empate por 0 a 0 com a Universidad Catolica, num Morumbi lotado. Faltou gol, mas não faltaram oportunidades. Assim como havia ocorrido no primeiro duelo, em Santiago (1 a 1), o São Paulo criou diversas oportunidades para vencer, e com folga. Teve facilidade para chegar à área do rival, assim como foi fácil desperdiçar as chances.
Impressionante como a turma de Ney Franco desperdiçou ocasiões para massacrar os chilenos! Sem contar que, outra vez, o goleiro Toselli pegou muito! Foi o destaque da partida, ao lado de Lucas, que já limpa o armário no clube e se prepara para a aventura no Paris Saint-Germain. O rapaz novamente foi o motorzinho da equipe. Gostei também de Jadson, substituído por Ganso na metade do segundo tempo.
Ney Franco colocou força máxima e o São Paulo deu conta do recado. Ah, carece de mais pontaria, é verdade. O meio-campo às vezes vacila, assim como a defesa vez ou outra dá sustos. Não é um time perfeito. Mas se ajustou aos poucos, desde a chegada do treinador, e não é nenhum disparate pensar em título inédito e vaga direta para a Libertadores.

Corinthians lamenta morte de Joelmir Beting: 'Só tinha um defeito. Não torcia para nós'

A quinta-feira começou com uma triste notícia ao ser anunciada a morte de Joelmir Beting, que não resisitiu às complicações de um Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico sofrido no domingo, que tornou seu quadro "irreversível". Torcedor fanático do Palmeiras, o jornalista recebeu uma homenagem do Corinthians, que lamentou o ocorrido com uma nota em seu site oficial, lembrando da rivalidade entre os dois times.

“Jornalista econômico de primeiríssimo time, Joelmir foi um dos pioneiros da arte de traduzir números em palavras certeiras ao falar de economia. Apaixonado por futebol e jornalismo, Joelmir só tinha um defeito. Não torcia para o Corinthians. Vá em paz”, diz o comunicado do clube de Parque São Jorge.

Joelmir Beting chegou a trabalhar na imprensa esportiva, mas passou a maior parte da carreira com economia, pela qual se tornou referência no país. Ele morreu às 0h55 (de Brasília) aos 75 anos.

A era Felipão em 25 jogos e 59 convocados. Experiência conta na seleção?

s imagens de Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira juntos, estampadas durante boa parte da edição do Sportscenter de quarta-feira, têm certa força. Ver dois campeões mundiais juntos e ser contra a decisão da CBF de mudar o comando da seleção parece sacrilégio. Mas as ponderações são obrigatórias. Felipão foi campeão da Copa do Brasil, mas deixou o Palmeiras à beira do rebaixamento -- responsabilidade compartilhada com a diretoria, é certo. E Parreira, depois de fracassar com a seleção na Copa do Mundo da Alemanha, em 2006. E de fracassar com a África do Sul em 2010.

É certo escolher os dois?
Experiência é importante, carisma também, duas virtudes inegáveis a Felipão.
Mas experiência... O que é experiência para trabalhar na seleção brasileira.

Felipão tem 25 partidas como técnico da seleção brasileira. Mano Menezes dirigiu-a 33 vezes.

É claro que a experiência de Felipão é maior. Ganhou uma Copa e sabe o que foi necessário para chegar a essa façanha. Antes, precisou ser campeão da Libertadores duas vezes, uma pelo Grêmio, outra pelo Palmeiras, campeão gaúcho, brasileiro, três vezes da Copa do Brasil.

Dos cinco treinadores campeões mundiais, nem Vicente Feola, nem Aymoré Moreira -- e nem Zagallo, embora seu caso seja menos evidente -- tinham currículo tão extenso.

Nem Parreira, embora fosse campeão brasileiro pelo Fluminense em 1984, vice pelo Bragantino em 1991, houvesse dirigido Kuwait e Emirados Árabes em Copas do Mundo. 
Aymoré não tinha nenhum título antes da Copa de 62. Feola tinha dois Paulistas pelo São Paulo, em 1948 e 1949.

Experiência conta, é claro, e é por isso que Felipão está de volta, junto com Parreira. 
Experiência é um farol que ilumina para trás, escreveu Pedro Nava. No caso da CBF, experiência é um escudo repleto de dirigentes atrás.
Se fosse tão fundamental ter conhecimento de seleção, Zagallo não seria campeão em 70 nem Felipão em 2002. 

Uma coisa conta mais do que a experiência. Imagem!
A imagem de Felipão ainda dá confiança de que o trabalho será bem sucedido.
Deve ser o fio do bigode.

ABAIXO TODOS OS 59 CONVOCADOS POR FELIPÃO PARA SEUS 25 JOGOS ENTRE 2001 E 2002
RESUMO - 25 JOGOS, 18 VITÓRIAS, 1 EMPATE, 6 DERROTAS

GOLEIROS
Marcos (Palmeiras), Dida (Corinthians/Milan), Júlio César (Flamengo), Rogério Ceni (São Paulo)

LATERAIS
Cafu (Roma), Belletti (São Paulo), Roberto Carlos (Real Madrid), Júnior (Parma), Serginho (Milan), Roger (Grêmio), Alessandro (Atlético Paranaense), Paulo César (Fluminense), Kléber (Corinthians)

ZAGUEIROS
Lúcio (Internacional), Antônio Carlos (Roma), Roque Júnior (Milan), Cris (Cruzeiro), Luisão (Cruzeiro), Juan (Bayer Leverkusen), Edmílson (Lyon), Émerson Carvalho (São Paulo), Ânderson Polga (Grêmio), Daniel (São Caetano)

MEIO-DE-CAMPO
Mauro Silva (Deportivo La Coruña), Fábio Rochemback (Internacional/Barcelona), Émerson (Roma), Juninho Paulista (Vasco/Flamengo), Alex (Palmeiras/Cruzeiro), Rivaldo (Barcelona), Eduardo Costa (Grêmio/Bordeaux), Fernando (Juventude), Juninho Pernambucano (Vasco), Tinga (Grêmio), Vampeta (Corinthians), Leonardo (Milan), Ronaldinho Gaúcho (Paris Saint-Germain), Zé Roberto (Bayer Leverkusen), Gilberto Silva (Atlético Mineiro), Kléberson (Atlético Paranaense), Kaká (São Paulo), Esquerdinha (Santos), Djalminha (La Coruña), Ricardinho (Corinthians)

ATACANTES
Romário (Vasco), Euller (Vasco), Ewerthon (Borussia Dortmund), Geovanni (Cruzeiro/Barcelona), Élber (Bayern), Jardel (Porto), Denílson (Betis), Guilherme (Atlético Mineiro), Edílson (Cruzeiro), Marcelinho Paraíba (Grêmio), Ronaldo (Internazionale), França (São Paulo), Luizão (Corinthians), Washington (Ponte Preta), Marques (Atlético MIneiro), Alex Mineiro (Atlético Paranaense)





Fofo Ronaldo, a medida certa no trono para dinamitar Zé da Medalha/Del Nero?

Depois de um ridículo corporativismo entrar em campo e chutar para escanteio a possibilidade de o espanhol Guardiola comandar o voo sem rumo da amarelinha desbotada, uma nova bola já começou a quicar no esporte bretão nacional.

De simples buxixo nos subterrâneos do Circo Brasileiro de Futebol, vai ganhando corpo a ideia de o fofo Ronaldo candidatar-se ao trono ocupado pelo carismático Zé da Medalha. 

A eleição acontecerá em abril de 2014, antes da grande festa da mamãe Fifa na ‘Suíça sul-americana’.

O rei da cartolagem, o suíço Joseph Blatter, já aderiu à proposta. Tem certeza de que o Fenômeno, com ou sem medida certa, daria conta do recado.

Seria um gol de placa para o futebol nacional, uma jogada de mestre, pois o fofo Ronaldo tem trânsito livre até em sinal vermelho. No lugar da multa, um autógrafo.

Certamente não encontraria rejeição no Palácio do Planalto, como acontece hoje com José Maria Marin e Marco Polo Del Nero.

A presidenta Dilma Rousseff não quer nem saber de abrir as portas para a dupla dinâmica. Prefere vê-los a quilômetros de distância.

O Fenômeno poderia seguir os passos de Michel Platini, hoje o todo-poderoso da Uefa e com olhos de lince na direção do trono da Fifa. 

Mas como sempre há o outro lado da moeda: é possível que o corintiano Andrés Sanchez, ex-diretor de seleções, convença Ronaldo a sair como vice em sua chapa contra o amigo de fé Del Nero. Por enquanto, o Fenômeno está na moita.
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Isto é Felipão 1. O primeiro dia a gente nunca esquece. Que o digam os bancários! O pessoal do Banco do Brasil ficou feliz da vida quando Felipão afirmou que, se jogador não quer pressão, deve trabalhar no BB, sentar no escritório e não fazer nada. O presidente da associação dos funcionários do banco, Antonio Sérgio Riede, agradeceu os elogios: a pressão é tanta no BB que nenhum gerente que contribua para rebaixar o nível de uma agência ganha como prêmio uma agência maior – depois de afundar os periquitos em revista, Felipão foi guindado à amarelinha desbotada.

Isto é Felipão 2. A turma do BB disse ainda esperar que as grandes conquistas do vôlei brasileiro, patrocinado pelo banco há mais de 20 anos, inspirem o trabalho de Felipão no comando da equipe. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro também aplaudiu o pontapé inicial do treinador: espera que ele não esteja tão desatualizado sobre futebol quanto está sobre as relações de trabalho nos bancos. Depois dos protestos, Felipão telefonou ao presidente do BB e se retratou. Garantiu ser cliente do banco há mais de 30 anos e que não houve intenção de ofender a classe. 

Isto é Felipão 3. O gajo Cristiano Ronaldo é melhor do que o hermano Messi, favorito disparado a ganhar pelo quarto ano seguido a Bola de Ouro da Fifa.

Mico. A competência do Circo Brasileiro de Futebol é exemplar. Apenas o ‘professor’ Felipão faltou ao workshop da mamãe Fifa para discutir a Copa das Confederações. De nada adiantou o rei da cocada queimada, José Maria Marin, colocar um jatinho à disposição. Quando aterrissou em São Paulo, o encontro com cartolas e treinadores das outras seleções já havia terminado. 

Twitface. Felipão e Parreira em ação: blá-blá-blá, nhenhenhém, lesco-lesco... Brasil, ame-o ou deixe-o.

Pica-Pau. Ainda há esperança: corre nas redes sociais uma campanha para mudar o nome do tatu-bola, mascote da Copa de 2014. A meta é atingir um milhão de compartilhamentos no Facebook. Tem até imagem do pobre tatu-bola pedindo ajuda porque ‘Fuleco é sacanagem’. E como! 

Sugismundo Freud. Crítica dura sem bom argumento não resolve nada.

Convite à bordoada. O salvo-conduto dado pela federação do Rio aos brucutus no próximo Carioquinha caiu como uma pena de 500 quilos no colo da mamãe Fifa. A genial ideia de trocar a suspensão do terceiro cartão amarelo por uma milionária multa de R$ 500 pode trazer graves consequências aos cartolas da Cidade Maravilhosa dos morros uivantes. A dona da bola prefere a suspensão automática, pois teme festival de pontapés, como na Libertadores. 

Dona Fifi. A fase dos periquitos em revista está demais. O clube divulgou que os jogadores dispensados seriam anunciados às 19h20, mas o site oficial caiu antes e depois do horário estabelecido. Chama a Val!

Gilete press. Do pequeno grande Tostão, na ‘Folha’: “Guardiola foi um sonho. É lamentável a prepotência e o corporativismo dos técnicos brasileiros, antigos e novos, em relação aos estrangeiros, mesmo sendo Guardiola. Querem manter os empregos, o prestígio e ainda ficar próximos da CBF.” No queixo!

Tititi d’Aline. Jogadores do futebol americano descobriram novo doping. Eles estão usando o Viagra para aumentar o rendimento. No hora do agarra agarra...

Você sabia que... São Paulo x Universidad Católica rendeu 20 pontos no ibope global da grande Pauliceia entregue ao bangue-bangue?

‘Bola de ouro’. Marco Polo Del Nero. Estupenda a participação do primeiro-ministro das chuteiras furadas na apresentação de Felipão e Parreira: entrou mudo e saiu calado. 

Bola de latão. São Paulo. Não está justificando o incrível apoio da torcida nas arquibancadas do Morumbi. Time precisa jogar uma bolinha bem mais afinada. 

Bola de lixo. Carlos ‘Rolando Lero’ Nuzman. Deu cano no debate do Senado sobre mandato dos cartolas. Alegou estar viajando, mas não mandou nenhum representante do COB (caixinha, obrigado Brasil).

Bola sete. “Trazer Pep Guardiola não é para qualquer um. E Marin não quer ser grandioso assim. É arcaico” (de José Luiz Portela, no ‘Lance’ – no alvo).

Dúvida pertinente. Palmeiras dispensa 18 jogadores: Tirone vai apagar a luz?

VÍDEO: Neve cobre o Bayern em Munique, mas é o futebol brasileiro que entra numa fria

Aqui em Munique, frio, temperatura sempre em torno de zero grau e neve. Muita neve. E assim será nesta sexta-feira, com o termômetro descendo ainda mais até o sábado do grande duelo entre Bayern Munique e Borussia Dortmund. O jogo obviamente será quente, mesmo com a previsão de -2 graus a -7 graus para o dia do cotejo. Os alemães estão acostumados com esse clima, como acostumados estão os brasileiros aos velhos conceitos que envolvem o nosso futebol.

Isso mesmo, velhos conceitos. Enquanto a Espanha domina a Europa e o Mundo com títulos nos últimos três grandes torneios que disputou, a Alemanha tenta se aproximar com receita que tem pontos em comum. Volantes que sabem jogar, meias hábeis e jovens talentos que reúnem técnica apurada e velocidade. Embora tradicionalmente a "fábrica" de talentos brasileira tenha uma "linha de produção" mais fértil, despejando gente talentosa em belas quantidades, isso já mudou muito.

Não podemos permitir que a tradição nos impeça de notar a estagnação. O esporte evolui física, técnica e taticamente. Novas ideias, conceitos renovadores, avanços em todos os campos são fundamentais num meio tão competitivo. E o Brasil parou no tempo. Mano Menezes não era exatamente um vanguardista no comando da seleção cebeefiana, mas capitaneou uma necessária renovação e vinha forçando ainda mais um jogo de bola no pé, técnico, hábil. 

Com ele, o time "canarinho" tentava encontrar um caminho diferente daquele que se transformou em opção predileta de técnicos do país. Um jogo baseado em contra-ataque, velocidade, bola parada. Não são poucos os times brasileiros que fizeram sucesso nos últimos anos apoiados nesses conceitos. Com diferenças aqui ou ali, Muricy Ramalho e Luiz Felipe Scolari são dois autênticos representantes de tal escola. Vitoriosos treinadores, mas que não inovam.

Eles sequer tentam algo diferente do sistema com volantes ferozes protegendo até três zagueiros, jogadores velozes para puxar o contragolpe e um centroavante que pode ser grandalhão, trombador mesmo. Posse de bola, marcação pressão no campo inimigo, troca de passes, pelota no chão, menos chutões, menor dependência das faltas e escanteios... Essa receita não é a de Felipão, que volta à seleção após colecionar insucessos que nem a conquista da Copa do Brasil apagou.

Com todo respeito aos que pensam diferente, não concordo com o pragmatismo como fio condutor do trabalho de um técnico que comanda uma seleção que lhe disponibiliza bons jogadores para convocar. Se aquele que dirige a Bolívia, o Tarquijistão ou a Irlanda do Norte apela para armas um tanto quanto ortodoxas, é compreensível. Mas o treinador que pode chamar atletas nascidos em países como Brasil e Argentina deveria ter uma missão mais ampla.

O desafio de quem dirige uma seleção como a brasileira pode e deve ser o de montar boas equipes. Não basta colocar em campo um time duro, engessado, dependente de cruzamentos na área adversária. Mesmo que essa velha e obsoleta receita dê resultado momentâneo. Os conceitos aplicados por Felipão em 2002 o conduziram ao sucesso. Mas foi há longos 10 anos. Muita coisa mudou, menos sua forma de armar as equipes que dirige. Nem mesmo o período no exterior ampliou seu repertório.

E com Carlos Alberto (sim, é Carlos Alberto) Parreira de volta à seleção a CBF oficializa sua opção pelo que ficou para trás. A opção por conceitos superados que caracterizaram os mais recentes trabalhos de um profissional outrora vencedor e que na última Copa do Mundo entrou para a história como o primeiro técnico de um país anfitrião eliminado na primeira fase. O fraco trabalho de Parreira à frente dos sul-africanos o levou a decidir pela aposentadoria agora abortada.

Muitos avaliarão o trabalho de Scolari em função apenas de vitórias e derrotas. Não pretendo seguir esse caminho. Ele venceu a Copa do Brasil, um mata-mata como será na fase decisiva o Mundial de 2014. Mas não proporcionou uma boa equipe ao Palmeiras. O futebol anda de braços dados com o imponderável, a ponto de um time campeão ser rebaixado meses depois. Mas não foi por acaso. Formada por ele e com vários jogadores que pediu e aprovou o alviverde fez tudo para cair. E caiu.

E mesmo que ganhe o hexa a passagem do treinador pela CBF poderá ser questionada. De que adiantará mais uma estrela na camisa amarela se o time responsável por ela nada de novo apresentar? Terá valido a pena? Já não temos grandes meias e atacantes de primeira linha nascidos no Brasil. Jovens como Neymar, Oscar, Lucas tentam mudar isso, mas é fato que os boleiros "Made in Brazil" são, em sua maioria, coadjuvantes no cenário internacional.

Reflexo do futebol pobre que se tolera no país em troca de taças que escondem o problema maior, cortinas-de-fumaça como a do Palmeiras campeão que se viu rebaixado quando ela dissipou. Espero estar errado e em algum tempo escrever um texto totalmente diferente desse que vai chegando ao final. Que Felipão surpreenda, dê sequência aquilo que Mano tentava fazer e aprimore, avance, inove, arrisque, ouse!

Assim, poderá prestar serviço mais importante do que uma eventual conquista de Copa com um Marcos Assunção mais jovem a cruzar a bola após faltas cavadas por um Valdívia tupinquim. Faz frio e neva na Alemanha, que não ganhou, ainda, títulos com a atual geração. Mas após o anúncio feito pela CBF, sinto que é o futebol brasileiro que está entrando numa gelada. Mesmo que, pela parceria do futebol com o impoderável, os cebeefianos ganhem a sexta Copa.

Vencer em 2014 é importante, mas não o bastante.

Gramado do CT coberto pela neve em Munique. Frio. Mas é a seleção da CBF que entra numa gelada

Apresentação de Felipão tem brincadeiras, gafe de Marin e 'paz' à primeira vista


De volta à seleção brasileira após dez anos, Luiz Felipe Scolari demonstrou bom humor e um discurso ameno em sua apresentação, nesta quinta-feira, no hotel Windsor Barra, no Rio de Janeiro. O treinador respondeu a questionamentos sobre problemas e polêmicas na CBF, rebateu críticas sobre o seu trabalho nos últimos anos, explicou a parceira que terá com o coordenador Carlos Alberto Parreira e falou sobre a pressão que sofrerá para conquistar o hexacampeonato mundial em 2014. Pelo menos à primeira vista, o clima de paz deu o tom na entrevista coletiva inicial, sem qualquer indício da acidez que invariavelmente acompanha Felipão.

A apresentação de Scolari durou 1 hora e 10 minutos, e ele esteve ao seu lado na mesa José Maria Marin, presidente da CBF, o coordenador Carlos Alberto Parreira, Marco Polo Del Nero, vice da CBF e presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), e Rubens Lopes, presidente da Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), além do assessor de imprensa Rodrigo Paiva.

Depois do discurso de abertura do presidente Marin, que justificou não ter escolhido Guardiola, Tite, Muricy Ramalho, Abel Braga e Vanderlei Luxemburgo e rasgou elogios a Luiz Felipe Scolari, o novo técnico da seleção teve a palavra falou da satisfação de retornar à equipe nacional e da "obrigação" de ganhar a Copa em casa.

Na primeira pergunta mais polêmica de um jornalista, sobre um pedido de Marin de ver as listas de convocados 48 horas antes da divulgação, Felipão foi "light" e se saiu bem.

"Vamos fazer a escolha dos convocados 15, 17 dias antes dos jogos, porque precisamos mandar essa lista aos clubes. Por isso, é normal que o nosso presidente saiba não dois dias antes, mas até 15 dias antes", disse o treinador.
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Del Nero, Felipão, Parreira, Marin e Rubens Lopes durante a apresentação nesta quinta no Rio
Del Nero, Felipão, Parreira, Marin e Rubens Lopes durante a apresentação nesta quinta no Rio
Depois, a questão foi sobre como ele iria lidar com as polêmicas envolvendo a CBF, como a saída de Ricardo Teixeira no início deste ano e o depoimento prestado por Marco Polo Del Nero à Polícia Federal na última segunda. "Quanto à CBF, não vai ter interferência nenhuma. A não ser que o presidente e o Marco (Polo) falem que quererm esse ou aquele nome de jogador, e nunca houve esse tipo de inteferência. Não posso falar de quem saiu, de quem fez isso ou aquilo, minha situação é só no futebol. Cheguei ontem (quarta-feira) a São Paulo e defini minha situação, não tenho nada a ver com o que acontece extra campo", afirmou Scolari, sem qualquer exaltação em sua voz.

Outra curiosidade dos jornalistas era sobre como funcionará o trabalho conjunto entre Felipão e Parreira. Tanto o treinador como o coordenador mostraram afinidade nas explicações, garantindo que existirá sempre um diálogo entre os dois, mas deixando claro que a palavra final será de Scolari.

"Fiquei muito feliz quando o presidente me disse que convidou o Parreira. Eu disse 'muito obrigado' por poder ter o Parreira ao meu lado. O Parreira vai emitir opinião, vai sugerir nomes. Vou estar mais no campo, mas é assim que vamos trabalhar. Pelas equipes que nós formamos, muitas vezes temos algumas diferenças de posicionamento, de treinamento, mas vamos dicutir e adaptar isso. Acho que os dois estilos vão se fundir", explicou Felipão.

"Tudo é uma questão de adaptação, estamos aqui para colaborar, trocar ideias e até conceitos diferentes. Mas a decisão final sempre caberá ao treinador, que é a figura principal da comissão técnica", concordou Parreira.

Sem respostas atravessadas, irritação ou qualquer outra situação mais desconfortável nesta terça, sobrou espaço até para brincadeiras em uma sala lotada com cerca de 100 profissionais de imprensa no Rio de Janeiro.

"Vejo que o Parreira está mais bonito, mais elegante, eu que não consegui fazer plástica ainda"; "o pessoal diz que não, mas eu era bom quando jogava, há discordâncias, mas eu era bom"; "a cara do Felipão? É essa, mais ou menos. Se você me perguntar para minha esposa, ela vai dizer que é razoável, outros vão dizer que é feia". O bom humor de Felipão arrancou risadas dos presentes.

Aos 64 anos, Luiz Felipe Scolari é ainda mais maduro e experiente do que era quando foi pentacampeão mundial em 2002, na Copa da Coreia do Sul de do Japão. À primeira vista, Felipão demonstrou uma postura mais calma, resta saber se um novo "caso Romário" ou algum outro contratempo poderá tirar novamente o treinador do sério durante a trajetória para o tão sonhado hexa.

Gafe de Marin - O presidente da CBF, José Maria Marin, rasgou elogios a Luiz Felipe Scolari e a Carlos Alberto Parreira durante a apresentação dos dois membros principais da nova comissão técnica da CBF. Em uma de sua respostas, no entanto, o dirigente fez confusão, acabou errando o nome do coordenador técnico, campeão do mundo com o Brasil em 1994, e cometeu uma gafe, chamando ele de "Antônio Carlos".

"Pelo prestígio internacional do Antônio Carlos Parreira, do Carlos Alberto Parreira, e do Felipe...", disse Marin, que em outro momento da coletiva aidna soltou um "Carlos Albertos Parreiras".

Palmeiras anuncia lista de dispensados: Obina e mais quatro estão fora da temporada 2013



Daniel Carvalho e Obina durante treino do Palmeiras; atacantes não ficam para 2013
Daniel Carvalho e Obina durante treino do Palmeiras; atacantes não ficam para 2013
O Palmeiras anunciou na noite desta quinta-feira, por meio de seu site oficial, uma lista de cinco jogadores que não terão seus vínculos renovados com o clube ao fim de 2012. O lateral-esquerdo Leandro, o volante João Vitor, o meia Daniel Carvalho e os atacantes Betinho e Obina estão fora dos planos.

De acordo com a nota, outros 11 atletas ainda seguem com contrato com o clube, mas estão disponíveis para negociação: os goleiros Pegorari e Carlos, os laterais Fabinho Capixaba, Luís Felipe e Gerley, os zagueiros Leandro Amaro e Wellington, o volante Tinga, o meia Patrik e os atacantes Daniel Lovinho e Tadeu.


Dos cinco atletas que não continuarão, somente o caso de Betinho já havia se tornado público. Obina e Leandro chegaram ao longo da temporada e não conseguiram repetir as atuações que tiveram outrora pela equipe alviverde. Daniel Carvalho, por sua vez, já tinha gerado insatisfação na diretoria e o fim de sua passagem era anunciado. 

João Vitor foi outro que teve uma passagem turbulenta no Palestra Itália. O atleta se envolveu em uma briga com torcedores, em 2011, em frente à loja oficial do clube. Ultimamente, o jogador estava contundido e não participou do final da campanha que decretou o rebaixamento dos paulistas. 

Segundo informações do repórter da Rádio Estadão ESPN Eduardo de Meneses, mais três atletas deverão deixar o clube. Thiago Heleno, que tem contrato até o final deste ano, é um deles. O paraguaio Román, que está por empréstimo, voltará ao River Plate, mas não deverá seguir na equipe argentina. 

Já o lateral direito Artur tem sua permanência dificultada por conta da quantia financeira que o São Caetano pede pelo jogador, que está emprestado ao Palmeiras. Os três atletas têm contrato apenas até dezembro.

O Palmeiras é o 18º colocado do Campeonato Brasileiro, com 34 pontos, e já está rebaixado à Série B. Com o anúncio desta quinta-feira, o clube deu sequência à reformulação do elenco para 2013, quando, além da segunda divisão nacional, também disputará a Copa Libertadores. Antes, a equipe havia contratado o lateral direito Ayrton, ex-Coritiba. O volante Augusto Recife e o goleiro Fernando Prass interessam e podem ser os próximos reforços a chegarem.

Em encontro, Jorge Rodrigues descarta aliança com Patricia e promete Kaká para a camisa 10 do Flamengo


Jorge Rodrigues, ao centro, prometeu contratarr Kaká para ser o camisa 10
Jorge Rodrigues, ao centro, prometeu contratar Kaká 


Durante um encontro da Chapa Rosa realizado na noite desta quinta-feira, em uma churrascaria na Zona Norte do Rio de Janeiro, o candidato à presidência do Flamengo Jorge Rodrigues sonhou alto. Ao abordar seus planos para a presidência, Rodrigues prometeu um nome de peso para a camisa 10 em 2013: Kaká. Segundo ele, os contatos já foram iniciados na busca pela contratação do meia do Real Madrid.

"Minha carta na manga é algo que vou dar ao sócio. Um grande craque para a camisa 10. Vou revelar: o nome dele é Kaká. Já estou trabalhando por isso. Vou atrás dele para dar esse presente para o torcedor", disse Jorge Rodrigues.

Após a aliança entre Ronaldo Gomlevsky, da Chapa Branca, com Eduardo Bandeira de Mello, da Chapa Azul, muito se especulou sobre uma união entre Jorge Rodrigues e a atual presidente Patricia Amorim, da Chapa Amarelo Ouro. A proposta foi descartada por Rodrigues. Para ele, não há mais chance devido à falta de tempo para composição das chapas.

"Não há possibilidade. O tempo disso passou. Quem poderia vir ao nosso encontro, já veio", afirmou Rodrigues.

Nos bastidores, no entanto, parte dos integrantes da chapa de Patricia Amorim tenta convencê-la a desistir do pleito e compor uma aliança em busca da vitória nestes últimos dias. O resultado das últimas pesquisas, que colocam a Chapa Azul na liderança, é um dos motivos para a ideia. A eleição rubro-negra ocorre no dia 3 de dezembro. 

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Copa Sul-Americana

21h50 São Paulo 0x0 Universidad Católica

Brasileirão Série C


 Icasa 0x0 Oeste-SP

Copa do Brasil Sub 20

Grêmio  0x1  Vitoria 

Agentino

Independente Ar  1x2  Begrano

Liga Europa

18h05 Hapoel Kiryat Shmona 0x2 Athletic Bilba

Alemão

17h00 Borussia Mgladbach 2x0 Wolfsburg
17h00 Stuttgart 2x1 Augsburg
17h00 Werder Bremen 1x4 Bayer Leverkusen
17h00 Freiburg 0x2 Bayern de Munique
17h45 Nuremberg 4x2 Hoffenheim

Inglês

16h45 Chelsea 0x0 Fulham
16h45 Everton 1x1 Arsenal
16h45 Southampton 1x1 Norwich
16h45 Swansea City 3x1 West Bromwich Albion
16h45 Tottenham 2x1 Liverpool
17h00 Manchester United 1x 0West Ham
17h00 Wigan 0x2 Manchester City
17h45 Stoke City 2x1 Newcastle United

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Copa do Brasil Sub 20

Atletico -MG  2x0 Bahia 

Português

18h15 Paços Ferreira 2x2 Marítimo

Italiano

17h45 Lazio 3x0 Udinese

Inglês

17h45 Sunderland 0x0 QPR
18h00 Aston Villa 1x0 Reading

Alemão

15h00 Borussia Dortmund 1x1 Fortuna Düsseldorf
15h00 Hannover 96 2x0 Greuther Fürth



15h00 Hamburgo 3x1 Schalke 04
15h00 Eintracht Frankfurt 1x3 Mainz 05

Brasileirão Sub 17

16h00 Palmeiras  2x0  Novo Hamburgo
22h00 Coritiba  1x2 Flamengo 

Felipão e Parreira na Seleção Brasileira


Luiz Felipe Scolari só volta ao comando da Seleção Brasileira se tiver autonomia para indicar o coordenador do time. E o seu preferido é Carlos Alberto Parreira. Felipão entende que não se pode deixar de lado um profissional como Parreira quando se trata de Copa do Mundo e ainda mais com a Copa no Brasil.
Parreira também não consegue entender os motivos de ser relegado a segundo plano pelos cartolas que controlam a organização do Mundial de 2014. Dono de um vasto currículo em Copas, inclusive com participação direta nas conquistas de 1970, quando era o espião para investigar os adversários da Seleção e membro da equipe de preparação física, e do título de 1994, quando era o treinador, Parreira sonhava por um reconhecimento maior no País.
Para não falar que ele não participa da Copa de 2014, tem exercido a função de relações internacionais do Comitê Organizador Local de Minas Gerais. É quase um burocrata. Mas com muito a contribuir nas questões de campo e fora dele com a Seleção.
Felipão também comunga dessa ideia. O treinador quer Parreira ao seu lado para comandar a Seleção. Seriam dois campeões mundiais a serviço do Brasil na Copa em território brasileiro.
Aliás, ainda na África do Sul, em 2010, pouco antes do encerramento daquela Copa, Felipão foi convidado por Ricardo Teixeira, então presidente da CBF, para ser o sucessor de Dunga após o Mundial. Felipão estava inclinado a aceitar o convite desde que Parreira fosse o coordenador da Seleção. Teixeira não topou.
Agora surge uma nova oportunidade de os dois, enfim, assumirem a Seleção. A decisão está na mesa de José Maria Marin, presidente da CBF, e de Marco Polo Del Nero, vice da CBF e cartola maior do futebol paulista.
Neste domingo, Felipão vai à missa na paróquia de Nossa Senhora de Caravaggio, em Caxias do Sul (RS). Ele emprestou sua imagem para a recuperação do santuário. Vai orar por sua mãe que não anda bem de saúde. E deve voltar a São Paulo nesta segunda–feira.
Marin, apesar de Andrés Sanchez garantir que o novo técnico da Seleção será anunciado só em janeiro, tem pressa para definir o treinador. A partir desta quarta-feira, em São Paulo, a Fifa vai reunir os treinadores e dirigentes das 8 seleções classificadas para a Copa das Confederações de 2013. O sorteio dos jogos será no sábado no Anhembi.
Seria constrangedor para Marin, anfitrião do evento da Fifa, abrir a cerimônia sem um treinador para a Seleção. A Espanha vai mandar Vicente Del Bosque, campeão do mundo. A Itália vem com Cesare Prandelli, vice-campeão da Eurocopa 2012. Felipão pode sentar ao lado deles.
Nacionalista e conservador, Marin não aceitaria um estrangeiro como Guardiola no comando da Seleção. Tite, Muricy e Luxemburgo estão presos aos seus clubes. Felipão é o nome. Mas de Marin e Marco Polo Del Nero pode se esperar de tudo.

Coração na chuteira


A decisão na Fórmula 1 foi bacana, o campeão da temporada surgiu apenas no finalzinho da última prova, em Interlagos, e o título ficou com o piloto que conquistou mais pontos. Perfeito. O tricampeão Vettel manteve-se no topo da categoria graças ao velho e bom método de premiar a regularidade de quem teve pontuação maior ao longo da temporada. Critério justo, racional e aceito sem contestação no automobilismo, mas que vive a receber torpedos no futebol.
A busca por pontos - preciosos, imprescindíveis, salvadores - movimentou quatro jogos da penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. Disputados simultaneamente, descontada a diferença de fuso horário, fizeram vazar emoção para cinco torcidas ainda angustiadas com a ameaça de rebaixamento.
No início, estava difícil escolher, tantas as alternativas para quem curte o joguinho de bola. Mas logo o controle remoto ficou a zapear entre Bahia x Náutico e Sport x Fluminense, enrolados, emocionantes, cheios de adrenalina até os segundos derradeiros. A redução ocorreu porque a Portuguesa, valente, desvencilhou-se de nó tremendo, ao fazer 2 a 0 no Inter em Porto Alegre. Tem 44 pontos e briga por mais um no domingo que vem contra a Ponte, no Canindé, para permanecer na elite. Há risco, embora pequeno. O Coritiba perdeu do Cruzeiro, mas com 45, também está salvo.
Pois bem, os duelos no Nordeste foram de tirar o fôlego. O Bahia esteve com a vida resolvida dos 6 aos 33 minutos do segundo tempo, período em que ficou em vantagem, com o gol de Gabriel, em cobrança de pênalti, até levar o empate, marcado por Dimba. Os baianos se desdobraram, pressionaram, foram pra cima. A vitória os aliviava de vez e transformaria a partida com o Atlético, em Goiás, apenas em amistoso. Resta o consolo: como têm 44 pontos, também se resolvem com empate. O Náutico foi a 46 e espantou fantasmas. Pesou em favor do Timbu o retrospecto formidável em casa, onde se mostrou letal.
Pela combinação de resultados, o drama maior ficou para a Ilha do Retiro, no desafio que o Sport topou diante do Fluminense. O campeão nacional saiu na frente, sempre com ele, Fred, o artilheiro. O pernambucanos colocaram o coração na chuteira, empataram instantes antes do intervalo e massacraram na etapa final. Em duas oportunidades o gol da virada esteve escancarado, mas Elivelton e Valencia tiraram em cima da linha. Na última chance, foi Cavalieri quem fez a torcida do Recife sofrer.
Meu amigo, que injustiça esse empate! Salvar uma bola que está a centímetros da linha fatal, ainda vai. É do jogo. Mas duas?!?! De dar dó do povo. O Sport faz clássico com o Náutico e só se livra da degola, quase certa, se ganhar e se Lusa ou Bahia perderem.
Verdes ladeira abaixo. O fim de semana foi desastroso para dois esmeraldinos paulistas: o Guarani, campeão brasileiro em 1978 (em cima do Palmeiras), vacilou no sábado na rodada de encerramento da Série B e despencou para a Terceira Divisão. É mais um degrau que desce por acúmulo de erros estratégicos e de gestão.
E o Palmeiras, ontem, seguiu a sina de afundar-se mais, com o perdão da redundância. Ok, entrou em campo rebaixado e com um monte de novatos, num Pacaembu vazio, para enfrentar o então lanterna Atlético-GO. Conseguiu perder por 2 a 1, a 21.ª derrota em 37 jogos. Uma lástima.
Destaque para os 3 mil e tantos torcedores que foram prestigiar a equipe. Desses se pode falar tudo, menos que não tenham amor incondicional.



O fator Emerson


Lembre de Emerson e de seu poder de decisão quando o Corinthians venceu o Boca Juniors, na Libertadores. Agora pense no Corinthians sem seu melhor jogador no Mundial. Esteve por um triz.
Como você sabe, Tite carrega no peito o orgulho de só escalar seu time de acordo com o que os jogadores fazem em campo, no dia a dia.
E desde julho, Emerson quase não jogou. Num time de homens de chuteiras, foi o único que calçou chinelos. Sua chance de jogar bem o Mundial era o sábado. Estar em campo poderia significar titularidade. Não estar...
Bem, Emerson seguiria viagem com os outros, mas com outro peso, outra forma de o técnico enxergar seu trabalho. Emerson não jogou bem contra o Santos, perdeu um gol na cara do goleiro Rafael. Prova de que ritmo de jogo é tudo. De que Tite estaria certo se não o escalasse no Japão, se não voltasse ao time.
O Chelsea, que ontem empatou contra o Manchester City, tem errado a saída de bola com frequência, jogada que o Corinthians adora fazer. Roubar e contra-atacar. No time preferencial de Tite, Emerson joga na esquerda e dá velocidade. Danilo na direita e oferece cadência.
Bola retomada no meio de campo, ali onde o Chelsea tantas vezes tem desperdiçado seus passes, exige do Corinthians velocidade.
Pode dar muito certo. Mas pode dar mais certo se Emerson for o ponta de lança, e não Martínez. Em alguns momentos, bom mudar o lado de Emerson com Danilo. O meia pela esquerda, Émerson à direita, às costas de Ashley Cole, o que mais erra na saída. Guerrero deve ser o centroavante.
E o Corinthians tem a receita para executar a difícil tarefa de dar à América o título mundial que não vem desde 2006. Ainda bem que Emerson voltou.

Especial - Parte I: E se (FELIPÃO) for o técnico da seleção brasileira?

O blog se dá o direito de não comentar a demissão de Mano Menezes, pela decisão que passou bem ao largo de questões técnicas e táticas. Uma manobra claramente política.

Com a escolha do próximo treinador estranhamente transferida para janeiro, o Olho Tático se permite fugir das especulações sem dados concretos, mas imaginar a seleção brasileira, anfitriã da Copa 2014 e sob pressão sem precedentes para conquistar o sexto título mundial, comandada por cada um dos principais candidatos ao cargo. Sem lobby, apenas um exercício considerando as características e preferências de cada técnico.

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Felipão foi técnico da 'família Scolari' em 2002 e tinha assumido apenas um ano antes
Felipão assumiu um ano antes e comandou 'família Scolari' em 2002 .
A começar pelo grande favorito. Luiz Felipe Scolari tem a seu favor a experiência bem sucedida de 2002 em circunstâncias semelhantes. Assumiu um ano antes, descartou Romário contrariando o apelo popular e formou já na Ásia a “Família Scolari” e o time que alcançou campanha histórica com 100% de aproveitamento e consagrou Ronaldo e Rivaldo. O retrospecto vitorioso em torneios de “mata-mata” e o título da Copa do Brasil com o Palmeiras também pesam. Assim como a popularidade da figura carismática, capital político interessante para os dirigentes.

Contra, a fase descendente na carreira. Desde o quarto lugar com Portugal na Copa 2006 o técnico não emplaca um bom trabalho. A passagem pelo Chelsea foi a maior frustração, mesmo descontando os problemas de relacionamento com as principais lideranças do time. Para piorar, os 28% de aproveitamento em 24 jogos com o Palmeiras no Brasileiro contribuíram, e muito, para o rebaixamento do clube.

A possível versão 2013 do Brasil de Felipão teria Ronaldinho Gaúcho de volta para ser o líder técnico e o homem das bolas paradas, figura imprescindível em seus times - como Arce no Grêmio e no Palmeiras e Marcos Assunção nesta última passagem pelo Alviverde. O camisa dez, que vestiu a 11 há uma década e foi o terceiro “R” do ataque brasileiro, seria o ponto de partida na montagem da equipe.

O sistema de jogo provavelmente não fugiria do 4-2-3-1 quase imutável no Palmeiras ou do invariável 4-3-3 de Portugal. A defesa não teria grandes mudanças em relação à considerada ideal por Mano Menezes. A menos que os três centímetros a mais e a ótima impulsão fizessem a diferença a favor de Dedé na disputa com David Luiz. 

No gol, cargo de confiança, a previsão de uma disputa entre Diego Cavalieri, formado no Palmeiras, e Victor, que ganhou notoriedade no Grêmio e fez bom Brasileiro pelo Atlético-MG.

Felipão apostaria no poder de marcação e no entrosamento de Ralf com Paulinho no meio-campo. Ou esperaria Lucas Leiva voltar ao Liverpool, mas sem abrir mão de um volante mais marcador. Oscar seria o meia pelo lado direito mais contido, auxiliando os volantes, formando o 4-2-3-1 “torto” semelhante ao do Palmeiras com João Vítor.

Ronaldinho tomaria o espaço de Kaká entre os titulares exercendo a mesma função que o redimiu no Atlético-MG: meia central do toque cerebral e das cobranças de falta. Neymar voltaria ao lado esquerdo, mais agudo e procurando as diagonais.

Porque Scolari não abre mão do típico centroavante. Jardel no Grêmio, Ozeas no Palmeiras, Fabio Júnior no Cruzeiro, Ronaldo Fenômeno, Pauleta em Portugal, Drogba no Chelsea e Barcos na volta ao Alviverde. Na seleção, o provável escolhido seria Fred, pelo momento iluminado e por combinar técnica e presença de área.

Olho Tático
O 4-2-3-1 'torto' de Felipão teria Oscar mais próximo dos volantes e Neymar espetado pelos lados.
O 4-2-3-1 'torto' de Felipão teria Oscar mais próximo dos volantes e Neymar espetado pelos lados.

Com Felipão é mais difícil arriscar previsões, pois o treinador é essencialmente intuitivo. Ele também poderia recorrer à solução tática de 2002: três zagueiros para liberar os laterais. Há dez anos, Lúcio, Roque Júnior e Edmilson formavam o trio, revezando na sobra e com este último alternando como defensor e volante, de acordo com o adversário.

Agora, para Daniel Alves e Marcelo apoiarem livres como Cafu e Roberto Carlos, Dedé se juntaria a Thiago Silva e David Luiz. Os três possuem inteligência tática para se revezar na sobra e o zagueiro do Chelsea, pelo ímpeto ofensivo, seria o elemento que mudaria de função de acordo com o contexto, tomando a vaga de Ralf.

No 3-4-1-2, Oscar recuaria para função semelhante a de Juninho Paulista, depois Kléberson, e Paulinho ficaria mais plantado, marcando e qualificando a saída de bola. Na frente, Neymar se juntaria a Fred, com Ronaldinho na ligação.

Olho Tático
Com três na defesa para liberar os laterais como alas, David Luiz alternaria como zagueiro e volante
Com três na defesa para liberar os laterais como alas, David Luiz alternaria como zagueiro e volante

Com qualquer escalação ou esquema, um time mais pragmático, pesado e menos moderno que o de Mano. Apostando em solidez defensiva, transição com menos posse de bola, mais vertical, intenso e investindo no talento e nas faltas e escanteios para resolver na frente. Mais Felipão impossível.

Libertadores 2013: quem está na corrida pela América?

Pela primeira vez em muito tempo, o sorteio da Copa Libertadores não terá enigmas como "Peru 2" e "Equador 3". A Conmebol enfim tomou a decisão lógica de marcar o evento para uma data em que os representantes dos países já estarão definidos: 21 de dezembro. Mas como está a corrida pelas vagas no torneio para 2013? O blog preparou um resumo.

ARGENTINA

São quatro vagas diretas na fase de grupos. Uma já é do Arsenal de Sarandí, campeão do Clausura, no primeiro semestre. As outras ficarão com o vencedor do Torneo Inicial (antigo Apertura) e as duas melhores pontuações do ano entre as equipes ainda não classificadas. O Tigre, melhor argentino na Copa Sul-Americana, tem a vaga na primeira fase (também chamada "pré-Libertadores").

Faltando duas rodadas no Torneo Inicial, o Vélez Sarsfield lidera com 35 pontos, dois a mais que o Lanús, seu principal concorrente. A seguir aparecem Newell's Old Boys e Boca Juniors, ambos com 30, e Racing, com 29.

O Vélez também lidera a classificação anual, com 68 pontos, contra 63 do Boca e 62 do Newell's. No atual cenário, as três equipes ficariam com as vagas. O Lanús tem 59 pontos e ainda pode se classificar tanto na vaga do Torneo Inicial quanto na da classificação anual.

BOLÍVIA

Campeão e vice do Clausura 2011/12 e campeão do Apertura 2012/13. A classificação boliviana parece simples, mas se complica a partir do momento em que um mesmo time conquista a vaga por mais de um meio.

O campeão do Clausura, The Strongest, tem tudo para ganhar também o Apertura. Faltando quatro rodadas para o final, lidera com 39 pontos, seis a mais que o San José - já classificado como vice do Clausura. Seguem Bolívar (30), Blooming (29) e Real Potosí (27).

A princípio, a vaga do San José seria na primeira fase. Mas o time de Oruro entraria direto na fase de grupos com o título do Apertura ou mesmo com o segundo lugar, por herdar o posto do Strongest.

Neste cenário, haveria uma partida extra entre os terceiros colocados do Clausura (Oriente Petrolero) e do Apertura para conhecer o dono da vaga na pré-Libertadores.

Em outra hipótese viável, a de título do Strongest com o San José terminando no máximo em terceiro lugar, o vice do Apertura disputaria com o San José um play-off para definir quem entraria direto na fase de grupos e quem ficaria para a pré.

BRASIL

As três vagas já conhecidas nos grupos são de Corinthians (atual campeão), Palmeiras (vencedor da Copa do Brasil) e Fluminense (campeão brasileiro). A quarta e última ficará com o vice-campeão brasileiro: Grêmio ou Atlético Mineiro. Na última rodada, o time gaúcho precisa vencer o Internacional. Caso não o faça, só mantém a posição se o Atlético não vencer o Cruzeiro.

Quem perder a corrida pelo vice disputará a primeira fase da Libertadores ao lado do São Paulo, que já se classificou como quarto colocado do Brasileirão, o que torna irrelevante para efeito de vaga a eventual conquista da Copa Sul-Americana.

CHILE

Universidad de Chile, campeã do Apertura, já garantiu uma vaga direta nos grupos. O mesmo destino terá o campeão do Clausura, título que "La U" não tem mais chances de conquistar. A disputa está nas semifinais: Unión Española x Colo Colo, Rangers x Huachipato. A decisão do título está prevista para 9 de dezembro.

A vaga da pré-Libertadores é do Deportes Iquique, melhor campanha do ano entre os times não classificados. No entanto, ainda pode haver uma reviravolta: a Universidad Católica, em caso de título da Sul-Americana, tomaria para si a última vaga do país.

COLÔMBIA

A única vaga já confirmada é a do Santa Fe, vencedor do Apertura, que vai aos grupos. O Torneio Finalización, que define o outro classificado, está na fase dos quadrangulares semifinais. 

Após três rodadas, o grupo A tem Junior e Pasto com 6 pontos, Tolima com 3 e Millonarios com 0. Os dois últimos têm uma partida a menos, a recuperar nesta quarta-feira. No grupo B, a classificação tem La Equidad (6), Itagüi e Medellín (4) e Atlético Nacional (3).

A outra vaga, na primeira fase, ficará com o melhor não-campeão do ano. A pontuação acumulada considera inclusive as fases finais, portanto ainda pode se alterar. No momento, o Tolima tem 78 pontos, três a mais que La Equidad.

Assim como no Chile, uma reviravolta pode vir da Sul-Americana, em caso de título do Millonarios, o que tiraria a terceira e última vaga do campeonato. A não ser, é claro, que ele se classifique com o título do Finalización.

EQUADOR

A liga é dividida em duas etapas, com os vencedores fazendo a final (e se classificando para os grupos da Libertadores), a não ser que o mesmo time conquiste ambas. Pode ser o caso doBarcelona de Guayaquil, que venceu a primeira etapa e está próximo de conquistar também a segunda.

O Barcelona tem cinco pontos de vantagem para o Emelec, que precisa vencer o Deportivo Quito no jogo atrasado de quarta-feira para chegar com chances à última rodada, no próximo fim de semana.

No caso de haver uma final do campeonato, o terceiro e o quarto colocados na tabela geral do ano disputariam a vaga na pré-Libertadores. No entanto, se o Barcelona for campeão direto, a disputa seria pelo vice-campeonato, entre o segundo e o terceiro, com o vencedor entrando direto na fase de grupos.

O Emelec já garantiu o segundo lugar na classificação anual, com 74 pontos. No momento, a terceira colocação é disputada por Independiente del Valle (68) e LDU Quito (66). Os jogos relevantes da última rodada são Barcelona x Olmedo, Deportivo Cuenca x Emelec, LDU Loja x Independiente e LDU Quito x Manta.

PARAGUAI

Campeão do Apertura, o Cerro Porteño já tem lugar assegurado na fase de grupos da Libertadores 2013. A corrida pelo título do Clausura está apertada: Guaraní com 39 pontos, Libertad e Nacional com 38, faltando três rodadas.

A vaga na primeira fase é definida pela classificação anual entre os não-campeões. Neste momento, a melhor campanha é do Libertad, com 82, com grandes possibilidades de obter a vaga mesmo sem ganhar o Clausura.

Em caso de título do Libertad, o principal candidato a se beneficiar é o Olimpia, com 75. O Nacional tem 71 e o Guaraní 69.

PERU

As vagas diretas cabem aos finalistas do campeonato: o Sporting Cristal, vice-campeão da Libertadores em 1997, e o Real Garcilaso, estreante no torneio. A decisão começa no próximo fim de semana.

Também fará sua primeira aparição a Universidad César Vallejo, classificada para a pré-Libertadores pela pontuação anual.

URUGUAI

As vagas na Libertadores 2013 seguem a classificação da temporada 2011/12. Nacional, campeão, ePeñarol, segundo na tabela geral, vão aos grupos. O Defensor Sporting, terceiro, entra na primeira fase.

VENEZUELA

A exemplo do Uruguai, a temporada 2011/12 definiu as vagas venezuelanas. Deportivo Lara eCaracas, campeão e vice, na fase de grupos, e Deportivo Anzoátegui na pré.

MÉXICO

O país convidado define seus representantes pela fase de classificação do Apertura, disputado no segundo semestre. A única limitação imposta é não estar na Liga dos Campeões da Concacaf na mesma temporada. Como não era o caso dos três primeiros colocados (TolucaTijuana León), todos eles se