segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O erro de Carpegiani

O ÚNICO jeito de enfrentar o São Paulo é parar seu contra-ataque. Isso significa cadência com a bola no pé, passes curtos, sem pressa.
O Palmeiras só percebeu isso depois de Alex Silva ser expulso estupidamente, no início do segundo tempo.
Antes, a cena mais comum no clássico era o contra-ataque do São Paulo em alta velocidade. Lucas, Dagoberto e Fernandinho arrancavam, muitas vezes com o apoio de Jean.
O time chegava ao ataque com quatro atacantes contra três zagueiros. Ou no mano a mano. No ataque mais veloz do futebol brasileiro, o mais rápido é Fernandinho. Felipão começou o jogo tentando marcá-lo com Márcio Araújo e com liberdade para Cicinho sair.
Aos poucos, a marcação mudou, e o atacante do São Paulo começou a ficar frente a frente com Danilo. O lance do gol exemplifica isso. Danilo não parou o ponta. Fernandinho driblou o zagueiro e fuzilou.
O mais inteligente é Lucas. Abria o jogo pela ponta direita e obrigava o lateral Gabriel Silva a marcá-lo. Quando tinha companhia, deslocava-se para o meio, como armador. Nas duas funções, deixava companheiros na cara do gol.
Dono do contra-ataque mais rápido do Brasil, o São Paulo recuou depois da expulsão. Era justo, porque a chance do segundo gol era evidente no contra-ataque.
E então Carpegiani errou. Trocou Lucas e Dagoberto por Rivaldo e William. Perdeu a velocidade, chamou um pouco mais o adversário para o seu campo.
Poucas vezes Valdivia e Kleber trocaram passes. Aos 39min, tabelaram e serviram Adriano, que empatou. Ainda houve chances de contra-ataque que morreram em passes errados de Rivaldo, antes que ela chegasse a William. Faltou velocidade, e o São Paulo perdeu a chance de vencer.

VEZ DE RONALDINHO
Se não vamos mais ver o Ronaldinho do Barcelona, a expectativa é vê-lo decidir jogos. Fez sua parte na final de ontem. Luxemburgo abriu mão de Deivid e está descobrindo como ajudar Ronaldinho, solto no meio da zaga.

PURA PRESSÃO
A única pressão que parece existir no Corinthians é a marcação. Avançada, rouba bolas no ataque e deixa Liedson em condição de marcar.

Ronaldinho "centrovante" foi decisivo e fez sua parte. E ele ainda pode mais

xx

Vanderlei Luxemburgo puxou o mérito de motivar Ronaldinho Gaúcho para o desafio de ser protagonista ou coadjuvante. Bobagem. Se Luxemburgo tem um acerto no início de Ronaldinho foi ter percebido que ele se torna mais decisivo jogando solto, no ataque, em vez de armar a equipe por trás do centroavante. Contra o Muricy, no segundo tempo do clássico contra o Botafogo e na partida contra o Boavista, Ronaldinho foi o mais livre da equipe. Em outras palavras, foi o "centroavante", ainda que não tenha cacoete para jogar nessa posição e funcione mais como um ponta-de-lança do que como referência do ataque.

Ainda assim, o jogo contra o Boavista foi o de maior participação de Ronaldinho Gaúcho. Ainda é o tático, não o craque. Mas foi capaz de uma arrancada no início do primeiro tempo que resultou em cruzamento, de bons passes, de retornos ao meio-de-campo para fazer tabelas.

No Barcelona, Ronaldinho chegou a atuar por períodos de vários jogos nessa posição. Na decisão da Liga dos Campeões de 2006, contra o Arsenal, iniciou o jogo centralizado, com Samuel Eto'o pela esquerda. Depois, os dois inverteram suas posições. Ali, no meio, Ronaldinho fica mais perto do gol.

No início do Flamengo, seis jogos, três gols, não se pode negar o valor de Ronaldinho decisivo. Se ele está no Flamengo para resolver jogos, com um toque, uma cobrança de falta, um passe preciso, ele fez isso na decisão da Taça Guanabara. Seu melhor futebol estará entre a lembrança do que fazia no Barcelona e a realidade atual. Ele pode um pouco mais do que tem feito. Pode participar um pouco mais dos jogos. Mas está em evolução.

E se a pressão será mesmo para que decida partidas e troféus, isso Ronaldinho conseguiu fazer

VÍDEO: Bom começo de Ronaldinho no Fla. Entenda a festa pela Taça GB

A Taça Guanabara é muito festejada pelo torcedor no Rio de Janeiro porque surgiu em 1965 como um torneio independente do Campeonato Carioca. Na época, a cidade deixara de ser capital federal há cinco anos e o vencedor se classificava para a Taça Brasil, algo como a Copa do Brasil da época.

Em 1972 a Taça Guanabara integrar o Estadual como primeiro turno do campeonato. Mas já tinha tradição e continuou sendo muito festejada. O primeiro a conqustá-la como parte de outra competição foi o Flamengo, vencendo o Fluminense por 5 a 2 numa grande decisão no Maracanã.

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Campeões da Taça GBFlamengo 19
Vasco 11
Fluminense 8
Botafogo 6
América 1
Americano 1
Volta Redonda 1

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E com a vitória por 1 a 0 sobre o Boavista, pela 19ª vez os rubro-negros são os campeões da Taça GB. Ronaldinho Gaúcho conseguiu cravar como bom seu começo no clube ao marcar o gol único da partida. Claro que ainda não chegou perto do que dele se espera, mas o triunfo pesa a seu favor.


Ronaldinho, com a taça no Engenhão: gol e título no começo de trabalho
Ronaldinho, com a taça no Engenhão: gol e título no começo
O ex-melhor do mundo precisará de apetite por títulos para justificar sua contratação. Para começo, como um aperitivo, a Taça Guanabara caiu bem na avaliação do torcedor, mas ninguém faz tamanho investimento para ficar apenas nisso. O "R10" ganhou fôlego, mas terá de fazer muito mais.

Confira abaixo os detalhes da final da Taça Guanabara de 1972, que atraiu um dos maiores públicos daquele ano no Maracanã, e veja o vídeo com gols e lances daquela partida.

Flamengo 5 x 2 FluminenseCampeonato Carioca - 1º Turno - Taça Guanabara (decisão)
23 de abril de 1972
Estádio: Maracanã
Público: 137.002
Árbitro: José de Assis Aragão
Flamengo: Renato, Aloísio, Fred, Tinho, Rodrigues Neto, Liminha, Zé Mario, Rogério, Caio, Doval e Paulo Cesar. Técnico: Zagallo.
Fluminense: Félix, Oliveira, Sérgio Cosme, Assis e Marco Antônio; Denílson e Didi (Ivair), Wílton, Silveira, Mickey e Jair. Técnico: Paulo Amaral.
Gols: Caio (3), Liminha e Doval para o Flamengo, Jair e Mickey pelo Fluminense.

Patricia Amorim no "New York Times"

Patricia Amorim no Engenhão
Patricia Amorim no Engenhão
Crédito da imagem: New York Times


Sempre me perguntam: vocês duas são irmãs? parentes?
Não, vou deixar claro nós não temos nenhum parentesco.
Acho que é por causa do formato do rosto e da cor do cabelo. Alguns amigos me chamam de Presidenta. Agora eu acho até engraçado, porque no passado tinha até receio dessa certa semelhança.
2010 foi o pior ano da história do Flamengo. O goleiro Bruno, capitão do time, foi preso. Assassinato, toda aquela confusão em delegacia, uma nação ferida e quase o Flamengo foi rebaixado. Não poderia ter sido pior. Patrícia chamou Zico para trabalhar no clube. Não deu certo. Contratações equivocadas, time abalado, e justamente em 2009 o Flamengo havia sido campeão Brasileiro.
Pronto! O problema era a Patrícia! Falaram que ela era azarada. Realmente Patricia Amorim foi muito contestada.
2011 precisava ser diferente. Flamengo venceu os concorrentes e levou Ronaldinho Gaúcho. Todos os olhares voltados para o time. Eleito duas vezes melhor do mundo agora era jogador do Flamengo. Na Copa São Paulo de Juniores a garotada faturou o título. Craque o Flamengo volta a fazer em casa.
Final da taça Guanabara: Flamengo campeão.
Não duvidem das mulheres! Elas são fortes e mesmo quando perdem algumas batalhas não se entregam.
Temos os exemplos na nossa sociedade. O Brasil tem uma presidenta, Dilma Roussef. A polícia civil do Rio de Janeiro é chefiada por uma mulher, Martha Rocha e Patricia Amorim tem a responsabilidade de comandar uma nação.
Viva as mulheres!

A reportagem do New York Times  que saiu no sábado sobre Patricia Amorim está nesse link:

http://www.nytimes.com/2011/02/26/world/americas/26brazil.html?_r=2&ref=sports

Campeonato Português 2011

21ª RODADA - 28/02/2011
HORAJOGOESTÁDIOCIDADERELATO
17h15Naval 0x0 Braga Municipal José Bento PessoaFigueira da Foz

Campeonato Espanhol 2011

25ª RODADA - 28/02/2011
HORAJOGOESTÁDIOCIDADERELATO
17h00Málaga 3x1 Almería La RosaledaMálaga

Campeonato Italiano 2011

27ª RODADA - 28/02/2011
HORAJOGOESTÁDIOCIDADERELATO
16h45Milan 3x0 Napoli San Siro (Giuseppe Meazza)

Campeonato Argentino 2011

3ª RODADA - 28/02/2011
HORAJOGOESTÁDIOCIDADERELATO
19h10Huracán x Arsenal Sarandí Tomás Adolfo DucóBuenos Aires
21h15Tigre x NewellŽs Old Boys Monumental de VictoriaVictoria

musas do esporte

Crédito: Jeff Gross/Getty Image
Anna Kournikova jamais venceu uma torneio de simples da WTA, mas ainda assim é a atleta que mais faturou no tênis feminino e o motivo é muito simples: a sua beleza.
Nascida em 7 de junho de 1981, a popularidade da russa vai além das quadras de tênis. Kournikova foi a personalidade mais procurada no Google no início dos anos 2000, época que coincidiu com seus melhores momentos no esporte. Não bastasse esse fato, a musa inspirou um programador alemão a criar um vírus da internet com seu nome, em 2001. O “vírus Kournikova” se espalhou com rapidez pelo mundo e chegava ao usuário por email, convidando a vítima a clicar em fotos sensuais da atleta.

Da esquerda para direita: Kournikova assina autógrafo para fãs durante o Aberto da Austrália de 2003 (Adam Pretty/Getty Image); musa comparece ao Carnaval do Rio de Janeiro, em 2008 (João Sal/Folhapress); ex-tenista inova em ensaio sensual 3D para a revista Maxim, em 2010 (Divulgação)
Namorados
Com tanta beleza, nada mais natural que Kournikova atraísse a atenção masculina. Ao longo de sua carreira – e mesmo depois dela -, a russa sempre esteve envolvida em fofocas com namorados e pretendentes. Logo no início de sua trajetória, a tenista mantinha um relacionamento com o conterrâneo jogador de hóquei no gelo Sergei Fedorov.
Neste período, também se envolveu com outro jogador de hóquei no gelo, Pavel Bure, também nascido na Rússia. Com apenas 18 anos de idade, a tenista já estampava manchetes em sua terra natal.
Nesta disputa pela jovem musa do tênis, quem saiu melhor não foram os russos, mas sim o espanhol Enrique Iglesias. Ambos ainda mantém um relacionamento, mas de tempos em tempos os veículos de fofoca anunciam idas e vindas do casal.
“Eu sou como um menu em um
restaurante caro: você pode olhar
para mim, mas você não pode me bancar”
Fora das quadras
Anna Kournikova participou de uma ponta do filme Eu, eu mesmo e Irene, estrelado por Jim Carrey, onde atuou como recepcionista de hotel. Além disso, também estrelou um clipe de seu namorado chamado Escape.
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Ronaldinho faz jus à 10, marca de falta e brinda o Flamengo com a Taça Guanabara

Rio - Se a década passada não terminou como os rubro-negros esperavam, a atual não poderia começar melhor. Num ano em que o clube teve uma reviravolta com diversas glórias em pouco tempo - como o título da Copa São Paulo de Juniores e o reconhecimento do título brasileiro de 1987 -, a mais empolgante acabou sendo a contratação de um craque reconhecido individualmente: Ronaldinho Gaúcho. Recebido por um tapete vermelho e preto na Gávea, e por uma mobilização de marketing nos bastidores, o meia ainda devia. Não deve mais.
Foto: André Mourão / Agência O Dia
Fla usa o 'Bonde do Mengão sem freio' para comemorar  | Foto: André Mourão / Agência O Dia
O camisa 10 pode ainda não ter feito os adversários caírem diante de suas jogadas desconcertantes ou realizado lançamentos mágicos. Mas já pode se orgulhar de ter dado um título - mesmo que de primeiro turno - para a torcida que chamou de incomparável e disse ter um caso de amor. Com um gol de falta que lembrou os áureos tempos de Zico, histórico dono da 10 rubro-negra, Ronaldinho Gaúcho deu o primeiro troféu a uma equipe tida como promissora na Gávea. O placar magro de 1 a 0 vai contra a alegria de toda a Nação pela taça conquistada, a Guanabara. O Fla já pode dizer que é campeão em 2011.
>>> FOTOGALERIA: Confira as imagens da decisão no Engenhão

O jogo:

Desde os primeiros minutos, a forma de jogo de cada time já se desenhava: enquanto o Flamengo procurava manter a bola no campo de ataque, o Boavista - considerado a zebra da final - mostrava-se cauteloso e com defesa aplicada.

Para tentar dar uma opção mais rápida ao ataque do Fla, Vanderlei Luxemburgo promoveu a entrada do xodó da torcida Negueba no lugar de Bottinelli. A primeira chance na etapa final veio dos pés de Renato. O meia soltou a bomba que está acostumado, mas a bola passou ao lado esquerdo do gol de Thiago. O suficiente para a Nação aumentar o volume do canto.

O Boavista continuava a mostrar agressividade e a cometer faltas para parar as jogadas. No entanto, a equipe de Saquarema também a passou a arriscar mais e, consequentemente, a rondar a área do Flamengo. Leandro Chaves continuava a ser boa opção nos chutes de média distância. Do outro lado, o jovem Negueba fazia jus aos gritos da torcida ao intervalo, que pedia a sua entrada. Pela direita, o garoto fez boa jogada e chutou ao lado da baliza.

O tempo passava e a pressão do Mengão crescia. Trocando passes na entrada da área, com um time mais ofensivo com a entrada de Diego Maurício, o time buscava o gol que evitaria a loteria dos pênaltis. Passados 26 minutos, o Boavista comete mais uma falta. Thiago Neves é derrubado, na entrada da área, local onde os mestres que já vestiram o número 10 do manto sagrado estavam acostumados a decidir. O novo dono do número místico preparou a bola, caminhou para a cobrança e bateu. Gol, golaço, digno de Zico e Petkovic. Mas quem assinava era Ronaldinho Gaúcho, que fazia um Engenhão pintado de vermelho e preto vibrar como nunca na história do Estádio Olímpico
>>> Baixe o walpaper do Mengão Campeão

Vanderlei Luxemburgo, que antes procurou o ataque, agora adotava a cautela. Thiago Neves saiu para entra o zagueiro Ronaldo Angelim. Pouco depois, o  jogo esquentou. A serena equipe da Região dos Lagos ficava nervosa e logo viu seu artilheiro Frontini ser expulso.
Nos minutos finais, o Flamengo apenas controlava o jogo. O adversário, com um a menos e sem empolgação, já não tinha mais ímpeto para reagir. Bem que tentava e, por isso, o Rubro-Negro aguardava, desarmava e contra-atacava. Não houve chances de gol para nenhum dos lados. Só houve tempo da Nação Rubro-Negra para ouvir o apito final e comemorar o começo de ano perfeito.

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Foram 534 minutos em campo com a camisa rubro-negra. Nas seis partidas pelo Flamengo desde que chegou, Ronaldinho Gaúcho não conseguiu, até o momento, repetir as grandes atuações que o fizeram ídolo no Barcelona, no Milan e na Seleção Brasileira. Mas craque, mesmo sem brilhar, pode decidir. E numa cobrança de falta, relembrando outros camisas 10 marcantes, como Zico e Petkovic, o novo ídolo rubro-negro começou a escrever sua história no clube. Aos 26 minutos do segundo tempo, bateu com maestria e correu para o abraço. E, junto com o time, comemorou no embalo do "Bonde sem freio", rap que virou hit entre os jogadores na semana da decisão, o gol que garantiu, neste domingo, a vitória por 1 a 0 sobre o Boavista e a 19ª Taça Guanabara para o clube, de forma invicta.
Ao fim da partida, todos os jogadores, puxados pelo camisa 10, voltaram a fazer a coreografia do "Bonde do Mengão sem freio". Ronaldinho comemorou como um garoto que iniciava a carreira. E a torcida do Flamengo, que lotou o Engenhão, vibrou com a primeira conquista da temporada 2011.  "Que torcida é essa?", gritava, eufórica. Com os jogadores já no alto do pódio para receber as medalhas e erguer o troféu, cantou o hino do clube. E depois da volta olímpica, Ronaldinho fez questão de chegar próximo da arquibancada para mostrar a taça. Euforia total.
Ronaldinho gol Flamengo (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Com a coreografia do "Bonde do Mengão sem Freio", Ronaldinho puxa o time para comemorar o gol de falta  aos 26 do segundo tempo que dá título da Taça GB ao Rubro-Negro (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
O gol marcado deu a Ronaldinho, 46 dias depois de sua apresentação apoteótica na Gávea, diante de 20 mil torcedores, a alegria de, também, ser o responsável pelo primeiro grito de carnaval dos rubro-negros. O camisa 10, que desfilará na Portela e na Grande Rio, poderá brincar também à vontade no bloco que criou - Samba,.Amor e Paixão - no próximo domingo.
Com a conquista da Taça Guanabara, o Flamengo assegurou vaga cativa na decisão do Campeonato Carioca. Ao Boavista, resta o consolo de ter feito boa campanha no primeiro turno e, pela primeira vez, ter ido a uma decisão. O Verdão de Saquarema já volta a campo na quinta-feira, na estreia da Taça Rio, em casa, contra o Bangu. O Rubro-Negro inicia a campanha no segundo turno no sábado, contra o Olaria, no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.
Galeria de fotos: confira aqui as imagens da festa no Engenhão
Ronaldinho de centroavante
O técnico Vanderlei Luxemburgo surpreendeu ao sacar Deivid e escalar o argentino Bottinelli no meio-campo, deslocando Ronaldinho para a posição de centroavante. A outra alteração foi a saída de Ronaldo Angelim para a entrada de Egídio. A ideia, segundo o treinador, era usar três meias - Thiago Neves, Renato e Bottinelli - para municiar o camisa 10. A opção pelo lateral era criar pelo lado esquerdo mais uma opção de ataque.
Foi até do camisa 6 a primeira boa jogada, aos cinco minutos. Foi à linha de fundo e centrou para Thiago Neves cabecear. A zaga do Boavista interceptou. Mas o que se viu em boa parte do primeiro tempo foi um Flamengo tocando muito a bola, mas com poucas infiltrações para criar oportunidades. Com Ronaldinho preso na área e Bottinelli e Thiago Neves errando passes, o esquema de Vanderlei não deu certo.
O Verdão de Saquarema, desde o início, dava a senha do que seria sua estratégia: esperar o Flamengo em seu campo para partir em contra-ataque e aproveitar os buracos da defesa.  Durante os 11 primeiros minutos, nem uma coisa nem outra. O Flamengo só conseguiu a primeira boa jogada de gol quando Ronaldinho saiu da área e foi para a ponta esquerda. Livrou-se de Bruno Costa e centrou para Thiago Neves cabecear pelo lado direito. Mas o goleiro, xará do camisa 7, espalmou para escanteio. Pouco depois, pela direita, Léo Moura recebeu na medida de Thiago Neves e bateu cruzado, para fora, na melhor oportunidade.
Ronaldinho gol Flamengo (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Ronaldinho cobra a falta com maestria e sai para
o abraço (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Se o Flamengo melhorava o seu toque de bola, o Boavista não conseguia puxar os contra-ataques. Renato era eficiente no primeiro combate, e Willans e Maldonado marcavam em cima Tony e Leandro Chaves, os armadores da equipe da Região dos Lagos. Com isso, Frontini não conseguia ser acionado.
Queda de ritmo
Com os termômetros marcando 42 graus no Engenhão, os dois times caíram de ritmo. Muito marcado na área, Ronaldinho caía pelos flancos para ajudar na armação, mas pouco dava sequência às jogadas. Bottinelli, sem ritmo de jogo, errava o último passe. Thiago Neves raramente servia bem e pecava pelo excesso de individualismo.
O time só voltou a levar susto à meta do Boavista num lance sem querer de Egídio. Na tentativa de centrar para a área, ele quase encobriu o goleiro Thiago, que se esticou para espalmar a bola. O goleiro voltou a aparecer bem aos 40 minutos, quando o Flamengo acertou uma jogada pela direita, no lançamento de Maldonado para Bottinelli. O argentino foi à linha de fundo e centrou para encontrar Ronaldinho, que vinha na corrida. Mas Thiago saiu bem do gol e espalmou, salvando o Boavista.
No fim do primeiro tempo, as duas equipes se aproveitaram de erros para criar chances de abrir o placar. Na única que o Boavista teve, Leandro Chaves levou a melhor após desequilíbrio de Maldonado, que ao partir para tentar dominar a bola - mal passada por Willians - caiu. O camisa 10 do Verdão de Saquarema chutou com violência, mas no meio do gol. Felipe rebateu. O Flamengo contra-atacou com Welinton na área adversária. Em bola resvalada erradamente pela zaga, o camisa 3 rubro-negro apanhou a sobra e bateu por cima.
Negueba em campo
Vanderlei atendeu aos pedidos da torcida e lançou Negueba no lugar de Bottinelli, no segundo tempo. O Boavista começou a sair um pouco mais para o ataque, e o técnico Alfredo Sampaio, com dez minutos, botou o lateral-direito Joílson no lugar de Bruno Costa, para subir melhor.
Depois que Negueba fez boa jogada pela direita e centrou para Thiago Neves, que chegou atrasado, Vanderlei resolveu mexer no Flamengo novamente. Sacou Egídio para pôr o atacante Diego Maurício. Com isso, Renato foi para a lateral, e Ronaldinho voltou ao meio-campo. As jogadas não saíam. A torcida se irritava, Vanderlei também. Ao reclamar de uma falta de Maldonado marcada pelo árbitro, acabou advertido. O Boavista ensaiava sair mais para o jogo, mas esbarrava nos erros de passes e na boa cobertura rubro-negra.
Gol de falta
Aos 25 minutos, começou o lance capital da partida e de Ronaldinho na Taça Guanabara. Edu Pina derrubou Thiago Neves próximo da área. Não houve quem não pedisse o craque para bater. E o camisa 10 relembrou os grandes tempos de Barcelona ao cobrar com maestria. A bola cobriu a barreira e foi caindo à esquerda de Thiago, que sequer pulou. Antes de a bola entrar, o ídolo já saiu correndo para comemorar. E, junto com o time, fez a coreografia do "Bonde do Mengão sem freio", inspirado no funk que virou febre entre os jogadores.
Taça Guanabara Flamengo (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Vibração no pódio é intensa: capitão Ronaldinho ergue a Taça GB (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Com a vantagem, Vanderlei fortaleceu a defesa ao trocar o cansado Thiago Neves por Ronaldo Angelim. Pouco depois, após dividida em que Renato Abreu bateu com o joelho no peito de Frontini, o atacante do Boavista deu um tapa no jogador rubro-negro, que valorizou o lance. O átbitro expulsou o argentino.
O Boavista pressionou, e no fim da partida, o time reclamou de pênalti em Gustavo, não marcado pelo árbitro. O time de Saquarema lutou, mas a Taça GB já tinha dono. Mais uma vez, foi para a Gávea.

No dia do aniversário, Thiago Neves ganha de presente o título do Flamengo

No dia do aniversário, Thiago Neves ganha de presente o título do Flamengo

Publicada em 27/02/2011 às 18h30m
O Globo
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Thiago Neves  ergue a taça de campeão da Taça Guanabara
No dia em que completa 26 anos de idade, o meia Thiago Neves ganhou um presentão: o título da Taça Guanabara de 2011. Em um jogo muito difícil, o Flamengo garantiu a taça com um golaço de falta de Ronaldinho Gaúcho em cima do Boavista.
- No dia do meu aniversário, está sendo muito especial. Desde a minha chegada ao Flamengo foi só alegria, acho que esse titulo é importante e espero que a gente continue assim - celebrouo jogador.
Depois de um fim de ano conturbado, Leo Moura comemorou o bom início em 2011.
- Desde a pré temporada, a gente colocou na cabeça que o nosso objetivo era campeao invicto e nós conseguimos isso então estão todos de parabéns. Pelo ano passado, que foi tão dificil pra gente, nesse incio já estamos mostrando que é um time diferente. O objetivo do ano é conquistar mais títulos - afirmou.
Já o meia Renato Abreu comemorou a vitória, mas lembrou que o campeonato ainda não acabou.
- Acho que ganhamos o título bonito. Ainda temos a Taça Rio para jogar e vamos em busca disso. Fico muito feliz com esse momento de glória que tivemos aqui hoje - disse.
Outro que comemorou muito a vitória foi Diego Maurício. Depois de ser campeão Sul-Americano com a seleção brasileira Sub-20, o jogador conquistou o seu segundo título no ano.
- É uma coisa maravilhosa, falaram que eu sou até pé quente. Em três semanas, dois títulos. Eu espero que isso possa se prolongar mais e mais pelo ano de 2011 - celebrou.

Patricia Amorim: 'Se alguém tinha dúvidas da minha competência, é hora de mudar de opinião'



Patrícia Amorim comemora com os jogadores a conquista da Taça Guanabara

Após conquistar a Taça Guanabra de 2011, a presidente do Flamengo, Patricia Amorim, agradeceu o grupo e especialmente ao técnico vanderlei Luxemburgo pelo título. Indagada sobre como é comemorar um título como presidente de um clube, Patricia desabafou:
- Título é sempre bom. E acho que, se alguém tinha alguma dúvida da minha competência e da competência do time e do treinador, é hora de mudar isso. Futebol é assim, as coisas mudam de uma hora para outra. O Flamengo chegou aqui com méritos. E agora tem outros títulos, Copa do Brasl, Taça Rio... agora é pensar para frente, no dia seguinte. Ser presidente é assim, mesmo com o título hoje, com certeza vão ter críticas amanhã. Faz parte - disse.

Presidente do Fla se divide nas comemorações e vai ao encontro de Ronaldinho

A cúpula do Flamengo comemora o título da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca, numa churrascaria da Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Também num restaurante próximo, Ronaldinho Gaúcho está com a sua família, incluindo seu irmão e empresário, Assis.

FLA É CAMPEÃO DA TAÇA GUANABARA

  • Pedro Ivo Almeida/UOL Esporte Patrícia Amorim chega para se encontrar com Ronaldinho Gaúcho e mostra o troféu da Taça GB
Para poder se encontrar com o astro, autor do gol do título, a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, precisou “abandonar” seus pares, incluindo o técnico Vanderlei Luxemburgo. A mandatária, que chegou acompanhada do diretor-executivo de marketing rubro-negro, Harrison Baptista, discursou e foi muito aplaudida. Cerca de 20 minutos depois, Ronaldinho Gaúcho deixou o restaurante escoltado por seguranças.
O camisa 10 seguiu para um clube do mesmo bairro e se juntou a outros jogadores para a comemoração do aniversário do meia Thiago Neves em conjunto com o título da Taça Guanabara.
Os atletas estão liberados por Vanderlei Luxemburgo para as comemorações. O treinador deu dois dias de folga e o elenco só retorna ao trabalho na quarta-feira, pela manhã, no CT Ninho do Urubu, em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
“Agora nossos jogadores têm dois dias para comemorar muito e isso é mais do que justo. Concentro muito, cobro muito, mas agora o momento é deles. Podem ir para feijoada, quadra de escola de samba, pagode, o que interessa é festejar esse momento. O primeiro objetivo foi cumprido”, afirmou.
Com a vitória sobre o Boavista, o Flamengo já está garantido na decisão do Campeonato Carioca. Em caso de título da Taça Rio, segundo turno da competição, o Rubro-Negro fatura o Estadual sem a necessidade de uma finalíssima.

Final da Taça Guanabara

Foto 42 de 52 - Jogadores do Flamengo fazem "trenzinho" após o apito final. A conquista da Taça Guanabara veio com um gol de falta de Ronaldinho Gaúcho. Mais Marcelo de Jesus/UOL