quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Amistosos

22h30



2 MLS MLS All Stars X Bayern de Munique MUN 1

Copa do Brasil

22h00



0 ARN América-RN X Fluminense FLU 3

Copa do Brasil

22h00



3 RIT Santa Rita X Santa Cruz-PE STA 2

Copa do Brasil

22h00



1 BAH Bahia X Corinthians COR 0

Libertadores

21h15



1 NAP Nacional (PAR) X San Lorenzo SLO 1

Brasileirão

21h00



1 CHA Chapecoense X Atlético-MG CAM 1

Copa do Brasi

19h30



1 PAL Palmeiras X Avaí AVA 0

Amistosos

15h00


1 NAP Napoli X Barcelona BAR 0

Copa Suruga

07h00


2 KRE Kashiwa Reysol X Lanús LAN 1

Luxa garante que Flamengo não cai e esbanja sinceridade: 'Título é sair da zona de rebaixamento'

REPRODUÇÃO TV
Luxemburgo, após derrota do Flamengo neste domingo
Luxemburgo admitiu ser difícil caminhar bem no Brasileiro e na Copa do Brasil
A dificuldade do Flamengo nem precisa muito de explicação. Basta lembrar que o time é o lanterna do Brasileiro. Por isso, o técnico Vanderlei Luxemburgo tratou logo de cortar qualquer grande expectativa da torcida e informar a realidade para o Flamengo neste temporada: a conquista será permanecer na Primeira Divisão para 2015.
"O Flamengo não cai. Não vamos ter uma equipe para ser campeão, para brigar pela Libertadores. É uma equipe para não cair. Não podemos achar que é uma equipe que vai sair da zona de rebaixamento, vai arrancar, disputar o titulo como em 2009. Não. O título do Flamengo é sair da zona de rebaixamento. Temos de ter consciência", disse Luxemburgo em entrevista à Rádio Globo.
Na tabela ainda restam 25 jogos para o fim da competição e, talvez por isso, Vanderlei Luxemburgo demonstre tanta confiança em tirar o time, lanterna com dez pontos em 13 rodadas, da atual situação. Mas, para isso, talvez a defesa do título da Copa do Brasil tenha de ser sacrificada. Mais uma vez, Luxemburgo abusou da sinceridade.
"Vou caminhar nas duas frentes até onde der. Mas a minha prioridade é o Flamengo não cair. Não adianta enganar torcedores e imprensa. Mas o Flamengo hoje não tem um elenco com firmeza de caminhar nas duas (competições)", disse o técnico.
Luxemburgo ainda acrescentou que as situações de Elano, Felipe e André Santos estão sendo definidas com a diretoria rubro-negra e que ele não participa do processo.
"Em todo momento, uma equipe passa por uma má fase dentro do campeonato. Infelizmente, o Flamengo já passou por essa situação, de estar entre os últimos, mas saiu disso e vai usar essa experiência para tomar as decisões certas. O Flamengo teve em momentos mais delicados e conseguiu se manter na Série A. Tenho confiança no elenco e os jogadores estão trabalhando para melhorar as atuações ", comentou o diretor de futebol Felipe Ximenes.
Luiz Antônio diz já estar acostumado com altos e baixos que o Fla enfrenta

Reviravolta: Vasco anuncia que eleição é novamente adiada para 11 de novembro

FELIPE LYRA/ESPN
Policiais estiveram presentes durante reunião em São Januário, nesta segunda
São Januário receberia eleição vascaína nesta quarta-feira, com cinco chapas concorrentes
A tumultuada eleição do Vasco sofreu nova reviravolta na véspera da data marcada originalmente. A decisão foi tomada pelo desembargador Camilo Ruliére do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Agora, o pleito será realizado apenas no dia 11 de novembro, como havia determinado uma Junta da Assembleia do clube. Na decisão, o magistrado diz que compete ao Conselho Deliberativo do clube adotar medidas necessárias para normalizar a administração do Vasco desde o fim do mandato da gestão atual até que a nova diretoria assuma o clube. 
"Consequentemente, diante da conturbada situação fática demonstrada nas diversas demandas e recursos envolvendo o processo eleitoral e a fim de evitar maiores malefícios ao Clube e a seus associados, principalmente em virtude de um futuro pleito de anulação da eleição, por violação aos artigos do Estatuto Social, a remarcação se faz imprescindível, sendo mantida a eleição para 11/11/2014", diz o trecho da decisão. 
"A gente não tem confirmação física, mas visual. Uma pessoa do meu escritório viu a decisão e estamos aguardando a chegada do oficial de Justiça. A eleição será em 11 de novembro. A possibilidade de recurso existe, mas é quase impossível também pelo tempo", disse Marcello Macedo.A decisão de cassar a liminar que mantinha a eleição nesta quarta-feira foi confirmada pelo advogado do clube, Marcello Macedo. Agora, os Poderes do Vasco aguardam apenas a chegada de um oficial de Justiça em São Januário para ter o documento que oficializa o adiamento em mãos.
A eleição foi adiada pelas seguidas denúncias de irregularidades na lista de eleitores do clube. A Junta Deliberativa e o candidato da chapa Sempre Vasco, Júlio Brant, pediam a adiação do pleito para 11 de novembro, o que foi confirmado. Marcello Macedo acredita que a decisão será um marco para a vida eleitoral vascaína.
"É uma vitória da democracia. Isso vai ser um marco histórico do Vasco da Gama. Vai ter de fazer uma limpeza no cadastro e na listagem de sócios. Não pode ter mensalão, morto, quem não é sócio, nada disso. Temos de ter um número exato. O presidente vai ser aquele que democraticamente for eleito pelos associados aptos do clube", disse Macedo.
Presidente da Assembleia Geral do Vasco e responsável por protocolar o adiamento da eleição de acordo com o estauto do clube, Olavo Monteiro de Carvalho comemorou a decisão. 
"Já fomos informados que não vai ter eleição amanhã. Está confirmado. Foi adiada para o dia 11 de novembro, agora não existe mais chance de mudar até esta noite", disse Olavo.Mais cedo, o candidato da chapa Vira Vasco, Nelson Rocha, retirou a candidatura. Com isso, os sócios poderiam votar em cinco, e não seis, chapas de 9h às 22h desta quarta-feira, em São Januário. Concorrem ao pleito Júlio Brant, da chapa Sempre Vasco e que conta com apoio do ídolo Edmundo, Nelson Rocha, da Vira Vasco, Eurico Miranda, da Volta Vasco! Volta Eurico!, Roberto Monteiro, da Identidade Vasco, Tadeu Correira, da Vasco Passado a Limpo, e Eduardo Nery, da Vasco mais que um gigante.
A eleição fora marcada pelo presidente da Assembleia Geral do clube, Olavo Monteiro de Carvalho, inicialmente para 6 de agosto. Mas depois de uma ação na Justiça do candidato Nelson Rocha, em que ele tinha direito a impugnar sócios da lista original, a Junta Deliberativa do clube entendeu que a mudança seria necessária para dar tempo de uma verificação dos aptos a votar. Eurico Miranda e Roberto Monteiro eram contra o adiamento e saíram derrotados neste momento.
Nesta segundo-feira, a chapa do candidato Júlio Brant revelou ao ESPN.com.br a existência de até mortos na lista de eleitores do Vasco. Há também denúncias de sócios cadastrados sem CPF e até com endereço da sede de São Januário. Mas a Justiça decidiu manter o pleito. Na eleição vascaína, a chapa vencedora indica 120 nomes para o Conselho Deliberativo do clube. A segunda colocada tem direito a 30 nomes. Estes 150 se juntam a outros 150 conselheiros natos. A partir disso, o Conselho Deliberativo do clube elege o novo presidente para o próximo triênio. E, com respeito aos votos das urnas, o novo mandatário é o candidato da chapa vencedora. 


REPRODUÇÃO
Documento 1 cortado
Trecho da decisão que adiou a eleiçaõ do Vasco

G-4 do Brasileirão: quem joga e cria espaços leva vantagem - melhor para Cruzeiro e Flu, pior para o Corinthians

O Cruzeiro empatou com o Botafogo afundado na crise no Maracanã. Resultado aceitável fora de casa que mantém a liderança do Brasileiro. Nem tanto pelo domínio de 59% de posse de bola e 20 finalizações que fizeram de Jefferson o destaque adversário. Era a chance de alcançar a quinta vitória consecutiva e ampliar vantagem no topo.
Mas o time de Marcelo Oliveira fez o que se esperava do melhor do campeonato: propôs o jogo durante toda a partida, buscou soluções para dominar e envolver.
Inicialmente aproveitando a velocidade de Egidio pela esquerda. Quando o Botafogo fechou os flancos com Edílson e Rogério abertos acompanhando os laterais, passou a atacar pelo centro, com os volantes Henrique e Lucas Silva saindo, Everton Ribeiro cortando da direita para dentro e procurando Ricardo Goulart e Marcelo Moreno. Também roubou mais bolas no campo de ataque e criou oportunidades ainda no primeiro tempo que o Botafogo saiu vencendo com gol de Edílson.
OLHO TÁTICO
Quando o Botafogo fechou os lados com Edilson e Rogério voltando, o Cruzeiro adiantou a marcação e passou a atacar pelo centro.
Quando o Botafogo fechou os lados com Edilson e Rogério voltando, o Cruzeiro adiantou a marcação e passou a atacar pelo centro.
Na segunda etapa, avançou ainda mais com Willian e Dagoberto nas vagas de Henrique e Marquinhos. Ocupou o campo de ataque, rodou a bola, movimentou as peças com Everton Ribeiro e Ricardo Goulart articulando. E empatou na bola parada com os zagueiros na área do Bota: toque de Dedé, gol de Leo.
REPRODUÇÃO PFC
Flagrante do Cruzeiro no início do segundo tempo, com formação ofensiva e 8 jogadores no campo de ataque - uma das muitas soluções de Marcelo Oliveira
Flagrante do Cruzeiro no início do segundo tempo, com formação ofensiva e 8 jogadores no campo de ataque - uma das muitas soluções de Marcelo Oliveira
Marcelo Oliveira fez substituição, em tese, mais defensiva: Nilton no lugar de Moreno. O domínio, porém, aumentou com Ricardo Goulart avançado no ataque, Everton Ribeiro no centro e cabeçada de Nilton na trave de Jefferson.
O Cruzeiro não venceu. Mas continua sendo o que mais finaliza no campeonato. Teve boa atuação. E jogar bem é o melhor sinal de que a vitória pode voltar em breve. Eis o ponto. No país em que vigora o discurso "Se quer espetáculo vá ao teatro" ou que valoriza o "time de guerreiros", tentar jogar bom futebol ainda compensa.
Porque o vice-líder também tenta se impor, dentro ou fora de casa. Cristóvão Borges fez ajustes no Fluminense após os 3 a 0 do Criciúma na volta da Copa do Mundo. A formação com Jean e Cícero como volantes e Walter na frente não funcionou. Faltaram mobilidade na frente e solidez atrás.
Sem Diguinho, lesionado, o técnico trouxe Valencia de volta. Não como o terceiro zagueiro dos tempos de Renato Gaúcho, mas um volante que aumenta a combatividade, libera Jean para iniciar a construção das jogadas e protege a última linha defensiva. Que segue jogando avançada, acompanhando os outros setores na compactação.
O Flu continua com a mesma proposta. Sem a bola, jogadores próximos, coordenação no trabalho defensivo, participação de todos na recomposição e na pressão no campo de ataque. Bola roubada na frente, transição rápida e objetividade. Como no segundo gol sobre o Goiás que decidiu o jogo aos 19 minutos do primeiro tempo no mesmo Maracanã: pressão no zagueiro Pedro Henrique, linhas de passe para a saída de bola fechadas. Desarme de Rafael Sóbis, passe de Wagner e toque do volante David contra a própria meta antes da conclusão de Conca.
REPRODUÇÃO PFC
Flagrante do desarme de Sóbis que terminou no segundo gol: pressão no homem da bola e linhas de passe fechadas complicaram zagueiro do Goiás.
Flagrante do desarme de Sóbis que terminou no segundo gol: pressão no homem da bola e linhas de passe fechadas complicaram zagueiro do Goiás.
Argentino que joga como meia central na manutenção do 4-2-3-1 tricolor. Cícero retorna pela direita sem a bola. Mas no ataque a liberdade é total para o quarteto ofensivo. Sóbis fica na frente, mas circula e abre espaços. O Fred nada móvel e dinâmico da Copa do Mundo não tem vaga neste time, a menos que desande a fazer gols. Os meias se procuram para tabelas e triangulações. Ainda abrem os corredores para os laterais Bruno e Carlinhos, responsáveis pela profundidade das ações ofensivas.
Organização defensiva, saída de bola bem planejada. Mas da intermediária adversária para a frente apostando em "caos". Movimentação para bagunçar a retaguarda do rival. Toques rápidos, inversões. Passes certos - índice impressionante de 91,7% de acertos, o maior da competição. Criação de espaços. Assim Conca apareceu na direita para driblar e achar Cícero na área para abrir o placar. Futebol atual. Ou a essência de sempre no esporte.
OLHO TÁTICO
Flu de Cristóvão Borges com linhas compactas, defesa avançada e protegida por Valencia, muita movimentação do quarteto ofensivo.
Flu de Cristóvão Borges com linhas compactas, defesa avançada e protegida por Valencia, muita movimentação do quarteto ofensivo.
Problema para o Corinthians de Mano Menezes. Que espera o adversário ceder as brechas. Se este joga recuado até em casa, como o Coritiba no Couto Pereira, só resta reclamar após o empate sem gols. E mais dois pontos perdidos. Pouco ou quase nada vale a invencibilidade fora de São Paulo.
Se o time pós-Copa é montado para Elias articular e concluir como meia, Petros marcar e atacar e até Ralf aparecer na frente para surpreender a marcação, mas os volantes descem menos nos jogos fora, o que sobra? Time previsível, engessado. Em qualquer desenho tático. O elenco é forte, oferece opções. Falta criatividade em momentos importantes. Em Curitiba também faltou Guerrero como referência na frente.
TRUMEDIA
No clássico contra o Palmeiras na Arena Corinthians, Elias estave mais presente no campo de ataque e foi decisivo.
No clássico contra o Palmeiras na Arena Corinthians, Elias estave mais presente no campo de ataque e foi decisivo. 

TRUMEDIA
Contra o Coritiba no Couto Pereira, o volante corintiano saiu menos e o ataque ficou engessado e previsível.
Contra o Coritiba no Couto Pereira, o volante corintiano saiu pouco, tocou menos na bola e o ataque ficou engessado e previsível.
O pragmatismo de vencer em casa e empatar fora pode dar em título. Mas só se os concorrentes errarem mais. Por enquanto, não basta para superar Flu e Cruzeiro.
Até o inconstante Internacional. Que se ressente da ausência de Aránguiz, volante que é o quarto meia do 4-1-4-1 montado por Abel e, se não for negociado, deve voltar no Gre-nal. O substituto Wellington pode se apresentar no ataque com o chileno, porém não tem a qualidade para concluir ou servir os companheiros. Contra o Santos, apareceu na frente de Aranha, mas acertou a trave.
REPRODUÇÃO PFC
Momento do belo passe de D'Alessandro e a infiltração de Wellington, que não teve a qualidade de Aránguiz para concluir.
Momento do belo passe de D'Alessandro e a infiltração de Wellington, que não teve a qualidade de Aránguiz para concluir.
Apesar do dinamismo de Alex e Alan Patrick e das descidas pela esquerda de Fabrício, o time segue dependendo do talento de D'Alessandro. Partindo da direita para criar espaços. Não tão bem como Cruzeiro e Flu. Melhor que o Corinthians, por enquanto. Mas ainda uma equipe no meio do caminho.
O São Paulo de Muricy Ramalho é outro que tenta jogar. Bola no chão, valorização do talento. Segunda maior posse de bola, time que mais passa. No entanto, falta consistência. Assim como é difícil combinar as características dos principais jogadores - como encaixar Ganso, Kaká e Pato e aproveitar o melhor de cada um? Equação complicada para o treinador, que vê sua equipe se afastar das primeiras colocações.
O Atlético-MG, sem Ronaldinho e com Levir Culpi, é o candidato a "emergente". Com um jogo a menos, ainda buscando afirmação. Mas que aposta na intensidade dos tempos de Cuca com menos ligações diretas e mais organização defensiva. Se Guilherme se adaptar como o meia central do 4-2-3-1 as chances de ascensão aumentam. Com ou sem Jô.
As posições no G-4 do Brasileiro são temporárias. É bem provável que mudem já na próxima rodada. Mas indicam uma tendência; quem tem qualidade e se propõe a jogar leva vantagem. Não por acaso, os dois ataques mais eficientes estão na frente na tabela. Em um campeonato recheado de jogos fraquíssimos e ainda na "ressaca" da surra alemã na Copa do Mundo, não deixa de ser um alento.

E se tivéssemos conquistado o hexa?

Vamos supor (suposição absurda, eu sei) que o Brasil tivesse despachado a Alemanha no Mineirão e, depois, vencido a Argentina no Maracanã. A festa seria tão grande que, à essa altura, o futebol brasileiro estaria, como se diz, nas nuvens. Não só redimido da tragédia de 50 como também, e é aqui que a suposição faz sentido, certo de que é mesmo o melhor do mundo. E, sendo o melhor, não há por que mudar.
Fui levado à tal pensamento ao ler as páginas de esporte desta terça-feira. Ganha a Copa, talvez estivéssemos pensando em erguer estátuas para marins e del neros; citar sua administração como modelo que todos, inclusive os alemães, deveriam seguir; achar que nada, nem o calendário, deveria mudar num futebol que brilhou tanto nesse junho-julho de 2014. Iríamos mais longe: olhar com o mais extremo desprezo para as reivindicações do Bom Senso. O que mais querem esses craques milionários de uma CBF ou de um Ministério dos Esportes do país hexacampeão do mundo?
Não estou usando essas hipóteses como com consolo para nosso tombo na Copa. Longe de mim usar o velho chavão de que "há males que vêm pra bem", como quem quer fingir que perder, ou melhor, perder feio como perdemos, tem um lado bom. Não tem. Mas não há dúvida de que o hexa teria jogado para debaixo do tapete o fato, hoje indiscutível, de que o futebol brasileiro precisa mudar. Dentro e fora de campo. De preferência, já.
As páginas de esporte desta terça-feira são exemplares. E o Rio de Janeiro serve como microcosmos de uma indigência de dimensão nacional. O Flamengo deve R$ 700 milhões e está seriamente ameaçado de ser rebaixado para uma segunda divisão onde, certamente, não ganhará o suficiente para pagar mísera fração desse total. Seu presidente é franco: não vai, não pode, não deve gastar para melhorar seu time.
O Vasco está metido numa confusão política já crônica na história do clube. Fraude nas eleições, dívidas incalculáveis e a ameaça de ter de volta ao seu comando um cidadão para quem não se acreditava ainda haver lugar no Vasco, no futebol, na Cãmara. E o time, pela segunda vez em cinco anos, frustra sua imensa torcida brigando na Segundona.
O treinador do Botafogo é obrigado a admitir que o atraso no pagamento dos salários está provocando um "desgaste emocional" em seus jogadores. O que significa dizer que o glorioso, a apenas dois pontos da zona fatal, está correndo o risco de cair nela já no próximo fim de semana. Isso sem que o problema dos salários seja resolvido por uma diretoria que já pensa no pior, no mais extremo: desistir de disputar o Campeonato Brasileiro. O Botafogo voltaria a ser um clube só de regatas.
Tudo isso está nas mesmas páginas que informam a apreensão da turma do Bom Senso quanto ao que a Câmara de Deputados vai decidir sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal no Esporte. Há furos no projeto do bem intencionado deputado que o apresentou. E nossa presidenta? Não prometeu que olharia com carinho para os de bom senso?


Voltando à nossa absurda suposição, o fracasso na Copa (certamente o mais retumbante de nossas 20 participações) provou que já não somos o país do futebol, já não temos os melhores craques, já não sabemos como administrar nossos clubes, federações e confederações, já estamos de pires na mão, já éramos. Pior, sem que uma luz se acenda no fim do túnel.

Assumpção, sobre debandada: "Juridicamente pode acontecer"

Maurício Assumpção, presidente do Botafogo (Foto: Thiago Braga/SporTV.com)Palavra de Jefferson descartando saídas vira alento para Assumpção (Foto: Thiago Braga/SporTV.com)
Jefferson descartou, Vagner Mancini disse não acreditar, mas o risco de debandada no Botafogo por conta da crise financeira ganhou um tom de preocupação nas palavras do presidente Maurício Assumpção. Em entrevista à ESPN Brasil, o dirigente admitiu certo temor ao repetir três vezes que é possível haver um desmanche caso os jogadores entrem na Justiça por conta da dívida e deixem o clube. Com três meses sem pagamento, os atletas passam a ter a possibilidade de rescindir o contrato respaldados pela lei. Porém, o mandatário disse confiar na palavra de Jefferson representando o compromisso do grupo.
- Acho que essa questão já foi respondida pelo Jefferson depois do jogo contra o Cruzeiro, quando ele disse não acreditar que aconteça. Obviamente é uma palavra importante dentro do elenco. Mas é uma situação que juridicamente pode acontecer. Juridicamente pode acontecer. Juridicamente falando é possível. Mas como o capitão do time, que tem uma voz de liderança importante, no momento de dificuldade diz que não vai acontecer, talvez essa é uma palavra que eu leve em consideração - afirmou.
Com 100% das receitas bloqueadas, o Botafogo ficou sujeito a penhoras depois de ter sido excluído do Ato Trabalhista, que permitia o parcelamento de suas dívida fiscais sem que houvesse retenção de seus ganhos. Assim, jogadores estão há cinco meses sem receber direitos de imagem, há três sem salários na carteira, além de FGTS atrasado. Assumpção deposita esperança para sanar a crise financeira na Lei de Responsabilidade Fiscal, que tramita no Congresso e só será votada após as eleições do dia 5 de outubro. Mas teme pelo futuro do clube caso a lei não seja aprovada. 

- Não sei responder, essa situação é grave. Quando a gente tomou pancada do Engenhão, eu não fiquei me lamentando. Quando perdi títulos, não fiquei me lamentando. Quando perdi jogadores, não fiquei me lamentando. Eu acredito que a gente vai conseguir resolver essa situação, tenho fé não só em mim, mas nas pessoas que estão ao meu lado nesse momento que não se afastaram e continuam trabalhando muito para o Botafogo. Sei que a gente vai conseguir passar por esse tormento, eu tenho convicção disso. E se não passar? Se não passar é complicado, mas a minha fé de que vou passar é obviamente maior nesse momento. Em função das pessoas que estão comigo brigando para que a gente possa passar, em todos os níveis.

Brasileiro de 2015 não deve ter rodadas durante jogos da seleção

O Campeonato Brasileiro do ano que vem não deverá ter rodadas em épocas de jogos da seleção brasileira, disse nesta terça-feira o vice-presidente e presidente eleito da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero.
A medida visa, entre outras coisas, minimizar o desgaste entre clubes e a seleção e dar mais tempo para a preparação do time brasileiro, que em 2015 disputará a Copa América e o início das eliminatórias para o Mundial de 2018, além de amistosos.
"Estamos fechando isso (não ter rodada do Campeonato Brasileiro em jogos do Brasil). Estamos costurando os dados finais e em breve apresentaremos a solução", disse a jornalistas o presidente eleito da CBF, que assumirá o posto em abril do próximo ano.
Os últimos técnicos da seleção brasileira, Mano Menezes e Luiz Felipe Scolari, algumas vezes tiveram que abrir negociações diretas com clubes e seus técnicos para conseguir chamar jogadores sem provocar grande prejuízo às equipes.
Na maioria das vezes, os técnicos convocavam no máximo três jogadores para evitar que os clubes protestassem ou reivindicassem o adiamento de seu jogo pela competição nacional. Em tese, sem partidas do Brasileiro, os jogadores poderiam se apresentar antes à seleção para iniciar o período de preparação.
O coordenador técnico da seleção brasileira, Gilmar Rinaldi, apoia a iniciativa, embora ainda não tenha sido comunicado oficialmente.


"Nas datas Fifa, os clubes têm que liberar (os jogadores), mas se isso realmente acontecer vai ser positivo porque a gente não prejudica os times do Brasil", disse ele àReuters. "Isso será importante para a relação de todos."

Advogado corrige informação: eleição está adiada para 11 de novembro

Nova reviravolta na eleição do Vasco. O pleito está adiado para 11 de novembro em razão de um efeito suspensivo do agravo de instrumento impetrado pelo clube. Um oficial de Justiça se dirigiu rumo a São Januário no início da noite para levar o documento. Mais cedo, o advogado vascaíno, Marcello Macedo, informara por telefone ao GloboEsporte.com, conforme mostra a gravação ao lado, que a eleição seria nesta quarta-feira - outras fontes de duas chapas, do candidato Eurico Miranda e de Julio Brant, também receberam a notícia na mesma direção - e que o desembargador negou o pedido do Vasco pelo adiamento. Porém, pouco antes das 20h ele procurou a reportagem e corrigiu a informação. Na verdade, a decisão do desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Camilo Ruliere troca a data do pleito pela quarta vez: os vascaínos devem ir às urnas no dia 11 de novembro. Nesta quarta-feira, 6 de agosto, não haverá eleições em São Januário.
O presidente da Assembleia Geral, Olavo Monteiro de Carvalho, havia levado em conta para retirar a data de 6 de agosto para 11 de novembro uma ação na Justiça do candidato Nelson Rocha, da chapa "Vira Vasco". No documento, o ex-vice de finanças ganhou o direito a impugnar sócios elegíveis e eleitores. O julgamento do caso pelo presidente da Assembleia pelo Conselho Fiscal só aconteceu no dia 17 de julho, o que obrigaria reabertura dos prazos, no entendimento do corpo jurídico do clube. Os candidatos Eurico Miranda e Roberto Monteiro, porém, combateram de imediato a mudança. Uma ação do grupo do ex-presidente rapidamente trouxe a data de volta para o dia 6 de agosto.
Documento vasco (Foto: Raphael Zarko)O mandado de intimação do desembargador Camilo Ruliere (Foto: Raphael Zarko)
Por último, na véspera da eleição, após encontro com  advogados do Vasco, da chapa "Sempre Vasco", de Julio Brant, do "Volta Vasco! Volta Eurico", de Eurico Miranda, e da "Identidade Vasco", de Roberto Monteiro, na tarde de segunda-feira, o desembargador decidiu que a eleição seja realizada apenas em 11 de novembro. 
O Vasco anexou ao processo e publicou no seu site oficial na noite de segunda-feira uma carta com a anuência de três poderes pelo adiamento das eleições. Roberto Dinamite, mais Abilio Borges, do Conselho Deliberativo, e Helio Donin, do Conselho Fiscal, assinaram carta concordando com a decisão do presidente da Assembleia Geral, Olavo Monteiro de Carvalho, que determinou eleições para novembro. A carta é de 1º de agosto, mas só foi divulgada três dias depois. Uma das assinaturas é de Helio Donin, que foi à convenção final de Roberto Monteiro - que lutava pela manutenção das eleições para quarta-feira.
Documento vasco (Foto: Raphael Zarko)Em negrito, o trecho em que o Vasco deve realizar a eleição na data de 11 de novembro (Foto: Raphael Zarko)