quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Assumpção, sobre debandada: "Juridicamente pode acontecer"

Maurício Assumpção, presidente do Botafogo (Foto: Thiago Braga/SporTV.com)Palavra de Jefferson descartando saídas vira alento para Assumpção (Foto: Thiago Braga/SporTV.com)
Jefferson descartou, Vagner Mancini disse não acreditar, mas o risco de debandada no Botafogo por conta da crise financeira ganhou um tom de preocupação nas palavras do presidente Maurício Assumpção. Em entrevista à ESPN Brasil, o dirigente admitiu certo temor ao repetir três vezes que é possível haver um desmanche caso os jogadores entrem na Justiça por conta da dívida e deixem o clube. Com três meses sem pagamento, os atletas passam a ter a possibilidade de rescindir o contrato respaldados pela lei. Porém, o mandatário disse confiar na palavra de Jefferson representando o compromisso do grupo.
- Acho que essa questão já foi respondida pelo Jefferson depois do jogo contra o Cruzeiro, quando ele disse não acreditar que aconteça. Obviamente é uma palavra importante dentro do elenco. Mas é uma situação que juridicamente pode acontecer. Juridicamente pode acontecer. Juridicamente falando é possível. Mas como o capitão do time, que tem uma voz de liderança importante, no momento de dificuldade diz que não vai acontecer, talvez essa é uma palavra que eu leve em consideração - afirmou.
Com 100% das receitas bloqueadas, o Botafogo ficou sujeito a penhoras depois de ter sido excluído do Ato Trabalhista, que permitia o parcelamento de suas dívida fiscais sem que houvesse retenção de seus ganhos. Assim, jogadores estão há cinco meses sem receber direitos de imagem, há três sem salários na carteira, além de FGTS atrasado. Assumpção deposita esperança para sanar a crise financeira na Lei de Responsabilidade Fiscal, que tramita no Congresso e só será votada após as eleições do dia 5 de outubro. Mas teme pelo futuro do clube caso a lei não seja aprovada. 

- Não sei responder, essa situação é grave. Quando a gente tomou pancada do Engenhão, eu não fiquei me lamentando. Quando perdi títulos, não fiquei me lamentando. Quando perdi jogadores, não fiquei me lamentando. Eu acredito que a gente vai conseguir resolver essa situação, tenho fé não só em mim, mas nas pessoas que estão ao meu lado nesse momento que não se afastaram e continuam trabalhando muito para o Botafogo. Sei que a gente vai conseguir passar por esse tormento, eu tenho convicção disso. E se não passar? Se não passar é complicado, mas a minha fé de que vou passar é obviamente maior nesse momento. Em função das pessoas que estão comigo brigando para que a gente possa passar, em todos os níveis.