terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Copa do Brasil Sub 20

Bahia   1x1  Atletico-MG

Brasileiro sub 17

16:00 Palmeira 1x2 Atletico MG
22:30 Flamengo  1x3  Grêmio 

Liga dos Campeões

16h45 PSG 2x1 Porto
16h45 Dinamo Zagreb 1x1 Dynamo de Kiev
16h45 Montpellier 1x1 Schalke 04
16h45 Olympiacos 2x1 Arsenal
16h45 Málaga 2x2 Anderlecht
16h45 Borussia Dortmund 1x0 Manchester City
16h45 Real Madrid 4x1 Ajax
16h45 Milan 0x1 Zenit

O Gaúcho e Felipão


O pênalti perdido por Ronaldinho Gaúcho atrapalhou, mas sua assistência levou o Atlético ao vice-campeonato brasileiro e à classificação direta para a fase de grupos da Libertadores. Ronaldinho jogou um Brasileirão impecável e ajudou a levar seu clube ao torneio continental pela primeira vez em 13 anos.
Esse Ronaldinho pode voltar à seleção em fevereiro, principalmente porque Felipão quer colocar experiência em seu novo time. O técnico ainda não falou no gaúcho. Mas pensa em gente com história... Isso serve para Ronaldinho, Maicon, Luís Fabiano...
O Ronaldinho de hoje, terceiro colocado no Brasileirão, é diferente do campeão mundial de 2002. Quando chegou ao Atlético, o técnico Cuca avisou que o utilizaria como meia centralizado. E assim foi.
No passado, Ronaldinho era atacante, tanto no Barcelona campeão da Europa em 2006 como no Brasil de 2002. Jogava ao lado de Rivaldo, atrás de Ronaldo. Ajudavam na organização, mas ele e Rivaldo chegavam à grande área para finalizar, como no passe de Ronaldinho para Rivaldo marcar contra a Inglaterra. 

Quando era técnico da seleção, Mano deu boa definição: "Ronaldinho deve ser comparado com seus concorrentes da posição, não com ele mesmo de anos atrás.". Essa segunda comparação é covarde. Ronaldinho nunca se igualará ao que já foi. Tem de ser melhor que Oscar, do Chelsea. Hoje não é, mas pode voltar à seleção se entender seu papel, em campo ou fora dele. É difícil medir quanto cada veterano pode ajudar. Mas Ronaldinho, classificado entre os três melhores clubes do campeonato, pode ajudar!

Pra frente, Brasil!


Encontrei casualmente um treinador de um dos maiores clubes do País. Para iniciar a conversa, perguntei a ele como estavam as coisas, as perspectivas para 2013. Foi o suficiente para que ouvisse um desabafo. "Meu time não acerta um passe, é só correria". Correria, anote essa palavra.
Ele não tem culpa, fez o possível, só faltou entrar em campo para jogar. Mais importante, entretanto, foi um pedido de ajuda. "Precisamos nos unir, todos nós que trabalhamos no futebol brasileiro, para fazer alguma coisa", disse o comandante, sem pistas sobre 2013.
No momento em que as contratações para a próxima temporada deveriam estar mais ou menos alinhavadas, os cartolas de seu time ainda batem cabeça, pouco inspirados pela asfixia financeira produzida por eles mesmos. Gente sem noção de bom futebol. Sabem apenas distinguir vitórias de derrotas.
O ponto final da conversa foi uma frase que dificilmente surge nas entrevistas coletivas. "No meio de campo só tem carregador de bola no Brasil". Faz sentido, muita gente já se acostumou à correria. Não vale a pena discutir em público sobre um defeito que está próximo de ser definido como a virtude de um estilo. Boa palavra para anotar também, estilo.
Um dia antes, no Rio, Paul Breitner usou as palavras corretas para explicar como o nosso futebol parou no tempo. "Vocês estão jogando como há 20 anos. Hoje é preciso mais velocidade", disse o alemão, campeão mundial em 1974.
Não existe contradição entre o excesso de correria detectado por um e a falta de velocidade observada pelo outro. Só para quem ainda não aprendeu a ver as diferenças. Uma coisa é a correria do jogador, outra a velocidade do jogo inteligente.
Breitner falava justamente disso, de inteligência, de um País que "precisa de uma nova mentalidade, não de um novo treinador". Usou o Barcelona e a seleção espanhola como parâmetros desse modelo, que para muitos parece uma ode ao jogo lento. E avisou que é preciso olhar com mais carinho para as futuras gerações.
Para quem já assimilou os problemas, o passe bem feito, a transição defesa-ataque sem chutões e a posse de bola provavelmente constituam o conjunto de banalidades de um jogo que há tempos perdeu o sentido.
Não é por aí. Com o encerramento de mais um Campeonato Brasileiro, a décima temporada dos pontos corridos, talvez este seja o momento correto para tratarmos dessa questão, principalmente depois de 38 rodadas e muitos jogos emocionantes. Também não existe contradição aqui, emoção é diferente de qualidade técnica. O ideal é juntarmos esses dois valores.
Infelizmente não se trata de tarefa para Felipão ou Parreira. Por crença ou falta de tempo, a seleção brasileira dificilmente levantará essa bandeira. Ouviremos muito sobre um novo ciclo de vitórias e pouco sobre os meios para chegarmos a ele. Vai ser na base do "Pra frente, Brasil!"

Faltas viram ‘kriptonita’, e Orlando vence Howard


O reencontro de Dwight Howard com o Orlando Magic na noite de domingo foi amargo. E o pivô, apelidado de Superman, saiu de quadra sem cumprimentar ninguém. Motivo: ele foi o responsável direto pela derrota do Los Angeles Lakers por 113 a 103.
Você está louco? Como pode um jogador que anotou 21 pontos e pegou 15 rebotes ser o culpado? A resposta está na avaliação do quarto e último período da partida.
Em desvantagem no placar, os jogadores do Orlando, que conhecem muito bem Howard, adotaram como tática colocá-lo na linha de lance livre. As faltas foram igual ‘kriptonita’. O Superman perdeu seu poderes e converteu apenas sete de 14 – foram nove acertos de 21 no total.
O aproveitamento de 42,8% minou o jogo do Lakers, que viu o Magic anotar impressionantes 40 pontos contra 26 dos donos da casa apenas no quarto período e saiu vitorioso.
“Se ele quer sair da quadra, tudo bem. Ele perdeu. Eu me sentiria mal também e não gostaria de apertar a mão de ninguém”, afirmou Glen Davis, ex-companheiro de Howard no Orlando e que anotou 23 pontos, além de amealhar rebotes.
O Orlando teve outros dois jogadores que conseguiram somar um “duplo-duplo”. Jameer Nelson anotou 19 pontos e deu 13 assistências, enquanto Nikola Vucevic conseguiu 17 pontos e 12 rebotes. O cestinha do Magic foi Arron Afflalo, que chegou ao time na troca com Howard, anotou 30 pontos.
Pelo lado dos Lakers, além de Howard, Kobe Bryant se destacou, com 34 pontos, mas um desempenho não muito positivo nos arremessos: 12 de 27 tentativas.
A tática adotada pelos ex-companheiros, além do resultado, claro, vão deixar o pivô do Los Angeles algum tempo com dor de cabeça.
Confira os melhores momentos da partida entre Lakers e Magic:

Derrota instrutiva


Veja você como é o futebol. O Corinthians embarca para o Japão na madrugada de amanhã, em busca do segundo título mundial, e quem fez a festa na saideira foi o São Paulo. Na rodada de encerramento do Brasileiro, parecia que era a turma tricolor quem se preparava para a aventura no Oriente, onde já faturou a taça três vezes, e não o pessoal alvinegro. Ney Franco escalou um monte de reservas e se deu melhor do que o colega Tite, que optou por força máxima e viu o time levar de 3 a 1, com direito a olé! nos minutos finais. Uma equipe se dedicou ao clássico como se ele contasse como decisão; a outra puxou o freio de mão.
O resultado faz alguma diferença para a competição no Japão, na qual o Corinthians estreia no dia 12? Sim. E atrevo-me a dizer que não prejudica nada, ou surtirá efeito positivo no campeão da Libertadores, se técnico e jogadores souberem aproveitar lições. A principal, e óbvia: o sinal de alerta deve ficar ligado do começo ao fim. No jogo de bola, vacilos e displicência são fatais.
O Corinthians foi desatento diante de um rival que deu descanso aos titulares porque tem duelo pela Sul-Americana no meio da semana. Na teoria, o São Paulo estava enfraquecido, pois as estrelas da companhia assistiam do banco de reservas ou das numeradas. Por isso, seria bom sparring para o ensaio geral derradeiro dos campeões continentais antes de encararem japoneses, africanos, o Chelsea ou quem vier pela frente.
Na prática, ocorreu o contrário. O Corinthians limitou o repertório convincente aos minutos iniciais, em que mostrou bom toque de bola, deslocamentos ágeis e chegou ao gol de vantagem, marcado por Paolo Guerrero. Ilusão fugaz, que não durou três minutos, tempo suficiente para levar o empate, no gol de Douglas. E ainda tomou a virada, com golaço de Maicon. Até dava para ir para o intervalo com novo empate, se o juiz não anulasse gol normal de Jorge Henrique. No segundo tempo, Maicon outra vez se encarregou de selar o placar.
Os corintianos juraram que não, mas vários encararam o clássico como se fosse um recreativo, na base dos dois toques. Gente eficiente, como Paulinho e Danilo, atuou muito abaixo do habitual. Douglas também entra na lista. A impressão era a de que houve medo de contusão, num momento que antecede desafio tão particular como o Mundial de Clubes. A sensação de resguardo se acentuou ainda na metade da etapa inicial, com o peruano Guerrero a sair de campo machucado. Normal que, num ocasião dessas, os demais pensem na hipótese de sofrer algo semelhante. Daí a encolher a perna é um passo...
Tite terá horas e horas de voo para resolver algumas questões. Wallace, por exemplo, não esteve bem na zaga. Enroscou-se em lances dos gols são-paulinos. Jorge Henrique é outro. Manhoso e barraqueiro, com frequência deixa os marcadores em maus lençóis. A catimba dessa vez o pegou em cheio, ao levar vermelho por desferir pontapé em Casemiro, numa jogada em que ambos estavam caídos. Pra mim, o árbitro foi rigoroso; bastava amarelo. Mas vale o aviso, para que não apronte no Japão.
Enfim, o até logo aos fiéis não seguiu o roteiro imaginado. Mas, melhor levar olé! agora, em casa, e reagir, do que entrar na roda do outro lado do mundo. Como aconteceu no ano passado com o Santos. Isola!!!
Resgate e queda. Lusa e Bahia conseguiram pontos salvadores e permanecem na elite. O Sport reagiu no segundo turno, mas volta para a Série B. Não houve surpresas na rodada final.